sexta-feira, 21 de abril de 2017

O Outro Lado da Face

¿No debías tú también tener misericordia de tu
 consiervo, así como yo tuve misericordia de ti? (Não
devias ter misericórdia do teu companheiro, como
eu tive compaixão de ti? Mateus 18:33) Arte de
Garcia-Berné, 1995
Livre-se dos seus preconceitos para ler o artigo abaixo. Ao livrar-se deles, sua cabeça se abrirá para considerar o diferente, as alternativas, a visão global da humanidade, a opinião do outro, oferecendo o outro lado da face para enxergar o lado descarado da cara, livre das barreiras que tanto o deixam embarricado e contrariado, e de repente você pode descobrir algo revolucionário que o atinja no peito e o deixe a nocaute, estatelado e enxergando as estrelas, a balbuciar ah, é, é? Vixe, eu nem sabia...

O lado revolucionário de Jesus

Escrito por Pedro Breier, colunista do CafezinhoDomingo, 16/04/2017

Defensor dos pobres e excluídos, Jesus certamente seria taxado de comunista se resolvesse voltar.

“Amai ao próximo como a si mesmo”.

Você pode ser ateu, umbandista, agnóstico, católico ou professar qualquer outra religião. Mas se você sonha com um mundo diferente, mais justo, onde todas as pessoas tenham o direito de viver com dignidade, você também é um adepto do grande ensinamento de Jesus.

Afinal, é o amor pelo próximo que nos motiva a lutar contra a tirania, a injustiça e a desigualdade.

Para muitos historiadores, entretanto, o personagem histórico Jesus Cristo não foi somente um cara paz e amor que pregava o oferecimento da outra face como resposta à agressão, mas sim um militante revolucionário.

É o que defende o escritor norte-americano de origem iraniana Reza Aslan. Aslan fez mestrado em teologia na Universidade de Harvard e doutorado em história das religiões na Universidade da Califórnia.

Em seu livro “Zelota: a Vida e a Época de Jesus de Nazaré”, de 2013, o autor defende que o principal objetivo de Jesus era político e revolucionário: libertar a Palestina da dominação de Roma.

Alguns trechos desta entrevista de Aslan:
(Jesus) formou um movimento forte pelos pobres, doentes e marginalizados. Um movimento tão ameaçador aos religiosos e políticos do período que fez com que ele fosse procurado, preso, torturado e executado por crimes de sedição (organização de rebeliões, incitamento das massas), o único crime pelo qual alguém poderia ser crucificado sob a lei romana.(…)
o fato é que o Jesus da história não era um simples pacifista que pregava a palavra de Deus, mas um líder revolucionário que desafiou o estado, não apenas ‘pregou’ para ele – e é por isso que o estado quis a sua morte.
O próprio Jesus não deixa muita margem para dúvida a respeito do caráter revolucionário de sua pregação, segundo o Evangelho de Mateus: “Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas a espada.”

Nos tempos sombrios em que nos encontramos, de golpes, injustiças, aumento da intolerância e explosão da desigualdade, é importante termos dentro de nós os dois lados, por assim dizer, de Jesus: amar ao próximo como a nós mesmos mas ter a consciência de que o amor não basta: não há libertação possível sem luta.

http://www.ocafezinho.com/2017/04/16/o-lado-revolucionario-de-jesus/

Injete a droga do amor na sua pele e na dos outros para enxergar o mundo em cores psicodélicas...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são moderados para evitar a destilacão de ódio que assola as redes sociais, desculpem.