quinta-feira, 24 de maio de 2018

Vesga Eurovisão 2018

Já falei aqui que o australiano é pirado no festival anual de música Eurovision (Eurovisão no Brasil). Este ano, minha imaginação fértil farejou Brasil em dois países competidores, Noruega e Letônia, conhecida em Inglês como Latvia. Australianos também costumam amar os anos 70 com seus brilhos cafonas, e portanto nada mais adequado do que o excesso de luzes dos festivais Eurovisão. De minha parte, gosto porque tem muita novidade diferente, e muita batida poderosa e moderna. Mas no ano passado quem ganhou foi uma música romântica que surpreendentemente veio de nossa irmã Portugal.

O húngaro András Kállay-Saunders e sua música Running (fugindo) no
Eurovisão 2014 sobre uma menina abusada por um homem violento
que a mãe pôs dentro de casa, quadro típico de uma Austrália, por
exemplo.
Em geral procuro as músicas que mais gosto, fico tocando-as no carro, e alguns artistas merecem uma pesquisa. Achando mais coisas boas do artista, encho meu MP3 player com músicas exdrúxulas que pouca gente conhece. Foi assim com o húngaro András Kállay-Saunders e o lituano Donny Montel, e uma pá de outros artistas totalmente deconhecidos do mundo, e principalmente dos brasileiros. Gosto pra lá de eclético.

Não sei se já falei aqui pra vocês que adoro remixes e provavelmente também disse que minha filha acha engraçado ter um pai que curte boy bands (bandas de rapazes estilo Backstreet Boys). Sim, gosto de várias destas bandas pelas bandas de cá. Além disso, gosto muito de covers também. Há muitos covers que cantam ou tocam melhor do que quem eles imitam, e este é o brilho da internet onde cada um pode se tornar um fenômeno sem sair de seu quarto.

O personal trainer lituano Donny Montell que participou do
Eurovisão 2014 e 2016
Em minha discoteca, digamos assim, tem remixes de Dalva de Oliveira, Caubi Peixoto, Ângela Maria, Reginaldo Rossi e a brasileirada inteira, nova ou velha. Só consigo ouví-los assim. Trabalho muito bom da moçada DJ da internet, exceto quando eles acham de dizerem seus nomes no meio das músicas, aí acabam com elas. Os remixes incluem até Chico Buarque, Elis Regina, Djavan, Caetano, Zizi Possi, e quase todo mundo.

Para minha surpresa e em comemoração a Lula Livre, Brasil foi representado este ano no festival Eurovisão que rolou em Portugal, pois este país que tanto me orgulha depois de tê-lo conhecido foi o vencedor do ano passado. 

A Austrália praticamente pára para assistir e curtir a competição Eurovisão, e talvez por conta disso, ela foi permitida participar, mesmo estando localizada bem longe da Europa. Não seria a única. Israel também está presente desde 1998 quando revolucionou o festival que lançou ABBA em 1974 e Celine Dion em 1988 (esta representando a França por ser de Quebec, parte do Canadá Francês). 

Brasileira Laura Rizotto representando a Lituânia ou
"Latvia" no Eurovisão 2018. A menina foi longe...
A Austrália entrou na competição pra valer em 2015, e chegou até a impressionar mesmo competindo com países quase desconhecidos como Albânia. Porém o debut do Brasil este ano não aconteceu pela primeira vez, segundo um pequeno levantamento da história da competição no Youtube.

É que este ano descobri uma extraordinária figura chamada Laura Rizotto, que é uma brasileira de alta classe. Quer elevar seu nível e esquecer um pouco o ódio e a baixaria da sua mídia corporativa e social atual, assista aos vários vídeos desta garota que insere Português em suas músicas. Ela é um verdadeiro "risoto", muito parecida com a faxineira do nosso prédio... não se escandalize, o que o brasileiro não faz no Brasil, ele faz lá fora, e tudo é razoavelmente digno.

Infelizmente sua música "Funny Girl" (que não é "Garota Engraçada", mas "Amante Fácil") classificou-se em 28º lugar provavelmente pela pior ode à mulher submissa num mundo LGBT cada vez mais feminista, a amante à espera do cabra deixar a mulher para considerar-lhe seriamente, bem ao estilo coronelista ícone de Jorge Amado (em sua ode ao infiel como "que (o amor) não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure") ou Vinícius de Moraes (amante das aparências em "as feias que me desculpem mas beleza é fundamental" ou da mulher-coisa em "essa coisa toda minha, que só deve ter um pensamento, ser só minha até morrer") para quem as mulheres eram fortes na putaria (desculpem o palavrão) e em seus oferecimentos aos homens.

Mas a cantora é muito mais do que isso e realmente vai lhe orgulhar quando conhecê-la. Aqui um exemplo do trabalho de Laura Rizotto, "Miracle"- Tribute to Road Traffic Victims (Milagre - Tributo às Vítimas de Acidentes de Trânsito):


Em Inglês ou Português, o risoto é servido em alta classe como aqui, Friend in Me (Uma Amiga em Mim):


Agora veja o toque brasileiro nesta música representante da Noruega, por Alexander Rybak - That's How You Write A Song (É Assim que Se Escreve uma Música):


Controvérsia

Pesquisando na internet, fiquei sabendo que os maiores fãs do Eurovisão são... LGBT. Mas se você não gosta, é só ignorar. Este ano a controvérsia foi ter feito Israel vencer. Além de Israel também não ser na Europa, sua representante na realidade parecia mais representar o Japão, e sua música lembrou muito a dança da galinha, em outras palavras, ridícula, principalmente diante de tantas outras coisas boas. Mas a gordinha estava destinada a revolucionar na propaganda de Israel para mascarar sua matança em Gaza e seu roubo na posse de Jerusalém, assinada embaixo pelo ex-dono de Jogo do Bicho, digo, cassinos, Trump, primeiro a mover a embaixada de Telaviv para Jerusalem como selo final de apoio e reconhecimento, mais um tapa arrogante na cara do mundo. Diante do que Trump anda fazendo, você ainda tem dúvidas de que a queda das torres de Nova Iorque não foi planejada pelo governo? Para mim a semelhança com a queda da torre em São Paulo recentemente é simplesmente alucinante.

[Fake foto parcial] Salvador Sobral, vencedor do Eurovisão 2017, e
Caetano Veloso numa apresentação especial em 2018 onde ele não

segurou o cartaz Lula Livre
Esquecendo este ultrajante aspecto, foi um prazer ver tanta gente de todas as raças tentando falar palavras em Português em homenagem e agradecimento a Portugal, que divulgou imagens estonteantes de si, e o Brasil se fez de novo presente na apresentação especial do ganhador do ano passado, Salvador Sobral, que convidou o ilustre ancião Caetano Veloso para tentar lhe acompanhar no palco, o que foi feito com classe, mas que perdeu a melhor oportunidade de sua vida de gritar "Lula Livre" para o mundo.

De novo, a Rússia foi boicotada escandalosamente. As pessoas, entre elas os apresentadores, não esconderam suas decepções. No ano passado ela não participou oficialmente porque aconteceu na Ucrânia que havia ganho no ano anterior em mais uma escandalosa manipulação das "forças ocultas" contra o principal rival à dominação unilateral mundial norte-americana. Pivô de mais um escândalo fake news inventado pelos americanos para boicotar a poderosa Rússia de um querido Putin que se elegeu agora por mais 6 anos de governo, a vitória do Eurovisão 2016 foi entregue a uma cantora da Ucrânia, Jamala, falando de seu patriotismo, da desgraçada invasão de seu país regada a um fundo do fogo dos demônios, culpando a Rússia, contra o extraordinário show de alta tecnologia límpida apresentado pelo país de Putin.

Em 2015, Polina Gagarina e suas favoritas milhões de vozes unidas da Rússia para o mundo foi "perdida" para a ode ao herói da Suécia, deixando todos chocados pois era óbvia sua torcida e vitória. Você pode julgar você mesmo assistindo aqui.

Polina Gagarina - A Million Voices (Um Milhão de Vozes, Rússia) - Eurovisão 2015, Semi-Final 1:


Todo o aparato montado com fake news para prejudicar a Rússia politicamente no cenário internacional a partir do palco de uma Ucrânia recentemente dominada e boicotada como vítima de um golpe à brasileira, parte da guerra contra o BRICS cuja pior e mais vergonhosa vítima tem sido o Brasil do golpe, fez com que a Suécia vencesse o Eurovisão de novo enquanto barrava a Rússia sequer de participar. Mas também a fortaleceu internamente e no ambiente da Ásia como jamais esperado. É o tiro saindo pela culatra.

Mas no ano da Ucrância hospedar o Eurovisão, extra-oficialmente a Rússia mostrou sua música em outro palco com tremenda emoção por ter trazido uma cantora deficiente física, Yulia Samoylova, a mesma que defendeu seu país este ano em alto nível, mas cujo boicote mundial nem sequer a classificou para as finais desta vez, em 2018. Obviamente que a perseguição à Rússia não é coincidência e é orquestrada pelos poderes mundiais das sombras. Infelizmente cada ano fica mais clara a manipulação deste festival que tinha tudo para ser algo como as Olimpíadas foram no passado, a promoção da amizade e da paz entre os povos. A nova invenção das votações pelos países e pelo povo sem provas promove o cenário para manipulações por trás dos panos, e só cai nessa quem é idiota.

Chega de tanta mentira, brada o povo em seus subconscientes.

Julia Samoylova - Flame Is Burning (A Chama que Teima - Rússia) - Eurovisão 2017 - Official Video:


Este artigo na Wikipedia explora a enxurrada mundial de fake news, para quem quiser se aprofundar no assunto. Eu não li ele todo, tá? Suponho que tenha alguma verdade nele.

Retrato da Mídia Sobre a Crise na Ucrânia, em Inglês:

https://en.wikipedia.org/wiki/Media_portrayal_of_the_Ukrainian_crisis

Rússia simplesmente não pode ganhar nada nestes últimos anos pois é vítima de uma nova guerra fria pelo motivo de sobreviver com um explendor grande demais, ofuscando e ameçando o poderio unilateral dos Estados Unidos, ameaçando sua "Ponte para o Futuro" de um século de dominação e suas elites econômicas apátridas loucas para tomar o poder no planeta inteiro. Putin sofre hoje no mundo ocidental o mesmo que Lula sofre no Brasil, embora a China, que também sofre, tenha contornado a crise inventada contra ela e a Coréia do Norte com inteligente diplomacia até agora, coisa que atualmente falta nos gasguitos americanos desesperados e ameaçadores da paz nos quatro cantos do mundo. Porém, enquanto os russos protegem seu líder, bem como os venezuelanos, os brasileiros dão um banho mundial de cafajestice e corrupção.

Austrália no Eurovisão 2014


Assim a Austrália se intrometeu no Eurovisão, festival europeu que existe desde 1956, primeiro encaixando-se num intervalo que foi promovido por este vídeo em 2014, mostrando os ícones culturais de um país asiático com cultura anglo. A aborígine Jessica Mayboy representou a Austrália cantando uma música voltada à união das bandeiras, que entretanto não concorreu na competição. 

Jessica Mauboy - Sea of Flags (Mar de Bandeiras, Austrália) - Eurovisão 2014, Intervalo:


Os artistas que representatam a Austrália no Eurovisão até agora mostraram claramente sua sociedade altamente multi-cultural, algo que deveria ser motivo de orgulho mundial, e se depender das redes de free TV do governo, é orgulho realmente. As TVs não exprimem exatamente a orientação dos primeiros ministros, que no caso de hoje em dia, é um bilionário de extrema direita. Elas exprimem mais o pensamento do povo australiano em geral, com críticas e exaltações ponderadas.

Apesar da meia-aborígine australiana Jessica Mauboy ser uma figura bastante expressiva e respeitável no ambiente artístico da Austrália, ganhadora do concurso Australian Idol em 2006, este ano ela exagerou no entusiasmo. Sua dança de pernas abertas avacalhou, e seus gritos se perderam no meio de tanta gente boa, porém mais discreta e com mais classe. Como cidadão australiano, decepcionei apesar de ser seu fã pelo trabalho que tem feito como atriz denunciando o racismo. No final deste vídeo de intervalo do Eurovisão 2014, ela exibe a bandeira da real Austrália, aborígine, trazida por um austronauta do espaço. Naquele ano, a vencedora foi a mulher barbada da Áustria, Conchita Wurst.

Austrália no Eurovisão 2015

Em 2015, o poderoso malasiano Guy Sebastian, ganhador do Australian Idol de 2006, na minha opinião pecou por uma letra frívola falando pras pessoas esquecerem seus problemas e se esbaldarem na noite, que é outro problema crucial na sociedade australiana, causador de brigas, assaltos sexuais e mortes. Durante sua carreira vimos Guy crescer exponencialmente bem como seus músculos e suas tatuagens que hoje são marca registrada nas celebridades artísticas. De uma figura sexualmente ambígua, ele hoje é o protótipo do macho australiano embora esta não seja sua bandeira. Ele "focalizou". Abocanhou o quinto lugar numa Áustria cujo primeiro lugar foi para a Suécia.

Guy Sebastian - Tonight Again (Vamos Repetir Esta Noite, Austrália) - Eurovisão 2015 Grande Final:


Austrália no Eurovisão 2016

No ano seguinte, na Suécia, a explêndida coreana Dami Im, lançada pelo X Factor de 2013, gorjeou no silêncio inócuo de uma separação amorosa e quase abocanhou a vitória no Eurovisão 2016 por sua excelência vocal, ficando em segundo lugar e perdendo para a tal da Ucrânia manipulada politicamente mundo afora para provocar a Rússsia. 

Para quem não sabe, teorias da conspiração dizem que o tal avião que caiu lá foi metralhado por caças norte-americanos e não por lança-mísseis russos estacionados na Criméia, parte da Ucrânia que abrigaria uma população que se considera russa e sempre quis sair do julgo de Kiev. Além disso, um golpe colocou no poder um ditador estilo brasileiro bem típico num golpe militar. Não me peçam muito, o que sei veio das minhas leituras alternativas australianas e neo-zelandêzas bem rápidas por causa da distância daquele assunto nas nossas vidas de brasileiros vivendo na Austrália, embora tudo esteja interligado.

Dami Im - Sound Of Silence (O Som do Silêncio, Austrália) - Eurovisão 2016 Grande Final:


A particularidade principal de Dami Im é que ela esqueceu a letra da música em sua primeira audiência no X Factor, e quase foi eliminada por isso, tendo sido dado-lhe uma chance de continuar, o que a transformou numa das maiores estrelas australianas de todos os tempos, numa prova do poder das segundas chances.

Austrália no Eurovisão 2017

Em seguida foi a vez do aborígine australiano Isaiah Firebrace, ganhador do festival X Factor de 2016, falar que não era fácil pra ele voltar a amar depois de tanta traição bem típicas neste país. Isaiah também esqueceu a letra em sua primeira audiência no X Factor, mas também recebeu a segunda chance redentora. 

A Austrália parece não possuir profundidade para escrever letras filantrópicas nem com o fim de celebrar a paz das nações. Talvez seja exageradamente materialista e produtora de lixo per capita demais no mundo, num determinado nível de superficialidade na vida. Sua perfórmance ficou em nono lugar no Eurovisão 2017 na Ucrânia, perdendo longe para Salvador Sobral de Portugal. 

Isaiah - Don't Come Easy (Não É Fácil, Austrália) - Eurovisão 2017 Grande Final:





Foi manipulação para Portugal também? Se foi, estou para descobrir o motivo, porque tornou-se excelente para divulgar o país a um ponto em que meu filho, vivendo em outro país da Europa, dizer que assistiu todinho e ficou encantado com as paisagens mostradas, elegendo Portugal como seu próximo destino a ser conhecido naquela região, enchendo seu pai de orgulho.

Austrália no Eurovisão 2018

E finalmente Austrália no Eurovisão 2018 em Portugal, com Jessica Mauboy dizendo que descobriu o valor do amor, mas não sabe o que fazer com ele. Austrália está chegando lá? Ela até menciona a frivolidade da vida e dos interesses, mas não entende, não entende. Quem pode entender no mar de fake news que grassa a humanidade do século 21? Ficou em décimo segundo lugar, bem longe da vencedora fake, Israel. Jessica entabulou uma dança meio provocativa, e como hoje em dia vejo Brasil em toda parte, até rodou feito uma baiana num Candoblé.

Jessica Mauboy - We Got Love (Nós Temos Amor, Austrália) - Eurovisão 2018 Grande Final:


Lista dos Vencedores da Competição de Música Eurovisão, em Inglês:

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Eurovision_Song_Contest_winners


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