sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O Fim da Hipocrisia

Este post do blog Contexto Livre, reproduzido do Sul 21, tirou as palavras da minha boca. Então eu não vou dizer, vou reproduzir aqui também!

O fim da hipocrisia

30/07/2017

http://www.contextolivre.com.br/2017/07/o-fim-da-hipocrisia.html

A hipocrisia acabou, basta ver as pessoas se xingando diariamente nas redes sociais, se ofendendo por serem ou pensarem de modos diferentes. Isso é ruim, ou é bom, afinal? Em que rumo estamos caminhando, a que tudo isso vai nos levar?

O que é melhor, a hostilidade sincera ou a dissimulada? Num dos vários locais onde já trabalhei, cheguei a desejar que as pessoas fossem hipócritas, pois num ambiente de ofensas abertas ficava difícil se concentrar. Lembro que pensei na época, “agora entendi para que serve a hipocrisia”, pois se as pessoas falassem pelas costas, ao invés de ofender pela frente, haveria menos tumultos explícitos e constantes.


A hipocrisia é necessária ao funcionamento social, mas dificulta a evolução civilizatória, já que mascara os problemas, como se eles não existissem. O preconceito velado é o pior tipo de racismo, de homofobia, de sexismo, e de qualquer forma de preconceito sócio-econômico ou cultural, como por exemplo o choque entre a cultura sulista e a nordestina, no Brasil.


Numa sociedade sem um mínimo de hipocrisia, as pessoas poderiam se matar nas ruas, para resolver as suas diferenças, desprovidas de quaisquer máscaras de socialização e convivência entre opostos. Numa sociedade sem um mínimo de sinceridade, inclusive para nossos pensamentos maldosos e preconceituosos, nunca iriamos debater nada mais profundamente, fazendo de conta que tudo estaria bem.

Teoricamente, tanto a hipocrisia quanto as brigas sinceras são necessárias, porque cada uma tem uma função própria no processo civilizatório. Naquele lugar onde cheguei a desejar a hipocrisia, a consequência após as brigas extrapolarem os limites foi a transferência de pessoas para outros locais, pelo insuportável da convivência que impedia o trabalho. O resultado final foi surpreendente, pois após alguns anos as pessoas voltaram a conviver mas num outro patamar de relacionamento. Todos já haviam firmado sua identidade profissional e não havia mais porque brigar, se passou para a etapa de reconhecimento das diferenças.


Desagradáveis e até perigosos, quando a hostilidade foge ao controle, os conflitos são essenciais à evolução. Quando Donald Trump foi recebido por Angela Merkel e citou muros no seu discurso, a chanceler alemã falou em construir pontes ao invés de muros. Os alemães tiveram de exorcizar os próprios fantasmas do nazismo e sabem reconhecer os germes dele no discurso do Trump. Os americanos que ainda não tiveram seu Hitler ou Stalin tem agora seu líder mais belicoso e que está dividindo o país, com sua mania de superioridade explícita, o que já foi mais implícito na cultura americana. Seja no Brasil ou nos Estados Unidos, os piores debates são necessários para um aprendizado coletivo, para uma evolução cultural.


Montserrat Martins é médico e bacharel em ciências jurídicas e sociais.

No Sul21: https://www.sul21.com.br/jornal/o-fim-da-hipocrisia/

Transparência Obrigatória

O Inferno (ou purgatório), da Divina Comédia de Dante Alighieri
(1265–1321), repleto de ilustrações de Gustave Doré
De acordo com o movimento New Age (Nova Era), espiritualista, o planeta está sendo enxaguado num processo de purificação e limpeza. Para isso, diria eu, é necessário expor suas mazelas, suas ruindades, às claras, transparentemente. É o que está acontecendo em toda parte, em todos os lados, de todas as formas.

Jamais me esqueço do que gravei sobre o que seria o "purgatório", ou seja, aquele "lugar" para onde iríamos quando morremos, uma espécie de "umbral" ou mundo intermediário entre a "salvação" e o "inferno". Jamais esqueço das imagens de corpos chafurdando na lama, deformados, tal como é o caráter de cada um, onde os indivíduos, as almas dos mortos, não podem mais esconder o que pensam e tudo fica estampado em sua imagem, fazendo com que toda a "feiura" seja bem vista, transparente. As redes sociais estão ajudando nesse processo.

Seria parte do processo de "purificação" para a evolução. Eu diria que, ao ser obrigado a viver em tal ambiente, o indivíduo não aguenta muito e chega a um ponto em que ele pede arrego, pede que lhe salvem. Seria nesta hora em que os "anjos" guardiães, os trabalhadores do amor vão buscá-lo, aos cacos, para levá-lo à enfermaria, onde começa seu processo de cura e reabilitação, tão demorado quanto mais profundo o sujeito chegou em suas vidas acumuladas. Tudo pode ser visto no filme espírita "Nosso Lar". 

Eu tou vindo te pegar, huahuahua...
Pois bem, eu vejo este processo acontecendo aqui no planeta, agora. Quando pensamos que tudo está perdido, que a mentira e o poder tomaram conta, ganharam a guerra velada, eis que as sociedades reagem, como foi o caso da votação em massa na Venezuela esta semana quando 46% dos votantes compareceram num país em que votação não é obrigatória como nos Estados Unidos maravilha. É um altíssimo percentual. Ora, quem diria, contra toda a mídia mentirosa corporativa mundial, contra todos os prognósticos da oposição violenta e cruel, contra os poderosos internacionais, o povo compareceu em massa como que sobrevivente e cansado de tanta mentira. O mesmo povo que elegeu Donald Trump nos Estados Unidos, cansado das mentiras. E o mesmo processo que pode acontecer no Brasil, a recuperação do país.

No Brasil, agora sabemos quem tem competência, quem sabe o que fala, quem tem personalidade, coragem, arrojo, quem não se deixa contaminar. No Brasil descobrimos onde estas pessoas estavam escondidas, mas não sabemos através da mídia bilionária. Cabe a você saber com quem você anda, que te direi quem és.

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