sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Francamente Franco

Foi-se Chico Xavier e ficou Divaldo Pereira Franco, os dois pop-stars do Espiritismo brasileiro.

Para quem perdeu o programa Fantástico, da rede Globo, dia 22 de fevereiro de 2015, ele apresentou o seguinte documentário sobre Divaldo, inicialmente mostrando-o sendo tratado como uma celebridade em suas apresentações, com direito a choro de fãs. Veja o vídeo no site da Globo através do link abaixo:

http://globotv.globo.com/rede-globo/fantastico/t/edicoes/v/principal-medium-do-brasil-psicografa-diante-das-cameras-do-fantastico/3985182/

Divaldo Pereira Franco, pai solteiro, em sua residência na Mansão
do Caminho
Divaldo é conhecido por suas palestras sensacionais sobre o Espiritismo, com um jeito de falar característico que a princípio soa estranho, mas logo o ouvinte se acostuma com seu jeito e passa a absorver suas emoções, sua iluminação que começa a contagiar a todos, os tornando emotivos. Cada palestra é uma viagem ao vivo para outras paragens fora do dia-a-dia das pessoas comuns que trabalham e labutam na vida sem tempo de parar pra pensar, regada a tiradas de alto nível de bom gosto e muito bom humor.

Divaldo dá palestras no mundo inteiro, e o que ele arrecada como pagamento dos custos, ele carreia para seu projeto de vida que já tirou 160.000 pessoas da miséria ao longo de 6 décadas, oferecendo escola e profissão, a Mansão do Caminho, na favela do Pau da Lima, em Salvador, estado da Bahia.

Com 87 anos, seu projeto já tirou 3.500 crianças pobres da miséria dando-lhes escola e alimentação. 2.500 adultos recebem atendimento médico e tudo é de graça, proporcionado por 400 voluntários.

Projeto social Mansão do Caminho, em Pau da Lima, Salvador
O projeto social contruído na base da picareta, conforme suas palavras, é uma mini-cidade com ruas, casas, biblioteca, padaria.

Iniciou abrigando 641 crianças orfãs de quem a guarda foi obtida por Divaldo.

Ao responder sobre os comentários maliciosos das pessoas ao falarem de rivalidade com Chico, inveja ou despeito, ele responde que são fenômenos humanos e que as pessoas nos vêem conforme a sua própria ótica.

A entrevista mostrou Ana Landi, autora da primeira biografia não Espírita de Divaldo e mencionou Joana de Ângelis, sua mentora espiritual.

Divaldo tem 258 livros psicografados, com 10 milhões de exemplares no mundo, tudo revertido para obras sociais. Ele vive de sua aposentadoria como funcionário público, dizendo que nós não temos o direito de viver profissionalmente desse mecanismo de iluminação de consciência que é a mediunidade Espírita.

90% das crianças atendidas na Mansão do Caminho são da comunidade e não interessa de que religião elas pertencem. Cerca de 1.500 bebês já nasceram na maternidade de parto natural.

Divaldo é um exemplo do que significa ser Espírita de verdade.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Pai, Filho e Espírito Santo

Dois homens que se amam, só que um está pequeno e vulnerável.
Do meu novo colaborador, mais duas poesias suas que obtive permissão para divulgá-las aqui sobre meu tema preferido.

Pai
Orgulho do Pai e do Filho
Um me passa bons exemplos,
O outro, a promessa de acatar esta herança;
Um, está velho e cansado, precisa de uma ajuda,
O outro está novo e ingênuo,
Necessitando ainda proteção;
O primeiro me ajuda
Até quando está em dificuldades,
O outro me ajuda na inspiração...
Meu pai me passa a tranquilidade
Na hora da agonia,
Meu filho, a paz que eu nem sempre via;
Meu pai acerta na maioria do que opina,
Meu filho, quando apela pro sentimento,
Me faz feliz, que nem imagina;
A sabedoria veio com a idade,
Que repassou com hombridade,
Do garoto, e a pouca idade, a busca pelo saber;
Do pai, só coisas a agradecer...
E na real presença do filho, uma fonte de prazer;
Hoje, de voz cansada,
Tem conselhos que ainda emanam,
O outro, com a voz marcada,
Tem desejos e planos mirabolantes,
Nada de trelas ou cousas errantes,
Somente um futuro, que peço a Deus,
Lhe seja brilhante! 
Para o meu pai, e para o meu filho, pelo orgulho e o amor que sinto por ambos.
Dois homens que se adoram, e um protege o outro pra lhe ajudar a
crescer.
Filho
É o Meu Guri
Quando nasceu meu rebento,Hora bendita, certo o momento,Iluminou ainda mais a minha vida,Fez-me avistar, pontas do paraíso,Vindo pra me provocar um desafio.E, mesmo que tenha que penar, horas a fio,É fardo pesado, mas com certeza aguento,É mais que bem-vindo, a todo contento. O nosso tesouro é dádiva do céu;Mais que precioso, um presente maravilhoso,“Aquele a quem Deus escuta”, viva Gabriel!Fruto esperado, promessa divina cumprida;O Senhor nunca falha,Porque é Deus, é amor, é fiel. A nossa herança se deu nesta luzA nossa esperança, venceu a morte na cruz,Nosso destino, entrelaçado ao menino,Buscando um futuro, tranquilo e em paz,Crescendo na Graça do Divino,Um jeito de vida, que muito me apraz.
26/11/2003
Este poema foi escrito dois dias antes do nascimento do meu filho Gabriel, pegando ‘carona’ na letra da música de Chico Buarque (“É o Meu Guri”).

Deus (pai), Jesus (filho) e o espírito santo. Se você procurar no Google
pelo espírito santo, só vai achar pombas-rolas... isso não é pornográfico
não? Certamente que tem a ver com gerar e procriar... mas espírito
santo não existe. Existem milhões de espíritos que são santos... e eles
são criados como netos, bisnetos, num ciclo sem fim... é isso mesmo,
santa. E a espírita santa? Porque tem ficado de fora? Essa teoria

tem falhas.
Espírito Santo

Diálogo com um evangélico de mente aberta.

Para nós, Espíritas, Jesus não é Deus, mas para os evangélicos, eles são a mesma coisa. Isso não entra na minha cabeça, mas deixa pra lá que não tem importância. Para alguns evangélicos, Jesus é mais importante do que seus filhos. 

Obviamente que sem Jesus ou Deus nós não existiríamos, entretanto, na minha opinião temos que zelar pelos nossos porque os divinos estão lá e não precisam da gente, muito pelo contrário. 

Mas isso não é objeto do nosso debate. Também, com a influência dos gnósticos australianos, hoje em dia já acho que há milhares de Jesuses por ai, um para cada planeta, e existe algo ainda maior do que Deus, que é uma "inteligência superior" responsável por todo este esquema universal. Deus pode ser uma palavra pra nomeá-la, ou podem haver muitos deuses como existiam para os Gregos, então tudo fica muito elástico e todas as possibilidades são possíveis, estou aberto a tudo, sem prisões nem obrigações de acreditar no que as religiões dos homens querem. Afinal, é muita arrogância alguém se auto-intitular que sabe mais do que os outros, na minha opinião de pessoa simples.

Resposta:

Acho que já te falei que no dogma dos Mórmons, a teoria é que se alguém se tornar evoluído o suficiente, pode alcançar o status de “deus” e sair para criar seus próprios mundos. Este mundo, pertence a um “deus”, intitulado “Deus” que está à frente da criação, porque um dia, ele já foi algum ser que evoluiu tanto que se tornou o deus deste universo. Mas para eles, há muitos outros deuses e seus próprios universos... 

Marvin, o robô depressivo do Mochileiro das Galáxias: nada de pânico!
Você tem cachorro? Que tal trocar por um robozinho destes?
Minha continuação:

Estou pasmo! A teoria dos Mórmons então é a que tenho lido em vários lugares e visto em vários filmes. Acho bem mais lógica, sinceramente. Por isso resolveram denominar o que chamamos de Deus como sendo "inteligência suprema", ou seja, acima dos deuses. Uma das cenas de filmes que mais me impressionaram foi a criação dos mundos no filme Guia do Mochileiro das Galáxias (Hitchhiker's Guide to the Galaxy). Meu fiho adora este filme e me recomendou, com aquele robô depressivo. É bem típico do humor britânico e a cena da criação dos mundos é antológica.

Gosto de dar uma de sabido e proferir muita filosofia inteligente, mas através de amigos que me aceitam, fico sabendo que a reação de outras pessoas é invariavelmente aquela que pergunta "quem ele pensa que é pra se meter a dar conselho ou pitaco na minha vida? Ele não é psicólogo".

Com permisso! De colocar uma mulher aqui?
Não, a chefa não tinha esse quilate. Essa nem
loura é, olha o pé do cabelo, diria minha
mulher. Mas o interessante aqui são as
meias...
Sim, tem gente assim, que pensa "quem é você pra se meter a me ensinar alguma coisa?". Primeiro a posição.

Eu não penso assim. Primeiro investigo a informação, depois vou ver quem é a pessoa. Primeiro a lógica.

Tive uma cena no trabalho a muitos anos atrás, mal começando na empresa, quando descobri um erro de uma chefa arrogante. Prestou não, ela se arregimentou com a minha chefa, amiguinhas de viagem ao exterior, e ambas vieram com paus e pedras me enfrentarem. Me levantei "arretado", estufei o peito pra elas e apontei no computador onde estava o erro, para seus espantos e indignações. Elas tiveram que engolir e voltar pra seus lugares. Minha chefa sempre se desculpou e tem se saído muito bem como mulher australiana (filha de pais europeus ocidentais), muito diplomática, caso contrário eu não aguentaria a arrogância das mulheres daqui, mas a outra continuou arrogante e levando constantes foras meus. Enquanto que todo mundo a evitava, eu fazia por onde cutucar o cão com vara curta. Acho que não tenho porque citar que ela era loura.

Os anglos são especialistas em pisar nos outros. E ficam possessos quando a gente esfrega na cara deles os seus erros. A única coisa boa é que geralmente eles corrigem imediatamente o erro, pois afinal, trata-se de suas reputações e eles podem perder o emprego. Negócios e dinheiro acima de tudo, proteção para que o capitalismo dê certo.

Favelado sobre um dos muros de contenção da favela. Reclamam
que tais muros foram feitos para segregar as comunidades e separá-
las dos ricos, mas claramente elas apenas evitam as pessoas
ocuparem mais matas e destruí-las. O problema é ecológico.
Mas o mais interessante desta foto são as meias...
Agora imagine o que você acha que os australianos pensam de mim quando eu descasco todos os erros da sociedade deles? Nas minhas costas devem dizer, "quem é aquele favelado que veio do país mais corrupto do mundo, querendo nos ensinar a agir?" Como se na Austrália não tivesse corrupção. 

Aliás, precisamente neste momento (14/02/2015) o primeiro ministro Tony Abbott está sendo encurralado do mesmo jeitinho que Dilma, depois de ter passado por sessão de votação pelo "impeachment" de seu próprio partido, o qual foi derrotado e ele continuou. 

Porque aqui é assim, mijou fora do tacho é botado pra fora imediatamente, e no outro dia já tem novo primeiro ministro quando acordamos de manhã. Acho que todo mundo sabe que aqui não tem presidente, só primeiro ministro, porque tudo pertence à rainha da Inglaterra. Ah, e deixa lembrar que funcionário público pode ser demitido sumariamente também. Quer trocar de país?

Bem, continuando o assunto de que Gabriel é seu amigo de muitas encarnações, que você reclamou porque parei de falar, digo que parei porque isso é teoria Espírita e sei que Espírita e Evangélico são bicudos que não se beijam. 

Encarnações
Mas já que você se interessou, trata-se de uma longa teoria. Basicamente nós não somos isso que nos apresentamos na Terra, somos muito mais. A vida real está "lá em cima", e não aqui. Lá nós temos noção de todas as nossas encarnações e toda a nossa evolução, aqui é apenas amostra-grátis, e tudo passa logo. Por isso temos amigos de várias encarnações, vários milênios. Temos dezenas de filhos, centenas de pais, milhares de amigos que nem no divino Facebook.

Alguns destes amigos são muito íntimos, então podemos nascer com a missão de cuidar deles, a fim de que eles possam ultrapassar alguma fase da evolução com a nossa ajuda essencial. 

O filme "Nosso Lar" mostra um pouco disso no final. Para mim tem uma lógica tremenda, nenhuma outra teoria tem mais poder do que essa em termos de sanidade. Gabriel pode ter sido seu irmão, seu pai, sua filha que agora é filho, seu companheiro de guerra, todos nós podemos ter tido vários tipos de "roupa" em cada encarnação diferente. Tem gente que trás com uma marca ou sinal de nascença. Muitas vezes é uma marca de um grande ferimento que o matou. E a teoria tem muitas ramificações, tantas que não acabam mais... melhor do que filme. Como adora dizer o australiano, é "exciting" (excitante).

E a imaginação vai longe. Podemos até ter sido amantes deles, ou éramos mulher, ou éramos o macho e ela resolveu agora aprender a ser homem, e nós topamos ajudar. Ou vice-e-versa.

Não é preciso tudo isso. Em qualquer lugar, qualquer posição,
de qualquer jeito, basta desaparecer do ar por um instante sem
se mexer, para concentrar-se e falar com o além. Daqui a pouco
você se esqueceu o que estava fazendo. São os espíritos
zombeteiros lhe fazendo perder o fio da meada. Insista, volte,
prossiga até o fim. Um simples Pai Nosso é o bastante. Várias
vezes, se possível, se não achar eficaz, ou se achar curto. O
importante não é a forma, mas a intenção. Qualquer palavra ou
frase servem, não é preciso falar, só pensar. Ou mesmo sem
palavras... orar é fácil e ninguém precisa ficar sabendo.
Oração

E agora, vou rezar pra quem?

Com tanta confusão, é melhor eleger alguém para orar. Então posso orar pra Jesus, o governador da Terra. Ele há de ouvir porque é todo ouvidos. Basta o pensamento se elevar, segundo dizem, e ele costuma atender pelo simples fato de que você pediu. Mas como pode estar ocupado, então seus anjos da guarda podem fazer o serviço. Anjos da guarda ou amigos espirituais, guardiães, aqueles que tem a incubência de cuidar de você, assim como você mesmo se elegerá um dia para cuidar de alguém que você ama, mas que está na terra enquanto você está no céu. No céu é maneira de falar, pra simplificar. Então, Deus, Jesus, amigos espirituais e céu é tudo para simplificar. 

De qualquer jeito que a gente fizer uma oração, nossos amigos espirituais ouvem. Eles captam por blue-tooth e wireless, seja onde eles ou você estiverem. Antenas sempre ligadas. Se a ajuda demorar, é porque você não mereceu. Tem que insistir, não esmorecer. E, principalmente, fazer algo e não ficar esperando. Você nem vai saber como foi ajudado, vai ser preciso investigar e pensar sobre o que aconteceu, para concluir por si mesmo que certa intervenção foi a tal ajuda. Depois, não se esqueça de agradecer por tudo e qualquer coisa. Quando você estiver na pele deles, haverá de ficar feliz com o agradecimento. Não há de que, meu filho, estou aqui para isso mesmo, seu cervo. Eu mesmo escolhi este emprego.

Mas não me explore...

sábado, 21 de fevereiro de 2015

O Lambersexual

Pablo Zanella, um lumbersexual brasileiro dá as dicas de como
manter o look num vídeo abaixo.
"Lambersexual" é como se pronuncia "lumbersexual", o novo tipo de homem. Mas não se pronuncia "lambêr", pronuncia-se "lâmbér"...

Lumberjack, ou melhor, lumbersexual, é o novo homem barbudo com aparência de lenhador. Quer dizer, novo para mim que só desconfiei do tipo no ano passado por nunca ter visto tantos barbudos como eu no meio da rua e na mídia.

Moda vem, moda vai, e sempre acabo na moda. Todo mundo parecendo agora com Jesus Cristo.

Anos 70

Os "bogans" (*) australianos cultuam os anos 70. Como nós também cultuamos de certo modo, então somos "bogans" (*). Aqui vai um pouco da minha nostalgia, a exemplo de tanta gente.

Quando eu era bem jovem, gostava de moda e queria me parecer com os caras mais transados. Chegou a um ponto em que passei a lançar moda porque já previa o que ia acontecer na próxima temporada, no próximo ano, sem querer, e os outros imitavam a mim. 

A certo ponto decidi fixar-me no que eu mais gostava e parar de mudar conforme o barco. Já sabia o que era certo pra mim, a imagem que me satisfazia, então me desliguei da moda para viver a minha vida do jeito que eu queria, economizando muito mais. A tal moda ia até o nível das marcas de relógio, uma verdadeira ditadura do consumo dentro da ditadura militar...

Das coisas que passaram a fazer parte da "minha" moda, algumas foram as seguintes:

Sapato de homem tem que caber o pé. Sacrifício é para dondocas.
Sapato Quadrado

O motivo disso é que nestes tipos de sapatos cabem meus dedos sem apertarem. Não sou anglo-saxão que tem os dedos dos pés como uma espátula de pintura a óleo, triangular e pontudos. Tenho pé de brasileiro, largo e com dedos curtos. Pé de índio, então, sapato de índio.

Camisa Xadrez 

Sempre gostei de camisa xadrez, desde o dia em que usei a minha primeira quando era criança participando de uma peça de teatro na escola em que eu fazia o papel de um lenhador do interior. Ela era de xadrez vermelho e preto, e dali em diante sempre mantive uma camisa xadrez no meu guarda-roupa como agora, se bem que só uso muito raramente por diversas razões, a primeira delas é que a camisa é grossa, então só no período de outono ou início da primavera é possível utilizá-la, mas aqui na Austrália todo ano se vendem muitas para os "bogans" (*).

Sapato com Solado de Pneu de Jipe

Quer dizer, solado grosso, com bolachinhas na borracha. Sapatos que, se você levar um chute, vai cair lá com o queixo quebrado. O motivo não é para parecer mais macho ou hétero, é simplesmente porque dá mais segurança, não escorrega, dá mais firmeza no pisar e não faz barulho. Exatamente o contrário de usar sapatos sociais de "pelica"... aqueles que fazem toc-toc, como sapatos altos de mulher...

Bota de Pedreiro

No Brasil eu simplesmente gostava de botas de couro cru estilo coturno, ou seja, amareladas ou ocre, com solado de pneu de jipe, de 1,5 cm de altura na frente. Ainda tenho uma delas guardada em meu guarda-roupas porque é difícil achar ocasião para usá-las, mas já usei em viagem de férias para o Brasil. Aqui na Austrália descobri que ela é um símbolo sexual de masculinidade porque quem usa são os pedreiros, que aqui são carpinteiros uma vez que as casas são feitas de madeira, e todo trabalhador braçal. Eles são símbolos de machos, cultuados pelas fantasias das mulheres, sujeitos musculosos grosseirões que mal sabem ler e escrever, mas que ganham bem o bastante para jamais pensarem em estudar mais. A cerveja semanal é o bastante para os manter vivos e felizes.

Sapato de plataforma conhecido como cavalo-de-pau dos anos 70
Sapato de Plataforma

Na era disco dos anos 70, naturalmente que tais sapatos entraram no meu reportório. Eram bons porque aumentavam nossa altura perante os saltos altos das meninas, e se pareciam ainda mais robustos caso fosse necessária uma pezada numa briga, coisa que nunca foi.

A era disco foi decisiva na minha vida pois foi nela que encontrei minha esposa, e dela temos muitas boas lembranças. Por exemplo, ABBA, a banda disco sueca que é um verdadeiro culto na Austrália inclusive hoje em dia onde suas músicas são tocadas nas rádios diariamente, me transporta para a casa dos meus primos por parte de pai porque um primo ao qual sou muito ligado possuia seus discos naquela época. Apesar de eu ser mais ligado em rock pesado, concedia escutar disco quando estava lá, e não pude evitar a migração para um estilo musical menos agressivo e mais leve quando a mulher entrou na minha vida.

Camiseta com atitude
Camisetas

Sempre adorei T-shirts desde que me entendo de gente. No início era por ser totalmente prática, era só jogar em cima e pronto, podia sair. Se precisasse tirar por causa do calor, era só pendurá-la na cintura ou enrolá-la na mão. Ela mesmo se esticava ao ser vestida de novo, e não precisava ser passada. Eu gostava de camisetas de manga ou sem manga, mas não as de manga comprida que me faziam ficar parecido com um boneco ou robô. Na época eu tinha forma musculosa, então elas me enxiam de orgulho de exibí-la, pois afinal, eu trabalhava muito para construí-la nas academias de ginástica. Algo assim como um peru...

Calças Jeans

Eu as usava para ir a toda parte, inclusive como parte de vestimenta social antes disso virar moda. Claro que as pessoas me olhavam de soslaio, mas eu não me importava. A certa altura foi lançado o jeans elástico que colava na pele. Eu também usava isso, justamente como estes garotos de hoje. A diferença de hoje é que os fundilhos não ficavam nos joelhos, mas até a calça Saint-Tropez também tinha cintura baixa com a diferença de que naquela época não mostrava a barra da cueca cheia de letras, mostrava o cofrinho mesmo.

Certas vezes as calças eram tão baixas, e as camisas tão curtas, que a barriga ficava de fora. Por isso tínhamos obrigação de não ter barriga, mas sim músculos. 

Relógios em largas pulseiras de couro
Relógios Bolachões

Pulseiras e colares coloridos para homens foram lançados pelos hippies e junto com eles vieram os relógios de pulsos sentados em largas pulseiras de couro. 

As pulseiras coloridas nunca fizeram parte do meu reportório, mas os relógios fizeram. Pulseira no tornozelo também não deu...

Camisa Aberta com Corrente de Ouro e Pulseiras

Usei isso também e me orgulhava do meu peito cabeludo. Outro dia assisti a partes do filme Xanadu passando na TV e me lembrei daquela moda porque no filme havia um cara com a camisa aberta mostrando os pelos pretos e fartos. Isso ficou tão raro que hoje em dia a gente sente-se um pouco enojado de olhar aqueles pelos que parecem sujos. 

Léo, de Victor e Léo, retorno aos anos 70 com camisa xadrez. Só 
agora descobri o que me atrai nesse rapaz... ops, no homo. Atrações 
à parte, realmente gosto muito destes dois e tenho músicas deles.
Era tudo uma questão de moda e na época ninguém achava que era sujeira. Como eu não queria parecer esnobe ou atrair assaltantes, minha correntinha era mínima, com cruzinha flutuando nos pelos, e as pulseiras douradas também, bem fininhas, ao contrário dos cantores de Rap americanos de hoje em dia. 

T-Shirts

As camisas brancas básicas eram as minhas preferidas por lembrarem os primeiros jovens rebeldes dos anos 50 personificados no cinema por Marlon Brando e James Dean, e principalmente por realçarem os peitorais e braços musculosos masculinos, símbolos de seu orgulho de pertencer à classe. 

T-shirt, cobre mas não deforma
O homem quando tem pelos no peito e está sem camisa, parece que fica mais nu do que os que não tem pelos. Sua nudez é mais chocante, mais sexualizada, mais masculina, por isso nem sempre é confortável sair por aí exibindo-os pois chama atenção demais

As camisas T-shirts eram ótimas por cobrirem os pelos e manterem as formas musculares aparentes. Hoje os meio-peludos se depilam... 

Com o tempo deixei de usar camisas regatas, sem mangas, quando a barriga começou a crescer. Na Austrália usar camisas regatas é associado com agressores domésticos e são chamadas de "wife-beater" (surradores de esposas) porque quem as usa são os australianos mais grosseiros, pobres, bebarrões, ignorantes e violentos, que voltam do bar e surram as esposas na frente dos filhos. 

Agressão doméstica é um dos grandes problemas da Austrália hoje em dia.

Porém, as camisetas com manga ainda uso, mesmo com a barriguinha, até porque descobri que barriga de urso é sexy. Melhor para mim. 

Barba, Bigode e Costeletas

Scotty ‘Sumo’ Stevenson, jogador de rugby neo-zelandês,
e suas costeletas ("sideburns") dos anos 70
Eu usava barba quando me dava a veneta, tentei o bigode de pistoleiro mexicano nos anos 80 por pouco tempo porque aquela não era exatamente uma imagem com quem eu queria ser associado, mas as costeletas de Elvis na sua decadência fizeram parte do meu figurino por um tempo. Elas eram pontudas e vinham quase até a boca, algo que simplesmente nem todos os caras podia cultivar, era preciso ter barba grossa como a minha.

Sapatos Tênis

Sempre adorei sapatos tênis brancos, e os que mais gostei na vida foram umas botinhas brancas inportadas da Reebok. Eu usava meus tênis até eles se desmancharem, e quanto mais sujos e rasgados, mais eu gostava. Pareciam luvas e se brincasse eles andavam sozinhos para meus destinos rotineiros. Assim também eram minhas calças jeans rasgadas, remendadas por mim mesmo ou com barras desfiadas e bocas largas.

Casaco e calça jeans, tênis Reebok Pump, camiseta rejeitada por
ser estampada
Casaco de Jeans

Eu simplesmente os achava extremamente másculos, e possuia um de estimação no qual eu havia pintado alguns escudos para lembrarem os Hell Angels, motoqueiros que na época eu não sabia que eram fora da lei, baseado num dos meus filmes prediletos, Sem Destino (Easy Rider), com Peter Fonda, Denis Hooper e Jack Nicholson (http://pt.wikipedia.org/wiki/
Easy_Rider). 

As calças acabavam se tornando bermudas curtíssimas de barra cortada na faca como mandava os anos 70, e os casacos se tornavam coletes sem mangas, antes de virarem panos de polir carro.

Filme Sem Destino (Easy Rider), de costa a costa na América, porém
de moto, na era dos hippies, na mesma linha Jack Kerouac,
Rota 66, Juventude Transviada (Rebel Without a Cause), e O 

Selvagem (The Wild One), com Marlon Brando, 1953, que 
influenciou gerações de jovens com seu personagem Johnny Strabler,
o líder de uma gangue de motociclistas, sempre vestido com uma
jaqueta de couro, um boné e pilotando uma Triumph Thunderbird
6T de 1950. 
Os anos foram passando e resolvi aderir às roupas sociais no trabalho de bom grado pois, afinal, já havia usado roupas esportes até os 30 anos. Ao mesmo tempo decidi cultivar a barba de 3 dias, que depois passou a ser de 3 semanas. 

Tudo começou por pura preguiça de fazer barba mais de uma vez por semana, mesmo com barbeador elétrico, mas principalmente foi porque minha mulher adora homens peludos, e fez lobby para eu deixar a barba crescer. Depois disso, nunca mais parei, e hoje nem sei mais como é minha cara sem barba. Deve estar toda amassada com a idade...

Cena do filme A Música Não Pode Parar com personagens
mostrando como eram curtos os shorts masculinos na época.
Na foto a louríssima Valerie Perrine.
Calça com Muitos Bolsos

Calças jeans aposentei e troquei por outro tipo de calça que sempre gostei desde criança, mas usava muito pouco no Brasil porque simplesmente eram muito difíceis de se achar para vender: calças de operário ou militar repleta de bolsos, incluindo as com estampas de camuflagem militar. 

Acontece que aqui na Austrália quando eu cheguei já havia a moda de tais calças, então aquilo foi o céu para mim. Até hoje tenho 4 calças destas no guarda-roupa, inclusive jeans compradas no Brasil nas férias, uma vez que a moda acabou entrando no Brasil e jeans com múltiplos bolsos são raros por aqui, assim como cuecas de cor beje, porque, por alguma razão, homem australiano não veste beje e também mal curte a cor marrom... a moda das calças multi-bolsos jamais passou aqui na Austrália nestes 15 anos.

Capitães de rugby AFL (VFL) em 1975 com seus famosos shorts 
curtos. Os "bogans" (*) costumam parar no tempo e continuar usando 
estes shorts hoje em dia, como representado pelo comediante 
diretor Paul Fenech, Austrália.
O mesmo serve para as bermudas, cheias de bolsos ou estilo camuflagem. Nada de bermudas coloridas, esparrentas e imensas como saias. Tem moda a qual não faço adesão de jeito nenhum. As modas vêm e vão, e eu estou sempre usando o que sempre usei. Não importa a idade. Ainda hoje tem quem se vire pra me olhar, achando ridícula minha vestimenta de jovenzinho, de mãos dada com minha esposa, nada comum, provavelmente.

Fio Dental

Nesta moda não entrei mas vi vendendo nos departamentos masculinos dos magazines da Austrália e sei que tem senhores respeitáveis que usam para suas trelas com suas senhoras respeitáveis, ambos usam...

Tatuagem

Paul Fenech, diretor do seriado de TV "Housos", paródia aos
"bogans" (*) australianos que vivem às expensas dos benefícios
sociais tipo Bolsa Família e jamais arrumam emprego, com seu
clássico shortinho de jogador AFL dos anos 70.
Apesar de ter contemplado a idéia quando desfilava na praia fazendo as garotas desmaiarem, e também por achar bonito... nos outros... pensando bem, decidi não adquirir uma marca permanente e manter meu corpo virgem como ele veio ao mundo. Por outro lado, homem peludo não precisa de outras atrações corporais... 

Mas muitas vezes me pego pensando quanto tempo as pessoas passam examinando certas tatuagens que são verdadeiras obras de arte e se isso de alguma forma aumenta o tesão ou a atração na hora H, porque, realmente, não tenho certeza se vale à pena ostentar uma obra de arte no corpo por aí, principalmente porque elas dóem tanto para serem adquiridas, o resultado final pode não agradar e a moda pode passar...

Reebok Pump estilo atual, suponho
Bem, a moda nunca passou para os motoqueiros de guanges, os quais hoje estão com seus 80 anos, tatuados da cabeça aos pés, o que acaba não sendo uma cena assim tão agradável aos olhos...

Lenhador

Agora usar barba é moda, então estou na moda. A moda veio a mim. Jesus Cristo está na moda.

Mocassins

Hoje a moda também é usar sapatos sociais com bico quadrado porém pontudos, como sapatos de elfos. Simplesmente não se acha sapatos sociais com outro formato em lugar nenhum nessa Austrália, com excessão de pequenas lojinhas de chineses em subúrbios. Advinha onde compro meus sapatos sociais atualmente?

Sapato mocassim, fácil, prático e confortável
Continuo usando meus sapatos largos de solado pesado mesmo com roupas sociais, como meu pai usava já nos anos 60, ou sapatos estilo mocassim de pele-vermelha, sem cadarço.

Ao invés de paletó, uso casacões meio-sociais de cores discretas. Tudo tem jeito de ser contornado...

Cabelo

Já cheguei até a usar cabelo de "emo" só que nos anos 70. Grande só de um lado, caindo e obrigando a dobrar o pescoço para o lado a fim de conseguir enxergar com os dois olhos, jogando os cabelos com frequência o que tornou-se um tique nervoso. Longos, batendo nos ombros, meio hippies, porém eles cacheavam nas pontas apesar de lisos, o que me irritava.

Cheguei a usar cabelo de Ronnie Von, aí em 1967, hoje usado
pelos emos. Não durou muito porque era muito aborrecido ficar
jogando o cabelo para o lado o tempo todo a fim de conseguir
enxergar direito, e já estava ficando com escoliose...
Como esse cara aqui embaixo no vídeo, Pablo Zanella, 25 anos, sempre estive na moda porque ela entra e sai, e logo tudo do passado volta à moda, é só esperar um pouco e manter-se firme, se você realmente se interessa por esse assunto. 

Como tudo meu dura muito (sem trocadilhos), anos e anos, então não preciso me atualizar com frequência. Aliás, que eu saiba nenhum homem gosta de fazer compras, a não ser em lojas de eletrônicos, ferragens, construção ou ferramentas... 

Segundo o Pablo, lenhador é um tipo muito antigo que sempre fez parte das fantasias sexuais de meio mundo, apesar do estereótipo não ter sido usado na banda Village People, reduzida a um policial, um cowboy, um motoqueiro, um índio e um operário da construção.

Pablo Zanella, Lumbersexual, Metrosexual, Modinha e Dinheiro...
barba grande, tatuagem, camisa xadrez...

A seguir mais um dos tantos artigos sobre a ressurreição dos homens, traduzidos.

Lumbersexual: Prosseguindo de Onde os Metrossexuais Pararam

http://www.scoutnetworkblog.com/2014/12/22366/lumbersexual-taking-over-where-metrosexual-left-off/

O que vem depois de "Movember" (Novembrigode)? Obviamente "Decembeard" (Dezembrarba). E em seguida vem "Manuary" (Janeirômem). Mas qual o significado de Decembeard, alguém perguntaria?

Bem, tudo se conecta à aparência "lumbersexual". A rebelião contra a tendência metrossexual do início de 2000 em que lumbersexual é o oposto do metrossexual. Um homem lumbersexual tem o olhar viril, é robusto, despenteado, com uma barba grande e fechada e, muitas vezes, vestindo camisas soltas xadrez e jeans rasgados. Embora ele não deva exatamente estar a cortar madeira, um lumbersexual é alguém que parece saber como fazer isso. Longe vão os dias dos metrossexuais falando sobre seus produtos hidratantes ideais. Estes são os dias em que os homens afirmam sua masculinidade pelo tamanho e espessura de... suas barbas e aparência totalmente despenteada, mesmo que eles passem horas a montar seus equipamentos. Surpreendentemente, os lumbersexuals não vivem na floresta, mas nas grandes metrópoles urbanas, como Nova York, Montreal, Toronto e Vancouver. 

Assim pegue o seu machado e sua camisa xadrez e comece a crescer a barba antes que Decembeard acabe.

Agora minhas considerações.

Cresça-o, mostre-o. Apoie. Novembrigode 2012, apoio à
conscientização da saúde do homem. Cruz Azul de Michigan.
O Macho Fantoche

Movember (trocadilho com "moustache" - bigode e "November" - novembro) é um movimento global criado para fazer os homens crescerem o bigode e rasparem em Novembro numa comemoração para angariar donativos para tratamento de câncer de próstata, testicular e doenças mentais (http://au.movember.com/). 

Decembeard (trocadilho com "December" - dezembro e "beard" - barba) é outro movimento para fazer os homens crescerem barba e rasparem em Dezembro numa celebração para angariar donativos para câncer de reto (http://decembeard.org/). Este diz que os participantes são "homens de verdade" (real men). 

Homens de verdade crescem barba. Dezembrarba.
Manuary (trocadilho de "man" - homem e "January" - janeiro) é outro movimento explorando os homens barbados para aceitarem desafios a fim de angariarem fundos para câncer de cérebro e pescoço (http://manuary.ca/). 

Na realidade, não tenho certeza se eles raspam mesmo nestes meses.

Ou seja, você, macho barbado, tornou-se um palhaço explorado por todos os lados principalmente porque os donativos não são para prevenir câncer, mas para serem canalizados para as maiores corporações do mundo fingirem que estão descobrindo curas, ou mesmo até descobrindo de verdade, mas a preços de tirar-lhe as calças. 

Mais uma manobra corporativa distorcendo o conceito de "donativo" e zombando da masculinidade alheia.

Hoje em dia as agressões ao nosso físico são tantas, que não se pode saber o que causa câncer. Não adianta se cuidar em casa, porque no escritório, no carro ou nas ruas está-se sujeito a poluição química de todos os lados. 

Janeirômem. Mostre sua barba, encontre uma cura. Porque câncer
de cabeça e pescoço? Porque é o sexto tipo de câncer mais comum
no mundo.
Tal poluição passa pelos produtos de higiene que você usa como desodorantes anti-transpirantes, alimentação com os transgênicos, mesmo sendo baseada em vegetais frescos fatalmente comprados em super-mercados (a não ser que você mesmo os cultive em sua horta mas mesmo assim toxinas cairão do céu), e produtos sintéticos que lhe revestem como roupas, lençóis, toalhas, calefação das casas, tintas, carpetes, plásticos no carro esquentados ao sol (o gostoso cheirinho de carro zero quilômetro é tóxico), ar condicionado, poluição do ar, da água, ou seja, não tem como fugir, apenas tentar-se diminuir o uso extremo de produtos artificiais. 

Aqui mesmo na Austrália metade das moradias tem asbestos (amianto), um material dos que causam mais câncer no mundo e popular na construção de casas e apartamentos até recentemente. Até em hospitais tem asbestos! 

Semanas atrás havia reclamações porque numa obra de renovação de uma casa, deixaram o asbesto exposto no jardim, perto de uma parada de ônibus. E, sim, conhecemos vítimas de asbestos, imigrantes que vieram pra Austrália sem qualificação profissional e foram empregados na indústria da construção dos anos 60/70, trabalhando diretamente com asbestos sem terem sido informados que era material cancerígeno, mesmo os fabricantes já sabendo daquilo.

Forma preferida de doação, em lugar de
fazer garage sale (venda de garagem). Jogue

sua doação na lata.
Toda essa movimentação festiva envolvendo doações, que reune pessoas se divertindo, são benvindas por este povo solitário que não pode se tocar, então trata-se de uma manipulação bem bolada desse tipo de problema social pelos aproveitadores de plantão. Eles não fazem isso conscientemente e o fazem com a melhor das intenções, "por uma boa causa", e ai de quem se atrever a dizer o contrário. 

Obviamente que não participo até porque já tenho meu leque de filantropia, e acho uma palhaçada, como bom brasileiro que gosta de festa mas não gosta de ser manipulado mesmo sendo, principalmente pelas mulheres, pois esse tipo de coisa é sempre bolado por elas ou quem se parece com elas. Afinal, trata-se de zombaria com os homens, que para estarem de bem com o mulherio, fazem sempre o que elas querem e caem como patinhos. Por mais machos que eles se achem, sempre fazem as vontades de suas parceiras femininas com medo de perdê-las e ficarem na mão...

Agora eu me pergunto, e quanto aos homens que não tem barba, como eles se sentem? Acho que tem algo que não é justo nesta movimentação de "homens de verdade". Homens sem barba nem pelos não são menos homens, muito pelo contrário. Quem duvidar, vá perguntar aos Maoris neo-zelandeses tatuados até no rosto...

(*) Bogan: tipo de australiano da gema com todas as manias das classes proletárias como um sotaque australiano carregado. O corte de cabelo preferido dos "bogans" é o mullet (pelado com rabicho atrás) da década de 70. Pois bem, ser "bogan" agora está na moda.