Tico Javier

Chico Xavier com 39 anos, base da
nossa fantasia aqui

Será que é pecado eu escrever sobre este assunto?

Por conta do filme "Chico Xavier", Francisco Cândido Xavier acabou sendo exposto à mídia e a entrevistas e conjecturas instigantes e invasivas sobre sua vida e comportamento privado.

Cá pra nós, tenho minha opinião e gostaria de fazer uma alegoria fantasiosa aqui.

Fantasia

Vamos supor que houvesse um personagem como Chico Xavier que fosse gay e vamos chamá-lo de Tico Javier. 

Nascido em 1910, na época de sua juventude, entre 1920 e 1940, desde quando ele era adolescente até os 30 anos, Tico, apesar de baixinho, era um morenão bonito e sarado, com um leve defeito no olhar, o que daria pra se constatar em suas poucas fotos divulgadas. 

Promessa de escoteiro americano: Pela minha honra, darei o melhor 
de mim para cumprir minha missão por Deus e meu país. Obedecerei 
às leis dos escoteiros, a fim de ajudar a outras pessoas em todas as 
horas, a manter-me fisicamente forte, mentalmente alerta e moralmente 
correto. Um escoteiro é confiável, fiel, solícito, amigável, cortês, 
divertido, obediente, alegre, parcimonioso, bravo, limpo e reverente.
Antigamente esta era a escola de formar os homens do futuro. Hoje
o escotismo aparece quando você Google "gay bashers" (predatores
de gays). Defamação injusta por inversão de valores e profundo 
erro moral de interpretação.

Por ter tal compleição física, ele deveria chamar atenção dos gays e predatores do sexo masculino de plantão como em todas as épocas da história da humanidade, mas ainda naquela época o movimento de orgulho gay não existia, e quem tivesse a sorte de ser gay, sua melhor opção seria viver por baixo dos panos, nos bastidores, discretamente, a fim de conseguir viver com o mínimo de dignidade e respeito dos outros.

Qualquer homem "normal", ao ser acometido por tal "maldição", se recolheria e haveria de preferir viver como todo mundo, mas ao não poder, lhe restaria a discreção, ou seja, viver uma vida sem contatos sexuais de nenhum tipo, evitando ser exposto a situações sensuais com ambos os sexos, e de preferência, redirecionaria os pensamentos para algo que o absorvesse completamente, tomando-lhe todo o tempo disponível. Se isso ainda por cima lhe proporcionasse notoriedade, seria um bônus.

Orgulho de ser heterossexual. Pense bem, isso não parece
provocação? O mesmo se dá com outros tipos de orgulhos...
pra que futucar o diabo com vara curta?

Algo assim como tornar-se um padre para os homens, uma freira para as mulheres, se bem que seus "segredos" acabariam sendo descobertos nas últimas décadas de perda de privacidade por falha de controle deles em suas pequenas recaídas inocentes que eventualmente resultaram nesta indústria financeira de acusações e processos atualmente. 

Em outras palavras, Tico optaria por viver escondido sem poder ser quem ele era mesmo por causa da inaceitação, rejeição e zombaria social. Nesse caso, nada melhor do que assumir um trabalho beneficente para reconstituir-lhe o ego e o orgulho, um trabalho de ajuda aos outros, sem tempo para si próprio, horário integral, sem pausa para descansar, aproveitando um dom divino que recebera, a sua oportunidade. Sexo seria sublimado ou mantido aprisionado sob pesadas correntes.

Enclausurado

Tal atitude, no entanto, não eliminaria o jeito de ser mais íntimo da pessoa, então se ele havia sido criado com feminilidade, esta transpareceria em seus atos, de um jeito ou de outro, cedo ou tarde, principalmente para aqueles que casualmente conseguissem conviver cotidianamente com ele. As pessoas teriam muitas interrogações sobre sua vida particular, o que não era da conta de ninguém, mas elas são assim, invasivas e críticas, só o respeitando por causa do tipo de trabalho que ele fazia.

Porém, sendo um homem do bem, ligado profundamente à ajuda às pessoas, bonachão, nada mais adequado do que ter um jeito sensível e manso, ou seja, sua ocupação justificaria seu jeitinho feminino mesmo que ele não apresentasse tendências do gênero. 

O que têm estes ponies (cavalinhos pôneis) que fazem os jovens 
heterossexuais do sexo masculino gostarem tanto aqui na Austrália?
Isso é um mistério para mim neste momento. "Haters gonna hate" é
um ditado que significa "odiadores vão sempre odiar", similar ao
muito conhecido "boys will be boys" (garotos serão sempre garotos),
um ditado para justificar e perdoar qualquer trela que os homens
façam em qualquer idade. Odiadores sempre existirão e sempre
escolherão algo para odiarem. São o que chamo de mal-amados.

Totalmente ligado ao jeito feminino de ser está o culto à aparência, a importância a esse tipo de coisa, a vontade de parecer bonito e bem cuidado. Uma peruca viria a calhar para cobrir a indesejada carequice masculina prematura e, quando pego numa situação inesperada e fora de controle, a reação feminina seria impossível de ser contida, daí subir em cadeiras e gritar com medo de baratas, ou implorar para não morrer num avião em perigo. Que compostura que nada numa situação destas em que o controle vai para o espaço.

Encobrir o fato de ser gay naquela época do início do século passado requeria muito trabalho, muita repressão, mas seria a melhor forma ao se retirar da vida social para evitar o assédio, as críticas, a censura e os olhos escrutinadores e indiscretos do mundo. Assumir-se gay estava totalmente fora de cogitação, até porque quem iria acreditar no seu trabalho ou daria valor a ele se soubesse que era considerado uma frutinha pecadora, desprezível e amaldiçoada?

Xerife Woody (de madeira), voz de Tom Hanks, astro da série de
filmes Toy Story (História de Brinquedo) de Disney. "Com licença
minha nêga, eu sou mesmo fabuloso". Pode odiar à vontade.

Some-se a isso o fato de que ser médium geralmente é uma qualidade feminina pois mulheres são sempre mais sensíveis do que homens, e que grande parte dos homens que são médiuns também não são exatamente ícones de masculinidade por esta mesma razão, porque se requer um grande nível de sensibilidade, o que é quase sempre uma qualidade anti-masculina. Eu falei "geralmente", não "obrigatoriamente"...

Através de seu trabalho, o gay médium idoso, esconde e canaliza suas idiossincrasias para o seu trabalho, e por ajudar a tanta gente, estas pessoas passam a lhe respeitar e relevar qualquer outra condição, até porque eles não podem provar uma vez que o médium se recusou a ter qualquer tipo de relação emocional ou física com alguém. A fala mansa então passa a ser tolerada e entendida.

Peruca e óculos escuros, para disfarçar, proteger e melhorar
a aparência.

Tico, ao envelhecer, adotou a peruca e os óculos escuros para encobrir seu defeito na visão que foi aumentando com a idade, tornando-se quase uma figura caricata. É clássico dos gays não estarem exatamente conscientes de suas reais aparências, apenas daquela que eles imaginam que querem exibir, em outras palavras, sua aparência tornou-se ridícula para muitos, porém, de novo por causa de seu trabalho sério, tudo isso era relevado pelo julgamento de seus eventuais críticos, sendo que pouca gente se atrevia a levantar este assunto em público.

Funciona mais ou menos como ser autista. O autista não gosta do que vê no mundo em que nasceu e resolve se recolher em sua ostra, em sua carapaça, como um caramujo. Esta é sua atitude consciente, provavelmente ajudada por alguma condição física também, alguma reação em seu cérebro. Ele passa a viver só para si próprio, e com isso se abstém de ter ligação com o mundo, com os outros, então a tendência é que ele desenvolva qualidades e habilidades que ninguém consegue ao viver em sociedade e no meio de turmas de colegas e amigos. Em seu mundo particular, o autista tem todo o tempo que desejar para fazer o que quiser sem ninguém lhe chatear, abrindo-lhe grandes possibilidades intelectuais.

Stephen Wiltshire, o gênio autista britânico desenha Nova Iorque de
memória num painel de 5,5 metros, após um sobrevôo de 20
minutos, em seu terceiro dia de trabalho. Tu consegue fazer isso?
http://www.dailymail.co.uk/news/article-1223790/Autistic-artist-draws-
18ft-picture-New-York-skyline-memory.html

Pode ter sido assim que aconteceu com o nosso suposto médium Tico gay. Ele não quis se expor ao escárnio do mundo, e descobriu-se em seu casulo como possuidor de uma capacidade extraordinária, a qual mais tarde foi se tornando útil para a comunidade. Ao começar por psicografar, aquela era com certeza uma atividade solitária, talvez acompanhada pela mãe, ou pelas mulheres da redondeza, da família ou da comunidade, que o faziam sentir-se seguro e protegido. Além de que geralmente são mais as mulheres que sofrem mais com as perdas, e que querem ouvir informações do outro lado da vida, a fim de se consolarem, então o ciclo se fecha, seus clientes seriam em grande maioria as mulheres. Estava tudo em casa, nenhuma ameaça dos homens machistas de plantão, e protegido pelas mulheres ao seu redor.

Depois do abuso sexual infantil, devo carregar isto
durante todos os dias da minha vida: vergonha, rancor,
insônia, dor, tristeza, temor noturno, negação, culpa,
ira, medo, depressão, ódio a mim mesmo, anorexia... 
finalmente, a lei agora me enxerga e posso receber
compensação financeira pelos atrasos na vida,
processando quem me atacou ao expor o meu caso
em público...

Se o médium, ainda por cima, foi abusado sexualmente na infância e não gostou, então este seria um fator decisivo para sua reclusão definitiva do meio social, se escondendo do mundo corrompido e devaso lá fora, afogando a sua dor e cimentando suas lembranças, como toda vítima de bullying tenta, e agora com mais uma razão de embutir a indignação, a vergonha. Por sentir-se culpado, ele poderia muito bem desenvolver uma ligação religiosa profunda, como que para pagar seus pecados e pedir proteção perene para o futuro. Seria um compromisso para toda a vida, enquanto expunha os "pecados" dos outros, ao mesmo tempo se auto-punia pelos seus próprios, imolando-se em seu trabalho, sacrificando-se por causa de uma boa razão, pois todo abusado tende a assumir seu lado da culpa, mesmo que não tenha nenhuma.

Certa vez ele apavorou-se diante da possibilidade do avião em que viajava iria despedaçar-se. A demonstração de medo da morte no avião, considerada inadequada para um espírita que sabe das coisas que se relacionam à vida após a morte, para quem assim o julgou, se esqueceu de considerar a adolescência do espírito, pois que gays tem tendência a permanecerem naquele estágio emocional jovem da vida, presos a ele, e não prosseguirem em direção ao amadurecimento. Existem muitos gays que agem assim, como adolescentes, mas ainda não ficou provado se uma coisa é ligada à outra ou depende uma da outra, ou mesmo se todos são assim ou apenas uma parte deles, ou se todo mundo é assim.

Suponho que esta expressão, "sair do armário", deva
ter alguma relação com a expressão anglo dos 
"esqueletos no armário" que se refere a que todo 
mundo tem coisas sinistras escondidas que jamais
deveriam ser reveladas, mas que acabam sendo.

Para um gay que não aceita sua condição, sua vida torna-se uma prisão (no armário) e a ele é negado o direito de ser ele mesmo, sob pena de ser ridicularizado ou olhado de soslaio, colocando-o sempre em posição humilhante e inferior ao resto dos homens, posição defensiva de animal acuado. Mas se o gay nessa situação acha um meio de escondê-la e ser respeitado por outra coisa que não tem nada a ver, como dar palestras ou dedicar-se inteiramente a uma profissão que não lhe dê tempo para pensar nem atender a eventos sociais, então esta é uma forma de escapar aos preconceitos que tanto o penalizariam injustamente.

A Era do Orgulho

Hoje em dia é a época em que os gays tem o direito de assumirem suas vidas publicamente e serem respeitados com orgulho, mas ainda assim o respeito é parcial. 

Eles estão em plenas conquistas de suas independências, mas todo processo tem um período de adaptação, e muita gente ainda reaje para com eles de forma preconceituosa, e algumas vezes violenta. Assumir-se como gay, mesmo hoje em dia, requer não apenas muita coragem, mas significa embarcar num estilo de vida que ele sabe ser contraditório, o qual provoca a animosidade de praticamente todo mundo que não pertença à sua classe GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes) os quais ainda não são maioria, principalmente aqueles cuja homossexualidade é estampada em suas aparências ou comportamentos. É fechar a porta à normalidade para a qual dificilmente ele retornará. É preciso assumir-se o próprio "estilo" de vida com arrogância a fim de impô-la aos outros, o que aumenta ainda mais a rejeição pública. Enfim, a vida gay nunca é um mar-de-rosas, e por isso eles exageram tanto na alegria e nos excessos que são suas recompensas por muitas vezes terem sido expulsos até de seus lares por seus próprios pais, algo que marca e jamais será fácil de se digerir.

Meus traumas são causados por vocês, envergonhem-se.

O fato do pai de um garoto assim, sensível, querer jogá-lo nos prostíbulos como era tão comum na geração de Tico prova a falta de uma boa relação pai-e-filho, mostra a falta de respeito e falta de valor dado à criança pelo pai, principal fator da quebra da masculinidade no homem, da barreira geradora da rejeição à raça masculina como um todo, que faz o rapaz procurar tornar-se um homem oposto ao pai que ele não admira, e consequentemente, diferente dos outros homens que são semelhantes ao seu pai, ou seja, todos os homens, gerando o afastamento. 

Que se faça isso com um rapaz que está a fim de conhecer um prostíbulo, que se apoie se ele assim o desejar, mas jamais forçá-lo a fazer algo que ele não quer.

A capacidade de virar a mesa e transformar tal afronta à sua personalidade no prostíbulo numa sessão de oração com as prostitutas, como aconteceu com Tico, mostrou a força do garoto ao invés de se alquebrar e sair-se mal, principalmente usando aquilo como um desacato à suposta autoridade ignorante e egoísta do seu pai arrogante. Foi seu grito de orgulho gay. Aquele jovem já vinha sofrendo os males do distanciamento emocional e afetivo do pai, então àquelas alturas, nada mais aconteceu senão uma coroação rebelde do que ele iria se tornar mais tarde e dali pra frente, o oposto do pai.

Meu texto foi baseado na seguinte página da internet:

http://www.wscom.com.br/blog/paulodantas/post/post/Os+medos,+a+vaidade+e+a+homossexualidade+(%3F)+de+Chico+Xavier-95

Gay e Espiritismo

Enquanto se conjectura se homossexualismo, medo e vaidade são qualidades incompatíveis com a espiritualidade, com o ser Espírita, o que falei acima justamente se enquadra na negação de tal pensamento obtuso. Não existe tal coisa como um estereótipo do Espírita, apenas princípios a seguir, cada um em seu estágio evolutivo.

Falo com todo mundo do mesmo jeito, seja ele
lixeiro ou diretor da universidade... minha
extensão: seja ele meu filho, meu pai, meu
subordinado ou meu chefe; seja ele o cachorro,
o motorista do ônibus ou... Deus.

Primeiro, todo ser humano é basicamente igual, embora tenha seres humanos que não concordam com isso. Eu falei "basicamente"...

Em seguida, basta transformarmos homossexualismo em feminismo, trocarmos o medo pelo instinto de preservação normal a todo ser humano animal, e a vaidade como qualidade feminina normal e também aceita, e não haveria motivo para nenhuma dúvida ou repulsa. Se Tico fosse uma mulher então não seria nada demais usar peruca ou temer a morte, muito pelo contrário, a ela sim seria permitida ser sensível o bastante para ser Espírita.

O problema é o médium ser um homem e não se enquadrar no conceito estereotípico do que um homem é considerado pelas massas.

É só ver o homem sob esse novo ângulo gay moderno e ele não teria nada de incompatível com a espiritualidade. E também aceitar o estado gay como sendo mais um estado normal do ser humano, o que não é difícil hoje em dia e neste estágio atual de nossa evolução humana.

Carapuças à vontade, pode escolher a que melhor lhe servir... ou não.

As pessoas normalmente não podem falar sobre sexo sem tomarem partido, sem se envolverem com tanta paixão que qualquer discussão se transforma em briga de morte, tal como religião e política. Se elas pudessem ouvir e aceitar as coisas com naturalidade, muitas biografias tornar-se-iam muito mais verídicas e muitas atitudes dos biografados mostrariam claramente as suas causas e consequências, porque incluiriam suas vidas sexuais, por exemplo.

É preciso sempre nos lembrarmos que o aspecto sexual é removido de qualquer texto publicado a fim de darmos o desconto e tentarmos entender as circunstâncias de cada um, caso pudéssemos inserir o aspecto sexual na história deles. É o que estou tentando fazer aqui, inserir o aspecto sexual mais plausível numa biografia, o qual foi escamoteado por todos, principalmente o próprio personagem em questão, mas que pode ser fundamental para explicar-lhe inteiramente. Para os gays e membros do movimento GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes), Tico seria mais um grande ícone, uma de suas maiories bandeiras, e que a justiça fosse feita.

Inserindo-se nesse contexto, seria muito fácil entender Tico completamente, assim como todas as outras pessoas do mundo cuja sexualidade tenha sido escondida no armário. Nesse ponto, a internet está aí, escancarando muitos destes segredos e liberando muita gente do peso de ter que carregar uma vida não resolvida apenas por causa da opinião doentia dos outros que se acham juízes do mundo. Por isso a maioria dos sites da internet é produzido por gays. São eles que tem mais necessidade de gritarem "estou aqui, me notem, tenho grandes coisas a dizer". São eles que descobriram este canal primeiro a fim de se livrarem da carga de traumas com mais facilidade.

Não se pode ignorar o que há de mais importante na vida da 
maioria as pessoas

Se você ignora um aspecto fundamental da vida de alguém, por mais palavras que use, jamais conseguirá repassar a mensagem sobre ela com veracidade. Ao contrário, causará muita confusão nos leitores e em toda a sociedade por gerações. Por exemplo, tornar-se-ia difícil explicar o suicídio da escritora Virgínia Wolf se não se considerasse que ela vivia em depressão por ser casada com um homem enquanto era lésbica no início do século XX. Quantas biografias sobre ela sequer levantaram tal hipótese?

O que você faria se se descobrisse pedófilo, por exemplo? Tal como ser gay não é uma questão de opção, ser pedófilo também não, pois se fosse, ninguém optaria em sua sã consciência. Muito pior do que gay, que pode sair do armário hoje em dia no mundo afluente, ser pedófilo teria que ser totalmente abafado em toda a sua vida até quando chegasse a época atual quando você poderia descobrir que existe muita gente igual e como fazer para dar vazão aos seus instintos malignos, mesmo que eles sejam perseguidos e fora da lei, já que esconder-se atrás de batinas ou tornar-se treinador esportivo infantil ficou manjado demais... ou então você sublimaria seu desejo sexual e canalizaria sua atenção para outra atividade aceita socialmente, tornando-se um pseudo-assexuado, porque assexuado não é exatamente o que você é a não ser que faça uma cirurgia radical ou seja portador de alguma condição fisiológica. Um pedófilo não é um criminoso até quando comete um crime.

Porém, pedófilo pode ser professor, padre ou treinador, se souber se controlar e ninguém jamais saberá. O problema está no descontrole, já que o "jeitinho" do pedófilo não denuncia... enquanto se condena os pedófilos, não se estuda porque eles são assim. Mas que bela sociedade avançada é esta em que vivemos.

Como o brasileiro vê a pedofilia: uma piada. Ele não acredita
que exista... mas se for condenado e preso, morre linxado pelos
outros presidiários.

Valha-se dizer que todas as convenções, conceitos e preconceitos no que se refere à sexualidade das pessoas são sempre passíveis de dupla interpretação. Definitiva e contrariamente aos estereótipos, existem homens sensíveis e mulheres destemidas, homens com percepções extra-sensoriais e mulheres obcecadas pelo poder, homens cheios de sentimentos e mulheres que são mães desnaturadas, e homens e mulheres que realmente gostam de crianças sem outras intenções... 

Cabe a cada um de nós aceitar cada outro como ele ou ela são e nos recolhermos à nossa insignificância, respeitando todo mundo como igual, pois afinal, todos somos iguais perante Deus e o socialismo. E principalmente ajudar àqueles com distúrbios a procurar resolvê-los, atacando-se as raízes de frente e sem medo, com sabedoria.

Digamos que os pedófilos são assim por traumas e bloqueios psicológicos que sofreram na mais tenra infância. Eles teriam permanecido naquela idade emocional, enquanto teriam se desenvolvido intelectualmente. Quando chega o sexo, o objeto de sexo permanece aquele que eles mais gostam, seus coleguinhas infantis. Suspeito de que isso seja verdade, mas não sou nenhum especialista ou pesquisador da área, portanto não tenho a menor noção sobre o que estou dizendo, um total irresponsável...

"Big Man and a Cat" (Homem Grande e Gato), por
Aenaluck em DeviantArt
http://aenaluck.deviantart.com/art/
Big-man-and-a-cat-330339586.
 O gato Tico mia em toda parte tal como na música 

O Gato Tico, de Genival Lacerda: 

Tico é um gato 

Que a Maria quer bem 

Não dá, não vende, nem troca 

E não empresta a ninguém 

O Tico tem um defeito 

Que nem dá pra consertar 

O defeito do Tico 

É que é danado pra miar 

Tico mia na sala, Tico mia no chão 

Tico mia na cozinha, encostado no fogão 

Tico mia no tapete, Tico mia no sofá 

Tico mia na cama, toda hora sem parar 

Tico mia no cólo, Tico mia no chão 

Tico mia sentado, em frente à televisão 

Tico mia na cadeira, e na hora de deitar 

Tico mia na cama, toda hora sem parar.

Se Tico era gay, seu valor foi demonstrado em sua determinação de não assumir isso de jeito nenhum numa época em que poderia ser assassinado com mais facilidade do que hoje em dia, porém deu-se ao prazer de poder externar sua preocupação com sua aparência e o direito de dar xilique, quando não dava para segurar, porque apenas isso era tolerado. 

Todo mundo deveria ter o direito de ser como é e de executar suas opções de vida, conforme percebidas, até quando elas não prejudicam os outros. Todos os seres humanos merecem o respeito devido, sem excessões, principalmente aqueles que não podem executar suas opções de vida. Basta entendermos as razões de cada um para aceitá-los, compreendê-los, ajudá-los e amá-los, pois todo mundo tem motivo de ser como é, o que não interefere em suas outras qualificações. 

Porém, para entender as razões, é preciso saber quais são elas.

Sexualidade Infantil

Ao me tornar pai, observei direitinho como se desenvolve a sexualidade nas crianças. Foi fácil para mim responder aos meus fihos "o que eles eram" logo quando bastante jovens. Uma boa ajuda foi o livro ilustrado para crianças da senadora Marta Suplicy, Papai, Mamãe e Eu.

Ao lembrar-me da minha infância, definitivamente eu sabia o que era sexo aos 4 anos de idade, portanto é por essa idade que a identificação sexual se inicia. Segundo especialistas, existe uma outra fase em que tal identificação se solidifica, e seria por volta da pre-puberdade.

Livro com ilustrações explícitas, porém de
qualidade e bom gosto

Dito e feito. A partir da descoberta de com quem a criancinha se parece, se com a mãe ou com o pai, ela passa a prestar atenção nestas diferenças dalí em diante, e passa a procurar imitar o modelo que representa o seu futuro. Se nada lhe disseram, ela vai tender a imitar o modelo mais forte da casa, independente de identificação sexual fisiológica.

Para que tal modelo funcione direito, é preciso que a criança tenha boas relações com um representante de cada sexo, seus pais. Se este balanço é quebrado, pode haver distúrbios futuros em sua procura de identificação e a criança pode tornar-se confusa, sem saber como lidar com o sexo oposto, o que implica em timidez ou serparações, ou acabar trocando as bolas.

De acordo com minhas observações, nada impede que a criança já traga alguma predisposição para identificar-se com um determinado sexo que pode não ser exatamente de acordo com sua fisiologia, mas são os pais e o ambiente familiar (ou a falta dele) que determinam e nutrem tal coisa. Por exemplo, tal predisposição pode ser suplantada pelo jeito como a criança é criada pelos pais, e então suas tendências se transformam e se adaptam ao novo modelo.

Predisposição programada

Ao dizer isso, estou admitindo que pode-se nascer realmente com certas presdisposições psicológicas, porque não? Entretanto, isso não quer dizer que é uma sentença. Se os pais não interferem ou não são bons modelos, a predisposição predomina, caso contrário, o meio ambiente pode influenciar para mudar isso. Obviamente tal predisposição pode ser reforçada pela forma como os pais, ou a ausência de um deles, irá se fazer presente ou não na vida da criança em desenvolvimento.

A simples identificação clara da criança por volta dos 4 anos ou menos pode ser definitiva para remover qualquer problema relacionado a sexo no futuro, evitando-lhe perder tempo com tudo o que se refira a sexo, ou seja, a criança cresce resolvida. Caso contrário, o sexo pode se constituir em grande parte do consumo da atenção do ser humano durante o resto de sua vida, sem falar que pode causar problemas muito sérios e insolúveis.

Precisa-se de Modelos Masculinos! Inquestionavelmente a demanda
por docentes do sexo masculino está em alta no momento, em face
ao impacto cada vez mais evidente que isso irá causar na educação
da geração futura. Stranmillis University College, Belfast, Irlanda do
Norte.

A falta de claridade com relação a este assunto pode deixar nas crianças vários graus de dúvida que irão definir o futuro delas quando seus papéis sexuais se estabelecerem. Por exemplo, homens com problemas de relacionamento com mulheres tendem a ter tido mães incompreensivas de modo que eles não aprenderam a lidar com as mulheres ou a escolherem uma parceira adequada. O mesmo vale para mulheres cuja figura paterna masculina também não foi positiva. Por exemplo, filhas de pais violentos tendem a "casar" com homens violentos porque foi isso o que elas aprenderam. É costume escutar-se elas dizendo "não sei o que se passa comigo que sempre atraio este tipo de homens e quebro a cara". 

Espiritualidade

Daí entra a espiritualidade. Se o ambiente é assim tão decisivo no comportamento futuro das crianças, onde está a influência e a bagagem espiritual?

Não é exatamente sobre isso que estou falando, mas vale a dica.
http://www.cloudcoaching.com.br/capital-espiritual-e-sua-
influencia-na-gestao-de-pessoas/post#.VMro59KUd8E

Acontece que, antes de nascermos, nosso destino é preparado pela equipe de espíritos responsáveis pelo nosso "projeto" de vida, pelo que estudei. Condições são vislumbradas para que tenhamos que passar por elas a fim de resolvermos nossas pendências e aprendermos as lições que devemos aprender no caminho da nossa evolução eterna e infindável. Desta forma, uma família é escolhida para encarnarmos, a qual oferecerá as condições adequadas à nossa provação daquela vez. 

Portanto, se somos jogados numa família disfuncional, teremos que lidar com decisões pesadas sobre o nosso futuro, e teremos que lutar para escapar do que seria para nós um destino indesejável. O nosso valor consiste em nossas decisões acertadas, e quando erramos, pagamos caro por isso, de acordo com a lei de ação e reação. Portanto, em qualquer família em que nascemos, devemos ter em mente que nosso projeto foi bem organizado e que era isso exatamente o que precisávamos para ultrapassarmos a fase de evolução em que nos encontramos.

"Você é como família para mim: totalmente disfuncional". Não
podemos falar que família é bom para quem não acha...

Acontece que muita gente se revolta. Isso mesmo, tem gente que não aceita os projetos criados para ela, mas quanto mais ela rejeita, mais complicada fica sua vida.

Ao contrário de se revoltar, a melhor atitude é observar e ver o que se pode tirar de bom de todas as situações. Mas quem vai dizer isso à criança?

Existem pessoas atrofiadas fisicamente que sofrem muito na vida mas são sempre sorridentes e exemplos de entusiasmo. Como pode ser isso? 

Diz o Espiritismo que estas pessoas encarnaram de bom grado, satisfeitas com as provações que iriam atravessar, loucas pra se redimirem de seus passados, pois tornaram-se convencidas de que com isso iriam reparar o mal que fizeram e do qual se arrependeram e pediram para se recuperarem, aceitando a forma como foi proposta no projeto. 

No filme "Nosso Lar", a personagem de Ana Rosa decide encarnar só para tomar conta da filha revoltada.

Outras pessoas não aceitaram e foram jogadas dentro do projeto assim mesmo. Uma vez dentro do projeto, elas teriam que optar por aceitarem ou não as regras do jogo enquanto jogavam, e ao não aceitarem, continuariam sem progredir e em suas sagas de sofrimento e revolta até o dia em que realmente parassem, pensassem, enxergassem a razão e resolvessem ficar de acordo. Tudo bem, eu tenho que passar por isso, então vamos lá. Que tal um risinho? Tá bom, tá bom, eu não aguento mais mesmo, vamos ver se isso dá certo.

Se você é uma vaca, seu arbítrio não é muito livre...

O texto acima foi para exemplificar que quando nascemos em famílias que nos perturbam, é porque precisamos reagir e tomar as melhores decisões para mudar as situações a fim de ficarmos de bem com a vida, pois de mal ninguém aguenta pela eternidade. Todos pedem arrego, cedo ou tarde.

Foi uma forma de dizer que podemos trazer predisposições quando nascemos, mas cabe a nós as modificarmos se não as achamos adequadas. A isso se chama livre-arbítrio, ou seja, a nossa livre vontade a qual pode ser executada quando queremos.

Se nascemos gays conforme os gays acreditam, e a vida só estimulou que continuássemos gays, então uma boa decisão pode ser assumir-se de vez. Porém, outra solução pode ser negar e tentar mudar. Existem pessoas que tentaram e conseguiram, assim como existem pessoas que resolveram mudar de sexo e conseguiram também.

Claudemiro Soares escreve sobre conceitos e preconceitos 
com relação à opção pela homossexualidade ou não. O livro 
havia sido disponibilizado online como ebook mas suponho 
que desistiram. Então pode ser comprado online ou em muitas 
livrarias. Suponho que faltou o principal: falar sobre o amor de
uma boa amizade.

O que eu quis dizer é que tudo é muito dinâmico e nossos destinos podem mudar simplesmente por causa das nossas decisões. 

Para melhorar, também nunca estamos sozinhos em nossas decisões. Elas costumam ser ajudadas por nossos amigos espirituais que não conseguimos ver e temos até certeza de que não existem. Se um gato preto atravessou sua calçada e você desviou o passo, pode ter visto algo no chão que foi decisivo para sua tomada de decisão no outro dia, mas você não vai perceber isso. É assim que os espíritos atuam na nossa vida, discreta e sutilmente. Claro que, mesmo tendo visto a dica, você amanhã pode decidir o contrário do que a dica lhe sugestionou hoje. É sua decisão, e de mais ninguém.

Enfim, todos estão certos, aqueles que dizem que se nasce gay, e aqueles que dizem que isso não é decisivo.

Destino versus livre-arbítrio. Não adianta arbitrar se seu destino é tomar
banho de tsunami e se afogar. Entretanto, se você se comportou bem,
você pode perder o avião e chegar lá no dia seguinte à tsunami. Se
você se comportou mais-ou-menos, seu banho vai lhe dar um susto
tão grande que você jamais irá esquecer e vai prometer ser bonzinho.

Se ninguém acorda aquela garota que escolheu ser homem porque quer ser forte e odeia a idéia de ser submissa, ela passará sua vida prestando atenção em como se tornar um homem ao invés de se tornar uma mulher forte. Se sua mãe conseguiu acordá-la e mostrar que não é por ser mulher que ela tenha que assumir atitude submissa, ela não precisará aprender a ser homem, mas aprenderá a ser uma mulher de personalidade.

Então porque é que o número de lésbicas na Austrália é assustador? Provavelmente elas não estão tendo uma relação muito boa com suas mães. Ser mulher na Austrália é barra pesada.

A Verdade o Libertará

Então o que faço com o livre arbítrio? 

Quando eu era pequeno, meu pai me ensinava o caminho. Quando cresci mas ainda precisava de orientação, tive que decidir por mim mesmo pois não podia confiar nos outros que me faziam quebrar a cara constantemente. Seguir uma religião não fazia o menor sentido. Então aprendi a pesquisar para fazer as escolhas acertadas.

E você descobrirá a verdade, e a verdade o libertará (João 8:32).

Pesquisando, aumentei minha capacidade intelectual, adquiri experiência com a experiência dos outros, e passei a fazer escolhas melhores. Portanto, não se trata apenas do livre arbítrio para fazer escolhas, trata-se de fazer escolhas certas para que a vida dê certo. E para isso é preciso adquirir sabedoria.

Daí advém o ditado que diz "a verdade o libertará". Pois que, quanto mais sabemos, mas somos capazes de descobrir a verdade e identificar como escapar da escravidão dos outros ou da afamada "sociedade", todos baseados na mentira. 

O que é o medo senão a falta de conhecimento sobre o que está acontecendo, sobre a verdade? Quer perder o medo? Pesquise.

A internet o libertará...

Débil-Mental

Mas tudo isso escrito aqui são apenas conjecturas de um deficiente mental como eu, é lógico, que não sei o que estou falando, e se meus filhos deram certo, foi por pura sorte ou acaso, como frequentemente escuto por aqui na Austrália que não acredita em "tiger parents" (pais tigres), na tentativa das mães solteiras daqui de reduzirem meu valor como modelo masculino de pai "alfa". Então, fujam de mim, não acreditem em uma só palavra, faz favor. Aqui é tudo fantasia e passatempo. Não me comprometam... (bordão do personagem Evaristo de Jô Soares no programa Planeta dos Homens da rede Globo anos atrás).

http://globotv.globo.com/rede-globo/memoria-globo/v/planeta-dos-homens-nao-me-comprometa/2778255/