O Silver Fox ia passeando pelas calçadas, desta vez virtuais pela internet, quando deparou-se com a foto de um prato que dificilmente se pensaria ter sido feito no Nordeste do Brasil, particularmente em Maceió, estado de Alagoas. De fato, o prato era de um restaurante sofisticado a nível internacional chamado Sur (Hemisfério Sul em Espanhol).
Bela Maceió tropical que estrangeiro só sonha que existe |
Então resolvi homenagear meu primo junto com seu filho, um dos únicos chefes que conheço naquela região, divulgando sua cidade paradisíaca.
A estas alturas não sei se seu filho já abriu seu restaurante, que por coincidência, seria baseado na comida peruana também, conforme citado mais adiante neste artigo que acabei transcrevendo para o Português. Se não abriu, vamos torcer para que abra e seja feliz com seu empreendimento. Afinal nunca se abriu tantos pequenos negócios no Brasil como na era PT, e ao contrário de antigamente que tanto abriam quanto fechavam, hoje eles estão indo de vento em pôpa.
Acho que isso é o tipo da coisa que podemos e devemos nos orgulhar, comida regional produzida em formato idolatrado por certas estrangeiras, loucas para gastar dinheiro com novidades exóticas. O regional embalado para viagem internacional estilo exportação.
Basta ver as fotos do queijo coalho e da tapioca aí embaixo pra vocês terem uma idéia sobre o que estou falando, ou seja, parecem com tudo menos isso.
Aproveitem e assistam ao filme de animação de Disney chamado Ratatouille, um dos meus favoritos, todo sobre cozinha... e ratos. Claro, ele se dá em Paris, a capital dos ratos.
Ratatouille, o filme e não o prato |
Odeio ir para um restaurante e pedir um prato que não vou gostar, e depender de indicações toda vez que resolver comer fora também tem se provado que nem sempre as indicações satisfazem meu gosto. Além disso, tenho alergia a determinado tipo de condimento que vez por outra aparece em pratos sofisticados, o que me dá receio de sequer cogitar em comer fora e náuseas de ter que submeter os garçons à arguição minuciosa sobre todos os ingredientes de cada prato, se não vier escrito em linguagem inteligível no menu.
Garçons australianos tapa-buracos e não se atreva a reclamar... apesar de cliente, você jamais terá razão. |
Diga-se de passagem que garçon na Austrália não é profissão, é passatempo de estudante australiano, já que estrangeiro tem problema com a linguagem. Coitados, eles nem tem culpa. Minha filha só passou duas semanas dando uma de garçonete num café porque não aguentava tanto cliente mal educado e grosseiro, não era serviço para ela. Grosseria com grosseria se paga.
Carne rendang, frango satay, scallops de curry e frango com curry da Malásia, na falta de comida brasileira |
Além disso tenho o azar de que, quando descubro um restaurante que me agrada, ele logo fecha as portas ou muda de gerência e administração, quando não muda de cozinheiros, modificando o gosto do prato e consequentemente perdendo o cliente.
Portanto, minhas experiências com restaurantes em geral e como prática cotidiana tem sido tão desagradáveis ao ponto de eu haver desistido faz tempo. No Brasil, os restaurantes tipo self-service são meu sonho onde posso escolher o que quiser, na quantidade que quiser, misturar do jeito que eu quiser, sem ter ninguém que me diga que tal coisa não combina com outra, e ainda pagar um preço geralmente justo além de comer pra me satisfazer e não ficar com fome, mas na Austrália isso é muito difícil.
Junior Sous, Chef no transatlântico Disney Cruises |
Aprendi isso na Austrália, se bem que não aprendi a cozinhar, mas aqui os homens cozinham mais do que as mulheres. É um tal de seiscentos programas de cozinha em todas as televisões incluindo programas-realidade, concursos, competições, gente chorando pra cá, gente arrancando os cabelos pra lá, gente empertigada com cara de mafiosa provando comidinhas e proferindo vereditos implacáveis, gente do mundo inteiro que ninguém aguenta mais, e todos liderados por homens. Confesso que assistir alguém cozinhar é o mesmo que assistir alguém a pintar um quadro, nos deixa enebriados e hipnotizados, mas infelizmente, ao darmos tanto valor extra à alimentação, pecamos pelo excesso.
A sociedade dos gordos no filme Wall-E, de Disney |
Tais programas de TV parecem fazer parte do plano de dominação mundial do feminismo (e hajam conspirações). Elas querem repassar a tarefa da cozinha para os homens e a campanha é solapante. Sim, sou a favor de que todo mundo deve cozinhar, mas infelizmente não é apenas essa a intenção dos desmoralizadores da masculinidade. Embutido no meio das temíveis feministas não só tem homens feministas também (ou seja, os manginas contra os misógenos, he, he), como tem tudo quanto é gato e cachorro que tenha suas rusgas contra os homens através dos milênios.
Homem duro |
A única vantagem que escutei falar sobre o fato dos homens cozinharem e estaram hoje na moda como chefs ao redor do mundo é que creditam a eles fazerem uma cozinha sempre muito rebuscada, como se produzissem máquinas ou móveis de marcenaria.
É o Forbes falando do Nordeste do Brasil, aparentemente através de um não-brasileiro, o que leva mais crédito.
Sur: O Máximo da Culinária Vai Parar no Nordeste do Brasil
http://www.forbes.com/sites/johnoseid/2015/06/12/sur-a-top-culinary-stop-in-northeast-brazil/
Por John Oseid em 13/06/2015
É sempre uma emoção em viagens vir a tropeçar numa experiência que você mal pode esperar para se gabar, particularmente quando ela acontece longe de centros culturais e econômicos de um país. Não muito tempo atrás, um amigo me levou para um restaurante em Maceió, uma cidade no estado brasileiro de Alagoas que, apesar de ter um milhão de cidadãos, é em grande parte desconhecida para a maioria dos norte-americanos. Este mês, a Festa Junina anual do Brasil ocorre em celebração do nascimento de João Batista, e trata-se de uma grande festa lá pra cima, na região Nordeste do país.
O que me fez pensar no Sur (http://surartegastronomica.com.br/) que se localiza numa tranqüila rua lateral de Maceió operado pelos sócios proprietários chefs Felipe Lacet e Sérgio Jucá. Ambos garotos de Maceió e amigos de longa data, eles passaram vários anos aprimorando suas habilidades na Espanha, o primeiro em Barcelona, e o último em Bilbao. Sérgio (ou Serginho), por sua parte, cresceu com uma avó localmente famosa que era parte de uma dupla de restaurateurs conhecida como as Irmãs Rocha. Ele também fez uma temporada no célebre restaurante D.O.M. (http://domrestaurante.com.br/) de São Paulo.
Foto: Queijo coalho grelhado como um appetizer carpaccio. Cortesia do Instituto Brasileiro de Turismo / André Maceira para o site do artigo. |
O próprio nome Sur é uma brincadeira com a palavra surreal. Então, pra variar, um relógio deformado Dalininano senta-se no parapeito da cozinha espetáculo. Uma sobremesa inspirada em Miró foi interpretada pelo artista de Maceió, Delson Uchôa: Rolos de tapioca preenchidos com creme de bacalhau e tintas comestíveis de pimentão vermelho e amarelo, azeitonas roxas, com aioli e azeite de ervas.
O queijo coalho que conheço. Não precisa nada, nada, nadinha. |
Fazendo jus ao elemento surreal de seu ofício, os chefs serviram um prato principal de um cachorro quente de lagosta. Com mostarda Dijon e um queijo parecido com Gouda, chamado Prima Donna, bem como palha de macaxeira, ou tiras fritas de mandioca, é uma criação que obrigatoriamente tem que ser servida a um Estádio Yankee inteiro (aos norte-americanos).
Uma sobremesa de tapioca inspirada em Miró. Cortesia do Instituto Brasileiro de Turismo / André Maceira para o site do artigo. |
Como grande parte do Nordeste, o estado de Alagoas, que tem mais ou menos o tamanho do estado norte-americano de Massachusetts, é talvez mais conhecido no estrangeiro pela produção de etanol, combustível que é derivado da cana de açúcar cultivada na região. Mas pode ter certeza, ele também tem uma abundância de belas praias.
A tapioca que conheço. Não precisa nada, nada, nadinha. Esta tem queijo e nem precisava... lembrem-se, beleza não põe mesa. |
Fim do artigo.
Uma coisa puxa a outra e, ao procurar por exemplos de nomes exdrúxulos de comidas me deparei com um relato da Lola, de 2012. Esta figura, vez por outra, espouca na minha frente quando digito alguma palavra ou expressão no Google, mas nem sempre concordo com sua opinião.
http://escrevalolaescreva.blogspot.com.au/2012/06/o-cara-que-quis-impressionar-com-jantar.html
Neste post de seu blog ela menciona que um dos restaurantes mais chiques do universo, segundo certas figuras da sociedade brasileira, o Fasano, tem dois menus: um para o homem, outro para a mulher. Ela se diz feminista e "ingrata" com o patriarcado (não seria "indignada"?).
Isso deve ser intriga da oposição... |
Depois de vomitar no toalete, ele pagou com cheque sem fundo, e no outro dia voltou lá para dividir o pagamento em 4 prestações de $2000 reais. Mas que mulher manjar dos deuses, hein? Será que ele pelo menos comeu a sobremesa?
A morte é uma viagem para um lugar quase incomunicável com quem não foi convidado. |
Se você não gosta de falar sobre o assunto morte, pule pro próximo post.
Um dos treinos que recebi espiritualmente através de sonhos mediúnicos foi o de me alimentar. Quando morremos, não precisamos mais comer, nem fazer as necessidades físicas. Também não precisamos mais de dinheiro e algumas outras coisas materiais.
Não se preocupem, fui eu mesmo quem resolveu eleger um sonho como treinamento...
Mas muitas vezes não sabemos que morremos, ou não descobrimos ainda, ou estamos em fase de adaptação à morte, ou somos extremamente apegados aos nossos hábitos físicos, então, quanto maiores os nossos vícios na vida, maiores as dificuldades de esquecê-los, abrir mão deles, ou nos libertarmos.
O vício da terra você não vai conseguir aplacar de uma hora para a outra só porque morreu. Prepare-se para sofrer. |
Porém, mortos a gente ainda tem um corpo menos denso. Será que precisamos alimentar esse corpo de forma semelhante ao corpo físico? Bem, faço a pergunta aqui mas suponho que daqui a um tempo acharei a resposta em algum lugar, em algum livro, ou alguém irá me dizer. E assim todas as perguntas serão respondidas.
Eu passei por isso, estava com fome e comidas apareciam nos sonhos. Ou eu comia e comia e continuava com fome, ou eu simplesmente não conseguia chegar até a comida. Ou chegava atrasado nos banquetes, ou por mais que comesse, era como se não tivesse comido nada. Comecei a ficar aflito e ligeiramente paranóico mas acho que aprendi a lição. Muitas vezes a fome é verdadeira, física, mas você está dormindo e sonhando, então tenta se alimentar lá mesmo no sonho, mas não consegue passar a fome. Se você está lendo isso provavelmente não sabe o que é passar fome, graças a Deus... e a Alá.
Viciados em sexo pensam que podem ir até o osso... |
E assim são os vícios materiais do plano físico, você não leva a satisfação deles consigo quando morre, e quanto mais você tiver, mais vai sofrer. Quanto mais agarrado às coisas materiais, mais dificuldade vai ter a se adaptar a um mundo sem posses, cujos vícios não mais atendem às suas necessidades, e você tende a enlouquecer de ódio, de cegueira, e isso é o que eu chamaria de purgatório, inferno, umbrais, lugar das sombras, trevas. Um lugar em que você quer mas num pode, meu fio.
Obrigado a tirar a máscara, olha que inferno... |
Enquanto estas pessoas não se desapegarem de seus vícios e maus costumes, elas não sairão daquele inferno. Um inferno causado por elas próprias. É fácil sair dali: é só se arrepender. Mas tem que ser arrependimento real, sentido. Nada de enroladas pois elas são todas escancaradas.
Bem, nessa vida eu nunca morri, então tudo o que falo aqui é projeção do que tenho ouvido ou lido sobre o assunto por outras pessoas, outros espíritos, se é que eles existem mesmo e que têm realmente transmitido o conhecimento deles através dos livros psicografados e atualmente até através da inspiração a profissionais leigos em todas as esferas do conhecimento da humanidade, conforme mencionado no livro A Marca da Besta. Além da minha "intuição", que é algo muito pouco tangível e difícil de ser provado, tudo o que tem escrito aqui é cópia ou pura perda de tempo, não leve a sério... apenas divirta-se e expanda a sua mente criativa.
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