sábado, 25 de novembro de 2017

Presunção da Inocência

Documentário emocionante chamado "Em Nome da Inocência: Justiça" sobre o que a morte do Reitor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) tem a ver com você, mostrando o que de fato aconteceu com o Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo que suicidou-se jogando-se do quarto andar do Beiramar Shopping Center de Florianópolis: Contra o abuso de autoridade! Contra o Estado fascista! Contra a mídia manipuladora! 27 Min.


Pedro Cardoso é um ator conhecido pelo seriado A Grande Família da Globo o qual recentemente foi protagonista de um desabafo antes de se retirar do programa Sem Censura, ao vivo, no qual era um dos entrevistados, em respeito aos grevistas da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação, criada no governo Lula) e contra as manifestações racistas do presidente da empresa, Laerte Rimoli. Entrevista em que ele menciona o sentimento do povo das ruas e constata a verdade até contra sua própria sabedoria:


Delação Premiada

Verdadeiro tratado de inteligência, Câmara dos Deputados Debate Vícios da Delação Premiada, escrito por Miguel do Rosário. 

https://www.ocafezinho.com/2017/11/21/camara-dos-deputados-debate-vicios-da-delacao-premiada/

A Câmara dos Deputados, por iniciativa de Wadih Damous, Deputado Federal (PT-RJ), testemunhou em 21/11/2017 um debate essencial para se entender a conjuntura política nacional. Foi um debate sobre o instituto de delação premiada, e teve a participação de importantes juristas, como o juiz Alexandre Morais da Rosa, para quem a delação premiada se tornou um “mercado”. O advogado Aury Celso Lima Lopes Jr, o professor Jacinto Nelson de Miranda Coutinho e o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão também participaram. Eu reproduzo abaixo duas matérias escritas pela assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados, com um resumo do debate. Registro em vídeo abaixo, feito pelo mandato do deputado Wadih Damous (PT-RJ). O vídeo abaixo pode ser visto no artigo acima de O Cafezinho, com texto pertinente, ou isoladamente aqui no Facebook do Deputado Wadih Damous. Audiência Pública sobre o Presente e o Futuro das Delações Premiadas:


E por falar em Damous, descontraia entendendo porque gosto tanto do festival Eurovisão europeu assistindo à concorrente do Chipre, a ilha grega que é dividida ao meio pela Turquia, uma versão da deusa Luana Piovani, Ivi Adamou (nada a ver com Wadih Damou exceto a pronúncia), cantando a simplória La La Love na grande final de 2012, na cidade de Baku, no Azerbaijão (Europa Oriental). O que gosto é do ritmo da música...



sábado, 18 de novembro de 2017

Na Vida Tudo Passa

Não pensei que fosse viver para ver isso também não, mas é com orgulho que vejo o renascimento dos estudantes de direito no Brasil, a quem eu só criticava pelo antigo calote que davam nos restaurantes, o que era mais compatível com o comportamento da sociedade cafajeste antes do PT e depois do golpe e que me enojava naquela época, anos atrás (não sei se o costume continua hoje em dia, visto que resido na Austrália e cada dia fico mais distante da realidade brasileira, vivendo de ler blogs que não cobrem tudo, obviamente). Estudantes acordando primeiro do que os profissionais.

Estudantes escracham desembargador que quer pegar Lula antes das eleições de 2018:

https://blogdoliberato.blogspot.com.au/2017/11/estudantes-de-direito-escracham.html

Pra não dizer que não falei das flores...
Se a sociedade brasileira se degradou completamente após o golpe, existe o outro lado da medalha, e graças à internet, pelo menos eu descobri a minha turma: a dos blogueiros alternativos. Espero que outras pessoas também tenham achado sua turma.

Não que eu faça parte deste meio, porque nem sou jornalista nem tenho tempo para blogar como gostaria por trabalhar "full-time" ("tempo integral" e não "intermitentemente"), apenas porque descobri gente com pensamento parecido com o deste eu, que se considerou alienígena durante a maior parte de sua vida por não encontrar espelho em nenhum lugar, nem mesmo na Austrália. 

Mas por falar neste tema, eu diria que o empobrecimento dos operários e trabalhadores tem ocorrido em escala planetária, e não só no Brasil do golpe. Como na Austrália dificilmente se permitiria tomar-se tal medida de modificação das leis trabalhistas, aqui a coisa é mais sutil, mais hipócrita e menos perceptível. 

Além de já não existir coisas como 13º salário nem carteira de trabalho e a aposentadoria ser aplicada financeiramente, o que tem deixado muito velhinho à míngua quando os bancos quebram, e muitos empregos terem sido perdidos nos últimos anos por empresas deixando a Austrália para países com mão-de-obra mais barata, cujos últimos casos mais escandalosos foram os da Ford, GM (aqui denominada Holden) e Toyota que deixaram definitivamente o país este ano, de uns anos para cá os plenos empregos têm sido trocados por "part-time", aqueles em que a pessoa trabalha cerca da metade do tempo em que trabalhavam no "full-time", o que também pode ser entendido como "trabalho intermitente" que depende de um telefonema. Mas como a coisa é mais bem feita, passa imperceptível principalmente para brasileiros "babacas" que se consideram vivendo no tal paraíso.

Pobre, mas com classe. More nas mais novas mini-casas-móveis como
esta da Tumbleweed,Tiny-House Company norte-americana (como
exemplo) que talvez você ainda possa comprar, a preço pouco mais
caro do que uma 4x4 zero quilômetro. Na Austrália também tem destas

novas moradias.
Porém, os tais índices de emprego no pais dos cangurus atropelados, internacionalmente divulgados com orgulho, pra variar, mentem dizendo que ele continua nos mesmos patamares de sempre, omitindo o detalhe de que "part-time" é considerado emprego para fins de estatística mas o fato é que, quem trabalha "part-time" (meio-período), não dá pra viver porque não consegue pagar nada além da roupa do corpo e da alimentação de fast-food. Significa que trabalho "part-time" é meio trabalho e deveria ser contado estatisticamente como tal, sem mentiras.

A crise na Austrália se agrava a cada ano, como mais pessoas sem-teto nas ruas, sem emprego, mais dependência dos benefícios sociais que têm sido cortados e dificultados cada vez mais também, pessoas que, quando conseguem, moram de qualquer jeito, nos fundos das casas dos pais, se amontoando em comunidades dividindo casas e apartamentos com estranhos em beliches, ou até senhoras respeitáveis morando em carros ou caravans estacionadas no meio da rua. Tudo isso pode ser lido no Sydney Morning Herald, tido como o melhor jornal de Sydney em seu web site, não vou nem me dar ao trabalho de procurar para colocar os links aqui desta vez. O link do jornal está aí do lado.

Postando Pouco

Gostaria de dizer que tenho postado pouco porque meu tempo disponível agora vai mais para ler a mídia alternativa com avidez, em busca da verdade sobre o Brasil, cujos links também estão aí do lado, do que para produzir minhas abobrinhas e "opiniões" (em outras palavras, "inúteis"), conforme meus detratores. Parte do meu tempo também tem sido gasto em atualizar, modificar, re-arranjar, organizar estes tais links aí do lado, colocando-os em grupos compatíveis. E tenho uma porção de posts "in progress" (em andamento), aguardando ilustração com imagens "repartidas" da internet.

Minhas opiniões, diga-se de passagem, seriam levadas a sério se eu tivesse um título qualquer, uma condecoração a exibir, ou fosse pelo menos um jornalista de verdade, se bem que hoje em dia nem diploma é mais necessário para isso no Brasil. 

Mas o que me desgraça é minha associação com o Espiritismo.

Aliás, sobre este fator, de uns tempos para cá multiplicaram-se os dissidentes do Espiritismo a lhe criticarem e tentarem atualizá-lo diante dos dias e das mentalidades contemporâneas, de modo que o principal objetivo do meu blog tornou-se mínimo agora: já tem gente muito mais competente fazendo o que me propus. Então, bloguinho querido, bye, bye. Links para os detratores e desafiadores do Espiritismo também estão aí do lado, para seu deleite. Toda crítica é saudável, afinal. Crítica civilizada e sem baixaria...

YOLO, you only live once (só se vive uma vez). Para os coxinhas
adeptos desta filosofia, a vida é assim como um parque de diversões
em que você pode fazer tudo o que quiser porque, afinal, quando morrer
estará tudo acabado e ponto final. A crença é boa para os amantes
dos excessos, os empresários e políticos corruptos e impunes,
fundamento do capitalismo de extrema direita, e tudo se encaixa
direitinho. Só pensa nas consequências quem é responsável.
Insignificância

Bem, não pretendo abandonar esta lata de despejo das minhas ideias polêmicas, mas sinceramente, diante de tanta gente competente hoje em dia, à qual tenho tido acesso até porque inventei de levar este blog adiante, eu me calo e me recolho à minha insignificância.

Enche-me de orgulho que exista tanta gente indignada com o andamento do mundo e tentando fazer alguma coisa para contrapor o avanço da insanidade. Deste grupo faço parte. 

Calado como quem ouve uma sinfonia de silêncio e de luz...

Também me surpreende cada vez mais quando, por exemplo, um evangélico me envia pelo WhatsApp do Brasil um vídeo com a palavra de um... Espírita! Ora, a minha opinião sempre desprezada acaba prevalecendo, e tenho um orgulho muito grande quando tal coisa acontece, que não é a primeira vez. Trata-se do reconhecimento da verdade acima de qualquer crença. Recebi apenas a metade final deste vídeo, e consegui achar o autor e o vídeo integral na internet, cujo link adicionei imediatamente aí do lado e reproduzo o vídeo abaixo.

Se Colá

O tema do vídeo é "Se Colá", digo, "Jeitinho Brasileiro", e o que mais nos impressionou, eu e a minha esposa, foi pela primeira vez ouvir alguém falar a mesma linguagem que nós sobre a vida no exterior, fora do Brasil. Linguagem crítica e desencantada, realista pé no chão.

Foto do tal paraíso! Nós, ratos das praias do nordeste do Brasil, não
conseguimos nos impressionar com as praias frias e ventosas da
Austrália, que nos desculpem (a seta é de um apartamento para
vender sendo anunciado)
Quer dizer, realmente e pensando bem, ultimamente minha esposa tem encontrado brasileiras que têm dito a mesma coisa, para nossa surpresa, pois no passado até recentemente, a grande maioria insistia em dizer que a Austrália era o paraíso, o mesmo servindo para todos os países afluentes, principalmente a América, muito mais corrupta do que a Austrália. A auto-crítica nacional afinal está despontando.

Devo ter citado aqui este caso, mas citarei mais uma vez: uma conhecida de um parente, quando leu o blog da minha esposa, enviou mensagem perguntando "onde é que morávamos, pois no lugar onde ela morava era o paraíso" em Sydney. Pra que esta mulher foi falar isso, meu cumpadre? Depois que ela falou, o tal lugarzinho onde ela mora nos chamou a atenção, e o que é pior, é um dos mais citados nas notícias como vítima de crimes, acidentes, e o diabo a quatro, tudo o que não caracteriza um tal paraíso. Ela não deve ler jornal ou ver noticiário de TV. 

Mas não lhe provocamos, deixa ela continuar pensando como pensa pois não é fácil mudar a consciência das classes médias brasileiras, senão impossível. 

Rossandro Cresce

O palestrante chama-se Rossandro Klinjey, mas com este nome ele é paraibano com um dos nossos mais maravilhosos e carinhosos sotaques. Veja como este sujeito se refere ao golpe e tudo o que está acontecendo na sociedade brasileira de forma surpreendente e única. Depois caia pra trás.


E para finalizar, registremos nosso regozijo por ter estado testemunhando o pega-pra-capar entre as elites brasileiras, atualmente se engalfinhando.

Aproveito para reproduzir um emocionante e regozijante protesto em Paris cantando a música de Chico Buarque, Apesar de Você, interpretada pela Orquestra Debout no dia 4 de junho de 2016 na praça da República em Paris, contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff do Brasil que ocorreu naquele ano longínquo. Não saberíamos todos nós que o golpe iria perdurar por tanto tempo e destruir completamente o país em 14 anos de crescimento mundial, na nossa ausência, em apenas um ano e meio, uma vingança record:


Na página do vídeo na internet tem o seguinte comentário:
No Brasil, um Golpe do Estado parlamentar afastou do governo Dilma Rousseff, presidente eleita democraticamente, beneficiando um governo interino conduzido por uma direita ultraconservadora e massivamente corrompida. Na França, um governo em total contradição com o programa eleitoral que o colocou no poder impõe com mão de ferro um programa de reformas liberais, bloqueando o debate parlamentar para evitar ficar em minoria. O rolo compressor neoliberal, em todo o lugar, controla a mídia, impõe seu credo e oprime as aspirações dos povos. Em ambos os lados do Atlântico, diante desse assalto à democracia, mulheres e homens se organizam, de pé, para tomar nas mãos o debate político, em praça pública, longe dos holofotes ilusórios da mídia. Em ambos os lados do Atlântico esse combate também passa pela música.
Bella Ciao

Agora o mais incrível: quando contei para um colega turco que o Brasil havia sofrido um golpe de estado nazista, bem diferente do golpe na Venezuela e na Turquia onde o povo reagiu e não permitiu, ele me perguntou se o povo brasileiro não estava nas ruas pelo menos cantando Bella Ciao. Respondi-lhe, "que diabos é isso"? Ele disse, "mas você não conhece a música Bella Ciao?" Falei que não tinha a menor ideia. Ele então me respondeu que eu precisava conhecer.

Tema do discurso pronunciado em defesa da república pelo partido
comunista italiano, que pode ser traduzido em sincronia com a música
"Vai Passar" de Chico Buarque como "os nazistas vão passar"
Ao localizar este vídeo acima na internet, nas sugestões laterais apareceu a mesma orquestra tocando Bella Ciao, e também um outro vídeo cantando-a em várias línguas europeias, incluindo a língua turca do meu colega. Resolvi dar uma chance para conhecê-la. E para minha surpresa, entendi porque ela não é cantada no Brasil e falei para minha mulher, de novo, da diferença entre nós, brasileiros, e o resto do mundo dito afluente.

Preste atenção à minha conclusão e analogia "brilhante", a "opinião" de alguém que não suspeita, mas vive numa cultura que é cópia da Inglaterra (na Austrália colonizada por britânicos e irlandêses convictos). Agora junte esta pitada de conhecimento com o que o Rossandro falou no vídeo mais acima, misture tudo e abocanhe este bolo mundial gostoso para aumentar o seu prazer e orgulho de ser brasileiro. Isso se você não desenvolveu o complexo de vira-lata muito forte e ainda tem salvação.

A música Bella Ciao (Tchau Querida... ora essa...) é símbolo daqueles que lutam pela liberdade e contra os direitistas nazistas, segundo meu amigo, conhecida na Europa inteira e até no Oriente Médio, mas desconhecida no Brasil, para sua surpresa, já que ele disse que é conhecida em toda a América Latina espanhola. Por ter sido criada na Itália numa época em que os camponeses eram explorados tais como no Brasil até hoje, quem lutava por eles eram os Partisans comunistas de "esquerda" que livraram a Itália do julgo nazista. Foi ao lado desta milícia não oficial que o Brasil lutou na Segunda Guerra mundial e vai ver é por isso que se sabe pouco sobre este episódio da nossa história. Quem luta pelo povo e para o povo é defamado como "comunista" pelas direitas nazistas, riscado da história, então isso quer dizer que trata-se de uma música comunista. Mas não seria por isso que ela é desconhecida no Brasil.

Falei pra ele que finalmente entendi porque a música não é conhecida no Brasil. É porque temos nossas substituições bem melhores
, como esta música "Apesar de Você" de Chico Buarque.

Acorda Amor, chame o ladrão que é mais honesto, você já ouviu este
disco? Música de Chico Buarque. Acorda, babaca.
Como?

A música Bella Ciao conta a estória de um sujeito que, quando se acorda de manhã, vê seu país tomado de assalto, invadido. Ao proteger-se nos Partisans, na luta, ele diz que, se o pegarem e o matarem, que o enterrem na monhanha sob uma flor. Quem ver a flor se lembrará que ele morreu pela liberdade.

Agora veja a profunda diferença desta música cultuada por um povo belicoso e pessimista como o europeu e os brasileiros pacíficos, amantes da diversidade (antes da patologia nazista), carnavalescos e otimistas. Na música de Chico Buarque se promete recuperar-se assim que o usurpador cair, e ele vai cair, e o povo vai dançar e cantar novamente, apesar do sujeito.

Que música tem mais força?


Por quê o brasileiro não assume sua força e sua importância tão clara no mundo? Falta o quê, minha gente? ... falta sermos mais iguais...

Acorda, babaca!

Música Bella Ciao em 9 línguas (Português tá fora):