Mas antes, vamos ressaltar onde estamos e como nos colocamos nestes tempos bizarros em que família briga com família em nome da família, e as duas figuras mais proeminentes que nos representam de cada lado do espectro psiquiátrico da nossa sociedade atual são o representante de um criminoso preso na cadeia e um um outro que é para você já ir se acostumando.
Se adiantasse pudesse, eu apelaria para quem passar por aqui que se dê ao trabalho de assistir a este vídeo corporativo de uma das maiores empresas mundiais no campo de consultoria empresarial e terceirização de serviços estratégicos e essenciais de tecnologia da informação, presente também no Brasil. O vídeo chama-se Inclusion Starts With I (Inclusão Começa Comigo mesmo, meu sinhô) e tem sido divulgado através do globo nesta empresa originalmente norte-americana mas planetária e globalizada. Trata-se de um vídeo mudo, sem palavras, por isso traduzi os letreiros para vocês, meus eleitores, digo, leitores. Este vídeo veio muito a calhar com este momento brasileiro-alemão crucial de definição das raças:
É o embaraço de entrar numa reunião onde ninguém se parece comigo...
... e o embaraço de ser julgado por sair mais cedo para pegar minhas crianças na escola.
É a frustração quando minha opinião não é perguntada ou levada a sério nas reuniões...
... e a frustração de impor minha opinião só para ser taxado de agressivo e raivoso.
É o aborrecimento quando as pessoas presumem que tenho menos compromisso com a vida da minha família só porque sou homem...
... e o aborrecimento quando as pessoas presumem que tenho menos compromisso com o trabalho só porque sou mãe.
É a pressão de ser um super-homem e não falar sobre o que realmente sinto aqui dentro...
... e a pressão para se encaixar de todo jeito.
É a ansiedade de partilhar da minha vida privada no meio da maioria que é heterossexual...
... e a ansiedade de como os outros reagem à minha incapacidade física.
É a chateação de ser trocado por alguém só porque somos da mesma etnia...
... e a chateação quando os clientes assumem que meu colega é meu chefe porque é branco.
É o stress de sentir que esperam mais de mim simplesmente porque não tenho filhos...
... e o stress quando as discussões não são na minha língua nativa.
É exasperador ser rotulado responsável quando mal sei gerenciar...
... e é exasperador quando as pessoas assumem que não tenho mais capacidade nem ambição.
É a indignação de sentir que minha promoção não é tão festejada quanto a dos outros...
... e a indignação quando pensam que fui promovida só porque sou mulher.
Trara-se do nosso dia-a-dia, gente. De coisas grandes e pequenas.
Trata-se do fato de...
... que a cada a 100 reais que uma mulher ganha, um homem ganha 258...
... que as negras ocupam apenas 3 por cento dos cargos importantes...
... que cada 7 entre 10 pais gostariam muito de terem mais flexibilidade no trabalho...
... que as pessoas desabilitadas são mais vítimas de tratamento injusto em potencial no trabalho do que as não desabilitadas...
... que os transexuais são duas vezes mais vítimas de desemprego e quatro vezes mais prováveis de viverem embaixo da ponte...
... que 1 em cada 4 de nós sofrerá de uma desestabilidade mental por ano...
... que a perfórmance da equipe melhora 50% quando todo munto se sente incluído.
Inclusão e diversidade só não bastam... trata-se também de gênero, etnia, orientação sexual, incapacidade física, cultura, idade e saúde mental.
Trata-se de você. Trata-se de mim. Trata-se de todos nós.
Somos todos humanos.
Somos todos únicos.
E todos nós só queremos uma chance.
A chance de sentirmo-nos valorizados e respeitados pelo que somos.
... e para que nossas diferenças sejam aceitas como provas da nossa capacidade de sobrepujá-las.
A inclusão promove o senso de se pertencer, o sentido de ser e o bem estar.
A diversidade inflama a criatividade, a capacidade de resolver problemas e de inovar.
Trata-se do tipo de mundo em que queremos viver e das escolhas que fazemos todos os dias.
Trata-se da visão de um mundo melhor para nossas crianças.
E tudo o que é preciso é apenas uma coisa.
Alguém que se preocupe com isso. Com um compromisso de entrar em ação.
Seja esta pessoa.
Venha para a discussão.
#InclusionStartsWithI (#InclusãoComeçaComigo) AccentureVocê já esteve no sul do Brasil? Você não notou nada diferente? Pois eu notei.
Pude conhecer o interior do Estado de Santa Catarina, o
Na cidade de Blumenau, um rio marrom serpenteando no meio de arquitetura alemã, em que o prédio da prefeitura parece transplantado de navio da Alemanha nazista para o interior do sul maravilha onde dizem que tem se escondido Hitler até hoje. Pois não é que parece que os caras têm razão? Olha ele aí...
Vejam o mapa do novo país a ser desmembrado por estes dias ou nunca mais. Daí você vai ter que escolher morar na república do Paraná, Santa Catarina ou Rio Grande do Sul que vão mudar de nome de braço caudaloso de rio com ilhas no meio para Mächtig Flus com capital Ritzel Merde, de uma santa para Katharina Sankt com capital Polizisten Blume e de um rio maior ainda para GroßFluss Süden cuja capital será Hafen Gay. A este país agregar-se-á a área mais rica do país de hoje, obviamente, que mudará do nome de um santo para Herr Heilig Paul com capital Heil Hitler, com uma bandeira que jamais será (apenas) vermelha.
Aquele novo país será o melhor da América do Sul, superando o Chile que jurará vingança, e reunirá só gente branca de cabelos loiros e olhos claros que podem ser azuis ou azuis. Quem não se enquadrar na nova casta será deportado, enjaulado ou acorrentado. Se você tem olhos azuis mas fala obráico, vai pastar em outras pradarias ou ser mandado para o paraíso dos céus depois de um regime de dieta. Se ninguém consegue ver você de noite, vai ser açoitado no poste eleito, e se você insiste em usar chapéus de penas coloridas vai ser cozinhado para churrasco porque não serve para nada, nem para procriar.
Mulher peluda que come ração... |
Para aqueles que não saem em trios elétricos gritando contra mulheres peludas que comem ração, desculpem o palavrão chulo da porra toda porque eu sou é home, menino eu sou é home...
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