A Internacionalização da Amazônia e os Esquadrões da Morte da Blackwater
Parte 6 de 6
Por Gearóid Ó Colmáin / 16 de agosto de 2013
Quando o Presidente Barack Obama visitou o Brasil em 2011, ele foi saudado por manifestantes que denunciaram o imperialismo norte-americano na região, e os seus planos para uma guerra contra a Líbia. Os manifestantes também denunciaram o empréstimo de 2 bilhões de dólares concedido pelo governo americano à companhia petrolífera estatal Petrobras depois que ela descobriu um dos maiores campos de petróleo do mundo, em Tupi, em 2007. Os manifestantes jogaram bombas incendiárias na embaixada dos EUA antes dos protestos e a polícia utilizou gás lacrimogêneo e balas de plástico para esmagar a rebelião. Esses brasileiros certamente não estavam a precisar de um ‘despertar’.
Muitos dos manifestantes eram membros do Partido dos Trabalhadores. Embora a liderança do partido tenha tentado distanciar-se do protesto, as fortes atitudes anti-imperialistas dos membros mostraram que o PT não pode dar-se ao luxo negligenciar a sua base social se quer permanecer no poder. O protesto obrigou Obama para cancelar um discurso planejado para o Rio de Janeiro. Esta foi uma insurreição popular verdadeira quase totalmente ignorada pela mídia internacional, que estava ocupada fabricando propaganda de guerra enquanto esquadrões da morte abatiam o povo líbio em nome da poderosa elite ocidental.
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| Como as coisas mudam... |
Em 2008, o Wall Street Journal informou que o George Soros investiu 811 milhões na Petrobras, o que o torna o mais importante ativo em sua carteira. Em 25 de junho de 2013 a Decomworld relatou que Halliburton, uma das maiores empresas de serviços de campos petrolíferos do mundo, tinha aberto um novo centro de tecnologia em águas profundas Rio De Janeiro estimado em 31 BOE.
A Halliburton foi uma das empresas que mais beneficiaram com a guerra do Iraque em 2003, e trabalha em estreita colaboração com a corrupta e notoriamente mercenária empresa Blackwater, que recentemente mudou seu nome para Xe Services.
O general brasileiro Durval Antunes de Andrate Nery, coordenador do Centro de Estudos Estratégicos de Guerra da Universidade Nacional de Guerra, disse ao jornal brasileiro O Dia em 2011 que a empresa americana mercenária Blackwater estava em operação em todo o Brasil, fornecendo serviços de segurança para 15 de plataformas de petróleo do país. Ele disse ao O Dia:
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| Velho logo e novo logo |
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| Isso deve ser brincadeira, é claro |
Um dos ex-diretores da Agência Nacional de Petróleo no Brasil foi Nelson Narciso Filho, um ex-homem da Halliburton.
O general passou a referir-se a como um colega seu tinha descoberto bandidos na Reserva Natural Yanamami. Devido a leis que limitam operações militares brasileiras na Reserva Natural Yanamami, o oficial do exército teve de obter autorização judicial para entrar no território. Quando esta foi dada, o que ele encontrou foram Forças Especiais norte-americanas.
Em 1991 o presidente Fernando Collor de Mello criou a Reserva Nacional Yanomami. O novo status semi independente da região rica em minerais, rica em ouro, significa que autorização de tribunal é necessária para incursões militares na Amazônia. Isso tornou quase impossível para os militares brasileiros controlarem seu próprio território nacional. O regime norte-americano usou a situação dos “povos indígenas” para reduzir a soberania brasileira sobre a floresta amazônica, que contém os mais preciosos recursos naturais do mundo.
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| Onde vivem os Yanomami. Click para ver melhor |
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| É demais, não acredito, chega |
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| Não sabia que havia tanta teoria da conspiração na net... |
Influentes estudiosos de Harvard como Juan Henriques têm defendido trazer a Floresta Amazônica para o âmbito das instituições globais. Tal processo exigiria mexer com conflitos étnicos com vista à sua balcanização. O governo dos EUA está a financiar as comunidades indígenas no Equador, Venezuela, Nicarágua, Brasil e Bolívia, a fim de enfraquecer os governos desses países. Existem sinais de que conflito entre as comunidades indígenas e os governos hostis aos interesses norte-americanos já podem estar em estágios iniciais.
Há muitos anos que a elite euro-atlântica no poder têm trabalhado na solicitação para a internacionalização da floresta amazônica, o que iria ver grandes áreas de floresta sob o controle de grandes grupos internacionais. O discurso sobre o aquecimento global e a “sustentabilidade” estão sendo usados para justificar este projeto que está sendo resistido por nacionalistas no Brasil.
Desde a tomada de posse em 2010, Dilma Rousseff foi criticada pel estabelecimento ocidental por conceder demais para o “desenvolvimentismo” e não o suficientemente para proteger a floresta Amazônica.
O New York Times publicou um artigo no dia 24 de janeiro de 2012 intitulado “No Brasil, Proteção da Floresta Amazônica Dá um Passo Atrás.” O artigo relata que “A Sra. Rousseff, uma ex-ministra da energia, até agora tem mostrado mais uma atitude pró-desenvolvimento”. Rousseff, que antes havia participado de uma conferência do Bill Clinton Foundation juntamente com os bilionários Vinod Khosla e Richard Branson, parecia ter se comportado mal na sua gestão da Amazônia. Khosla é outro abutre capitalista tentando colocar as mãos na Amazônia. Ele é o responsável pela privatização de toda a costa da Califórnia enviando assassinos armados atrás dos surfistas usando ‘suas’ praias.
O texto do New York Times menciona a ex-Ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina da Silva, em aprovação. Marina da Silva é crítica das políticas ambientais de Rousseff; isto fez dela uma estrela entre círculos da elite no Hemisfério Norte. Por exemplo, Silva foi um dos porta-bandeiras nos Jogos Olímpicos do Reino Unido em 2012, para a surpresa da delegação do governo brasileiro nos jogos. Silva concorreu para presidente nas eleições de 2010 contra Rousseff quando obteve 21 por cento dos votos. O ministro do Esporte Aldo Rebelo do Partido Comunista comentou que Da Silva sempre teve boas relações com a aristocracia européia. Já existem relatos afirmando que a popularidade de da Silva subiu consideravelmente subiu consideravelmente desde o movimento de protesto.
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| Área da represa Belo Monte; o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem energia barata por causa do excesso de mananciais de água e suas inúmeras represas hidrelétricas; represa é água e água não destrói |
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| Projeto da represa Belo Monte |
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| Maria Osmarina Silva Vaz de Lima |
O “Partido da Sustentabilidade” de Marina da Silva foi criado em fevereiro de 2013 e a potencial candidata presidencial declarou que pretende imitar a campanha baseada na internet de Obama em 2008. A campanha presidencial para o candidato do império começou no mês de junho passado juntamente com o movimento “Muda Brasil”. O background racial, cultural e de “patinho feio” de da Silva fará dela uma candidata ideal.
A World Wildlife Fund, uma organização não-governamental, anteriormente presidida pelo Duque de Edimburgo, foi fundada em 11 de setembro de 1961 – Victor Stolen, Aldous Huxley, Príncipe Bernard de Lippe-Biesterfeld , um ex-oficial da SS nazista, e Godfrey Rockefeller da famosa dinastia americana. O WWF é uma das principais organizações mundialistas lobbying para a internacionalização da Amazônia. Embora ela se apresente como organização desinteressada, “independente” agitando pela conservação da natureza, a WWF é financiada pelo Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional (UK’s Department for International Development), USAID e Banco Mundial. Sua orientação é, portanto, uma reflexão dos objectivos de política externa da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos.
Em 1974 o Memorando 200 do Estudo de Segurança Nacional (National Security Study Memorandum 200, NSSM200) foi concluído pelo Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos sob a direção de Henry Kissinger, um documento que posteriormente se tornaria política oficial externa dos Estados Unidos.
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| "Nunca fumei maconha, bebi álcool ou usei daime: só Biotônico Fontoura"; na Austrália xaropes são amargos para não viciarem as crianças porque são considerados drogas e dão um barato. Foi mal. |
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| Fundo para a Vida Selvagem |
O documento NSSM200 afirma que o crescimento demográfico nos países em vias de desenvolvimento representa uma ameaça para a segurança nacional dos EUA pois populações famintas poderão levantar-se contra a exploração por multinacionais norte-americanas. O documento recomenda, portanto, que “melhorar o apoio a esforços relativos a populações em todo o mundo deve ser seguido, através de uma maior ênfase no meios de comunicação de massa e outros programas de educação e motivação das populações, pela ONU, USIA, e a USAID.”
O Brasil está entre os países em que o controle da população é necessário devido à importância de seus recursos naturais para a economia americana. Isto requer a manutenção de países do Sul Global, países menos desenvolvidos (less developed countries, LDCs) como colônias de recursos para a elite rica do Hemisfério Norte. O documento afirma:
"Temos de ter cuidado para que as nossas atividades não devam dar a aparência para os LDCs de que trata-se de uma política de um país industrializado dirigida contra eles. Deve-se tomar cuidado que em qualquer abordagens neste domínio as quais apoiamos nos LDCs são aquelas que podemos apoiar no nosso país. Os líderes do 'Terceiro Mundo' devem estar na vanguarda e obter o crédito pelos programas bem-sucedidos. Neste contexto, é importante demonstrar aos líderes dos LDCs que tais programas de planejamento familiar têm funcionado e podem dar certo dentro de um período razoável de tempo."
A política oficial dos Estados Unidos requer prevenir países do Sul Global de desenvolverem suas economias de modo que eles possam ser usados como colônias de recursos pelo Hemisfério Norte.
A fim de desenvolver sua economia e melhorar a qualidade de vida de seus habitantes, sucessivos governos brasileiros vêm tentando construir uma grande barragem hidroeléctrica em Belo Horizonte, trazendo energia barata para a população local, conduzindo infra-estruturas e desenvolvimento económico em algumas das mais pobres zonas rurais do Brasil.
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| Países menos desenvolvidos |
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| Colônia |
O projeto da barragem de Belo Monte tem sofrido violenta oposição há décadas por grupos indígenas locais apoiados pelo governo dos Estados Unidos, frequentemente suspendendo sua construção com sucesso. No entanto, o Governo Lula deu ordem de ir em frente na construção da barragem em 2010. Isso levou à intensificação da campanha liderada pelo governo dos EUA nos meios de comunicação de massa a fim de parar o projeto.
É surpreendente que os Estados Unidos possam tentar se apresentar como um protetor do ambiente ao mesmo tempo em que está agressivamente promovendo notórias corporações eco-suicídas como a Monsanto. No entanto, os meios de comunicação de massa estão lealmente fazendo o seu trabalho de desinformação do público sobre os problemas reais que envolvem os protestos contra a represa de Belo Monte.
A represa de Belo Monte está situada perto da cidade de Altamira, e não na selva Amazônica, como os meios de comunicação de massa apregoam. Ao contrário das reportagens, a barragem não apresenta uma ameaça para o meio ambiente do local, e nem de destruir os meios de subsistência das tribos indígenas da região. Algumas tribos, como os Kayapós, apresentadas pela mídia de massas como vítimas do projeto, estiveram em contacto com a cultura europeia ao longo dos séculos, usam vestuário europeu e utilizam tecnologia. Estas pessoas necessitam de electricidade e modernização. Enquanto os Kayapós são apresentados como tribos indígenas vivendo em harmonia com a natureza, eles ganham dinheiro com fornecimento de materiais para a Body Shop, e os trajes tradicionais que se vê nos vídeos de propaganda geralmente não são usados pela população Kayapó.
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| A dona dos alimentos transgênicos engenheirados geneticamente, os quais, uma vez plantados, não germinam. O agricultor tem que comprar as sementes da empresa para sempre. A maior polêmica é se tais alimentos provocam câncer, além de que contaminam as fazendas vizinhas tornando os solos inférteis. O fim da natureza. Mas provavelmente você nunca ouviu falar nisso, e pensa que Monsanto significa Meu Santo. |
Apesar da compensação generosa e relocação prevista para os Kayapós, procuradores do Ministério Público do Brasil continuam a busca de aspectos técnicos, que lhes permitam prosseguir com processos civis contra o governo, a fim de suspenderem a construção da barragem.
O promotor do Ministério Público do estado do Pará, Felicio Pontes, é um dos advogados tentando parar a barragem. Num vídeo postado online em 2011, ele argumenta que não há quantidade de compensação que satisfaça a população local. Longe de ser um paraíso aborígene, a vila ao fundo mostra as crianças vestindo roupas surradas e andando de pés descalços. Esta é uma falsa campanha financiada por capitais norte-americanos e projetada para evitar o desenvolvimento industrial do Brasil. Aqui, novamente, o Ministério Público está agindo nos interesses dos EUA contra o estado brasileiro e suas pessoas.
O diretor de cinema norte-americano James Cameron é um dos agentes que estão sendo utilizados pelo governo dos EUA para parar o projeto da barragem de Belo Monte. O seu novo filme Avatar foi um enorme sucesso no Brasil e é baseado na narrativa de uma população indígena ameaçada por uma devoradora potência colonial. O filme é claramente um ataque à tentativa de desenvolver regiões mais pobres do país pelo governo federal brasileiro.
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| Produtos Kayapós |
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| Miss kayapó? Brinque (http://lab.org.uk/miss-kayapo-filming-through-mebengokre-cameras) |
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| Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia e ex-Conan, kayapó Raoni e diretor de cinema norte-americano James Cameron que fez o filme Avatar, estrelado por Sigourney Weaver (http://raoni.com/archives-73.php, em Francês), juntos contra a ascenção do Brasil no mundo. Acorda, macaco! |
FAOR – Os “Revolucionários” Ecológicos do Departamento de Estado
Já temos mencionado o papel dos grupos de jovens nas orquestradas “revoluções coloridas” do departamento de Estado dos EUA.
Um dos grupos que atuam na campanha “Pare a Represa de Belo Monte” é chamado FAOR e tem o mesmo logotipo do punho cerrado dos grupos de revoluções coloridas anteriores na Europa Oriental e no Norte de África tais como Otpor, Zubr e Kefaya. No filme Belo Monte, Prenúncio de uma Guerra – o ativista Marquinhos Mota da FAOR diz que o grupo pretende “constranger o governo brasileiro”. Os protestos em junho fizeram um excelente trabalho.
A existência de tal grupo ativista indica fortemente a participação da CANVAS e do Governo dos Estados Unidos num programa de desestabilização para derrotar a governo de tendências esquerdistas de Dilma Rousseff. Tais grupos de extrema-direita, vestindo farda de esquerdistas, têm sido extremamente eficazes em criar o caos em outros países e as suas actividades representam uma séria ameaça para a segurança nacional do Brasil.
Existem muitas outras organizações patrocinadas pelos EUA envolvidas na campanha “Pare a Represa Belo Monte” como, por exemplo, Amazon Watch, o “think tank” Intituto Socio Ambiental, Comitê Xingu e Movimento Xingu Para Sempre. A Avaaz também está ajudando a parar a industrialização no Brasil, executando as petições “Pare Belo Monte” e “Pessoas Vs Bancos”.
Existem muitos vídeos bem feitos on-line, como Belo Monte – Prenúncio de uma Guerra (Belo Monte-Announcement of War – http://www.youtube.com/watch?v=ZoRhavupkfw); Defendenedo os Rios da Amazônia (Defending the Rivers of the Amazon, com Sigourney Weaver – http://www.youtube.com/watch?v=K-seAAIsJLQ), Guardiões do Planeta (Guardians of the Planet), Chefe Raoni e Seu Povo (Chief Raoni and His People).
Sigourney Weaver, estrela do filme Avatar, como Daniela Mercury, tirando proveito da onda
Cacique Raoni tornou-se algo como um Dalai Lama brasileiro, visitando as capitais do mundo, encontrando-se com líderes mundiais para enfatizar a “opressão” do seu povo pelo governo brasileiro. Como Dalai Lama, ele vende falso espiritualismo a ingenuidade ao público europeu ao mesmo tempo em que apela pela “intervenção” para “salvar os Kayapós do genocídio”. Os programas de desestabilização imperialistas sempre tiveram seus chefes Raonis.
Como agente da CIA Dalai Lama, Raoni está longe de ser pacifista nos seus métodos; ameaça guerra contra o Governo Federal caso o projeto vá em frente. Aparentemente, ele tem o apoio de James Cameron como disse à Agência France Presse em junho de 2011, “Os Kayapós estão indo à luta. Eles não vão apenas dar de ombros. Eles são a tribo mais agressiva da área”.
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| Raoni com Clive Kelly, rock promoter tornado eco-ativista em 1973, que fez um documentário para a BBC sobre suas denúncias e (http://www.bbc.co.uk/videonation/features/my_story/amazon/) suas histórias de SOS sobre envenenamento de rios, máquinas de fazendeiros dizimando tribos inteiras, mineiros de ouro e diamantes, expulsando os índios de suas áreas. Já ouviram este disco? |
Como foi mencionado, as Forças Especiais norte-americanas e os serviços mercenários da Xe já estão ativos em partes da floresta Amazônica. Não há nada que o governo americano mais goste do que grupos de procuradores que irão travar suas batalhas em seu lugar. Se os Kayapós decidirem pela violência, obterão total apoio de tais forças, enquanto a imprensa culpará o governo brasileiro e clamará por “intervenção humanitária” a fim de parar “parar o massacre”.
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| Hovercraft Amazônia, protótipo 100% brasileiro, 140 lugares |
A revista Forbes relatou em janeiro de 2011 que a Organização dos Estados Americanos (Organization of American States, AOS) agindo através do Organização Intercontinental de Direitos Humanos (Intercontinental Organization of Human Rights), “solicitou ao Ibama a não concessão da licença de instalação até que as queixas de oito tribos fossem ouvidas pelo governo.”
Sem nenhuma surpresa, a Subrevivência Internacional intensificou sua condenação do governo brasileiro durante os meses que faltavam até ao protesto, enquanto a Avaaz estava trabalhando no problema da “corrupção”. Em seu site, se pode ler sobre outro “massacre” onde a ONG acusa o governo brasileiro de “atirar” nos índios protestando contra o lugar da represa de Belo Monte. No seu site podemos ler:
“O diretor da Sobrevivência Stephen Corry disse, ‘A História está a repetir-se’. O relatório Figueiredo, falando sobre a atrocidades genocidas de uma geração passada, foi desenterrado exatamente ao mesmo tempo em que novos atentados contra os índios estão ocorrendo. Assassinatos de índios não devem ser tolerados em nenhum lugar, muito menos em um país anfitrião de eventos desportivos mundiais.”
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| Pedofilia? Não, né? |
Este é exatamente o mesmo homem que estava absolutamente certo de que um massacre havia ocorrido na Venezuela em 2012. A referência aos eventos desportivos da copa do mundo é digna de nota, considerando a sua utilização posterior nas revoltas “espontâneas” em junho.
Plutocratas internacionais querem enfraquecer a soberania do Estado Federal brasileiro
A indústria de aviação brasileira geralmente é fechada para investidores estrangeiros. Branson não tem disfarçado sua vontade de expandir seu negócio de aviação no Brasil. A Sobrevivência Internacional tem sido um grupo de pressão eficaz no passado, efetivamente sendo entregue para instituições internacionais pelos regimes de direita de Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso na década de 1990. Branson fornece fundos para a Sobrevivência Internacional. O bilionário bonzinho aconteceu de estar em São Paulo para uma conferência sobre a “sustentabilidade” juntamente com Bill Clinton e Arnold Schwarzenegger, antes da Avaaz e companhia lançar sua guerra contra os serviços públicos providos pelo estado e “corrupção do governo”.
Muitos dos tubarões financeiros mantém financeiramente organizações globalistas que defendem a tomada da floresta Amazônia pelos trusts globais. O Citigroup mantém financeiramente organizações “ambientais” como a Rainforest Alliance.
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| Plutocrata |
Em 2006, o governo brasileiro condenou os planos britânicos para tornar partes da Amazônia num trust internacional. O Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim disse que a floresta tropical não estava “à venda”.
“É preciso intervenção militar para impedir o Plebiscito de Dilma”, afirmam os manifestantes
Em resposta à proposta da Presidenta Rousseff para fazer uma chamada para um plebiscito a fim de descobrir o que os manifestantes queriam, alguns militantes do Facebook clamaram pela intervenção militar para “acabar com a corrupção”. Enquanto escrevemos isso, outros passos em direção ao golpe militar fascista estão sendo tomados no Brasil. Como o Ministério Público prossegue suas altamente controvertidas investigações de ministros do governo, a direita fascista e a mídia mainstream continuam a incutir a noção de que a ideologia da esquerda é “corrupta”.
No jornal Folha da São Paulo publicado em 12 de julho um relatório alegou que a UGT, a União Geral dos Trabalhadores, estava pagando pessoas para protestarem durante o “dia da luta” (lembrem-se do “dia da fúria” na primavera árabe) em 11 de julho, quando trabalhadores entraram em greve em todo o Brasil. Ricardo Patah, o chefe da união, negou estas alegações.
Patah é membro Partido Social-Democrata da ala direita. Ex-vice-candidato presidencial pela oposição da ala direita na eleição presidencial 2010, Índio da Costa é também um membro do Partido Social Democrata; ele tem laços estreitos com Washington por sua amizade com o milionário Arick Wierson, guru de mídia e investidor de Wall Street.
Houve relatos de ativistas sendo pagos pelos organismos de mudança de regime dos Estados Unidos na Tunísia e no Egipto em 2011. A noção de um “dia de luta” se assemelha à estratégia “dia de fúria” empregada pelo Departamento de Estado dos EUA através de suas diversas agências para mobilizar os jovens contra os regimes do Norte da África.
A UGT é um membro da Federação Americana Federação Americana do Trabalho (American Federation of Labour), uma uma organização de frente pro-capitalista da CIA.
A extrema-direita têm usado a história para reunir apoio para uma intervenção militar de modo a por um fim na corrupção “da esquerda” no país.
Alguém haveria de se surpreender com o fato de que a Folha de São Paulo de direita revelaria um dos truques tradicionais da CIA, isto é, pagar as pessoas para protestarem. Os repórteres da Folha de São Paulo decidiram perguntar a aos outros manifestantes sobre os sindicatos e a causa que eles representavam. Eles falaram com a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros). Quando eles perguntaram a uma das manifestantes qual união da CSB ela representada, ela teve de perguntar a um colega. Então, depois de algumas sugestões, ela respondeu: “esta aqui”, apontando para a sua camiseta. Quando ela foi perguntada qual era a união específica que ela representava, ela respondeu: “os trabalhadores”. Em seguida, ela confessou que tinha simplesmente recebido a camiseta em troca de 50 reais.
É claro que a Folha da São Paulo não investigou o assunto mais fundo e se contentaram em permitir que seus leitores reacionários a acreditarem que o governo do PT estava pagando pseudo sindicatos para sairem em demonstrações. Isso é o que a maioria dos comentadores no seu website acredita. Isso foi porque muitos dos sindicatos demonstraram apoio ao governo do PT e ao Partido Communista do Brasil.
É claro que a Folha da São Paulo não investigou o assunto mais fundo e se contentaram em permitir que seus leitores reacionários a acreditarem que o governo do PT estava pagando pseudo sindicatos para sairem em demonstrações. Isso é o que a maioria dos comentadores no seu website acredita. Isso foi porque muitos dos sindicatos demonstraram apoio ao governo do PT e ao Partido Communista do Brasil.
A Folha poderia ter mencionado o fato de que esses sindicatos estavam manifestando-se contra o governo e a favor dos “trabalhadores” de acordo com as melhores tradições da CIA, a Agência Internacional do Capitalismo. Houve também outros atores que participaram do desagradável pequeno teatro de rua. O Partido da Causa Operária, seguidores do homem de Lênin chamado Judas Trotski. Os “comunistas” trotskistas perguntaram aos atores da CIA se eles queriam juntar-se a eles em mais loucuras no centro da cidade, mas as escoras da CIA pobres e desavisadas decidiram pegar o dinheiro e dar no pé! Pode-se apenas imaginar qual euforia, qual alegria, que beleza o mundo ganharia se a CIA apoiasse uma boa causa apenas por um dia! O site da UGT mostra que eles eram muito numerosos e impressionantes, bem abastecidos com balões e bandeiras.
No site da UGT se pode ver fotos das manifestações por parte da Polícia Militar. A Polícia Militar é muitas vezes chamada dar suporte no policiamento brutal das favelas. Muitos dos que apoiam a Polícia Militar são abertamente fascistas e têm estato clamando pelo regresso ao regime militar no Facebook e outras mídias sociais desde o início dos tumultos no Brasil. Uma demonstração em massa de policiais militares apoiantes està aparentemente sendo previstas para setembro. Embora a tecnologia tenha melhorado desde a década de 1960, os procedimentos básicos de operação do imperialismo manifestam uma notável continuidade. Pedro Gribben escreve:
A queda de Goulart e a destruição da democracia no Brasil foi feita por meio da manipulação de diferentes grupos sociais. Policiais, militares, partidos políticos, sindicatos, federações de estudantes e associações de donas de casa foram todos explorados no interesse de cozinhar uma oposição a Goulart.
Nota to tradutor: Veja aqui dois documentários espetaculares sobre o Brasil divulgados aqui na Austrália pela TV SBS. Um deles, que passou ontem, domingo 04/05/2013 à noite, chama-se A Batalha do Rio (The Battle of Rio) e narra a pacificação das favelas e como criminosos tornaram-se líderes comunitários, uma façanha extraordinária e comovente, se você realmente ama o seu país. Boa parte do vídeo "A Batalha pelo Rio" é falada em Português, mas o outro vídeo é em Inglês, "sorry". O outro faz parte de uma série de 6, mostrados todas as sextas-feiras às 7:30 da noite e começou na semana passada.
http://www.sbs.com.au/ondemand/video/232366659681 The Battle For Rio, SBS
“A Doença de Curvar-se à Espontaneidade”
Em seu famoso ensaio, “O que é para ser feito?” Lênin foi longe ao assinalar que movimentos “espontâneos” da classe trabalhadora não levam ao socialismo, e que, de fato, não leva a parte alguma, mas a um retorno às garras da classe dominante. Lenine repreendeu os marxistas de sua época para o que ele chamou a “doença de curvar-se à espontaneidade”, que significa, teorizar as revoltas da classe trabalhadora como verdadeiros movimentos rumo ao socialismo. Lenine estava se referindo aos movimentos dos trabalhadores no final do século 19 na Rússia. Ele observou que o “elemento espontâneo” representava “consciência de uma forma embrionária”. Lenine escreveu:
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| Vladimir Ulianov ( Lênin) e Lev Davidovich (Trotsky) |
O movimento Ocuppy Wall Street, o Los Indignados e os protestos no Brasil todos caem na mesma categoria de revoltas “embrionárias”. A diferença hoje é a que as revoltas estão sendo fomentadas pelo imperialismo, com o resultado de que o embrião nunca se torna um bebê, e não nasce nunca; a revolução é interrompida desde o início. A ideia é simular descontentamento social e impedir que ele se torne consciente através de falsas revoluções que reforçam os poderes da antiga ordem e repressão social. As elites são Marxistas-Leninistas invertidas.
Lênin argumentou que “àqueles que são determinados a seguir sempre por trás do movimento em sua cauda são absolutamente e eternamente garantidos contra a desvalorização do elemento espontâneo do desenvolvimento”.
O mesmo poderia ser dito hoje. Quando a famigerada “Primavera Árabe” irrompeu na Tunísia em 2011, os comunistas do mundo todo deram seu apoio à “revolta espontânea das massas”. Eles balançavam suas cabeças vigorosamente a qualquer menção a geopolítica e ao papel das ONGs americanas na liderança dos protestos “espontâneos”. De fato, o departamento de Estado dos EUA estava tão confiante na superioridade do seu soft power e da eficácia de seu sistema de desinformação que eles ousadamente proclamaram a “Revolução Jasmim”, o mesmo nome do ditador Ben Ali instalado pela CIA utilizado para descrever sua apreensão do poder em 1987.
Os comunistas em todo o mundo foram enganados ao darem apoio às revoltas “populares” e apenas os comunistas inteligentes voltaram a proclamar quando ficou claro que a Primavera Árabe foi sendo usada para bombardear a Líbia. Em vez de análises institucionais concretas dos acontecimentos na Tunísia e no Egito, os comunistas mostraram-se pouco mais do que aquilo que Lênin descreveu como “caudistas” (que andam na cauda do movimento).
Lênin condenou a “doença de curvar-se perante a espontaneidade” entre marxistas que estavam convencidos de que eram as massas que espontaneamente se moviam rumo ao socialismo por meio de greves e revoltas em massa.
Os “revolucionários” corporativos do Centro de Ações e Estratégias Aplicadas (Centre for Applied Actions and Strategies) e muitas outras ONGs de “poderes populares” têm admitido abertamente que eles estudaram as obras de Lênin. Isto não quer dizer seguirem as pegadas do revolucionário bolchevique, mas sim de levar as massas precisamente no sentido que Lênin mostrou servir aos interesses da burguesia. Estes são os métodos e táticas de Trotski a quem Lênin repetidamente denunciou como oportunista de direita que usa slogans de esquerda que servem como uma luva para a agenda da direita.
De concreto, as condições globais mudaram desde os dias de Lênin. Hoje, a classe dominante domina a arte das revoltas “expontâneas” preemptivas artificiais que sugam a energia da juventude das massas e a usa para enfraquecer os movimentos sociais reais. Parte desse processo envolve desviar o descontentamento social em atos de imbecilidade, num processo que poderíamos descrever como o escárnio absurdo da dissidência e o uso do humor e dos disparates para minar as autoridades: slogans ingênuos e vazios que atacam as instituições nacionais em vez das entidades trans-nacionais financeiras que as controlam.
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| Que pai é você? |
Tais ações servem para reforçar a ordem existente e é de importância vital para os comunistas e progressistas de todos os quadrantes compreenderem a importância destes novos falsos movimentos sociais e suas metodologias, em vez de acreditar ingenuamente que pessoas pulando “espontaneamente” para cima e para baixo na rua vão levar o povo contra o capitalismo.
Conclusão: O que é para ser feito?
Nesta série, nós analisamos a evidência da desestabilização no Brasil pelos Estados Unidos. Temos argumentado que as estratégias de mudança de regime que estão sendo implantadas através do mídia social e falsos movimentos sociais, a corrupção do sistema judiciário, e a tentativa de roubar a soberania sobre a Amazônia, a selva e os seus vastos recursos naturais da República Federal do Brasil.
Os protestos no Brasil constituem um mau presságio para o futuro do país como um estado-nação viável; para a segurança, a dignidade e a autonomia da América Latina e para o projeto BRICS de construir uma ordem mundial multipolar, que são fases preliminares pré-requisito para a luta pela emancipação das classes populares.
Eles têm semeado dúvidas e um sentido de vergonha numa nação que está a emergir como uma grande potência no mundo; eles têm prejudicado a popularidade do Partido dos Trabalhadores social-democrata para a vantagem da direita reacionária e dos fascistas. É provável que o movimento de protesto continue, embora esporadicamente, desde agora até à campanha eleitoral.
Washington esperará que que o sentido de mal-estar e descontentamento nacional criado pelos protestos, prejudique a popularidade de Dilma Rousseff o suficiente para permitir que uma vitória do candidato deles que é mais provável ser Marina Silva, uma acólita que eles esperam suba as taxas de juro; venda empresas estatais para os investidores estrangeiros, impondo austeridade e lei marcial; entregue a Amazônia para instituições globais, pondo fim ao BRICS e às perspectivas de um mundo multipolar.
O imperialismo norte-americano está em marcha em toda a América Latina. Em 2011, duas grandes bases militares norte-americanas foram criadas no Chile e na Argentina. O comando militar chamado Comando do Sul norte-americano está a realizar formação de militares locais como parte de suas Operações Militares em Terreno Urbanizado. Tem havido grande agitação contra o capitalismo no Chile nos últimos anos, com centenas de milhares de estudantes tomando as ruas.
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| Vergonha |
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| Marina Vatar |
Washington está consciente de que a única forma de manter a ordem capitalista na região é o de treinar os esquadrões da morte que terão como alvo as verdadeiras revoltas populares que irão desafiar a nova ordem mundial nos próximos anos.
Segundo um acordo assinado em 2011, as forças militares norte-americanas agora podem agora operar no Chile sempre que houver agitação social. Os militares norte-americanso também estabeleceram uma nova base militar no estado do Chaco na Argentina perto do Aqüífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce do mundo. A base militar norte-americana do estado do Chaco irá permitir o acesso fácil às cidades do sul do Brasil.
Com regimes militaristas na Colômbia, Chile, Honduras, Panamá, Paraguai e México, o imperialismo americano rapidamente aperta o nó em torno das forças progressistas na América Latina.
A estratégia de “destruição criativa” chegou ao Brasil. Há um perigo real de que o movimento de protesto, mais cedo ou mais tarde, derrube o estado brasileiro, criando um estado de falha onde a anarquia e o caos vão fornecer o pretexto da intervenção norte-americana através das corporações mercenárias tais como Blackwater.
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| Base norte-americana de drones no Chaco, Argentina, bem em cima do maior aquífero mundial |
Tem sido a disputa deste ensaio que há uma quinta coluna operando dentro das instituições do Estado brasileiro. Este não é o tipo de de corrupção que as ONGs financiadas pelos EUA tentam eliminar; esta é a corrupção que eles desovam e protegem. Se o estado for capaz de sobreviver ao ataque, terá de ser capaz de identificar os traidores e sabotadores que estão trabalhando em nome dos poderes estrangeiros. Os manifestantes ingênuos nas ruas não são os culpados. É o conselho de administração e os executivos das corporações sem rosto que estão orquestrando mudança de regime através do movimento de protesto; estas são as pessoas que estão ameaçando a estabilidade futura do país.
O golpe dos grupos globalistas de “poder popular” nas ruas organizado pelas ONGs imperialistas ligadas a Wall Street não deve ser confundido com a verdadeira rebelião popular na Grécia, onde existem verdadeiros partidos políticos, como o Partido Comunista da Grécia, que representa a classe trabalhadora que está montando uma heróica luta contra plutocracia. Lutas semelhantes estão sendo travadas a cada dia em todo o mundo.
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| Corporacões |
Hugo Chávez da Venezuela admitiu que a tentativa norte-americana de expulsá-lo em 2002 o despertou para a realidade que não se pode comprometer o imperialismo, que o capitalismo com uma face humana era impossível. A Venezuela, em contraste com o Brasil, tem feito grandes progressos ao lançar as bases para a transição para o socialismo. Se a burguesia nacional no Brasil sobreviver, ela terá que se mover muito para a esquerda em aliança com os trabalhadores e camponeses pobres.
Vai ser preciso se desafiar o poder dos magnatas da mídia Globo News que estão manipulando e desinformando as massas. O governo brasileiro deveria responder a todos aqueles que pedem uma investigação na Rede Globo sobre a alegada evasão fiscal.
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| As massas burguesas |
Na cauda dos protestos estavam milhares de militantes verdadeiramente de todos os partidos de esquerda e movimentos sociais.
Muitos militantes gritaram slogans contra a grande mídia empresarial. Já existe um movimento a caminho para democratizar a mídia, com organizações como a Intervozes (http://intervozes.org.br/) e o Movimento dos Sem-terra . A secretária de comunicação da Central Única dos Trabalhadores, Rosane Bertotti, está esperando para obter 1,6 milhões de assinaturas a fim de forçar o governo a fazer algo sobre a demoníaca máquina de disinformação que é a principal mídia brasileira.
Respondendo ao pânico nos mercados financeiros após os protestos, o Ministro das Finanças Guido Mantega disse que a mídia deliberadamente tentou criar um clima de instabilidade.
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| "Deceive"em Inglês significa não dizer tudo... |
Como um governo pode esperar governar um país, e proteger o interesse nacional contra o imperialismo quando os meios de comunicação estão nas mãos dos inimigos do povo? Nacionalizar alguns dos principais meios de comunicação social, seria habilitar o governo a investigar e educar a população sobre as actividades duvidosa das ONGs que operam no Brasil em nome de poderes estrangeiros. A reforma dos meios de comunicação é um assunto de segurança nacional e a administração de Rousseff precisa agir com rapidez para responder às demandas dos manifestantes que a exigem.
Claire Rigby, escrevendo para a Folha de São Paulo, descreve a forma como os manifestantes de cérebro lavado pela mídia main stream reagiram com uma mistura de hostilidade e perplexidade quando encontraram manifestantes de verdade e verdadeiramente conscientes exigindo a reforma dos meios de comunicação.
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| Duas TVs do governo australiano de altíssima qualidade |
Ela descreve como os manifestantes em transe pelo Facebook chegaram a um impasse na frente dos militantes simplesmente conscientes. Eles pararam e olharam fixamente para eles por um instante e, em seguida, continuaram cantando o slogan do comercial da Fiat acima referido.
A questão-chave para os activistas originais será como fazer com que esses jovens enganados se engagem no pensamento crítico, como desobstruí-los da matriz corporativa de protestos com slogans vazios e sem sentido da pós-modernidade, de modo que eles possam começar a enxergar a verdadeira condição de suas existências e identificarem aqueles que estão manipulando e controlando eles, ao mesmo tempo desenvolvendo consciência de classe no processo. O governo deve garantir um financiamento adequado para as mídias alternativas, como rádio e estações de televisão comunitários e websites progressivos e participativos. O exemplo da Venezuela deveria ser estudado.
É preciso expulsar as ONGs norte-americanas e as agências que têm uma história de desestabilização de países derrubando seus governos.
O governo brasileiro terá de tomar o controle dos altos comandos da economia. Vai ter de quebrar, de uma vez por todas, com o neoliberalismo e traçar um projecto ambicioso de Estado para a eliminação da pobreza. Mas ele terá de agir rápido. A maré está agora virando a favor do imperialismo, como alguns poucos analistas da esquerda parecem compreender a complexa desestabilização atualmente em curso e estão se concentrando equivocadamente na hipocrisia de um chamado governo de ‘esquerda’ que pouco tem feito para a classe trabalhadora, mas que TEM feito muito pouco e esta é a diferença entre a social-democracia nos países em desenvolvimento e o fascismo. Pouco é melhor do que nada, e pouco é e sempre foi demasiado para o imperialismo americano.
A social-democracia nas economias desenvolvidas é uma ferramenta utilizada pela classe dominante para destruir os ganhos da classe trabalhadora, mas nos países em desenvolvimento, a democracia social tem um papel semelhante ao dos socialistas na Espanha durante a década de 1930. Enquanto a social-democracia é o meio pelo qual a classe dominante coopta o movimento operário, NÃO é fascismo. Isso é algo que os Trotskistas nunca compreenderam. Na guerra civil espanhola, os trotskistas ultra-esquerdistas denunciaram o governo social-democrata; eles partiram para ações violentas que desacreditaram a ideologia de esquerda; se recusaram a apoiar a frente popular democrática contra o fascismo. O resultado foi a vitória de Franco. Os seguidores de Trotski estão se comportando de forma semelhante hoje em dia, dando suporte aos ‘rebeldes’ da direita na Líbia e na Síria, e torcendo pelos movimentos de ‘protestos’ da CIA no Brasil. O Partido Socialista dos Trabalhadores é um refúgio seguro para os rebeldes burgueses de boutique, mas não há lugar para um revolucionário.
Brasília terá de mobilizar o povo contra imperialismo norte-americano como o governo Líbio fez em 2011 e como a Síria tem feito desde o ataque a esse país, em Março de 2011, quando manifestações de massa contra a NATO foram organizadas. Unir a população agora vai ser extremamente difícil no país, uma vez que a confusão e o descontentamento foram espalhados pela “Revolução do Vinagre”. A psicologia da revolução colorida “smart power” (poder inteligente) implica em incutir profundos sentimentos de nojo contra as instituições nacionais. Esses sentimentos de repulsa, frequentemente se traduzem em uma percepção de que o “mundo desenvolvido” é, de certa forma, melhor, e que há algo intrinsecamente corrompido na cultura nacional que precisa da ajuda das ONGs do primeiro mundo e das organizações da sociedade civil, em suma, da “comunidade internacional”, isto é, dos Estados Unidos.
Em vez de irem junto com os protestadores bancados pelos EUA, os comunistas deveriam estar denunciando seus organizadores e patrocinadores reacionários e estarem alertando a classe operária e do campesinato sobre a perniciosa influência deles. É tempo das organizações de esquerda pararem de andar na “cauda” e começarem a se tornarem líderes.
Enquanto tentar virar os protestos no sentido do anti-capitalismo e anti-imperialismo pode ter algum efeito positivo, seria muito mais eficaz expor a conspiração imperialista contra o país e organizar um movimento de massa nestas bases, um movimento que poderia ser uma alavanca para uma verdadeira mudança social.
Enquanto os Marxistas-Leninistas estiverem relutantes em atrelarem-se ao Partido dos Trabalhadores capitalista, um partido da classe dominante, eles precisam perceber que, se a luta de classes é permanente, a atual crise está sendo usada como uma luta entre a soberania nacional e a governança mundial, a burguesia cujos interesses nacionais exigem regulamentação estatal para impulsionar a indústria doméstica e a burguesia compradora, cuja moradia é determinada por seus interesses financeiros e seus investimentos; as condições históricas concretas, por conseguinte, requerem uma aliança estratégica temporária com a burguesia nacional contra o imperialismo americano, cuja quinta coluna no Brasil é constituída pela burguesia compradora. Esta luta só pode ser conduzida pelos Marxistas-Leninistas, os quais estarão em uma posição reforçada uma vez as forças imperialistas sejam derrotadas. Tal posição reforçada, então, permitir-lhes-ão a aquisição da base para a transição para o socialismo.
Caso contrário, os abutres do capitalismo das finanças internacionais irão invadir o país por todos os lados, usando sua vasta panóplia de redes, jornalistas, ativistas, Forças Especiais e mercenárias para mergulhar o ensolarado Brasil numa escuridão abismal.
http://dissidentvoice.org/2013/08/brazils-vinegar-revolution-left-in-form-right-in-content-6/
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| Redes |
Addendum
Revolta de Alguma Coisa
Motins urbanos no Brasil têm sido tradicionalmente referenciados como “Revolta de [Alguma Coisa]”. Um exemplo disto foi a Revolta da Vacina no Rio de Janeiro no século 20. Estes protestos atuais, em particular, têm sido referenciados como Revolta da Salada, Revolta do Vinagre, ou Movimento V de Vinagre depois que mais de 60 manifestantes foram detidos por transportar vinagre como um remédio caseiro contra o gás lacrimogêneo e spray de pimenta utilizados pela polícia.
Nota do tradutor: o nome desta revolta tira partido do filme V de Vendetta, de 2006, em que a máscara Guy Fawkes é utilizada como forma de anonimato em revoltas populares.
Piero Locatelli, um jornalista da revista CartaCapital, foi detido e levado pela Polícia Civil depois de ser encontrado com uma garrafa de vinagre. O tom sarcástico embutido nos protestos da Marcha do Vinagre foi uma referência à popularidade de outra marcha popular pela legalização da maconha chamada Marcha da Maconha (nome da versão brasileira da Marcha Global pela Marijuana).
Nota do tradutor: o fato do jornalista ter sido preso por portar uma garrafa de vinagre pode ser atribuído ao fato de terem sido presos delinquentes juvenis infiltrados nas passeatas utilizando coquetéis mototov para causar agitação, queima de veículos e pilhagem de lojas; coquetéis molotov são explosivos populares feitos com garrafas contendo gasolina e óleo automotivo.
Um outro nome popular para os protestos é Outono Brasileiro (em uma referência aos lúdicos eventos da Primavera Árabe). A palavra “Primavera” também está sendo usada pela mídia.
A Máscara de Guy Fawkes
A máscara de Guy Fawkes é uma representação estilizada de Guy Fawkes, o mais conhecido membro do Gundpowder Plot (Plano Pólvora), uma tentativa de explodir a Câmara dos Lordes em Londres, em 1605. A utilização de uma máscara em uma efígie tem raízes longas como parte das celebrações da noite de Guy Fawkes Night (Guy FawkesNight).
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| Conheça seu inimigo |
Um retrato estilizado de uma face branca com um sorriso de grandes dimensões e bochechas vermelhas, um grande bigode arrebitado em ambas as extremidades, e uma barba fina e vertical apontada para baixo, concebido pelo ilustrador David Lloyd, passou a representar protestos em larga escala depois de ter sido utilizado como um importante parte do enredo de V de vingança, publicado em 1982, e sua adaptação cinematográfica em 2006. Após aparecer em fóruns da Internet, a máscara se tornou um conhecido símbolo para o grupo on-line hacktivista chamado Anônimos.
A Voz Dissidente
A Voz Dissidente é uma newsletter online na internet dedicada a desafiar as distorções e mentiras da imprensa corporativa e as classes privilegiadas a que ela serve. O objetivo da Voz Dissidente é o de fornecer notícias duras de roer, instigantes e até mesmo entretenimento e comentários sobre política e cultura que podem servir como munição em lutas pela paz e justiça social.
Mais de Gearóid Ó Colmáin:
- https://twitter.com/broadfordsoviet
- http://www.globalresearch.ca/brazils-vinegar-revolution-left-in-form-right-in-content/5346336
- http://www.globalresearch.ca/brazils-vinegar-revolution-neoliberalism-and-the-economic-elites/5346938
- http://joelcmagnuson.com/brazils-vinegar-revolution-left-in-form-right-in-content-6/
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- http://www.phibetaiota.net/2013/08/jean-lievens-avaaz-from-brazil-voice-of-the-people/ Public Intelligence Blog. The truth at any cost lowers all other costs.
- http://brasilcoupwatch.wordpress.com/ Observador dos Golpes no Brasil
- http://brasilcoupwatch.wordpress.com/2014/03/09/how-a-protest-demanding-better-public-services-became-co-opted-by-the-reactionary-right/ Sobre o vídeo de sabotagem da Copa
- http://blackfernando.blogspot.com.au/2013/06/protestos-no-brasil.html
- http://williambowles.info/2014/03/07/unknown-snipers-and-western-backed-regime-change-by-gearid-colmin/ Franco atiradores usados para mudanças de regime
- http://www.globalresearch.ca/the-mass-protests-in-brazil-and-the-crisis-of-revolutionary-leadership/5340087 Os protestos em massa no Brasil
http://www.brasil247.com/pt/247/favela247/134687/O-novo-perfil-dos-moradores-de-favelas.htm
http://altamiroborges.blogspot.com.au/2012/06/as-revolucoes-exportadas-pelos-eua.html
http://www.nosdiasdenoe.com/2013/08/o-negocio-da-revolucao-business-of_18.html
http://burgos4patas.blogspot.com.au/2014/03/eua-declararam-guerra-democracia.html
http://caocamargo.blogspot.com.au/
http://pisosalarial.blogspot.com.au/search?updated-max=2014-04-28T21:59:00-03:00&max-results=10
https://diariodopresal.wordpress.com/category/petroleo/maldicao-do-petroleo/
https://diariodopresal.wordpress.com/2013/11/02/ciclo-de-palestras-discute-o-problema-da-espionagem-na-petrobras/
http://extra.globo.com/famosos/ex-criminosos-do-complexo-do-alemao-mister-e-vitorino-ganham-nova-chance-estreiam-como-modelo-2609635.html
http://ziulbaquara.wordpress.com/2012/03/11/a-reducao-da-desigualdade-brasileira/
http://religioesafroentrevistas.wordpress.com/2013/05/27/medicos-negros-cubanos-para-o-sus-no-brasil/
http://contrapontopig.blogspot.com.au/ Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!
http://badgasgoodwind.blogspot.com.au/search?updated-max=2014-03-15T14:47:00-07:00&max-results=100 Governments Controlled By Corporations CAN'T & WON'T Protect People & Environment
