terça-feira, 24 de março de 2020

Eu Não Sou um Homem Fácil

Crítica do filme Eu Não Sou um Homem Fácil (Netflix, francês) - Atenção: Tem Spoilers

Nestes tempos de coronavírus em que todos estão em quarentena dentro de suas casas, nada como assistir a filmes na TV a cabo ou via Netflix. A propósito de uma desavença envolvendo feministas em um grupo de WhatsApp, este filme foi recomendado para os envolvidos mais radicais, e eu estava no meio, então resolvi escrever uma resenha e publicar aqui sob uma visão particular como a minha, considerando-se que cada um de nós tem um universo diferente na cabeça embora todos sejamos iguais em essência e de culturas semelhantes.

Achei esse filme é muito complicado para entender, não entendi nada porque não conheço a rotina das mulheres, nem toda mulher faz estas coisas como depilação, além disso é muito grotesco ver mulheres agindo como homens, e também nem todo homem é grotesco assim. Acho que só quem entende é quem se identifica com os padrões mais repulsivos de conduta. Mas fiz um esforço para continuar assistindo e aos poucos fui me acostumando com a bizarrice dele.

Os "masculistas" do filme, uma alegoria às feministas de hoje.
O filme mostra como seria a vida diária se o mundo fosse das mulheres e não dos homens como é hoje. Ou seja, hoje os homens mandam no mundo, tudo gira ao redor deles, e as mulheres se sentem diminuídas, desprezadas, e por isso fazem protestos feministas por igualdade. Quando o mundo se torna feminino como no filme, as coisas ficam um tanto de ponta-cabeça e nem tudo se encaixa com a perfeição que elas desejariam.

Como era de se esperar, a diretora e roteirista é uma mulher, a ativista francesa Éléonore Pourriat.

Demian é um homem machista e misógino como a maioria de nós, com uma vida típica do gênero, e mesmo na França, onde ele se parece mais com o machista brasileiro do que com os que tem lá. De repente ele se vê como num sonho em que o mundo é das mulheres e não dos homens, e ele passa a quebrar a cara em todo lugar que chega.

O filme conta as aventuras de um homem que, por ter vivido num mundo machista, se lembra de como era feliz, então ele passa a ser visto pelas mulheres dominantes como um homem rebelde, o equivalente de uma feminista no mundo machista de hoje, e o rotulam de "um homem masculista" que não se adapta às coisas do jeito que são. Um homem que tenta conscientizar os outros da opressão, presos na teia da submissão, e por isso torna-se um revolucionário desconsertante, um manifestante, um rebelde inadequado, não levado a sério e ridicularizado pelas mulheres dominantes e pelos amigos acomodados e parceiros de gênero adaptados. Apesar de irritante para um espectador masculino ou até pra uma espectadora machista, se eles conseguirem chegar até o fim do filme, terão uma agradável surpresa. Mas não é o que vocês, machistas, estão pensando.

Isso seria muito bem acatado!
Eu não perderia meu tempo para assistir a um filme assim, só fui lá porque foi "recomendado" por um grande amigo ativista social, mas é de péssimo gosto.

Exemplo, um homem jamais mandaria uma mulher se depilar caso ela se apresentasse com pelos no corpo como uma mulher fez no filme. Além do homem normal não ser grosseiro deste jeito estereotipado, ele não o faria por uma questão de cortesia. Ele daria um jeito de descartá-la com educação para ela não notar que ele não ia ter desejo por uma mulher peluda, poderia broxar, o que na realidade não passa de um costume social, porque eu mesmo preferiria que as mulheres deixassem seus pelos como são, e quando eu digo isso, todo mundo me ridiculariza.

Uma das coisas mais bonitas que eu vi na vida foi uma garota com as pernas cabeludas quase que como um homem lá em determinado país afluente. Só depois, prestando mais atenção, foi que vim a entender que ela era um homem trans, talvez o primeiro que eu tinha visto na vida e in-loco, porém continuava hiper-feminina como todas as mulheres são, não interessa se queiram se passar por homens ou não. Quando um homem olha para um homem trans, ele não vê outro homem, e isso deve ser subconsciente ou instintivo.

Outro exemplo, se uma mulher gosta de homem, ela não vai gostar de um homem que senta-se como uma mulher e cruza as pernas nuas e depiladas. E nem todo homem faria isso só porque elas exigissem ou fosse o costume da cultura, principalmente os "ursos". Quanto a ela dar uma de ativa na relação sexual, ela depende do órgão masculino, e fazendo do jeito que a atriz fez, ela não conseguiria uma ereção satisfatória porque, para tê-la, o homem precisa sentir-se ativo, então a cena exagerada foi inverossímil. Qualquer atitude dominadora da mulher lhe faz brochar e partir para a defensiva. Veja como se comportam os transeuntes com as pegadinhas do Fuleiro Lucas Williams, o Manequim Assustador, quando as mulheres e crianças se assustam e os homens não, os quais quando reagem tentam segurar o manequim ou assumem posição de briga.

O ridículo charme da burguesia...
É meio difícil inverter estes tais papéis porque eles não funcionam de outro jeito. Outra: a mulher, sendo um homem, jamais rejeitaria um homem oferecido e o mandaria pra casa de táxi, jamais se "esquivaria" de um homem, ao contrário, isso seria o paraíso para ele, então deveria ser para ela também. Esquivar-se e dar uma de superior é coisa bem de mulher.

Daí eu acho que a criadora dessa história teve de dar uma forçada de barra e se equivocou porque não conhece bem nenhum dos dois lados do gênero, ou pior, não conhece nada do gênero masculino e montou a história em cima do que ela acha que conhece pelos estereótipos, e não por um profundo estudo psicológico e comportamental.

Minha mulher nem espelho tem, por exemplo, e nem por isso deixa de ser uma gata... A cantora do bar "reverso" deveria representar um travesti tentando passar por uma mulher glamurosa, então o reverso disso seria uma mulher tentando se passar por um homem extremamente masculino, tal como um soldado ou qualquer personagem representado pela banda Village People, por exemplo. No entanto a autora colocou uma mulher cantando como um homem, porém parecendo-se com um travesti. Não bate...

Não dá pra acompanhar este raciocínio e levar a sério, o filme acaba sendo muito bizarro e inverossímil demais para nós, homens, que conhecemos bem o nosso universo... mas as mulheres parecem conseguir entender a linguagem delas próprias.

Fazendo os homens de palhaços e eles aceitando... note o
homem pequeno e a mulher alta, algo que nos surpreendeu
num certo país "avançado" há muitos anos atrás, onde o
homem delas é seu bichinho de estimação
E acabou que o relacionamento de igual para igual no fim do filme é igual ao que tenho com minha esposa. Não seria diferente pois eu não suportaria viver com uma mulher submissa, e ela não aguentaria viver com um homem que fizesse tudo o que ela queria, ou muito menos a desprezasse. Quer dizer, a impressão que as feministas do grupo de WhatsApp tiveram de mim é totalmente errada e preconceituosa, preconcebida, ou seja, as feministas caem no mesmo erro dos machistas.

Outra, um homem jamais diria que as mulheres não são a razão de viver deles como dizem as mulheres no filme. Elas são, e todos sabem que não podem viver sem elas. Nem em sonho imaginar que outro homem resolveria o problema deles. E no final, o casal acaba parecendo dois brothers juntos, com direito a wrestling e tudo, um bromance. Já o quebra-pau das mulheres no pub é bem o que acontece no tal país estrangeiro que mencionei, nos dias de hoje.

Mas como o casal que se forma torna-se igual um ao outro?

Esta é a grande cartada do filme que só se revela no final. Se o espectador largou o filme no meio dele, irritado, perdeu o grande lance. É preciso aguentar o que parecem baboseiras do filme inteiro, se irritando com a subserviência dos homens a fim de deleitar-se com a conclusão deste filme. Basta dizer que tudo volta ao normal de repente, e o casal se vê na situação atual com olhos de quem acordou para a razão, uma jogada de mestre.

Entretanto é preciso assistir ao filme todo, irritando-se com homens sentando-se de forma "sexy" com unhas pintadas, feitos de objetos sexuais nas propagandas da rua, e até encarar alguém ganhar um jogo de poker com duas rainhas que valem mais do que dois reis. Eu diria que a autora pensou em todos os detalhes, só que a adaptação tornou-se um tanto inverossímil. Contudo o filme expressa o que assisti vivendo num país de primeiro mundo por muitos anos, as mulheres de lá se comportando como as mulheres do filme, ou seja, elas quebram o pau entre si nos pubs, bebem, dirigem carros esportivos caros só para esnobarem e conquistarem os homens, fazem zona em bares em que as dançarinas de pole-dancing são homens que se parecem mais com homossexuais por se pintarem e usarem roupas sumárias, todas as coisas que fazem gato e sapato das mulheres, com o consentimento e anuência da maioria adaptada, um inferno.

Questão de hábito...
A própria Netflix descreve o filme assim: Um machista inveterado prova de seu próprio veneno ao acordar em um mundo dominado por mulheres, onde entra em conflito com uma poderosa escritora.

Estrelando: Vicent Elbaz, Marie-Sophie Ferdane, Pierre Benezit

A cena mais repulsiva é encarar a virilha do macho sendo depilado, argh!

O filme Eu Não Sou um Homem Fácil (Je ne suis pas un Homme Facile) pode não ter o melhor título do mundo, mas certamente merece sua atenção.

Assistindo o filme senti-me como vivendo num país onde a língua não é o Português. É preciso você ligar um botão no cérebro para falar a outra língua e encarar o mundo pela cultura deles, embotando a sua, o que é bem difícil. No caso, embotar tudo o que você sabe do mundo cuja predominância é masculina, e encarar o mundo de ponta-cabeça, sob um ângulo totalmente diferente, que no entanto se parece com o que você conhece, e assim você vai tateando para entender o que se passa. Isso porque as mulheres conhecem bem a cultura delas, mas nós, homens, não. O que é óbvio para elas, não é para nós.

Por exemplo, entender porque os homens manifestantes usam seios postiços de mulher é um enigma um tanto indecifrável para o tempo da cena que lhe pega de surpresa, porque as feministas não usam pintos postiços. Elas mostram os seios delas, então a alegoria dos homens mostrando os seios deles que não existem é uma forçada de barra considerável que lhe deixa pensando, mas o que raios é isso, o que isso significa? Suponho que a decisão foi para manter o filme acessível a menores, pois a contra-partida seria os homens mostrarem seus pintos, o que seria chocar demais e muito expectador ia parar por alí mesmo. Claro que as mulheres adorariam assim como os homens torcem para que elas mostrem os seios em toda parte, mas os falsos moralistas perderiam este filme extraordinário, principalmente para eles que têm muito o que aprenderem. Então a invertida é aceitável quando você finalmente identifica o que está se passando.

Note o homem objeto na propaganda do lado...
Da crítica do Poltrona Nerd, selecionei as seguintes partes.

Embora pareça uma clássica comédia machista, a trama não demora para revelar seu verdadeiro objetivo. E é exatamente o oposto do que pensávamos. O longa não apenas vai contra todos os princípios machistas, como também usa a comédia para distorcê-los.

Damien é o típico estereótipo de um homem machista. Além de ser um conquistador, trata mulheres como objetos e pensa existir exclusividades de gênero, como roupas e tipos de bebida. Conforme caminhava pelas ruas, a vida resolve lhe dar uma lição e recorre a uma maneira nada gentil de fazer isso. Damien bate a cabeça em um poste, literalmente, e acorda em um mundo invertido (não o de Stranger Things). Nele, homens e mulheres têm seus papéis trocados em todos os sentidos. A vida do protagonista não mudou, visto que ele ainda tem seus amigos e seu emprego de antes. Entretanto, todos estão adaptados ao mundo novo. Enquanto seu melhor amigo se tornou dono de casa, sua chefe passou a usar terno para trabalhar. O corpo masculino passou a ser tratado de maneira exageradamente sexual, bem como o corpo feminino passou a ser coberto por calças.

[Minha nota: nesse ponto também estranhei uma mulher trabalhando em casa sem camisa, como seria um homem sozinho em casa, porém usando calças. Se fosse um homem, estaria de cuecas, mas se colocasse uma mulher de calcinha no filme, distorceria o objetivo. Porém essa associação eu só faria depois. Fecha nota.]

De maneira cômica e irônica, mulheres passaram a classificar os homens como sexo frágil. Depilação se tornou algo destinado (e quase obrigatório) ao gênero masculino. O romantismo se tornou raro entre as garotas, que apresentam a fama de serem infiéis. Os cargos de importância e liderança são todos ocupados por mulheres, que correm pelas ruas sem camisa e sem a preocupação de serem assediadas. Além disso, para desespero de Damien, a moça por quem ele tinha se interessado antes da mudança, se transformou em uma versão feminina dele mesmo. Alexandra objetifica os homens, tratando-os como meros pedaços de carne para seu bel-prazer. Ele passa, então, a sentir a consequência de seus atos na pele. E o longa desenvolve isso da melhor e mais divertida maneira possível.

Nem todo homem tem esta postura abjeta, e nem toda mulher
age como coadjuvante
[Minha nota: interessante notar que o homem se depilou no peito mas deixou uma tirinha ridícula de cabelos entre os peitorais, justamente o que algumas mulheres fazem no púbis hoje em dia, que provavelmente é para usar mini-bikinis e nenhum pelo saltar fora, mas ainda assim manter algo que haja quem considere sexy. Fecha nota.]

O objetivo principal do longa é mostrar que não é fácil viver na sociedade em que vivemos. Uma vez que você tenha nascido como membro do gênero feminino, tais dificuldades se multiplicam. Quando Damien perde “os privilégios” de ter nascido homem, ele passa a entender como é ruim viver no lado “desprivilegiado”. Suas roupas confortáveis e largas passaram a ser substituídas por peças curtas e extremamente apertadas. Sua chefe exibe absorventes internos em cima da mesa, sem a menor preocupação de mencionar o assunto “menstruação”. Ela por sua vez, oferece uma oportunidade de trabalho para Damien em troca de favores sexuais. Chocante não?

[Minha nota: como no meu caso, eu não sou exatamente o estereótipo do macho, apenas guardo os resquícios da criação machista de todos os brasileiros em geral, coisas como "não ter preocupação em mencionar menstruação" não foram notadas por mim pois uma nora estrangeira fala "vagina" com a maior naturalidade. Por outro lado, não seria considerado chocante se uma mulher oferecesse um trabalho para um homem em troca de favores sexuais. Ele acharia sensacional e aceitaria no ato, o que é uma postura bem diferente entre os gêneros, em que o homem está sempre pronto a aceitar sexo, que é o contrário da mulher que tem que se proteger, já que ela é a vítima dos ataques e não a atacante. Mesmo invertendo-se os papéis, os homens jamais negariam facilidades sexuais, a não ser que tomassem hormônios femininos, pois é intrínseco à sua genética. Fecha nota.]

No momento em que mulheres começam a olhar para suas pernas e sua bunda, Damien acha graça. Não demora, porém, para ele não aguentar mais viver no “mundo feminino”. Eu Não Sou Um Homem Fácil exagera – ou não – nos estereótipos para construir sua trama. As personagens femininas arrotam, não se preocupam com a aparência, só bebem cerveja, gostam de futebol e são experts em trair seus parceiros. Mesmo que nem todos os homens sejam assim na “realidade”, sabemos que o objetivo principal do longa é criticar a sociedade patriarcal em que vivemos.

Note o detalhe do abraço por baixo e por cima, ao reverso.
Isso é porque a mulher é quase sempre menor do que o
homem, e não por mera convenção de superioridade.
A menção de que as mulheres são menores porque comiam os
restos que os homens caçavam não tem suporte porque eles
as protegiam justamente para preservar a espécie, o que é
instintivo. Outra forçada de barra.
Para fechar com chave ouro, temos também os gays do mundo invertido. No novo cotidiano de Damien, os homossexuais são pessoas que se vestem da forma que a “normalidade” do protagonista exige. Mulheres de vestido e homens de blazer se escondem em festas exclusivas e reservadas aos olhos do público. Apesar das diferenças, algo permanece: independente do mundo, a sociedade irá marginalizar o diferente.'

A cereja do sorvete então é quando a coadjuvante Alexandra rouba a cena final e encontra-se acordada no mundo real, estranhando tudo, mas entendendo a manifestação das feministas nas ruas pelos direitos de igualdade social, o que a levou aos excessos inadmissíveis se a sociedade fosse dominada pelas mulheres, do mesmo jeito que hoje é dominada pelos homens. O problema é o excesso e o egoísmo.

https://poltronanerd.com.br/filmes/critica-eu-nao-sou-um-homem-facil-um-filme-que-precisa-ser-visto-69354

Críticas

Comédia Engraçada e Instigante

Sou um homem de 50 anos e assisti isso com meu filho de 13 anos. Ele gostou, mas algumas das piadas e cenas estavam acima da sua capacidade, pois ele ainda não experimentou os estereótipos de papéis de gênero no escritório, na vida noturna, no namoro, nos relacionamentos e no sexo. Eu acho que ele teria aproveitado mais se fosse um pouco mais velho, digamos 15 ou 16 anos.

Há uma breve nudez, mas, ei, é um filme francês. Para mim, foi muito interessante como a diretora inverteu os papéis de gênero dos homens como objeto sexual, donos de casa, preocupados com sua aparência e agradando suas mulheres.

Algumas cenas eram bastante desconfortáveis ​​de assistir de uma maneira engraçada. Não vou mentir, eu não gostaria de viver naquele mundo. Eu não gostaria do assédio, da objetivação e do paternalismo (maternalismo?) do sexo oposto. É um bom filme para mostrar a seu filho e sua filha antes de se formarem no ensino médio. E é um bom filme para homens e mulheres assistirem, para terem uma perspectiva hilária do mundo dominado pelos homens em que vivemos.

A coadjuvante que acaba por roubar a cena...
Instigante, Humorístico e Verdadeiro

Excelente filme. Explora os papéis de gênero, sexismo, feminismo e misoginia de maneira criativa, instigante e divertida. Este filme equilibra humor com graves problemas sociais. Recomendado!

Olhos Arregalados

É muito difícil quando o que você considera normal e tradicional se mostra opressivo e explorador. Este filme faz isso muito bem, tão bem que foi difícil de assistir.

Sim, sou homem.

Um Ótimo Arregalar de Olhos

Uma maneira divertida e alegre de ilustrar o preconceito que as mulheres têm que lidar diariamente.

É Tudo Relativo

Com o olho bem aberto se vê o sexo feminino em um mundo dominado por homens. Pensei que este fosse um remake do filme Switch - Trocaram meu sexo (1991). Interessante como todos nós usamos máscaras para cobrir nossa alma e como a sociedade a rotula. Este filme mostra o preconceito que continuamos a perpetuar como um todo, como nós mesmas, sendo mulheres. Depois de ver isso, eu nem queria me depilar por me rebelar contra ser um tipo de elenco na sociedade. Provocou emoção e realismo na projeção de sermos nós mesmas, seja lá o que for isso.

Do Seven List

Cada vez mais a sociedade percebe a urgente necessidade de se conversar sobre o machismo, empoderamento feminino e todos os problemas que a sociedade vive sobre isso, então esse filme conversa perfeitamente bem com o nosso agora. Além de fazer rir e entreter, ele é uma ótima opção para muitos homens machistas notarem atitudes infames que praticam propositalmente ou não sobre muitas mulheres, além de notar como é difícil para elas buscarem apenas uma coisa: igualdade. O personagem principal, Damien, é um machista galanteador, desrespeitoso e infelizmente é a realidade de muitos homens. Por isso é interessante que os que têm atitudes semelhantes às dele assistam e comecem a botar a mão na consciência. [Minha nota: difícil será convencer estes machões a assistirem a um filme que os insulta a este ponto. Fecha nota.]