sábado, 28 de dezembro de 2019

Feliz Saturnália e Ano Novo

Como não sei escrever tão bem, ando republicando artigos que acho interessantes os quais eu escreveria se tivesse competência. Este explica que talvez o Natal seja apenas mais uma conspiração da humanidade. Vamos raciocinar então com este texto de Juan Manuel P. Domínguez. Corrigi alguma coisa para o Português que parecia ter sido traduzida por robôs como o Google Translate.

Horus
Breve (e insuficiente) Antropologia do Natal

Horus


Peter Joseph escreve que há 3.500 anos, num 25 de dezembro, nascia Horus, apelidado de “verdade da luz” ou “filho escolhido de Deus”, que tinha 12 discípulos, foi batizado por Anup e traído por Typhon, morreu na cruz e no terceiro dia ressuscitou.


Atis


Atis nasceu na Frígia, 3.200 anos atrás, de uma virgem, num 25 de dezembro. Uma estrela o anunciou. Ele realizou milagres, teve discípulos, foi crucificado e ressuscitou.


Mitra


Na Pérsia, Mitra nasceu de uma virgem em 25 de dezembro, teve 12 discípulos, produziu milagres, morreu e ressuscitou no terceiro dia, foi apelidado de “a verdade” ou “a luz” e, curiosamente, foi adorado no domingo.


Dionísio


Attis
Na Grécia, 500 anos antes de Jesus, em 25 de dezembro e também de mãe virgem, nasceu Dionísio, o “rei dos reis” ou “filho único de Deus”, que transformou a água em vinho e ressuscitou depois de ser sacrificado.

Os Três Reis


Todos eles, segundo Joseph e outros teóricos do Zeitgest são representações do sol. A sequência do nascimento de Jesus e outros personagens mitológicos é completamente astrológica e a estrela que os anuncia e aponta para onde o Sol nasce (o Oriente) é Sirius.


Em dezembro, Sirius se alinha com as três estrelas mais brilhantes do Cinturão de Órion, conhecidas como “Os Três Reis”. Assim, os três magos famosos podem ter sido três astrólogos ou, na sua falta, uma metáfora dessas três estrelas que seguem Sirius e que indicavam onde o Sol renasceria.


Saturnália
Mitra

Nos tempos antigos, o solstício de inverno era celebrado (por estar no hemisfério norte) com um festival pagão em Roma chamado Saturnália. Os motivos da celebração eram principalmente dois:

  • Em homenagem a Saturno, que era o Deus da agricultura na época
  • Como uma festa de triunfo, depois do anoitecer (Sol Invictus)
Esta celebração era realizada entre 17 e 23 de dezembro, quando o Sol entrava na constelação de Capricórnio (cujo regente de Capricórnio é Saturno). Era à luz de velas e/ou com tochas que eles comemoravam um novo período de luz e o fim do período mais sombrio do ano.

Para eles, o Invictus Sun nascia em 25 de dezembro, coincidindo com o Solstício de Inverno.


Dionisio por Caravaggio
É provável que a celebração de Saturnália também se deva à conclusão do trabalho no campo, dando lugar a um descanso depois de muito trabalho (também Saturno) para todos, plebeus e escravos.

A Saturnália era celebrada por sete longos dias e havia até trocas de presentes, sendo grandes celebrações acompanhadas de boas e abundantes festas.


Virgem

Virgem não faria alusão a Maria, mas ao signo de Virgem, que em latim significa intocado e que astrologicamente é representado por uma mulher com uma espiga de trigo na mão. O pão é feito com trigo e, não por acaso, Belém significa “Casa do Pão”.


Há também especulações de que Cristo nasceu em setembro, sob o signo de Virgem com Peixes ascendente, um sinal que dá nome à atual era astronômica, que começou com o cristianismo.


25 de Dezembro

Para os antigos, o solstício de inverno simbolizava o processo da morte: em 21 de dezembro, no hemisfério norte, o Sol chega ao sul no ponto mais baixo do horizonte, “freia” perto da constelação de Southern Cross e fica lá por três dias antes de mudar de rumo. É o fenômeno que na astronomia é conhecido como “ainda é sol”.


Em 25 de dezembro, o Sol retoma seu caminho ao contrário, ou seja, ao norte, na proporção de um grau por dia, anunciando cada vez mais dias luminosos no hemisfério norte.


Esta escultura A Saturnália está localizada no Jardim Botânico de
Buenos Aires, no bairro de Palermo, e é uma cópia da original que
está em Roma, criada pelo artista italiano Ernesto Biondi.
Cruz

A crença de que o filho de Deus morreu na cruz e no terceiro dia ressuscitou seria reduzida a um simbolismo astronômico: o Sol “morre” perto do Cruzeiro do Sul e depois de três dias “ressuscita”, ou seja, muda de rumo e traz mais e mais luz para o norte.


Isso explicaria por que Jesus, Hórus, Atis e todos os outros compartilham o processo da cruz e da ressurreição após três dias. Os 12 discípulos são as 12 constelações zodiacais, pelas quais o Sol viaja anualmente e a cruz cristã é a cruz do zodíaco, que divide o ano em quatro estações.


Natal


A partir do Renascimento, o homem se coloca como eixo de todo o universo. Isto explicaria essa atualização do Natal, que na antiguidade celebrava uma era de abundância agrícola, e nessa nossa modernidade celebra a nascimento do “filho do homem”. O Natal poderia ser considerado uma autoafirmação da nossa cultura eurocêntrica (a qual tem colonizado o mundo inteiro), que coloca o homem, uma páter familias (o nosso pai) no centro de todas as coisas. Vestígio do falocentrismo patriarcal que ainda sobrevive no nosso inconsciente coletivo e se reproduz através da prática dos nossos costumes, da nossa língua e, por fim, dos nossos atos conscientes que prevalecem dentro do imaginário é que fundamenta as bases da dominação de gênero na nossa cultura.


Eu? Negativo? Negativo és tu.
O Natal configura uma série de valores de perdão, amor e concílio que contradizem de pleno a metodologia que fez o cristianismo ser instaurado fora da Europa ocidental: a violência, a perseguição, a intolerância e o extermínio das culturas vernáculas das regiões onde os europeus cristãos “enviados de Deus” pisavam para explorar e saquear as riquezas desses povos.

Existe a possibilidade de perdão? Existe espaço para uma celebração do nascimento do homem em nome de quem se cometeram tantas atrocidades? Em nome de quem foi praticada tanta violência e tanta intolerância? Seria celebrado o Natal, essa data de amor puro, nessas terras, se ela não tivesse sido conquistada através da violência e do horror?


O Natal, celebrado em território que foi violentado de forma impiedosa para que assim pudesse acontecer essa data de confraternização humana, é uma mostra de quão pouco cientes somos da nossa história, do verdadeiro sentido do nosso presente. De quanto precisamos ainda nos envolver na batalha cultural para que assim a emancipação humana não caminhe em direção de uma utopia racionalizada e sim de um propósito cotidiano, amorfo e imprevisível de amor, tolerância e acolhimento ao próximo?


Publicado em 23/12/2019 por Juan Manuel P. Domínguez, militante, professor, roteirista, produtor e diretor de cinema. Fotógrafo especializado em fotografia de documentário para a defesa dos direitos humanos. Escritor e jornalista.


https://midianinja.org/juanmanuelpdominguez/breve-e-insuficiente-antropologia-do-natal/


domingo, 1 de dezembro de 2019

Espíritas Progressistas

Meio perdido no tempo e no espaço desde que retornei ao Brasil, diante de tantas atividades, tantos acontecimentos e ocorrências, por fim deparei-me com vários artigos sobre Espiritismo publicados principalmente pelo site Carta Capital. Como tive um arranca-rabo com a Federação Espírita por haver voltado a frenquentar e descoberto que lá é mais um ninho de cobras bolsonaristas, foi com grande alegria que descobri minha turma, a dos Espíritas à Esquerda ou Espíritas Progressistas. Mas, pasmem, não consigo passar disso, só saber que existem e pronto. Fazer parte é uma novela que ainda não acabou como a ridícula Dona do Pedaço da Globo.

Diga-se de passagem que, entre os dissidentes, tem gato e cachorro também. Mais uma prova divina para expiarmos a fim de destilarmos nossa própria consciência e capacidade de discernimento, então é preciso analisar-se cada texto ou pessoa que se auto-intitule progressista ou conservadora, porque elas podem não ser nada disso, muito pelo contrário.

Divaldo Pereira Franco, a sumidade que representa os Espíritas
alienados sociais brasileiros da atualidade, durante o congresso de
Goiás
Daí que os artigos já rolam desde 2018, e o melhor deles, que mais me representa no momento, transcrevo aqui sem pedir permissão ao site Espiritismo com Kardec, fonte do artigo do site GGN de Luis Nassif, que espero seja concedida em nome da divulgação.

Nota de resposta à entrevista coletiva de Divaldo Franco e Haroldo Dutra no congresso de Goiás

Fevereiro 17, 2018 - Autor: Marcelo Henrique

Espíritas que somos, os abaixo-assinados, tornamos pública a nossa desaprovação a diversas opiniões que foram expostas no vídeo que circulou essa semana nas redes sociais, e que depois foi retirado do Youtube.

Declaramos que elas não nos representam e não representam o espiritismo, pois são apenas opiniões pessoais de seus autores, e que, em nosso entender, carecem de fundamento teórico e científico.

Aliás, médiuns e oradores não têm autoridade para falar em nome do espiritismo.
Ninguém tem essa autoridade, nem mesmo instituições federativas.

O espiritismo é uma ideia livre, cuja maior referência é Kardec

Mas cujos livros também não podem ser citados como bíblia.

Para manifestarmos ideias e posições do ponto de vista espírita, segundo a própria metodologia proposta por Kardec, temos de dialogar com a ciência de nosso tempo, usar argumentos racionais e adotar de preferência posturas que estejam de acordo com os princípios básicos da ética espírita, que são os da liberdade de consciência, amor ao próximo, fraternidade, entre outros.

O movimento espírita brasileiro está longe da unanimidade em todos os temas, sobretudo os que se referem a questões contemporâneas e, por isso, é importante delimitar as posições, para deixarmos claro que declarações como as que foram feitas neste vídeo não representam o espiritismo.

Dessa forma, rebatemos alguns pontos da referida entrevista:

Não Existe República de Curitiba

Divaldo referiu-se à República de Curitiba e a seu suposto “presidente”, Sérgio Moro. Não existe uma República de Curitiba, pois segundo nossa Constituição só há uma República a ser reconhecida em nosso território, e é a República Federativa do Brasil.

Ex-Juiz Moro Não É Presidente de uma República que Não Existe

E a referência a um juiz federal de primeiro grau como o Presidente desta acintosa República é um grave desrespeito ao Estado, à nação brasileira, atribuindo a tal república poderes inexistentes em nossa Constituição.

Postura de Culto a Personalidade

Além dessa nociva postura marcadamente messiânica e de culto à personalidade, pode dar a entender que o restante do povo brasileiro não presta e que não há pessoas boas espalhadas pelo Brasil dando o melhor de si.

Ex-Juiz Moro Não É Venerando

Divaldo chama esse mesmo juiz de “venerando” – o que é altamente questionável, dadas as críticas de grandes juristas nacionais e internacionais à parcialidade desse juiz e a seus atos de ilegalidade, que feriram a Constituição, e às notícias que correm na mídia de seu conluio com determinados segmentos e partidos.

PT Não É Marxista e Incentiva Ódio

Divaldo assume uma postura claramente partidária, contrária ao PT – o que é de seu pleno direito, mas nunca em nome do espiritismo – fazendo, porém, uma crítica rasa, com uma miscelânea conceitual, chamando o governo desse partido de marxista e assumindo um discurso próprio da polarização extremista, manipulada e sem consistência que invade nossas redes sociais e nossa vida política, contribuindo para os momentos de incertezas e de medos em que vivemos.

Não Existe Ideologia de Gênero

Há uma fala extremamente problemática que se refere à chamada “ideologia de gênero”. Não existe “ideologia de gênero” – este é um termo criado por setores fundamentalistas da Igreja Católica e depois adotado pelas Igrejas Evangélicas. Existe sim uma área de pesquisa no mundo que se chama “Estudos de Gênero” – que teve influência de Michel Foucault, Simone de Beauvoir e Judith Buttler. Os “Estudos de Gênero” se dedicam a procurar entender como se constitui a feminilidade e a masculinidade do ponto de vista social, se debruçam sobre questões de orientação sexual, hétero, homo, transsexualidade – ou seja, todos fenômenos humanos, que estão diariamente diante de nossos olhos. Podemos concordar com algumas dessas conclusões, discordar de outras, deixar em suspenso outras tantas. Esse olhar é muito recente na história e ainda estamos apalpando questões profundas e complexas – e em nosso ponto de vista espírita, não é possível ter plena compreensão delas sem a chave da reencarnação. Uma abordagem puramente materialista jamais vai dar conta do pleno entendimento do psiquismo humano. Mas estamos muito longe de ter gente reencarnacionista competente, fazendo pesquisa séria, para dialogar com pesquisadores com abordagens meramente sociológicas ou psicológicas. Então, nós espíritas, não temos ainda melhores respostas que os outros e não podemos, por cautela, seguir a cartilha dos setores conservadores mais radicais de generalizar esses estudos sob o termo, usado aqui pejorativamente, de ideologia, para desqualificá-los como “imoralidade ímpar”. Parece-nos que uma dose de humildade científica, prudência filosófica e bom-senso faria bem a todos nesse ponto, especialmente quando o domínio sobre os corpos e a sexualidade sempre foi um ponto central para as religiões ocidentais.

Estudos de Gênero Não São Marxistas Nem Comunistas

Divaldo revela também completo desconhecimento dessa área de estudos de gênero, alinhando-a ao marxismo e ao comunismo. As grandes lideranças desses estudos estão nos Estados Unidos e na Europa. Aliás, os estudiosos desse tema encontram-se em diversas correntes de pensamento, desde marxistas até pós-modernos de diferentes matizes e até liberais. Ao fazer isso, mais uma vez, mostra a adesão a um discurso pronto, midiático, que ressoa nos setores evangélicos e católicos mais radicais, que primam por taxar qualquer ideia ou debate que lhes desagrade com o termo “comunista” – um grande espantalho generalizante, simplista e esvaziado de sentido, mas que tem sido eficaz, ao longo dos tempos, para dar forma a medos sociais e, assim, orientar o ódio e o ressentimento das pessoas contra certos alvos.

Por fim, deixamos aqui as seguintes afirmações:

Divaldo Não Nos Representa

Nenhum médium ou orador pode falar em nome de todos os espíritas ou em nome do espiritismo. Isso é, por si só, desonestidade intelectual;

Divaldo Não Usa a Lógica

Quando um espírita, sobretudo se tem influência sobre a comunidade, manifesta uma ideia ou uma opinião, tem por dever se informar sobre os temas de que está falando, usar referências confiáveis e estar em consonância com a lógica, com a ciência e com o bom senso.

Divaldo Não Respeita os Discriminados

Deve também, preferencialmente, defender os direitos dos mais fragilizados socialmente, no caso, as mulheres, as crianças, os membros da comunidade LGBT+, que são objeto dessas discussões dos estudos de gênero, justamente por estarem vulneráveis a todo tipo de violência e desrespeito em nossa sociedade, além dos negros e negras, as juventudes periféricas e as pessoas com deficiência.

Divaldo Reforça o Discurso de Ódio

Não deve alimentar discursos de ódio partidário e nem medidas punitivas contra quem quer que seja: nossa bandeira é a da educação, da fraternidade entre todos e da paz, comprometidos com a democracia, a justiça social e a regeneração da sociedade.

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Vídeo de Divaldo Discursando no Congresso de Goiás

Veja o trecho da declaração de Divaldo a esse respeito no Congresso de Goias [Este vídeo foi retirado do Youtube mas pode ser visto na página do Espiritismo com Kardec, abaixo]

https://www.youtube.com/watch?v=n7NXgIvnNDM

https://www.comkardec.net/nota-de-resposta-divaldo-haroldo/

https://jornalggn.com.br/noticia/espiritas-progressistas-respondem-a-entrevista-coletiva-de-divaldo-franco-e-haroldo-dutra/

Mais Dissidentes

Na rota de achar que era o único Espírita dissidente que não conseguia me encaixar no retrocesso e conservadorismo que tomou conta do Brasil, prossegui encontrado muito mais gente discutindo esse mesmo assunto, e um dos artigos interessantes veio do site de Jean-Luc Picard, Espiritismo Original. Se não fosse o uso da palavra "seita", dava até para levar em consideração, mas mesmo assim, vamos ajudar aqui a desenvolvermos nossas próprias consciências ouvindo outros dissidentes. Além disso, tem erros de digitação... que corrigi aqui.

Como os "Espíritas" Conseguem Enganar Pessoas Progressistas?

É sabido que o "Espiritismo" brasileiro sempre foi conservador, por ser uma adaptação brasileira dos ideais de Jean Baptiste Roustaing, um ideólogo neo-medieval de formação católica. O próprio Chico Xavier, tido como maior liderança dos "espíritas" brasileiros, deu entrevistas demonstrando o mais medieval dos tipos de conservadorismo.

Seu progressismo é de fachada e se limita a simpatia que lideranças tem por seitas esotéricas, estigmatizadas como impulsionadoras do pregresso humanitário. Muitas vezes esse falso progressivismo é usado como isca a atrair fiéis a procura de novidades que passem além das outras seitas cristãs, sem arruinar o repertório dogmático delas.

Mas o conservadorismo dos "espíritas" se tornou bastante explícito pelo apoio dado pelas lideranças ao golpe jurídico-midiático de 2016, onde uma presidenta de orientação progressista, honesta e responsável, foi expulsa do poder para dar lugar a uma verdadeira quadrilha de mafiosos, vários deles fotografados do lado de lideranças "espíritas". 

Mesmo assim, há um grande número de pessoas de orientação progressista que seguem o "Espiritismo" brasileiro, iludidos pelo suposto compromisso social tradicionalmente atribuído à seita e que nunca conseguiu transformar de fato a sociedade brasileira, nunca passando de mera filantropia paliativa.

Vamos listar aqui algumas armadilhas que os conservadores "espíritas" constroem para capturar incautos de mentalidade progressista que confiam na suposta perfeição da doutrina.

A Religião do Altruísmo

Os "espíritas" se vendem como a religião do altruísmo, como se ajudar os mais carentes fosse a sua principal meta. Dá a ilusão de que "espíritas" são verdadeiros ativistas sociais, empenhados em tornar a sociedade mais justa, de forma incansável e incessante. 

Mas a prática mostra que "espíritas" fazem caridade exatamente como as outras religiões, sobretudo as neo-pentecostais. Uma caridade paliativa que embora feita de forma constante, não elimina a desgraça dos mais carentes e serve mais para promover as lideranças como "tutores da humanidade", complementando o processo de divinização (no "Espiritismo" as lideranças são divinizadas).

O altruísmo "espírita", mesmo ineficiente e paliativo, tem atraído a simpatia de muitas pessoas e para os progressistas serve de suposto ponto de afinidade com as ideologias consideradas "de esquerda". Até porque para quem não presta muita atenção nos resultados, só a construção de casas cheias de carentes já justifica o estigma altruísta, atraindo progressistas para a seita.

Suposto Progresso Humanitário

Apesar de deturpado, o "Espiritismo" carrega em seu estigma a associação com a doutrina original do mesmo nome que se assumia racional. Este estigma obviamente foi distorcido para se adaptar aos interesses dos seguidores de Roustaing, impedindo a verdadeira racionalidade que poderia destruir alguns dogmas absurdos que favorecem a manutenção da deturpação.

Para manter, mesmo de mentirinha, a intenção de alavancar o progresso da humanidade, "espíritas" recolheram grande quantidade de enxertos extraídos de seitas esotéricas, dando a ilusão de racionalidade. Ha também a bajulação a intelectuais e cientistas que reforça o estigma de "seita racional".

Este estigma de racionalidade se tornou um diferencial e principal justificativa dos fiéis para permanecer na seita. Este estigma acaba atraindo pessoas de orientação progressista que se iludem com a falsa racionalidade da doutrina, pensando ser os dogmas um resultado de muita pesquisa e análise quando na verdade foi pura fé, pura crendice emocional.

Suposta Honestidade e Suposta Ausência de Escândalos

A vantagem dos "espíritas" é que seus membros costumam ser bastante discretos. Isso tem ajudado muito a reservar a reputação de suas lideranças, muitas delas formadas por verdadeiros charlatães e malabaristas das palavras. Mas a farsa não aparece por causa dessa discrição e do silêncio midiático que impede o conhecimento da opinião púbica dos escândalos nos meios "espíritas".

Esta fama de uma religião sem defeitos, com lideranças 100% honestas e intensamente altruístas tem atraído progressistas que seguem iludidos com aquilo que aparece diante de seus olhos, ignorando toda a farsa que só aparece diante de corajoso questionamento e de profunda análise.

Por isso que há "espíritas" de ideologia progressista, ignorando que a hoje mais conservadora das religiões, ressuscitadora do Catolicismo mais medieval, passa bem longe do verdadeiro compromisso de tornar uma humanidade mais justa e próspera.

Postado em 18 de janeiro de 2018 por Capitão Picard

http://espiritismooriginal.blogspot.com/2018/01/como-os-espiritas-conseguem-enganar.html

Outros Artigos Preciosos

Espíritas Progressistas Manifestam Preocupação com Cenário Político, sem data:

https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/espiritas-progressistas-manifestam-preocupacao-com-cenario-politico/amp/

Manifesto de Espíritas Progressistas Pede Justiça, Paz, Democracia e #EleNão, 25 de setembro de 2019:

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/manifesto-de-espiritas-progressistas-pede-justica-paz-democracia-e-elenao/

Redes Sociais Agregam Espíritas Progressistas, 28 de julho de 2019:

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Nós, Reencarnacionistas, Precisamos Cuidar do Planeta, 9 de maio de 2019:

https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/nos-reencarnacionistas-precisamos-cuidar-do-planeta/

Cura Gay, LGBTS, Kardecismo e as Interpretações Equivocadas, 29 de abril de 2019:


https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/cura-gay-lgbts-kardecismo-e-as-interpretacoes-equivocadas/

Kardec, o Camponês que se Tornou o Bom Senso Encarnado, 22 de outubro de 2018:

https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/kardec-o-campones-que-se-tornou-o-bom-senso-encarnado/

Espíritas Lançam Manifesto Contra Bolsonaro, 5 de outubro de 2018:

https://www.brasil247.com/poder/espiritas-lancam-manifesto-contra-bolsonaro

Cresce o Número de Espíritas Progressistas no Brasil, 28 de maio de 2019:

https://headtopics.com/br/cresce-o-n-mero-de-esp-ritas-progressistas-no-brasil-cartacapital-6109895

Jean-Baptiste Roustaing, o homem que deturpou o Espiritismo, 17 de novembro de 2013:


Você Se Acha Progressista e Apoia Chico Xavier? Preste atenção em você! 4 de março de 2019


Espiritismo Brasileiro Passou a Defender Bolsonaro? 2 de julho de 2018: