Nossa equipe ganhou mais um prêmio dentro da empresa cujo presente aos funcionários foi... um jantar pago de fim de ano. Ora, todo ano temos um jantar pago pela empresa, então isso só pode ser uma tremenda e sarcástica piada de mau gosto do diretor, mas pelo tom do email, parecia coisa séria. Minha mulher acaba de me dizer que Kevin Rudd, que um dia já foi primeiro ministro da Austrália e hoje com cargo diplomático no exterior, falou que a Austrália não cresce desde 2008. Mas o Brasil cresceu depois da marolinha, vocês lembram? Ah, claro que não... então por isso nosso almoço anual ficou no lugar do prêmio.
Não foi no restaurante Le Maurice... |
Sim, a competição é maior no sul, talvez porque ele seja mais rico, ou talvez sejam mais ricos porque possuem aquelas "qualidades", enquanto os nortistas dividem suas riquezas e por isso são mais pobres, além de valorizarem outras coisas além do dinheiro. Vamos esquecer no momento que tem muito político corrupto em Brasília que veio do nordeste, porque afinal ninguém é perfeito nem todo mundo é igual em termos de caráter.
Não foi no Ce La Vie Sky bar... |
Vamos começar com o almoço num hotel chique que foi recentemente inalgurado na cidade dentro do complexo de negócios em que trabalho. A secretária nos enviou o menu do hotel pois ele era uma das duas opções sugeridas sabe-se lá por quem. A outra opção, segundo um colega descendente de italianos, espalhava vários pratos e poderíamos escolher o que comer à vontade, bem ao gosto e costume do brasileiro, o que é coisa bem rara na Austrália.
Por meio de votação eletrônica, a equipe escolheu o hotel mais perto e mais chique. Para mim tanto fazia, eu vou por obrigação, pois como macaco velho, nada neste país me impressiona mais, nem mesmo as churrascarias brasileiras, meio adaptadas ao sofrível gosto dos australianos (servindo carne doce, por exemplo). Vocês vão saber porque.
Cerca de 30 pessoas distribuídas em 3 mesas do restaurante do hotel.
Língua ferina tem em todas as culturas... |
Não canso de repetir que sempre me perguntam porque é que num país onde as pessoas se adoram tanto, tão festivo e com gente tão bonita e tão feliz, pode ter índices de criminalidade e corrupção entre os maiores do mundo? É sempre complicado explicar que existem dois brasis.
Então, primeiro ultraje do almoço: é anunciado que, quem quiser bebida, levante-se e vá pedir no bar, que o pagamento vai pra conta da empresa. Ora, do meu canto não saí e fiquei só com a água que sempre está presente nas mesas, pelo menos, e sempre é de graça, mesmo sendo da torneira, o que nem sempre é saudável ou pura, mas conseguimos sobreviver com sorte, principalmente considerando-se que num hotel tão novo, os testes devem ter sido aplicados para liberar a água para beber.
O delicioso drink mais saldável do universo... água |
Ora, na Austrália é cada um por si, é costume você ir nos bares e restaurantes e ter que levantar-se do seu lugar, deixando sua bolsa pendurada e à mercê de malfeitores (no caso das mulheres enquanto os homens arrumam um jeito de marcarem seus lugares, mesmo que diferente dos cachorros), postar-se numa fila maldita na frente do balcão ou esperar sua vez, se não tem fila, algo que todo mundo sabe fazer educadamente exceto certos "assholes" (apesar da palavra pornográfica, significa cafajestes, o que inclui muita mulher fingida) ou estrangeiros que ainda não se adaptaram ao costume.
Loura Pura, minha cerveja favorita |
Caso a empresa não estivesse pagando, você tinha que pagar, ou seja, se você estivesse num pub (bar), quantas cervejas você quisesse, teria que se levantar, enfrentar fila e pagar. Para mim isso é muito e desse jeito eles jamais terão lucro com o tipo de cliente que sou, ou seja, não existe mais ninguém que finque o pé no chão quanto eu, capaz de se "sacrificar" para beber água só porque não quer pagar e ter o trabalho de "fetch" (pegar) uma bebida no bar do pub ou restaurante. Se pelo menos, em compensação, elas fossem baratas por causa da economia com garçons, mas não são. Se todos fossem iguais a mim, o mundo seria bastante diferente. Provavelmente também seria diferente se todos fossem iguais a você.
Garçons australianos, Waiters on Tap (grupo Garçons Sapateadores) |
Deve ser esta conotação que não é aceita pelos arrebitados australianos que não admitem estar por baixo de ninguém, mesmo que estejam
Christmas crackers, pega no meu que eu pego no teu, a coisa explode e sai um prêmio de dentro |
Falei, o que estão querendo dizer com estes prêmios cor-de-rosa para mim? Eu ia desprezá-los por suas cores, mas com certeza seriam úteis pra minha mulher, e dito e feito, ela agradeceu pois tinha uso para os dois. Os prêmios são sempre assim, ridículos, acompanhados de uma piadinha totalmente sem graça e mais uma coroinha colorida pra ser colocada sobre a cabeça, dando um ar idiota muito festivo e sempre o mesmo em todas as festas de confraternização. Hábito bastante saudável, do you reckon?
Bem, uma confraternização em que ninguém se abraça nem deseja Feliz Natal a cada outro, conforme estamos acostumados no Brasil, seja de coração ou por obrigação social. Afinal não custa nada, mas eu me dou muito bem com esse sistema "não-me-toque" daqui, pois se quero abraços, tenho bastante em casa e não preciso ser hipócrita na rua. Porém, quanto mais abraços, melhor. Venha cá... tomou banho?
Então, garçons e garçonetes só para distribuir os pratos porque os robôs ainda não estão tão especializados. E quando chegou esta hora em que eu já tinha devorado o pãozinho italiano com manteiga como entrada, do jeito que estava com fome, os garçons começam a distribuição. Um sim, outro não, e só as mulheres do fim da mesa são servidas. Oh, por quê, o que está acontecendo, o que vocês têm de tão especial? Retrucaram que eram as vegetarianas. Seu prato? Cogumelos assados e cremosos à portobello, polenta e queijo feta ao molho de pimenta malagueta vermelha. Tiveram que engolir sem expelir fogo pela boca.
No menu havia duas opções para cada paladar, vege ou não. Achei que seríamos dados a opção de escolher nosso prato, mas este email não aconteceu. Então pensamos que os dois seriam servidos, um depois do outro, principalmente depois de ter comido a primeira porção... para passarinho. Para passarinho sem comparações com os pesos deles, apenas no tamanho da refeição porque sabe-se que um passarinho come muito mais do que um cavalo, proporcionalmente. Então deveríamos dizer que as porções servidas pareciam para cavalos, mas se eu dissesse isso, seria incompreendido. Então comemos como passarinhos.
Continuamos a esperar por nossos pratos. Os garçons então distribuiram as refeições não veges um sim, outro não. Ora, que raios de distribuição era aquela? Resultado, cada um não servido olhava pra comida do outro com olhos pidões, e tão pidão eu fiquei que minha colega italiana disse, você quer o meu? Sim, se você não se importa, eu quero comer o seu. E assim trocamos as coisas. Ei, psiu, pare de pensar o que está pensando...
Tratava-se de 4 fatias de peru com um molho em cima estilo doce de ameixa e uma saladinha de brotos de bambu escondida embaixo perdidos no meio da branquidão do prato (peru assado na manteiga com brotos de feijões verdes, batata gratinada e suco de oxicoco). Fiquei pensando que era mais um dos famosos pratos doces deles que abundam em toda parte, o que odiamos pois somos a favor do sal no Brasil, e sentimos muita falta dele, faça mal ou não, tudo o que é demais faz mal, ou seja, comendo-se com parcimônia está tudo certo. Precisamos de sal, temos sal em nosso sangue, fomos feitos de sal, do sal saímos, e para o sal da terra iremos, a não ser que nos cremem, então não vamos para o sal da terra, apenas viramos a terra com sal. Suponho...
Todos achamos que era um dos pratos, e que o segundo viria depois. Esperamos os outros serem servidos, como manda a boa educação, e quando minha colega italiana recebeu o dela... era igual ao meu. Adoro estas surpresas, vocês sabem. Sim, com sarcasmo.
Exemplo de prato minimalista: lagosta |
Ah, meu filho, ficamos com fome, obviamente. O preço que estava no menu era de quase $75 dólares ($200 reais) por cabeça sem bebida nem entrada nem sobremesa nem embaixo da mesa, pagas por fora, uma barganha de Natal em promoção. Por um preço desses nós pelo menos esperávamos sair satisfeitos em termos de quantidade. Mas qual o quê, é sempre assim, decepção, por isso detesto jantar fora na Austrália, sou sempre roubado.
Restaurantes chiques têm essa mania de servir pratos minimalistas em que a comida fica dançando no meio do espaço em branco, regadas sempre a um molhinho que se espalha como se fosse uma obra de arte, irregularmente e com uma folhinha verde em cima, e você é supostamente tido como desejando comer aquela coisa. Quem inventou isso só pode ter sido uma mulher anoréxica com psicose de modelo.
Nojinho não gosta de comida com gosto de asbesto |
Tenho língua grande que reclama de tudo? Tenho razão? Bem, com razão ou sem razão, acho divertido comparar nossas culturas e, nesse ponto então, o Brasil ainda ganha muito longe em termos de comida e serviços. Vocês que vivem no Brasil deveriam levar as mãos aos céus e agradecerem a Deus o paraíso em que vivem. Mesmo com políticos corruptos.
Olha o prato brasileiro que todo homem repete, feijoada |
Quando chegou nossa vez, começaram de novo, um sim, outro não. Só que desta vez alguma coisa estava errada, e umas pessoas recebiam uma sobremesa enquanto as seguintes recebiam a mesma ou outra, meio fora de ordem. Ora, que diabos de critério era aquele que estavam usando na distribuição? Que eu soubesse, os garçons não sabiam nossos nomes, embora enquanto procuravam as "veges" no início e se perdiam, procuravam-nas pelos nomes, quem é fulana? E sicrana? Ah, na terceira mesa. Onde, quem? Lá, alí ó, aquela de cabelo cor-de-rosa.
De novo minha amiga italiana recebeu sua sobremesa que tentamos advinhar o que era e só conseguimos quando ela enfiou a colher e caçou um pedaço de alguma coisa enterrada numa espécie de torta coroada com uma bola de sorvete de creme. Era uma torta cozida de mince de maçã quente com sorvete em cima. O colega em frente havia recebido um famoso pudim de Natal coberto com "custard", um creme de leite doce e mole famoso entre as crianças na Austrália, cuja tradução para o Português dá "quindim", mas não é.
Tradicional pudim de Natal com custard. O pudim servido era bem menor do que esse, perdido na imensidão branca do prato, com um custard tão ralo que esparramava-se todo como batatinha quando nasce. |
Fiquei meia hora olhando pro tal pudim (figura de linguagem), então meu colega do outro lado ofereceu trocar sua torta por meu bolinho. Tem certeza, perguntei classicamente como cidadão australiano que sou. Sim, não faço questão. Ah, obrigado porque não sou muito afim de bolo. E então eu comi sua torta e ele comeu meu bolinho. Parem...
A torta também estava gostosa, incrivelmente mais doce do que o normal da Austrália que também tem paranóia com açúcar, e o contraste do gratinado quente com o sorvete gelado é algo que sempre me agrada. Na falta de coisa melhor, pode-se dizer que gosto de torta de maçã.
E este foi nosso grande almoço de Natal da empresa na Austrália para o ano de 2016. Pelo menos a conversa foi animada e os italianos do meu lado direito reclamaram de um monte de coisas, parecendo mais brasileiros do que eu, enquanto o australiano da esquerda juntou-se às reclamações e destilou seu veneno, sempre com um sorriso singelo nos lábios como que se desculpando por falar maldades, mas falando. Enquanto isso, as quatro "veges" ao longo da mesa entraram na conversa que tratava sobre as diferenças culturais, que é uma dominante na sociedade australiana. As quatro eram indianas, porém cada uma falava uma língua diferente por serem de estados diferentes da Índia. O resto da mesa não deu pra ouvir porque estávamos muito entretidos com nossas conversas.
Mapa da Itália dentro do Brasil |
O Brasil parece uma terra interessante, dizia um. Sim, pois sim, meu caro. Estou com vontade de visitá-lo, a Amazônia, não é? Bem, eu admito que vocês, que não conhecem o Brasil, só pensem em ir para a Amazônia, mas eu mesmo jamais iria. O quê, que absurdo é esse? Ora, você não tem a menor noção do que é uma "jungle" (selva), dos perigos que existem lá, então sonham em se meterem naquelas matas como se fosse o paraíso. Ói, os perigos são tantos que isso foi algo que jamais desejei. Bem, sou urbano, não gosto de fazendas no mato. Mas a maioria das pessoas parece sonhar com viver no mato, principalmente os estrangeiros cujos matos não são nunca como os matos das nossas matas tão garridas.
Não, nossa experiência de mato nunca foi boa, somos todos urbanos na família, com algumas excessões. Eu fui exposto a alguma vida no mato por causa da fazenda do meu avô, mas o que me assustava mais era o tamanho das aranhas carangejeiras que caiam do telhado na nossa cama de noite e era um bafafá para resolver o problema cada vez que isso acontecia.
Medo de aranhas da celebridade Shane Warn, ex jogador de cricket australiano |
Representação do bioma (todos os seres vivos de uma determinada região) brasileiro dentro da bacia amazônica cujos 60% pertencem ao Brasil |
Mas que brasileiro sou eu que despreza a Amazônia? Sim, sou realista e coerente com minhas raízes, não sou do mato e no mato não desejo me meter. Deixa o paraíso lá, intocado, do jeito que sempre foi, que faz muito bem à saúde da humanidade. Vamos poluir as cidades...
Bem, mas voltando à vaca fria, depois de tanta conversa, chega a hora de nos despedirmos. A grande maioria já tinha dado-no-pé, e para meu prazer, na Austrália quase ninguém se confraterniza como no Brasil, nada de abraços ou beijinhos, e muito mal um tchau qualquer. Vai-se embora como se chegou, sem falar com ninguém em particular, um oi de longe é o bastante, caso os olhares se cruzem, o que a maioria faz que não vê. É que, não se esqueçam, os australianos têm outra paranóia além do açúcar e do sal, que é aquela do "não me toque". Este é um problema muito sério que brasileiro também não tem, se bem que tais abraços são odiados por pessoas que acham que eles significam interesse e propinas. Não tenho estas paranóias, sei lidar muito bem com isso, como bom brasileiro.
Toalet unisex (não, este não era o sinal, mas é só o que poderíamos pensar) |
Entramos como num novo mundo de Alice no país das maravilhas, dentro de um enorme hall preto completamente vazio, com uma pia branca lá no fundo e o que parecia uma carreira de portas à direita e à esquerda, todas fechadas. Ora, qual escolher? Meu colega escolheu logo a primeira do lado esquerdo, empurrou e entrou. As outras todas pareciam ter a plaquinha no vermeho de ocupadas, ou "meio-ocupadas", então fiquei sem saber o que fazer. Resolvi escolher uma que parecia estar menos "meio-ocupada" só para descobrir que aquele toalete era para pessoas deficientes. Ora, já estou aqui, vai assim mesmo. Um toalete enorme e cheio de mordomias para os privilegiados deficientes, pensei eu com ironia antes de reconhecer que eles devem mais é ser premiados pelas suas sinas.
Toalete da moda constrangedora para todos os gêneros |
Saímos dos toaletes para o hall onde meu colega foi lavar as mãos, enquanto eu já havia lavado as minhas no toalete enorme e privilegiado, e uma mulher sequer não vimos, he, he. Estariam elas de acordo com tais medidas modernas da agenda gay mundial? Minha mulher me disse que não, que provavemente muitas estariam "upset" (aborrecidas) ao ponto de se "segurarem" como estão acostumadas a fazer até chegarem em casa, onde se aliviam com descontração e alívio.
A glória... |
O que nossa colega falou sobre a Itália é muito parecido com o Brasil. Guardarei comentários para um eventual próximo post. Sei que existem pelo menos 3 Itálias, a do norte que inclui duas das cidades mais avançadas do mundo, Turim e Milão, a Itália do meio onde fica Roma, e a Itália do sul, paraíso dos mafiosos na Sicília. Não é à toa que eles falam quase línguas diferentes, eles também são muito diferentes num país do tamanho de um estado médio brasileiro como o Maranhão (331.937 km contra 301.336 km).
Pilatos lavando as mani pulite dele, e a história se repete |
O que me trás à memória a íntima ligação do nosso atual herói brasileiro chamado Moro e sua inspiração na operação Mani Pulite ("Mãos Limpas") que gerou um Berlusconi na presidência, um dos políticos bilionários mais corruptos do mundo, que não foi preso justamente por fechar a Lava-Jato de lá. O povo italiano daquela época estava tão confuso quando o povo brasileiro hoje, mesmo sem mídia social. Muito bem bolado, paga-se pela própria ignorância, a coisa certa levando à coisa errada.
Segundo a Wikipedia, "A Operação Mãos Limpas (em italiano: Mani pulite), inicialmente chamada Caso Tangentopoli (em português, 'cidade do suborno' ou 'cidade da propina', termo cunhado por Piero Colaprico, cronista do jornal la Repubblica, referindo-se à cidade de Milão), foi uma investigação judicial de grande envergadura realizada na Itália. A operação teve início em Milão e visava esclarecer casos de corrupção durante a década de 1990 (no período de 1992 a 1996) na sequência do escândalo do Banco Ambrosiano, revelado em 1982, que implicava a Máfia, o Banco do Vaticano e a loja maçônica P2.
A Operação Mãos Limpas, coordenada pelo Procurador da República Antonio Di Pietro e pelo juiz Giovanni Falcone, morto em atentado pelo crime organizado em 1992, levou ao fim da chamada Primeira República Italiana (1948 – 1994) e a profundas mudanças no quadro partidário, com o desaparecimento de vários partidos políticos. Muitos políticos e industriais cometeram suicídio quando os seus crimes foram descobertos, enquanto outros se tornaram foragidos, dentro e fora do país.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Operação_Mãos_Limpas
Meia árvore de Natal da Treny Tree, Mississipi |
Enquanto você infantilmente pensa que estão caçando os corruptos, na realidade se trata de briga entre fações para açambarcarem a porção do outro. Tá difícil? Uma elite contra a outra a fim de tomar o que é da perdedora! Já ouviram falar na série de filmes Game of Thrones (Jogo dos Tronos)? Mudou alguma coisa de lá pra cá? Não, mas apesar disso você vive melhor do que naquela época fictícia porém similar à Idade Média e todas as outras idades conforme o contexto, uma prova que Deus existe e consegue fazer a humanidade evoluir, embaixo de paus, pedras e cruzes. Graças a você outro, assim não tão infantil.
Feliz Meio-Natal e Meio-Ano Novo!
De modo que desejo-lhes um meio Feliz Natal do jeito que foi nosso meio almoço pratrocinado por umas das mais prestigiadas corporações do mundo nessa época de recessão. Melhor do que não ter nenhum. Além disso, como as perspectivas se apresentam no Brasil, nem meio próspero ano novo ninguém terá. Que todos tenham um Natal e Ano Novo meio assim.
Premonição ou Pre-munição?
O segundo motivo deste post é que tive um sonho premonitório, e está aqui apenas como curiosidade, dada a minha vontade de ser médium sem conseguir.
No sonho, eu vinha de uma mesa onde estavam meus colegas e andava muito, junto com outros, até esta mesa onde estava um ex-chefe na cabeça de cima. Eu lhe falava qualquer coisa e retornava para nossa mesa pensando que, quando eu chegasse, ia demorar tanto que as comidas já teriam sido servidas e pouco deveria sobrar para mim, como já havia acontecido em uns dois ou três outros sonhos anteriores, mas eu não me importava, apesar da fome.
Acontece que no nosso almoço, o ex-chefe estava na mesma posição, quado cheguei, com uma porção de gente, circundei a mesa e perguntei se o lugar ao seu lado estava vazio, quando um outro funcionário estranho que estava em pé virou-se e disse que o lugar era dele, então continuei circundando quando a secretária pegou o último lugar, o que me enxotou para a última mesa onde estava parte dos meus colegas, pulando uma mesa com outros colegas asiáticos e indianos não muito chegados.
Quando cheguei na mesa ainda conversei bastante antes da comida ser servida, mas acabei passando fome como decretado no meu sonho. Seria esta uma prova de que não existe tempo nem espaço, e como os espíritos falecidos podem enxergar o futuro, embora dependa do nosso livre arbítrio que pode alterá-lo?
Sonhos famintos desse tipo têm povoado minha existência a cerca de um ano ou dois atrás até hoje. Minha conclusão é de que deve ser um treinamento para a morte, para que, quando eu chegar lá, já chegue com pre-munição para não ter que me recuperar do vício de comer, pois lá não há jantar nem temos que alimentar nossos corpos fluídicos. Será que temos? Imagina que nem tenho este vício de comer, mas conheço muita gente obesa que tem, então repasso esta noção.
Filosofia Silver Fox |
Também pode ser que eu tenha sonhado porque "sonhava" com aquele almoço. Isso é meio difícil, sonhar com almoços na Austrália das comidas insossas, não faz o menor sentido, mas quem sabe, pode ter sido.
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