Desse jeito torna-se impossível sequer selecionar as notícias para divulgar, comentar ou traduzir. Se você digita "Brazil" com "Z" e clica em "News" no Google, há de ver centenas de manchetes agrupadas, porém em cada grupo tem opção para abrir mais de 100 reportagens relacionadas. O que tenho feito até agora é divulgar as principais selecionadas pelo Google e tenho estado satisfeito e não desconfiado desta seleção deles, mas nem pensei em ir mais fundo quando só achava opiniões influenciadas pelas elites brasileiras, ingenuidade minha. Devia ter tentado...
Minha mulher perguntou, cadê Lula, onde ele se meteu? Fui no Google e digitei "Lula Brazil". Apenas na primeira página veio 6+254, 6+428, 4+213, 4+430, 2+2, 1, 2+296, 2, 2+998 artigos num total de 2650, sendo esta última quantidade de notícias foram referentes à União de Trabalhadores do Reino Unido dando apoio à união dos trabalhadores brasileiros, e consequentemente Lula e Dilma, sendo que a dos Estados Unidos, AFL-CIO publicou claramente seu apoio em seu próprio site.
http://www.telesurtv.net/english/news/UK-Trade-Unions-Offer-Support-for-Brazils-Rousseff-and-Lula-20160416-0021.html
Assim não dá, tenha dó.
Dentre as reportagens, uma do Sputinik Internacional da Rússia da série Brazil Coup Watch (Observatório do Golpe no Brasil - http://sputniknews.com/latam/20160507/1039224769/dilma-rousseff-impeachment-lula-cunha.html), esta sobre a suspensão de Cunha. A Rússia é do BRICS, mas eu sei que você odeia a Rússia, desculpe.
O mundo está de olho no Brasil e muito preocupado com as falcatruas, o Brasil deixou de ser um anônimo no meio do mar meridional, depois do governo do PT.
Não acredita? Pois veja aqui a tradução de reportagem requentada do The Los Angeles Times, jornal da maior cidade da Califórnia, Estados Unidos, que eu sei que você gosta, é um prazer.
Também sei que clímax não casa com impotência, mas nesse caso o orgasmo não é seu, é dos deputados e senadores que vocês elegeram para atingirem o clímax por vocês em Brasileiros Assistem Impotentes à Crise do Impeachment que Se Aproxima de Seu Clímax, por Vincent Bevins, diretamente de São Paulo, Brasil. Porém, antes, divirtam-se com o antológico clímax do filme When Harry Met Sally (Harry e Sally - Feitos um para o outro, legendado), 1989, com Billy Crystal e Meg Ryan (proibido para menores de 15 anos mesmo sendo fingimento):
Reportagem
http://www.latimes.com/world/brazil/la-fg-brazil-impeachment-20160416-story.html
16 de abril de 2016.
Não muito depois que o ex- metalúrgico e líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito o primeiro líder progressista do Brasil desde o fim da ditadura, ele chamou a atenção do mundo inteiro ao protagonizar um boom econômico que tirou dezenas de milhões de brasileiros da pobreza.
Ele serviu dois mandatos, de 2003 a 2011, e sua popularidade era enorme aqui nos Estados Unidos e na comunidade internacional, que concedeu o país com a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.
Mas agora o quinto país mais populoso do mundo está envolvido em sua pior recessão em décadas, um escândalo de corrupção de bilhões de dólares e uma crise política vertiginosa.
No domingo 17 de abril, a crise poderá atingir o seu clímax - ou definir o cenário para ainda mais turbulência - quando no Congresso do Brasil for votada a possibilidade de impeachment da impopular sucessora de Lula, Dilma Rousseff.
Luta entre anjos e demônios |
A votação pode estar próxima, mas não importa qual o resultado em Brasília neste fim de semana, poucas pessoas aqui nos Estados Unidos esperam um caminho claro para sair da crise e o Brasil se abrir em um futuro próximo.
Peter Hakim, presidente emérito da Inter-American Dialogue e think tank de Washington que observa as relações com a América Latina diz "O sistema político do Brasil enfrenta seu teste mais difícil desde a transição da ditadura militar para um regime civil e de democracia na década de 1980. É provável que a votação de domingo seja definitiva para o futuro de Dilma. Mas ambos os lados estão prometendo um governo de unidade nacional se vencerem. É uma farsa imaginar que isso poderá ocorrer na realidade."
O governo de Rousseff é profundamente impopular e perdeu o apoio legislativo. Um governo liderado pelo vice-presidente que iria sucedê-la, ex-aliado Michel Temer, pode ter de enfrentar seus próprios desafios legais, falta de apoio público e estatura duvidosa na comunidade internacional, Hakim observa.
Temer em ilustração de Nadia Khuzina para revista Piaui número 116, maio de 2016, o rei está nu http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao/116/ |
A medida de remover a presidenta não se baseia em nenhuma acusação de corrupção pessoal - Rousseff não enfrenta acusações nos tribunais - mas sim que ela usou manobras contábeis amplamente praticadas para esconder falhas orçamentais. Isto não pode ser qualificado como crime grave que a Constituição diz que é necessário para o impeachment, dizem os críticos.
Pesquisas recentes mostram que cerca de 60% dos brasileiros apoiam o impeachment de Rousseff, mas uma quantidade semelhante também apoia o impeachment de Temer. A percentagem mais elevada é favorável a novas eleições.
Ao contrário de Rousseff, mais da metade dos legisladores que votam por sua remoção enfrentam acusações de corrupção ou crimes graves.
Eduardo Cunha |
Cunha e Temer pertencem ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro, cuja ideologia é inconsistente, fluida.
"Uma coisa é discordar do governo, criticar seus erros e pedir mais diálogo e participação", disse Lula em uma gravação enviada para jornalistas e legisladores sexta-feira. "Outra coisa é ser mais um a embarcar em aventuras, acreditando no canto da sereia daqueles que fazem planos prematuros para tomar o trono."
O desemprego subiu para 9% no ano passado e continua a subir, enquanto a inflação atingiu os dois dígitos e os salários não acompanharam. A crise política minou a capacidade do governo para resolver os problemas do país mesmo no auge do seu crescimento, com uma desigualdade escancarada, uma taxa de homicídios chocante, serviços públicos pobres e uma sociedade racialmente dividida.
Durante o mês passado, centenas de milhares de brasileiros tomaram as ruas em todo o país para exigir a remoção de Dilma e protestos menores se mobilizaram para se opor ao impeachment. Mas ao longo dos últimos dias, muitos brasileiros têm sido capazes de fazer pouco mais do que assistir à cobertura dos parlamentares indecisos fazendo as suas mentes e especulando sobre as negociatas nos bastidores.
"Nós nos sentimos impotentes. Eu deveria estar trabalhando, mas não posso me afastar das notícias", diz Angela Milanese, uma tradutora no sul do estado de Santa Catarina que comenta regularmente sobre a evolução dos meios de comunicação sociais. "Está fora de nossas mãos. Eles existem supostamente para nos representar, mas vamos ter que enfrentá-los, a maioria deles só se preocupa com seus próprios interesses políticos."
Em Brasília, as autoridades criaram um muro para dividir de um lado manifestantes pró-impeachment e do outro anti-impeachment para prevenir a violência. A votação de domingo, quando o governo do Brasil raramente funciona, permitirá protestos maiores e um espetáculo público.
Cunha determinou a agenda para a votação, o que poderia levar várias horas.
O impeachment exige uma votação de dois terços na Câmara dos Deputados, e ambos os lados têm insistido que têm votos suficientes para ganhar, enquanto as pesquisas da mídia local tende a dar a vantagem aos partidários do impeachment. O impeachment mais tarde tem de ser aceito pelo voto da maioria no Senado.
Os eleitores indecisos restantes estão tomando decisões com base em suas carreiras, sua base política, bem como a sua posição legal sob qualquer governo vem a seguir, diz Francisco Fonseca, um cientista político da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo.
Ele acredita que alguns legisladores esperam que uma administração Temer-Cunha venha a salvar suas peles parando ou sufocando as investigações ambiciosos que revelaram tanta corrupção ao longo do último ano.
"O que está claro é que vimos a mobilização política em massa em todo o país", disse Fonseca. "Na segunda-feira, nenhum dos lados vai aceitar facilmente a derrota."
Bevins é correspondente especial.
Apoio dos Trabalhadores do Além-Mar
Minha tradução livre e metida do artigo abaixo assinado.
A AFL-CIO Apoia os Trabalhadores Brasileiros:
http://www.aflcio.org/Press-Room/Press-Releases/AFL-CIO-Stands-with-Brazilian-Workers-and-their-Defense-of-Democracy
15 de abril de 2016
Declaração do Presidente Richard Trumka da AFL-CIO (a Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais é um centro nacional sindical e a maior federação de sindicatos dos Estados Unidos) apoia as organizações sindicais brasileiras a fim de participarem da prosperidade e estabilidade da democracia.
A AFL-CIO rejeita veementemente a medida para invalidar as políticas e conquistas progressistas destinadas a construir a democracia inclusiva no Brasil. Apoiamos firmemente os programas democráticos, pró-trabalhadores para a justiça social que têm sido desenvolvidas e administradas com profissionalismo e sucesso, retirando mais de 40 milhões de pessoas da pobreza.
As organizações sindicais mais representativas no Brasil têm apoiado a democracia e o Estado de direito, enquanto pedem reformas políticas para eliminar as práticas que tornaram a corrupção endêmica naquele país. Muitos daqueles que hoje lideram a chamada para o impeachment há muito vêm bloqueando tal reforma e lucrando com a corrupção.
Embora existam muitas críticas válidas e frustrações com a política brasileira e o estado atual da economia do país, nada disso justifica o impeachment de um presidente democraticamente eleito.
Contato: Gonzalo Salvador (202) 637-5018
Desemprego na Austrália
April 07 2016
O desemprego deste mês aumentou de 1% e saltou para 11% na Austrália - agora no seu ponto mais elevado desde fevereiro de 2015 e 5,2% superior ao valor ABS atual para fevereiro de 2016 (5,8%). Esta é a primeira vez que a taxa de desemprego Roy Morgan aumentou em fevereiro por mais de uma década - desde março de 2005. Além disso, 2.433 milhões de australianos (18,8% da força de trabalho) estão desempregados ou subempregados, para uma população de 24 milhões de habitantes.
Vocês tem certeza que o Brasil está passando por uma crise? E o resto do mundo, não conta? Apois devia contar.
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