quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Conceito & Preconceito

Neste momento em que o sul do Brasil finalmente está para se tornar independente, e finalmente todo mundo sabe porque, adotando o portentoso e tradicional nome de Brasemanha Ferkel Holz Republik, é com profundo respeito que divulgo aqui um vídeo que reúne a essência do brasileiro que ainda resta no resto do país, um vídeo sobre os últimos estertores dos verdadeiros "homens de bem" em extinção mas ainda em luta por um híbrido de sapo e polvo escorreguento, trancafiado e estofado de dinheiro enterrado com jóias em algum lugar do planeta que ninguém jamais achará.

Mas antes, vamos ressaltar onde estamos e como nos colocamos nestes tempos bizarros em que família briga com família em nome da família, e as duas figuras mais proeminentes que nos representam de cada lado do espectro psiquiátrico da nossa sociedade atual são o representante de um criminoso preso na cadeia e um um outro que é para você já ir se acostumando.

Se adiantasse pudesse, eu apelaria para quem passar por aqui que se dê ao trabalho de assistir a este vídeo corporativo de uma das maiores empresas mundiais no campo de consultoria empresarial e terceirização de serviços estratégicos e essenciais de tecnologia da informação, presente também no Brasil. O vídeo chama-se Inclusion Starts With I (Inclusão Começa Comigo mesmo, meu sinhô) e tem sido divulgado através do globo nesta empresa originalmente norte-americana mas planetária e globalizada. Trata-se de um vídeo mudo, sem palavras, por isso traduzi os letreiros para vocês, meus eleitores, digo, leitores. Este vídeo veio muito a calhar com este momento brasileiro-alemão crucial de definição das raças:


É o embaraço de entrar numa reunião onde ninguém se parece comigo...
... e o embaraço de ser julgado por sair mais cedo para pegar minhas crianças na escola.
É a frustração quando minha opinião não é perguntada ou levada a sério nas reuniões...
... e a frustração de impor minha opinião só para ser taxado de agressivo e raivoso.
É o aborrecimento quando as pessoas presumem que tenho menos compromisso com a vida da minha família só porque sou homem...
... e o aborrecimento quando as pessoas presumem que tenho menos compromisso com o trabalho só porque sou mãe.
É a pressão de ser um super-homem e não falar sobre o que realmente sinto aqui dentro...
... e a pressão para se encaixar de todo jeito.
É a ansiedade de partilhar da minha vida privada no meio da maioria que é heterossexual...
... e a ansiedade de como os outros reagem à minha incapacidade física.
É a chateação de ser trocado por alguém só porque somos da mesma etnia...
... e a chateação quando os clientes assumem que meu colega é meu chefe porque é branco.
É o stress de sentir que esperam mais de mim simplesmente porque não tenho filhos...
... e o stress quando as discussões não são na minha língua nativa.
É exasperador ser rotulado responsável quando mal sei gerenciar...
... e é exasperador quando as pessoas assumem que não tenho mais capacidade nem ambição.
É a indignação de sentir que minha promoção não é tão festejada quanto a dos outros...
... e a indignação quando pensam que fui promovida só porque sou mulher.
Trara-se do nosso dia-a-dia, gente. De coisas grandes e pequenas.
Trata-se do fato de...
... que a cada a 100 reais que uma mulher ganha, um homem ganha 258...
... que as negras ocupam apenas 3 por cento dos cargos importantes...
... que cada 7 entre 10 pais gostariam muito de terem mais flexibilidade no trabalho...
... que as pessoas desabilitadas são mais vítimas de tratamento injusto em potencial no trabalho do que as não desabilitadas...
... que os transexuais são duas vezes mais vítimas de desemprego e quatro vezes mais prováveis de viverem embaixo da ponte...
... que 1 em cada 4 de nós sofrerá de uma desestabilidade mental por ano...
... que a perfórmance da equipe melhora 50% quando todo munto se sente incluído.
Inclusão e diversidade só não bastam... trata-se também de gênero, etnia, orientação sexual, incapacidade física, cultura, idade e saúde mental.
Trata-se de você. Trata-se de mim. Trata-se de todos nós.
Somos todos humanos.
Somos todos únicos.
E todos nós só queremos uma chance.
A chance de sentirmo-nos valorizados e respeitados pelo que somos.
... e para que nossas diferenças sejam aceitas como provas da nossa capacidade de sobrepujá-las.
A inclusão promove o senso de se pertencer, o sentido de ser e o bem estar.
A diversidade inflama a criatividade, a capacidade de resolver problemas e de inovar.
Trata-se do tipo de mundo em que queremos viver e das escolhas que fazemos todos os dias.
Trata-se da visão de um mundo melhor para nossas crianças.
E tudo o que é preciso é apenas uma coisa.
Alguém que se preocupe com isso. Com um compromisso de entrar em ação.
Seja esta pessoa.
Venha para a discussão. 
#InclusionStartsWithI (#InclusãoComeçaComigo) Accenture
Você já esteve no sul do Brasil? Você não notou nada diferente? Pois eu notei.

Pude conhecer o interior do Estado de Santa Catarina, o pior melhor de todos os estados em termos de imigração nazista européia. Suas belas casinholas de beira de estrada são feitas de pau pra danar na cabeça de neguinho atrevido madeira sobre estrados, tão delicadas quanto a arquitetura do dito primeiro mundo em que uma ventania carrega tudo, se assemelhando à casa de palitos dos 3 porquinhos. Casas com cortininhas estampadas nas janelas de vidro como nenhuma casa nordestina jamais poderia ter por falta de fundos, e ainda por cima, ou por baixo, canteiros de flores coloridas, parecendo o paraíso do Shangrilá. Isso tudo montado num imenso gramado verde bordejado de árvores que são só metade porque só têm folhas nas copas, chamadas araucárias.

Na cidade de Blumenau, um rio marrom serpenteando no meio de arquitetura alemã, em que o prédio da prefeitura parece transplantado de navio da Alemanha nazista para o interior do sul maravilha onde dizem que tem se escondido Hitler até hoje. Pois não é que parece que os caras têm razão? Olha ele aí... 

Vejam o mapa do novo país a ser desmembrado por estes dias ou nunca mais. Daí você vai ter que escolher morar na república do Paraná, Santa Catarina ou Rio Grande do Sul que vão mudar de nome de braço caudaloso de rio com ilhas no meio para Mächtig Flus com capital Ritzel Merde, de uma santa para Katharina Sankt com capital Polizisten Blume e de um rio maior ainda para GroßFluss Süden cuja capital será Hafen Gay. A este país agregar-se-á a área mais rica do país de hoje, obviamente, que mudará do nome de um santo para Herr Heilig Paul com capital Heil Hitler, com uma bandeira que jamais será (apenas) vermelha.

Aquele novo país será o melhor da América do Sul, superando o Chile que jurará vingança, e reunirá só gente branca de cabelos loiros e olhos claros que podem ser azuis ou azuis. Quem não se enquadrar na nova casta será deportado, enjaulado ou acorrentado. Se você tem olhos azuis mas fala obráico, vai pastar em outras pradarias ou ser mandado para o paraíso dos céus depois de um regime de dieta. Se ninguém consegue ver você de noite, vai ser açoitado no poste eleito, e se você insiste em usar chapéus de penas coloridas vai ser cozinhado para churrasco porque não serve para nada, nem para procriar.

Mulher peluda que come ração...
Se você por acaso se atreve a não gostar da ideia, vai ter que ralar nas ostras pra conseguir reverter este processo medonho. Mas se avexe não, meu sinhô, que parece que Deus é mesmo brasileiro e está olhando por nós. Ele está tocando trompete de surpresa através de instrumentistas iluminados e com a coragem de Jó para fazer as pessoas felizes de novo, ele está juntando a rapaziada vestida com a cor do sangue sagrado do seu filho mais ilustre, ele está causando uma festa recheada de música e assinaturas espalhadas pelo mundo inteiro, a fim de manter o Brasil unido sobre paus e pedras, pois parece que só um golpe Dele mesmo para isso funcionar. A gente acha que Ele não quer que ninguém vire churrasco soltando as penas por aí, ele os prefere passeando no planalto, na beira do lago Paranoá que não vai mudar de nome, a não ser que o outro lado do lago queira muito. Afinal não ia ficar bem a capital da Brasemanha se chamar Brasemanilha e ia ser difícil carregá-la lá pra baixo de caminhão, tem que ficar alí mesmo, no centro do umbigo da porra toda.

Para aqueles que não saem em trios elétricos gritando contra mulheres peludas que comem ração, desculpem o palavrão chulo da porra toda porque eu sou é home, menino eu sou é home...

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