Como se vive em Sydney. Brincadeirinha, trata-se de mais uma foto do famoso Spencer Tunick no Teatro de Ópera de Sydney. |
Mesmo sendo uma metrópole, os jovens parecem um tanto alienados que odeiam pentes ou escovas.
Muito homossexualismo, mais notadamente feminino; não se pode fazer um agrado com uma criança que parece pedofilia; tem mais asiático do que na Ásia; gradessíssima variedade de plantas; casas lindíssimas e horrendas convivendo como vizinhas na mesma rua; figurinos ridículos, cafonas e sem noção convivendo nos mesmos ambientes (trabalho, estudos, lazer).
Muitos carros que são colírios para os olhos dos amantes ou não de carros como Lamborghinis, Maserattis, Rolls-Royces, Bentleys, Ferraris, etc.
Quente pra dedéu e muito seco; toma-se muita água. Papel higiênico com 4 folhas, um luxo só.
O que é malícia? Não é a filha da vizinha. Se você viu aqui uma criança a dormir, você não tem malícia. Existe tal pessoa? |
Eu acrescentaria que eles iriam precisar de avacalhação e cafajestice.
Aqui na Austrália ainda há espaço para a sofisticação deles, ou nos países em que eles pretendem se estabelecerem. Concordo... Espero de coração que o Brasil se recupere de tanta baixaria até nos mais altos níveis, de tanta cachorrada, principalmente no plenário. Estes sim estão ajustados com a sociedade brasileira atual. É preciso melhorar o nível destas pessoas urgente, a fim do país conseguir sobreviver e galgar sua posição de destaque no mundo, conforme ele merece e vinha conseguindo até o ano passado quando a gentalha resolveu grasnar nas ruas e quebrar tudo. Estava bom demais para durar...
A internet é cheia de malícia. O que você vê aqui? Correto, um chachorro-quente. |
Meus filhos australianos santinhos e sem malícia vêem um mouse. |
Daí chega este visitante pra dizer que atualmente a Paula Fernandes é uma versão da Barbie. Vi algumas fotos na internet e fiquei chocado com o peso da maquiagem nos olhos, que ela não precisa. Vem cá, esse povo não tem ninguém em casa que diga, "mulher, tu tá passando da conta no rímel, manera", ou então simples espelhos, ou desconfiômetros, se mancômetros? Mas o resto que vi ainda está muito discreto e de muito bom gosto.
O que me atraiu no Lucas Lucco foi seu extraordinário forró de sua banda, de altíssima qualidade, além de seu respeito aos homens. Mas, convenhamos, não suporto baixaria. Uma fã dele escreveu num fã site que não gostava mais dele por causa do excesso de tatuagens e músculos. Ele respondeu que, se ela não gostava, arrumasse outro, porque quem gostava dele, gostava de seu trabalho, e não de sua aparência. Bobinho e malcriado! Eu acho a mesma coisa, é tudo uma baixaria só, e ele está piorando. Neste momento estou pensando se não responderam por ele naquele blog, porque o cara ainda não tinha sido grosso desse jeito em público, como foi mudar de uma hora para a outra? Quer dizer, não é de uma hora para a outra, estou fora do Brasil, então só vejo notícias sobre um mesmo assunto a cada 3 meses.
Nem todo mundo suporta o peso da fama, deve ser o caso do Lucas, apesar de todo cuidado do pai dele e da equipe produtora. Sendo decente, ele podia fazer carreira internacional, mas esta baixaria não é suportada pelos estrangeiros. Chame-os de hipócritas, mas é melhor assim nesse caso. Suponho que tenho ouvido palavrões em músicas novas de rock internacional também, vai ver que é por isso que ele anda imitando.
Palavrão... |
Nem os ricos brasileiros escapam mais. Não tem mais dignidade, moral, não sabem mais o que falam, não sabem nem se comportarem. Acho que não existem mais famílias tradicionalmente educadas como vim a conhecer décadas atrás, está todo mundo avacalhado. Ou será que eu sonhei e vivia em outro planeta? Sim, é mais provável...
Me chocou as coisas que ele recebia de seus amigos via WhatsApp do Brasil enquanto estava aqui na Austrália pelo baixo nível das piadinhas juntamente com a profusão de palavrões gratuitos. Faz tempo que eu não ouvia tais coisas. Tenho por norma não falar palavrões, mas ainda me dou o direito de falar um ou outro aqui e ali conforme a necessidade ou então para dar um efeito qualquer que desejo no meu discurso, mas procuro não incorporá-los no linguajar diário até porque sei que isso contamina, contagia e acaba se tornando normal. Eu fazia isso desde que vivia no Brasil, não é hábito australiano que adquiri. É bom lembrar que, quanto mais baixo o nível do ser humano, mais ele fala palavrões em profusão. Praticamente tudo pode ser dito usando-se apenas dois ou três palavrões que os semelhantes se entendem.
Dercy Gonçalves, dá pra ter saudades de uma coisa daquelas? |
O fato dele manter profundo contato com seu telefone celular, mesmo estando do outro lado do mundo, já não me chocou tanto devido ao número de pessoas em toda parte que anda fazendo a mesma coisa. E era recados gravados pra lá e pra cá, e filmezinhos feitos com as paisagens australianas enquanto recebia em troca filmezinhos de gosto discutível.
E tudo isso vem de pessoas de bem, boa situação financeira, bom nível cultural e educacional. Não dá pra entender, ou então me transformei num esnobe metido a moralista.
Só aceitei WhatsApp justamente para ter contato com esta visita. Pelo menos este meu querido amigo que já retornou está sabendo exatamente o nível de filmezinhos pra me enviar. Amigo é assim, respeito é bom e eu gosto.
Alemanha Sabe Mais
E por falar em respeito, para quem sabe Inglês, veja como é que se devia escrever sobre a Petrobras e o governo atual neste artigo alemão. Isso se chama respeito e inteligência.
http://www.dw.de/opinion-petrobras-is-not-brazils-government/a-18258893
E que tal esta outra reportagem interessante, feita no Brasil mesmo, ops! Foi erro. Publicou, lascou. A internet ressuscita os mortos.
http://contrapontopig.blogspot.com.au/2015/02/contraponto-16061-globo-tira-do-ar.html
http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/t/todos-os-videos/v/especialista-fala-sobre-os-problemas-e-prejuizos-da-petrobras/3315829/
"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista."
Paulo Henrique Amorim
(Pra quem não se lembra, "pig" em Inglês significa "porco")
Praia na sombra dos arranha-céus de Recife. |
A pressa em divulgar coisas boas é tanta que me vejo divulgando sem sequer ter provado pra dar meu depoimento com base. Vai ver não é nada do que ando pensando, só baseado na crítica dos outros, mas vamos lá. Escrevendo aqui pelo menos tenho uma história para não deixar esquecer, voltar aqui, ver o que não assisti, e providenciar, caso contrário se perderia no tempo e eu jamais veria outra vez. Geralmente quando reproduzo textos de outros aqui é porque assino embaixo, coincidem com meu jeito de pensar, a não ser que eu faça minhas críticas depois. Então, já que não sei escrever tão bem, vale colocar coisas de especialistas pra melhorar o nível desse blog.
Vai ver que o nome desse documentário é "Um Lugar ao Sol" porque lá embaixo a praia já foi coberta pela sombra destes edifícios altíssimos na orla do mar das grandes cidades brasileiras, então o povo, que tinha o sol de graça na praia, agora jão não tem mais a partir das 3 da tarde, enquanto quem mora na cobertura fica com os metros quadrados de sol só pra eles mesmos, enquanto os 50 andares de baixo ficam todos só com uma lateral de sol pelas janelas.
"Um Lugar ao Sol" pasma ao retratar a classe dominante brasileira.
http://www.planetatela.com.br/cri.php?cri_id=491
Por Celso Sabadin, e não Dominguin
Quem já não ouviu a famosa ladainha que “o cinema brasileiro só mostra miséria, favela, gente desdentada e mulher pelada”? Pois bem. Para provar que este chororô não tem razão de ser (aliás, nunca teve), o cineasta pernambucano Gabriel Mascaro coloca nas telas do Brasil um pedaço da classe dominante. Só gente fina. Com o genial documentário “Um Lugar ao Sol” (2011), Mascaro enfoca o seleto universo dos moradores de coberturas de prédios classe A das cidades de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Todos belos, saudáveis e cheios de dentes, onde a favela é uma realidade distante. Há até o depoimento de uma moradora que acha lindo o riscado colorido que as balas perdidas deixam nos céus, quando há confrontos armados entre os morros.
Trailer do documentário Um Lugar ao Sol
Ao abrir sua câmera às classes dominantes, Mascaro escancara o abismo sócio-cultural brasileiro, exibindo a necessidade de muitos em morar acima de tudo. Literalmente. Ao se distanciar do nível da rua, é visível - e risível - a forma como vários destes moradores se colocam acima do bem e do mal diante deste complexo painel de meandros sociais chamado Brasil.
Moradia estilo brasileiro. Esta sala comportaria 25 chineses se fosse em Sydney. |
Concordo totalmente com Mascaro. O cineasta não obrigou ninguém a dizer o que está dito no filme e não manipulou imagens de forma anti-ética . Ele não tem culpa se existe gente no Brasil que, do alto de sua cobertura, se encanta com o colorido dos tiroteios lá em baixo. Ele não provocou as barbaridades ditas no filme, muito menos o despenhadeiro social que motivou tamanhas aberrações. Apenas registrou. Se é que, este caso, cabe a palavra “apenas”.
Sóbrio, simples, sem maneirismos estéticos nem nenhum tipo de espetacularização, o filme mostra que o maior espetáculo da Humanidade continua sendo o próprio Homem. Mesmo quando ele se deslumbra e perde o senso do próprio ridículo ao ser seduzido por uma câmera de cinema.
“Um Lugar ao Sol” foi exibido em mais de 40 festivais internacionais, entre eles os de Los Angeles, Miami, Cartagena, Munique e Toulouse.
Sydney também tem cobertura, mas não na praia. Atualmente está uma polêmica de que não se constrói mais na praia de Bondi porque o transporte para lá é péssimo... isso é primeiro mundo. |
O diretor conseguiu acesso aos moradores através de um curioso livro que mapeia a elite e pessoas influentes da sociedade brasileira. No livro, são catalogados 125 donos de coberturas. Desses, apenas nove cederam entrevistas.
Através desses depoimentos, o documentário traz um rico debate sobre desejo, altura, status e poder. É um filme que reflete sobre a classe dominante brasileira e a verticalização das cidades deste país, abordando o imaginário sócio-cultural de um grupo social pouco problematizado na cinematografia nacional. O projeto transcende as fronteiras do Brasil, consolidando um debate sobre o imaginário humano e as relações e concepções de ideologia, dominação e poder e na forma como isso se concretiza nas produções materiais. Nesse caso, na arquitetura de uma cidade que explicita em seu paradigma a histórica desigualdade social.
http://cinema10.com.br/filme/um-lugar-ao-solPara os interessados, este comentário do link seguinte é melhor ainda:
http://www.brcine.com.br/colunas/um-lugar-ao-sol-ou-como-nao-tremer-de-frio/
Existe desigualdade social na Austrália?
Como em tudo, também nessa área reside a extrema hipocrisia dos australianos, ou do povo anglo em geral.
Estudante no charmoso bairro central de Newtown, Sydney. http://thevine.com.au/life/thoughts/215-a-week-to-live-on-a-balcony- 20130319-231252/?page=3 |
O resultado é que o que mais prolifera nos bairros centrais de Sydney é apartamentos de 1 quarto. Mas que raios, estas pessoas não tem família? Não, e quando tem, se separam logo. O fato é que a maioria dos australianos mora sozinha, incluindo os idosos. Quando muito, recebem um "partner" (parceiro sexual) cuja palavra em Inglês não discrimina o sexo e você nunca sabe se o "partner" é homem, mulher, amante, gigolô ou o que mais. Bem bolado.
É assim que se reconhece as casas do governo, mas nem sempre. Ainda existe gente decente que realmente está atravessando fase negra. |
Enquanto um executivo mora num enorme apartamento de 3 quartos com vista para o porto de Sydney, sozinho, dezenas de estudantes e trabalhadores sem qualificação profissional se amontoam em quartos-e-salas cheios de baratas, sendo que todos são quase vizinhos. O executivo não pisa na rua, sai da garagem subterrânea em seu Range Rover com vidros escuros direto para a garagem do escritório, todos com portas automáticas, enquanto que os desqualificados se acotovelam nas ruas tropeçando nos sem-tetos, levando vento e chuva. Mas todo mundo sorri porque está em Sydney!
Cobertura estilo Sydney, 2 ou 3 quartos apenas. Jardins premiados. |
Mas estas coisas não são vistas. Raramente alguém vai olhar pra cima, e se olhar, vai achar o colorido das roupas bonito e exótico, parecendo flores. Afinal, trata-se de um prédio no meio de tantos outros super-chiques e de alta-tecnologia abrigando as maiores corporações e bancos do mundo. Quem vai prestar atenção num grupo de asiáticos dentro de um cubículo?
Coberturas de $15 milhões de dólares ($30 milhões de reais) em Sydney. http://www.bookmarc.com.au/blog/sneek-peek-sydneys-1 5million-penthouse/ |
Você circula pelo subúrbio de Vaucluse ou Glenhaven, vê um monte de casas de arrombar, verdadeiros palacetes, mas não parece nos chocar como no Brasil. Em meio a tais palacetes geralmente aparecem prediozinhos de tijolos marrons repletos de apartamentos de segunda classe, mas pelo preço, qualquer buraco é um palácio em Sydney.
Muitas vezes em cima de um prédio destes tem uma pequena mansão escondida... aqui em Double Bay, Sydney |
Quem é pobre e tem sorte, mora em casas ou apartamentos que se dizem "do governo". O governo paga um pequeno percentual dos alugués de propriedades da população que gosta porque estão sempre alugados e quem se encarrega de colocar ou tirar os inquilinos é o governo. Você nunca sabe qual casa ou apartamento é do governo ou não, a não ser depois de ter se mudado pra o local, que é quando você vai observar o comportamento dos vizinhos.
Uma pessoa no trabalho, por exemplo, reclamou que depois que mudou-se para uma casa nova, de vez em quando era bloqueado de entrar na sua rua porque ela estava cheia de carros de polícia. A polícia estava tão acostumada a ir a certa casa, que quando ligavam para ela da área, vários carros já apareciam do nada. Não tinha mais jeito a dar, ele já havia comprado a casa, agora teria que aguentar, e se não aguentasse, provavelmente também não acharia rua nenhuma que não tivesse pelo menos um pequeno apartamento do governo.
O lance destas casas do governo é que elas abrigam todos os rebutalhos que deviam estar morando nas ruas, ganhando a vida como esmoleres. Certo que a cada ano o número de moradores de rua aumenta, mas também aumenta o número de descamisados, desempregados, drogados, separados e doentes mentais.
Mas isso nenhum visitante vê. Estas coisas só se sabe vivendo na Austrália, e isso depois de muitos anos. Nos primeiros anos, tudo parece um paraíso. A desgraça acontece fora das vistas dos turistas.
De modo que existem diferenças sociais abissais também na Austrália, mas tanto os pobres quanto os ricos disfarçam muito bem com a maior hipocrisia. Por exemplo, o centro de negócios do aeroporto de Canberra pertence a uma só pessoa, além de toda a imensa área em volta que inclui vários shopping centers e imensos estacionamentos muito bem pagos.
O abismo dos infernos |
Veja reportagem com ele e seus filhos, Como os 200 Ricos Investem.
http://www.brw.com.au/p/business/how_the_rich_
invest_terry_snow_u3guEOzYAJrxISrvTy8vRN
Se isso não é concentração de renda e diferença social, então eu não sei mais o que é.
Pra variar, assim como no Brasil ninguém sabia que 80% dos apartamentos de todos os cerca de 15 prédios da rua onde uma irmã minha morava pertenciam a um dono só, em Canberra também ninguém tem a menor noção de que aquela área nobre, incluindo o próprio aeroporto, pertence a um só australiano.
E você? Quantos apartamentos você tem? Perdeu a conta, não interessa, tem quem gerencie pra você? Quantas crianças daria pra patrocinar no terceiro mundo através da World Vision se vendesse um apartamento, unzinho só? Olha que algumas delas poderiam se tornar suas amigas e amá-lo(a) para sempre por tão pouco...
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