Boas Notícias e Feliz Páscoa

Milionários Americanos Decidem Deixar a Fortuna para os Mais Pobres: 

http://globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-brasil/t/edicoes/v/milionarios-americanos-decidem-deixar-a-fortuna-para-os-mais-pobres/4077856/

Frase famosa de Tim Cook, presidente da Apple:
... e eu considero ser gay um dos maiores presentes que
Deus me deu. E agora, quem mordeu a maçã?
Excelente caricatura por Funkwood, DeviantArt

Tim Cook, atual presidente da Apple, cuja fortuna hoje é da ordem de $800 milhões de dólares, quer usar seu dinheiro no combate a AIDS, pelos direitos humanos e ajuda à situação dos imigrantes. Verdade que ele não tem filhos para herdarem por ser o primeiro milionário gay a fazer parte do 500 do mundo no Fortune, os quais também não vão brigar para fazê-lo mudar de idéia, mas isso não vem ao caso.

Warren Buffet, o 3.o homem mais rico do mundo e ligado aos 3 brasileiros da 3G, disse que sua intenção é deixar apenas 1% de sua fortuna de $71 bilhões de dólares, ou seja, apenas $71 milhões de dólares para a família, enquanto o resto vai para entidades ligadas a educação, saúde e meio-ambiente.

Bill e Melinda Gates, mais ricos do que Buffet, garantem que a fortuna deles de $78.1 bilhões de dólares vai para a saúde e educação de crianças pobres no mundo.

Warren Buffet, por Ingram Pinn, e seu buffet repleto de iguarias
processadas junto com os 3 mosqueteiros brasileiros da 3G.

Todos assinaram um documento público se comprometendo com suas intenções. Redford Smith, presidente da Foundation Center, uma entidade que fiscaliza a aplicação das doações no mundo, irá garantir o cumprimento. 

A concentração de renda é um problema em muitos países, por outro lado é cada vez maior o número de novos bilionários que está doando, principalmente os muito jovens da internet e da área de tecnologia, que ao serem perguntados porque resolveram juntar-se ao grupo dos doadores, disseram que era para dar sentido a suas vidas.

Bem, vamos ver se as intenções serão cumpridas. Quanto a fiscalizar se as fortunas estarão mesmo sendo usadas para o bem do povo, essa é uma questão bastante polêmica e controvertida. Por quê?

Bill Gates, por Achilles

Porque Bill Gates, por exemplo, já doou para a indústria farmacêutica que hoje em dia cria mais remédios paliativos do que propriamente cura as pessoas, por esse motivo, é bastante ambígua esta intenção tão fraternal. Mas cala-te boca de brasileiro reclamão que vê conspirações em toda parte (eu), vamos pensar que é mesmo um surto de boa vontade nos ricos e que eles realmente tem intenção de ajudar aos pobres.

Ajuda aos pobres já está sendo dada por muita gente por não milionários, e isso é de verdade. Um projeto no Rio de Janeiro tem estado lá, mas só agora andam fazendo alarde simplesmente porque o projeto arquitetônico do complexo está para ganhar o prêmio máximo de arquitetura mundial a qualquer momento. 

Dietmar Stark, arquiteto brasileiro diz, "a gente está esperando que o mundo se transforme, e aqui parece que alguma coisa está contagiando para que a gente tenha essa idéia que algo é possível de se transformar nessa sociedade."

Projeto de Centro Educacional no Rio É Finalista em Prêmio Internacional de Arquitetura:

http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-das-dez/t/todos-os-videos/v/projeto-de-centro-educacional-no-rio-e-finalista-em-premio-internacional-de-arquitetura/4077354/

Praça do Conhecimento, Rio de Janeiro

Sonha, macaco, mas eu sou um dos que se juntam a esta corrente do bem-estar, tentando realmente modificar um pouco esta sociedade ocidental a fim de que ela possa ser mais justa, e assim como nós, cada dia mais gente se une em todas as partes do mundo.

Apesar do projeto em si ser realmente revolucionário, o que interessa mais aos jurados é justamente o papel social em que ele está inserido, e este significa disponibilização de computadores e internet para um público de periferia que, de outro jeito, jamais teria acesso, e muito menos em tais sofisticados ambientes. Mais um projeto social brasileiro na cola das boas iniciativas que realmente contaminam-se umas às outras, promovendo a evolução do povo e da sociedade brasileiros como um todo.

http://www.pracadoconhecimento.org.br/novo/

https://www.institutoclaro.org.br/blog/projeto-apoiado-pelo-instituto-e-finalista-de-premio-internacional-de-arquitetura/

As Naves do Conhecimento, projeto do arquiteto Dietmar Stark, da RioUrbe, ficou entre os cinco finalistas na categoria de edifícios públicos.

Internet e conhecimento para todos

O projeto Naves do Conhecimento, realizado pelo Instituto Embratel Claro em parceria com a Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia da Cidade do Rio de Janeiro, vem, desde 2012, levando conhecimento tecnológico a jovens e adultos de comunidades carentes para o ingresso no mercado de trabalho. 

As Naves contam com modernas unidades com salas de aula bem equipadas e espaços de interação. O projeto, do arquiteto Dietmar Stark, da RioUrbe, está entre os cinco finalistas do prêmio internacional de arquitetura Architizer A+ Awards na categoria ‘edifícios públicos’. Projetos de mais de 100 países participaram da primeira fase de seleção. 

É possível escolher o seu projeto favorito, entre Brasil, Bélgica, Itália, Japão e França, neste site: http://awards.architizer.com/public/voting/?cid=34

No luxo

Nos espaços das Naves do Conhecimento, os moradores das comunidades ao redor podem se inscrever gratuitamente nos cursos oferecidos, que promovem a criatividade, a inovação e a interatividade. As unidades dos projetos estão localizadas em Padre Miguel, Santa Cruz, Madureira, Irajá, Penha, Vila Aliança e Triagem.

“Uma questão diferencial das Naves é entender a educação de uma forma mais ampla, como uma educação para a sociedade”, conta Charles Siqueira, coordenador da Nave de Triagem. Para saber mais sobre as Naves do Conhecimento, acesse: 

http://www.pracadoconhecimento.org.br/novo/ 

Praça do Conhecimento, Favela do Alemão, Rio de Janeiro

Notícias Internacionas Contaminadas

Infelizmente não tenho conseguido mais notícias positivas sobre o Brasil pelo lado internacional porque todos os publicistas caíram vítimas de suas estratégias equivocadas, consciente ou inconscientemente.

Como por exemplo, para mim, Forbes perdeu totalmente a credibilidade ao partir para a "contribuição" de brasileiros como Arthur Pinheiro Machado e Kenneth Rapoza que é bastante prolífico e tem sido dado um espaço assombroso a ele, praticamente a voz nacional do Forbes mundial, enquanto que a Reuters andou contratando Paulo Prada, o Truthout ficou com Fabiola Ortiz, Aljazeera com Priscilla MOraes, Publishers Weekly com Carlo Carrenho, Telegraph britânico com Diogo Costa, e por aí vai, dos poucos que consegui registrar de ontem pra hoje. 

Dentro da Nave do Conhecimento

Não dá mais pra ler as notícias internacionais como eu lia com tanto entusiasmo de ver o país sob um ângulo novo, agora que tais notícias saem maculadas pelo mau humor, má vontade e desprezo dos brasileiros que foram agraciados com convites honrosos para falar mal do país lá fora também, justamente como se fala mal do país dentro dele mesmo. 

O resultado é que está ficando cada dia mais difícil conseguir uma reportagem em que se possa confiar, sem estar maculada pelo negativismo e a ingratidão brasileiros. 

Em compensação, dentro do Brasil mesmo, de vez em quando sai uma reportagem positiva, mesmo que pouco divulgada ou curta, o que para mim tem sido uma grande surpresa e até parece uma grande virada. 

Nave do Conhecimento, projeto de Dietmar Stark

Digamos que eles consigam fazer pelo menos uma reportagem com certo grau de imparcialidade como as reportagens estrangeiras costumavam ser, mesmo assim, do meio para o fim eles sempre tendem a reclamar e baixar o cacete no Brasil, como todo brasileiro comum. Foi assim que primeiro comecei a desconfiar que havia alguma coisa errada com tais reportagens que sempre me entusiasmavam.

Os publicistas estrangeiros acham que estão fazendo a coisa certa ao contratarem repórteres locais, pois estes teriam mais conhecimento da cultura para interpretar os fatos com mais veracidade. O que eles não contavam é que tais repórteres vêm com os vícios brasileiros de deturparem a verdade, esconderem e aumentarem as impressões negativas que ao invés de ajudarem, desajudam.

Nave do Conhecimento em Padre Miguel, Rio

Quando comecei a trabalhar na Austrália, me impressionei com um princípio nos escritórios que tabalhei, o de que não interessava quem tinha feito algo errado, interessava resolver o problema. Muito bonito, porém infelizmente acaba-se sabendo quem fez errado e sobra pra ele, de um jeito ou de outro, conforme o tempo vá passando. O princípio ainda é bom, mas a aplicação ainda está imperfeita. Este é um problema que permeia muitas das aplicações de negócios na Inglaterra e consequentemente na Austrália também, o problema das pessoas que implementam as regras do negócio falham em seu entendimento e em sua implementação, causando mais problemas do que os solucionando. Parece que isso tem sido endêmico nestas sociedades. Talvez se deva ao pouco valor que se dá às pessoas humanas, esperando-se delas um comportamento de engrenagem sem sentimentos, onde os negócios vêm antes das pessoas.

Se antes, quando eu vivia no Brasil, filtrava as notícias da mídia a fim de ter acesso à verdade, o que era uma tarefa bastante difícil, hoje tenho que fazer a mesma coisa com as notícias internacionais desde que o Brasil se destacou demais no cenário mundial, precisamente na época da Copa do Mundo de Futebol, e também coincidindo incrivelmente com o início dos protestos de rua. E ainda tem quem tente me convencer de que este movimento não é manipulado internacionalmente. 

Pois sim...

É assim que se vende ovos de Páscoa na Austrália

Ovos de Páscoa Sobrando Às Pampas na Austrália

Esta notícia não saiu (ainda) porque, vocês sabem, nem tudo se publica, mas nós estamos presenciando nesta Páscoa a menor venda de ovos de Páscoa dos últimos 15 anos. Se isso não se chama recessão, então o que é recessão? 

Minha mulher me falou que o povo brasileiro anda falando mal até disso, que a produção de ovos de Páscoa deste ano no Brasil despencou por causa da crise, da recessão e por causa do governo de Dilma do PT, e o que então podemos dizer da perfórmance da economia da Austrália, do outro lado do mundo? O que estes dois países tão disparatados têm em comum?

É assim que se vende ovos de Páscoa no Brasil

A recessão mundial.

Ah, não, mas brasileiro não quer saber o que está acontecendo fora do Brasil não, e se Dilma disser, é desculpa esfarrapada que ela está inventando.

Pois bem, nunca vimos tanto ovo de Páscoa sobrando em Sydney como este ano. Já na semana passada, os preços caíram para valores ridículos, e mesmo assim não venderam. Até eu notei esse tipo de coisa que homem não nota. Todo ano sobra um pouco de coisas de cada estação tipo Páscoa, Natal, mas este ano, sinceramente, não sei o que eles vão fazer para se desfazer dessa chocolatada toda. Provavelmente vão inventar biscoitos, usar o excesso de chocolate e botar em promoção, como aliás eles já vem fazendo mas eu não suspeitava que podia ter alguma coisa a ver com isso. 

Agora faça o teste: Brasil ou Austrália?

Diga-se de passagem que ovos de Páscoa aqui são ocos e leves, enquanto no Brasil eles são pesados e recheados, tudo por preço equivalentes nos dois países. E nem pensar naqueles corredores enormes cheios de ovos enormes e coloridos sobre as nossas cabeças que esta orgia é exclusiva de brasileiros.

As prateleiras estão lotadas de todos os tipos de coelhinhos de todos os tamanhos que você pensar, bem como os coelhinhos de pelúcia cor-de-rosa, provavelmente para as meninas, que também não têm saído.

De modo que desejo a vocês uma Feliz Páscoa.

Enquanto a má notícia é que os australianos estão tendo muito menos ovos de Páscoa este ano apesar do estoque, a boa notícia é a de que estou sabendo que toda a produção de ovos de Páscoa do Brasil está sendo vendida de hoje para amanhã, enquanto que as 7 marcas principais já esgotaram o estoque hoje, sexta-feira, antes da Páscoa. 

Parece que as vozes agourentas que diziam que o brasileiro não ia ter ovos este ano, pra variar, estão dando com os burros n'água.

Vocês não se tocam não, agourentos?