sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Bilingüismo

Achei que a Torre de Babel poderia ser
representada por esta bela arte de duster132
Minha filha me enviou esta reportagem curiosa "Criando uma Babel" e a propósito de ela própria ter sido uma criança bilíngüe no exterior. 

Gostei tanto da reportagem que resolvi traduzí-la aqui porque, afinal, sempre fomos advogados da causa dos brasileiros manterem o Português das crianças ou mesmo ensiná-las quando elas são nascidas no país que os adotou, o que vale pra qualquer língua outra que o Português pois não são apenas os brasileiros a desvalorizarem a própria língua natal ao ponto de não a ensinarem aos filhos.

Criando uma Babel

Com quatro anos de idade, Henry às vezes fala Inglês como um Dinamarquês. Mas Robert Lane Greene, seu pai, está convencido de que há benefícios cognitivos em criar crianças bilíngües.

Robert Lane Greene | Outubro/Novembro 2016

https://www.1843magazine.com/features/bringing-up-babel

Tem algo de podre no reino da Dinamarca...
Her is a bad guy!” (“Ela é um cara mau!”) Este é um momento estressante, que não é o primeiro e não será o último. Meu filho Henry está descrevendo a bruxa-lula Úrsula, do filme de Disney "A Pequena Sereia", a seu irmão Jack. "Her" ("a ela ou dela") é uma das palavras mais comuns no idioma Inglês, mas Henry a remendou para chegar a "ela". Ele acaba de completar quatro anos. Ele devia já ser capaz usar "ela" adequadamente na sua idade. Será sua educação bilíngüe que o está atrasando?

Casando em NY
Minha esposa é dinamarquêsa; nos conhecemos e casamos em Nova York. Eu suava para aprender Dinamarquês em parte porque, afinal, ela emigrou para estar comigo; eu queria fazer a coisa justa e também fazer parte do seu mundo. Se você não fala a língua nativa de uma pessoa, há sempre um cantinho de sua mente que você não consegue alcançar. Mas todo mundo que tenha aprendido uma linguagem na idade adulta sabe o quão difícil é com as gramáticas e os cartões flash de memória, os problemas de pronúncia e o ritmo esquisito, nunca se chegando à fluência. É muito melhor criar um bilíngüe autêntico.

Escola bilíngüe
Uma abundância de pais têm chegado a essa conclusão. A nova escola estadual Alemã-Inglêsa perto de nós em Londres está com sua capacidade lotada. O programa bilíngüe Francês-Inglês em nosso velho bairro em Brooklyn está cheio até o teto.

Os pais normalmente usam uma das duas estratégias para garantir que a língua minoritária fique gravada: ou "um pai, uma linguagem", ou "uma língua em casa, outra fora de casa". Não iria funcionar para nós, uma vez que Jack é a prole de um relacionamento anterior, e fala apenas Inglês. Mas enquanto minha esposa fala Inglês para Jack, ela se fixou em falar somente em Dinamarquês com Henry.

Escolinha do professor Raimundo Nonato, quadro do comediante
Chico Anisio, com Bertoldo Brehca (Mário Tupinambá), nordestino
de Nazaré das Farinhas, na Bahia, que atendia ao chamado do 

professor com a exclamação: “Veeeeeenha!”. Mau-humorado, ficava 
uma fera quando era chamado de camarão e revidava: 
“Camarão é a mãe!”.
Daddy, come heredown!” ("Papai, vem cá embaixo!") Como todas as crianças bilíngües, Henry às vezes usa as palavras ou gramática de uma língua na outra língua. "Kom herng" ("venha") é perfeito Dinamarquês, mas "come heredown" é patético (se bem que bonito) em Inglês. Bilíngües batem marcos de desenvolvimento no mesmo ritmo que seus pares monolíngues. Mas eles são propensos a erros, e seu vocabulário total é dividido entre dois idiomas. Então, eles geralmente ficam para trás ligeiramente no vocabulário da língua em termos de escolaridade. Quando essas crianças chegarem à escola, muitos professores, com o apoio de médicos que não estão familiarizados com a pesquisa, começarão a pedir aos pais para falarem apenas a língua majoritária com a criança - e muitos pais desistem e passam a fazê-lo.

A primeira coisa que você nota nesta ilustração mede seu QI.
Se você viu primeiro asas, QI 35. Se viu letras, QI 16.
Se viu mulher, QI zero se viu o mar, QI 140... brincadeirinha...
A um século atrás, o bilingualismo foi responsabilizado por menores marcas de QI entre os filhos de pais que não falavam Inglês. A culpada era a pobreza, não o bilingualismo. Mas os pesquisadores também podem ter sido influenciados pelo temor de que a diversidade na linguagem iria interferir com a construção da nação. Um bom americano fala Inglês. Por silogismo defeituoso, isso significava que uma segunda língua faria uma má política americana, então o setor educacional começou a criar uma nação de monoglotas.

Hoje, a sabedoria predominante foi virada de cabeça para baixo: os pesquisadores agora propõem uma "vantagem bilíngüe". A madrinha deste campo é Ellen Bialystok, uma pesquisadora da Universidade de York, no Canadá. Ela descobriu que nativos bilíngües (isto é, não alguém que tenha aprendido um Francês passável mais tarde na vida) mostram capacidades cognitivas relativas aos monolíngues. 

Casal bilíngüe
Tais benefícios são considerados como resultados de um constante exercício mental de comutação de linguagens regularmente, tendo sempre que inibir uma das duas. Ela descobriu que os bilíngües desenvolvem demência, em média, quatro anos depois que as monolíngues. Outros pesquisadores descobriram que os bilíngües parecem recuperar a função do cérebro melhor depois de derrames cerebrais. Mas para os pais, que apesar de tudo se preocupam mais com o início do que com o final da vida de uma criança, não há nenhum outro suposto benefício. Bialystok então descobriu que bilíngües parecem ter melhor função executiva - a capacidade de planejar e realizar tarefas complicadas.

Por exemplo, pesquisadores atribuiram uma "tarefa Simon" onde os sujeitos são postos a pressionarem um botão à sua esquerda se a palavra "esquerda" aparece na tela, e um botão à direita quando a palavra "direita" é exibida. Isto é simples - exceto quando a palavra "esquerda" aparece no lado direito da tela, e vice-versa. Os bilíngües são melhores nisso do que os monolíngues. Roberto Filippi da Universidade Anglia Ruskin também descobriu que crianças bilíngües são melhores em sintonizarem com a linguagem de fundo falada distraidamente.

A pesquisa é contestada. Alguns estudos têm-se revelado difíceis de replicar e Filippi (que, além de ter encontrado várias vantagens em sua pesquisa, está criando seus filhos como bilíngües) tem, em um estudo, encontrado que bilíngües, na verdade, se saem pior na execução de uma única tarefa. Mas no mundo distraído de hoje, os pais são inclinados a se apegarem a qualquer coisa que possa manter a criança focada em um problema de cálculo que a faça ignorar o smartphone nas proximidades.

É uma OCT-topus (talvez algum trocadilho com Optus e polvo-lula)! 

Lula
Henry agora tem sotaque Inglês britânico no berçário, mostrando seu polvo de pelúcia a seus amigos com uma cadência que agradaria até a Rainha da Inglaterra. Em casa, ele fala nos mesmos tons americanos como o meu outro filho e eu. Muitos bilíngües dizem que se sentem como pessoas diferentes em suas diferentes línguas; já vemos sinais de Henry instintivamente, modulando a sua entoação de acordo com o seu contexto.

Algumas pessoas chegam a relatar que as próprias línguas impõem personalidades diferentes sobre elas, e que cada língua tem seu próprio espírito. Muitas pessoas pensam que o Alemão é lógico, o Italiano é romântico e o Inglês é prático. Dois antigos linguistas do século 20, Edward Sapir e Benjamin Lee Whorf, levantaram a hipótese de que a linguagem de uma pessoa fortemente influencia a forma como ela vê o mundo (Whorf estudou línguas ameríndias com estruturas muito diferentes). Não deixa de ser uma noção romântica.

Pendulum, banda de rock australiana de tambor e baixo electrônicos
fundada em 2002. Immersion (Imersão) 
é seu terceiro album de 2010.
Mas na segunda metade do século 20, o pêndulo intelectual foi por outro caminho. Noam Chomsky teorizou que a linguagem humana é um fenômeno único, com diferenças de superfície relativamente triviais entre as línguas. Pesquisadores hoje começaram a reabilitar as ideias de Sapir e Whorf, mas os resultados que eles encontraram ficaram aquém da noção de que a linguagem russa, digamos, encapsula uma visão inteiramente diferente da visão do Inglês. Ao invés disso, eles encontraram que diferentes idiomas podem forçar as pessoas a prestarem atenção à coisas que de outra forma não prestariam - como diferentes níveis de formalidade, em idiomas que possuem tanto uma palavra formal como outra informal para "você". Os russos são mais rápidos em distinguirem dois tons de azul - por um décimo de segundo - se os dois tons corresponderem a duas palavras diferentes que a linguagem russa tem para a cor azul. Interessante, mas dificilmente isso significa uma "visão de mundo". 

Família australiana Delpechitas da série de TV Gogglebox que vê TV
unida, permanece unida
Há uma razão simples porque os idiomas podem ser sentidos diferentemente pelas pessoas. A língua falada apenas pela família em casa pode evocar a cultura da casa e sentimentos de calor humano, enquanto uma língua falada no trabalho pode trazer à tona a nobre reflexão séria das atitudes profissionais. 

Em outras palavras, pode ter menos a ver com a estrutura da própria linguagem (por exemplo, que o Espanhól seja "quente" e o Inglês seja "sério"), e mais com associações (latino-americanos pensam em amigos e familiares e relaxam quando se fala Espanhól; eles mentalmente atacam o "botão de cima" quando se fala em Inglês).

Em que você está pensando? Maldito assento beije
Hvad tænker du på? Henry se apaixonou por perguntar (geralmente em Dinamarquês) "Em que você está pensando?" É possível que o bilingualismo faça dele mais curioso sobre os pensamentos dos outros. Em um estudo, as crianças bilíngües se saem melhor em uma tarefa testando a "teoria da mente". Este é o reconhecimento, ainda em desenvolvimento em crianças pequenas, de que os outros têm mentes com conteúdos diferentes. 

Pesquisadores colocaram três carrinhos de diferentes tamanhos na vista de uma criança; o carro menor foi escondido da vista do pesquisador por uma tela, mas podia ser visto pela criança. Quando os pesquisadores pediram "Você pode me dar o carro pequeno?", as crianças bilíngües foram melhores em perceberem que o pesquisador não podia ver o carro menor, e assim entregaram o segundo carro menor. A teoria é que os bilíngües estão constantemente processando quem fala o quê e a quem em torno deles, e que isso fortalece o hábito de prestar atenção às outras mentes em geral.

Os 3 carrinhos...
Línguas aprendidas de forma imperfeita na idade adulta - como o meu Dinamarquês - não demonstraram este efeito no laboratório. Mas elas ainda podem abrir a mente para outras perspectivas. Aprender uma segunda língua como um adulto é uma humilhacao útil: não há nada como ser corrigido por um nativo falante de três anos de idade. A segunda língua atua como um lembrete constante de que outras pessoas têm um conhecimento diferente e diferentes pontos de vista a partir de si próprios.

Alguns autores têm propositadamente adotado outra língua a fim de expandirem suas próprias mentes. Conrad, Nabokov e Beckett são os melhores conhecidos por seus trabalhos em línguas não-nativas. Conrad manteve a visão romântica de Sapir e Whorf, dizendo que tinha sido "adotado pelo gênio" do Inglês. Mas Beckett teve outra motivação: a sua carreira não tinha deslanchado. O Inglês foi um "véu que devia ser destruído"; ele queria "pecar contra" a lingua. Mudar para o Francês o obrigou a escrever em um forma radicalmente nova. Jhumpa Lahiri, ao contrário de Beckett, um escritor premiado em sua lingua inglêsa nativa, foi, no entanto, também obrigado a começar a escrever apenas em Italiano.

Expande tua mente... ou me verei na obrigação de expandí-la eu
mesmo
Curiosamente, as pessoas realmente parecem pensar de maneira diferente em uma língua que aprenderam após os anos infantis. Elas podem pensar de forma mais consciente sobre a própria linguagem. Muitas pessoas só relatam sua primeira real compreensão sobre gramática quando começam a aprender uma segunda língua. E elas podem pensar de forma diferente quando trabalham usando essas segundas línguas. Psicólogos descobriram que elas respondem a perguntas de testes mais deliberadamente. Em um estudo, elas tiveram mais sucesso em evitar armadilhas cognitivas: quando fez uma pergunta com uma resposta óbvia a qual era errada, elas eram melhores em pensar duas vezes e chegarem a resposta não-óbvia, porém correta.

Menino e cachorrinho de pelúcia, stock foto-metragem de
Envato Market
"Snoofy fala Dinamarquês e Ing... Ingl... Inglês!" Tendo lutado com o encontro consonantal complicado no meio da palavra "Inglês", Henry mostra seu cão de brinquedo de pelúcia para mim a fim de dizer boa noite. Ele vai ficar bem ("He's going to be fine", famosa frase padrão em Inglês que todo mundo usa para encurtar conversa com alguém em situação desconfortável, querendo dizer, não discuta mais, vai ficar tudo bem e pronto, sossegue). Pouco antes de seu quarto aniversário, ele começou a falar explicitamente sobre seus dois idiomas. Ele sabe que livros são em que línguas. Ele sabe que Dinamarquês é a linguagem da mamãe e o Inglês é meu e de seu irmão.

Mais importante, ele atingiu um outro marco. Snoofy é a chave das suas emoções: Snoofy está cansado quando um certo menino está cansado; às vezes Snoofy não quero mais comer verduras; e agora Snoofy é um altivo e orgulhoso bilíngüe. "Boa noite, Snoofy. God nat, Snoofy," eu digo respeitosamente, e beijo-lhe na cabeça. Henry fica todo feliz.

Ariel, a Pequena Sereia de Disney
Eu nunca consegui enfrentar as dificuldades do Dinamarquês do início do século 19 do orignal de Hans Christian Andersen "A Pequena Sereia". Mas Henry vai se formar nele um dia. Na versão Disney (alerta para spoiler!), Ariel se casa feliz com seu príncipe. Na versão de Andersen, o príncipe se apaixona por outra mulher, e à heroína é prometido que ela vai voltar à forma de sereia se ela o matar. Ela se recusa, e ao invés disso, ela nobremente condena-se a si mesma a se tornar um "espírito do ar".

Um pouco do otimismo americano do tipo "eu posso tudo", um pouco do grão Dinamarquês em face às duras realidades da vida. Se Henry adquirir ambos, teremos feito o nosso trabalho.

Robert Lane Greeneis é o editor de livros e arte do The Economist, e autor do livro “You Are What You Speak” (“Você É o que Você Fala”).

Meus Comentários

Eu diria que o conhecimento dos billíngües nãé "dividido" em duas línguas, mas complementado. O bilíngüe possui mais sinônimos e antônimos para raciocinar.

Dobre o poder da sua mente! Aprenda outra
língua ferina
Quantas vezes encontrei dificuldades quase que intransponíveis em dizer alguma coisa em Inglês simplesmente porque não há palavras bastantes para descreverem o que quero dizer? E isso não acontece só comigo. Quantas vezes não tenho que entender o que algum nativo da língua inglesa quer me dizer por meio de interjeições e gestos porque a pessoa simplesmente não encontra palavras bastantes ou não sabe colocá-las no tempo necessário do verbo? 

Okay, diríamos que é porque às vezes as palavras não ocorrem às pessoas enquanto falam, mas eu tenho a prova quando recebo emails de profissionais que praticamente não sabem escrever em Inglês, e não são imigrantes, são nativos mesmo, da gema. Tudo bem que também sabemos que a qualidade do ensino de Inglês nas escolas australianas é muito baixa principalmente porque eles não ensinam gramática. Eles imaginam, desejam ou sei lá mais o que, que as crianças aprendam gramática por osmose, enquanto se comunicam com os pais ou os colegas. É um pensamento no mínimo exdrúxulo, para não querer se extender nas maiores complicações envolvendo ignorância à parte. Já o ensino de Inglês no Brasil dá tanta gramática que nos dá agonia.

A Prova dos 9

Nossas crianças foram criadas bilíngües, porém, contra todos os conselhos de amigos, colegas e profissionais australianos, incluindo principalmente os profissionais de ensino, resolvemos manter o Português em casa, pois temíamos que, com o tempo, viéssemos a perder a sintonia tãíntima que temos com nossa língua materna. Mantendo a língua para nosso próprio proveito, trouxe na bagagem a vantagem de manter as crianças praticando o Português enquanto lá fora, no mundo, elas já tinham bastante exposição ao Inglês, e muito mais do que nós mesmos. 

Criançbilíngüe
Quer dizer, não criamos crianças bilíngües por pura esnobação, até porque a esnobação seria ignorar o Português, mas ao contrário, criamos elas por adaptação principalmente pensando no futuro delas porque, quando elas viajassem de férias para o Brasil eventualmente, saberiam falar a língua e não teriam os problemas que acontecem com os filhos de alguns amigos que preferiram seguir a linha "só Inglês em casa" para as crianças aprenderem a língua muito melhor do que as outras, o que realmente não acontece. O que aconteceu foi que estas crianças logo esqueceram o Português e hoje têm muita dificuldade de se relacionarem com os parentes no Brasil, perdendo a vontade de visitar o Brasil em férias e distanciando-se talvez para sempre dos parentes, pois não é do interesse delas aprenderem Português depois, por velhas por obvias razões, enquanto que a cultura dos países afluentes ser a de não valorizar a família.

Como nossas crianças hoje são jovens adultas, o que aconteceu por acaso foi o seguinte: todas elas estiveram sempre nos 5% dos alunos mais avançados não só da escola primária e secundária, mas também nas universidades, e hoje são profissionais altamente qualificados e respeitados, cada um na sua área de trabalho. Será que posso credenciar isso a elas serem bilíngües, algo que sempre as orgulhou, até porque o próprio australiano considera chique falar-se mais de uma língua? Ou simplesmente este foi apenas mais outro fator positivo na criação delas? Resposta: todas acima.

Quanto menos conhecimento temos, mais as "convicções" nos
dominam...
Ser bilíngüe fez com que nossas crianças mantivessem o orgulho de serem brasileiras, nascidas no Brasil, de terem pais brasileiros, e uma pilha de amigos e parentes brasileiros em suas redes sociais que, se fosse o contrário, elas não teriam. Seus conhecimentos de outra língua as fez ganharem uns trocados por darem aulas de Português a estrangeiros enquanto visitavam países exóticos, adquirirem valiosos contatos brasileiros em suas respectivas profissões, facilmente reconhecerem brasileiros enquanto em viagens internacionais e em países totalmente diferentes, e inclusive darem entrevistas à midia brasileira e construirem apresentações em vídeo a serem mostradas em escolas a fim de entusiasmarem estudantes brasileiros a seguirem suas carreiras, oportunidades que jamais teriam caso houvessem desprezado a língua nativa por não ser a tal internacional e preferida da humanidade porque pertence aos países ricos que dominam o mundo na atualidade.

Além de tudo, jovens bilingues aproveitam o melhor das culturas relacionadas às linguas que dominam. Por exemplo, nossas crianças mantem o jeito expansivo e alegre dos brasileiros que contagia o jeito sorumbático e metido a sério dos australianos não drogados. Nossos filhos se vestem e se comportam de um jeito sóbrio e respeitador que hoje no Brasil seria considerado formal demais e totalmente fora do contexto da juventude, porém adequado ao padrão executivo afluente. Como um dos filhos fala uma terceira língua, valores daquela cultura são absorvidos pelo seu comportamento, como um reforço no respeito aos pais e o compromisso de cuidar dos velhinhos até o final da vida de quem for primeiro, incluindo a maleta executiva mais bela do mundo que atrai a atenção até dos comissários de bordo dos aviões.

Melhor traduçãpara o Inglês "whatever" usado pelos jovens.
Salmo 129.6 Sejam como a erva dos telhados, que seca antes de
florescer; 129.7 com a qual o segador não enche a mão, nem o
regaço o que ata os feixes. Leia o salmo inteiro aqui pra entender
o contexto e boa sorte:
http://www.estudos-biblicos.eu/VT-19-Sal129.html
Quando à mencionada modulação da sua entoação de acordo com o seu contexto, é clássico o exemplo que gosto de dar às pessoas sobre este assunto: certo dia uma amiga brasileira que raramente tinha contato conosco ligou para nossa casa e quem atendeu foi meu filho que ainda era uma criança. Como ela imaginava que ele, como as crianças dos outros brasileiros, só falasse Inglês, ela começou falando Inglês. Mas ele imediatamente reconheceu que se tratava de uma brasileira e respondeu em Português, para sua surpresa. Um outro exemplo é o de uma filha de um casal de australiano com brasileira que resolveu manter o Português da mãe com a filha, enquanto o australiano falava aquele Português capenga de quem morou no Brasil durante alguns meses. O resultado foi que a menina só falava em Português conosco, e quando estávamos todos na sala de visitas conversando, ela se dirigia para nós em Português, e para as visitas australianas em Inglês, o que as deixava estupefatas. Essa criança é um prodígio! Não é, foi apenas o cuidado dos pais que a fizeram florescer.

Crianças têm muito mais facilidade em absorverem as novidades e aprenderem tudo imediatamente. Elas são todo ouvidos e aprendem como loucas. Com menos de um ano de escola especializada, crianças récem-alfabetizadas ou até pre-escolares já estão falando Inglês o bastante para se enturmarem nas próximas séries das escolas normais e acompanharem tudo como todos os outros nativos. Do mesmo jeito e com mais ou menos a mesma velocidade elas podem esquecer o pouco Português que aprenderam durante "toda a vida" delas de até 6 anos. Um jovem conhecido nosso, filho e neto de Portugueses vivendo na Austrália, não fala uma só palavra em Português.

Sobre a possibilidade dos bilíngües atentarem mais para o contexto dos acontecimentos ao seu redor, tenho a dizer que um dos fatores que ajudam nesse tipo de coisa é a maior possibilidade deles conseguirem reconhecer mais palavras de outras línguas. Por exemplo, quem fala Português tem bem mais facilidades de reconhecer o contexto das pessoas ao redor falando em Espanhól, Italiano e até Francês do que aquelas que só falam Inglês, que no máximo podem ter uma vaga noção sobre Alemão e olhe lá, quase não podendo sequer entender os diversos sotaques diferentes em sua própria língua como o Irlandês, Escocês, Sul-Africano, Britânico do centro de Londres, etc. 

Veja este exemplo: o seriado de TV britânico Misfits, descrito como uma mistura de skinheads com heróis, é um excelente exemplo do choque de pronúncias em Inglês no mesmo país que é a Grã-Bretanha. A personagem Kelly Bailey da atriz Lauren Socha tem um sotaque Inglês absolutamente particular, belo e carregado da classe operária da cidade de Derby na região do oeste meio-central da Inglaterra, que é o sotaque dela própria, veja aqui, com legendas em Inglês e Espanhól, mas ouça antes pra ver se entende:


http://www.birminghammail.co.uk/whats-on/tv/misfits-star-lauren-socha-reveals-250197

O artigo "Criando uma Babel" foi claro em afirmar que a mente é mais aberta para aquelas pessoas bilíngües ou que falam mais de uma língua.

Aproveitei para catalogar algumas traduções automáticas muito loucas, que em geral dá pra entender o sentido, mas por vezes parecem frases de alienígenas.

Tradução louca em sequência, frase original em Inglês, tradução Google e como devia ser em Português:

  • Is his bilingual upbringing holding him back?
  • É sua educação bilíngüe segurando-lo de volta?
  • Será sua educação bilíngüe que o está impedindo?
  • My wife is Danish; we met and married in New York.
  • Minha esposa é dinamarquês; que conheceu e se casou em Nova York.
  • Minha esposa é dinamarquêsa; nos conhecemos e casamos em Nova York.
  • She emigrated to be with me.
  • Ela emigrou para estar com mim.
  • Ela emigrou para estar comigo.
  • The new German-English state school near us in London is full to capacity.
  • A nova escola estadual Alemão-Inglês perto de nós em Londres está cheia de capacidade.
  • A nova escola estadual Alemã-Inglêsa perto de nós em Londres está com sua capacidade lotada (ou esgotada).
  • To make sure the minority language sticks.
  • Garantir que as varas de línguas minoritárias.
  • Garantir que a língua minoritária fique gravada.
  • Neither would work for us.
  • Nem iria trabalhar para nós.
  • Nenhuma delas iria funcionar conosco.
  • She has stuck to speaking only Danish to Henry.
  • Ela furou a falar somente em dinamarquês para Henry.
  • Ela se fixou em falar somente em dinamarquês com Henry.
  • Bilinguals hit developmental milestones at the same rate as their monolingual peers.
  • Bilinguals bateu desenvolvimento marcos no mesmo ritmo que seus pares monolíngues.
  • Bilíngües batem marcos de desenvolvimento no mesmo ritmo que seus pares monolíngues.
  • Not someone who has picked up passable French later in life.
  • Não alguém que tenha pego passável francesa mais tarde na vida.
  • Não alguém que tenha aprendido um Francês passável mais tarde na vida.
  • Ariel happily marries her prince.
  • Ariel feliz se casar com ela príncipe.
  • Ariel se casa feliz com seu príncipe.
  • The heroine is promised that she will return to mermaid form if she kills him.
  • A heroína é prometido que ela vai voltar a sereia forma se ela o mata.
  • É prometido à heroína que ela vai voltar à forma de sereia se o matar.

Ouvir participantes da conferência falarem através de alto-falantes
desse tipo de aparelhinho e uma "pain in the neck" (dor no pescoço
ou agonia) porque eu mesmo so entendo 50%. Descobri que os
australianos tamb
ém não entendem, e aqueles que parecem
entender tudo, 
é porque fazem este tipo de conferência com muita
frequ
ência durante a semana. 
O mesmo acontece conosco, tanto quando escrevendo quanto falando, sendo que falando é muito mais frequente. Queremos dizer uma coisa para um nativo do Inglês, ele entende mas não seria a forma como ele diria, denunciando que somos estrangeiros. 

Por vezes é uma questão simplesmente de enfatizar a pronúncia do que propriamente por usar uma palavra inapropriada. 

Quanto a nós, certas palavras que conhecemos não conseguimos identificar quando alguém a está dizendo simplesmente porque nunca a ouvimos com tal pronúncia em tal sotaque. E através de um alto-falante de baixa qualidade aí é que a porca torce o rabo.

Procurando por fotos ilustrativas na internet, caí neste interessante artigo que também resolvi traduzir, pois parece inacreditável:

Os Benefícios do Cérebro em Ser-se Bilíngüe

Segundo Dr Mercola, mais da metade da população mundial é bilíngüe ou multilíngüe, o que significa que se você só fala uma língua, você está em minoria. Este não é o caso dos EUA, onde apenas cerca de 1 em cada 4 americanos fala uma segunda língua suficientemente bem para manter uma conversação.

Osteopata Dr Joseph Mercola
Há benefícios óbvios em ser-se bilíngüe - como a capacidade de se comunicar com pessoas de todo o mundo para fins comerciais ou sociais. Nos EUA, a maioria das pessoas acredita que a aprendizagem de uma segunda língua é valiosa embora não necessariamente essencial.

Em outras áreas do mundo, no entanto, vários idiomas podem ser falados em uma pequena área geográfica. E mesmo se sua vida em casa não exige outro idioma, no mundo conectado digitalmente de hoje, na sua vida empresarial forçosamente pode exigir.

Isso faz do multilinguismo uma habilidade muito valiosa. Por exemplo, 722 línguas diferentes são faladas na Indonésia, 445 na Índia e mais de 200 em Austrália [se incluirmos as dúzias de linguagens aborígines]. Em algumas áreas, as crianças podem falar uma língua em casa e serem educadas em outra.

Esta aquisição de linguagem não só é valiosa para a comunicação, no entanto - ela oferece benefícios de saúde também.

Como ser bilíngüe pode beneficiar seu cérebro

O ato de falar-se uma língua é uma tarefa desafiadora para o seu cérebro, que exige ainda mais recursos se você é bilíngüe.

Embora haja se pensado que as crianças que crescem com duas ou mais línguas podem estejam em desvantagem, verificou-se que este exercício mental tem benefícios e pode levar o seu cérebro a processar informações de forma mais eficiente, mesmo em idade avançada.

Para começar, os cérebros bilíngues têm mais matéria cinzenta, que inclui neurônios que funcionam em cognição e nos processos cognitivos da mais elevada ordem. Além disso, em comparação com os monolíngües, os bilíngües desfrutam de:
  • Habilidades aprimoradas de controle cognitivo
  • Mais flexibilidade mental
  • Melhorias no processamento de tarefas que envolvem comutação, inibição e controle de conflitos
Esses benefícios se estendem a todas as idades, desde crianças a adultos mais velhos. As crianças bilíngües parecem ter vantagens na memória de trabalho visual-espacial e verbal, em comparação com crianças monolíngües.

Na população idosa, ser bilíngüe pode oferecer ainda mais vantagens. A pesquisa sugere que bilíngües adultos mais velhos têm maior reserva cognitiva, "um mecanismo de proteção que aumenta a capacidade do cérebro para lidar com patologias."

Esta pode ser uma razão pela qual os bilíngües também atrasam o início do declínio cognitivo (por até 4,5 anos), em comparação com os monolíngues, mesmo para a demência, incluindo doença de Alzheimer. Em outras palavras, ser bilíngüe parece ajudar a afastar o declínio cognitivo. De acordo com um estudo publicado sobre Neurologia: 
"... bilingualismo durante uma vida confere proteção contra o aparecimento de AD [doença de Alzheimer]. Este efeito não parece ser atribuível a fatores de confusão possíveis como educação, estatuto profissional, ou de imigração.  
Bilingualismo parece, assim, contribuir para a reserva cognitiva, que atua para compensar os efeitos da neuropatologia acumulada".
Ser bilingue pode alterar as estruturas neurológicas em seu cérebro

Cérebros bilíngües mostram diferenças para cérebros monolingüais em termos de ativação neuronal, bem como na sua estrutura real. Existem diferenças mesmo entre bilíngües, que podem ser devido às diferentes experiências individuais.

Por exemplo, as pessoas podem aprender duas línguas desde o nascimento (bilíngües simultâneas) ou podem aprender uma segunda língua mais tarde na vida (bilíngües sucessivas). Mesmo assim, algumas pessoas alternam entre as duas línguas frequentemente e são proficientes em ambas enquanto em outros casos uma língua é dominante.

Entre os bilíngües com uma proficiência maior em um segundo idioma e aquisição de outra linguagem cedo na vida, o volume de massa cinzenta no córtex parietal inferior esquerdo é aumentado. Acredita-se que isso pode desempenhar um papel em ajudar no equilíbrio individual entre as duas línguas.

O volume de substância branca também muda em crianças bilíngües e adultos mais velhos. Isto sugere que ser bilíngüe "não só altera a maneira como as estruturas neurológicas proessam as informações, mas também podem alterar as estruturas neurológicas em si mesmas."

Isso vai de acordo com um relatório de Viorica Marian, Ph.D., presidente do departamento de Ciências da Comunicação e Distúrbios da Northwestern University, e seu colega Anthony Shook. O relatório descreve:
"Os benefícios cognitivos e neurológicos do bilinguismo estendem-se desde a primeira infância até a velhice uma vez que o cérebro processa de forma mais eficiente as informações e afasta o declínio cognitivo.
Além do mais, os benefícios relativos a atenção e ao envelhecimento... não são exclusivos para as pessoas que foram educadas como bilíngües; eles também são vistos em pessoas que aprenderam uma segunda língua mais tarde na vida.
O controle cognitivo enriquecido que vem junto com a experiência bilíngüe representa apenas uma das vantagens que as pessoas bilíngües desfrutam.
Apesar de certas limitações linguísticas terem sido observadas nos bilingues (por exemplo, aumento da dificuldade com nomenclatura), o bilingualismo tem sido associado com uma melhor sensibilização metalinguística (a capacidade de reconhecer a linguagem como um sistema que pode ser manipulado e explorado), bem como com uma melhor memória, habilidades visuais espaciais, e até mesmo à criatividade."
Você ainda pode aprender um novo idioma como um adulto

Condições adequadas para o banho
Supõe-se muitas vezes que a aprendizagem de uma segunda língua como uma criança é mais fácil do que aprendê-la como um adulto, mas isso não é necessariamente verdade. Na verdade, algumas pesquisas lingüísticas sugere que adultos pode se sairem melhor em aprendizagem de línguas do que crianças, desde que sejam reunidas as condições adequadas.

Uma vantagem que os adultos têm é um conhecimento pré-existente de linguagem - como construir uma frase, elementos de gramática, pontuação e ortografia, compreensão conceitual de linguagem, enquanto todas essas habilidades ainda estão em desenvolvimento nas crianças.

Uma área onde as crianças excedem é na pronúncia, uma vez que elas são mais hábeis em identificarem as diferenças sutis dos sons. Como tal, uma criança será mais capaz de imitar os sons da nova língua, ao passo que um adulto vai ter dificuldade em falar a língua sem o seu sotaque nativo.

No entanto, a má pronúncia não é um indicador de fluência e normalmente não vai atrapalhar o caminho da comunicação real. As crianças também têm um padrão mais baixo de fluência do que os adultos, que devem ter um conhecimento mais amplo da língua, a fim de se comunicar através de uma ampla gama de tópicos.

As crianças, por sua vez, podem aprender um idioma em um ambiente escolar ou em casa, onde elas têm ampla capacidade de praticar. Quando aos adultos são dadas oportunidades semelhantes, eles geralmente obtém sucesso na aprendizagem da língua.

Como o The Telegraph relatou: "Adultos que não pode alcançar o sucesso na aprendizagem de línguas, são muitas vezes aqueles que estudam em casa, usando software ou aplicativos educacionais. Sem o apoio de professores, ou parceiros de conversa constante, é fácil para o estudo tornar-se não-estruturado."

Pesquisa publicada na Frontiers in Psychology (Fronteiras na Psicologia) continua:

"Em termos de tempo de experiência bilíngüe, embora seja verdade que, em geral quanto mais cedo uma segunda língua (L2) é aprendida, será obtida a proficiência nativa com mais probabilidade [em outras palavras, o efeito idade de aquisição (AOA - Age of Aquisition)...], ... recentemente foi reconhecido que níveis muito altos de proficiência na L2 são possíveis mesmo quando se aprende a L2 mais tarde na vida.

Ainda mais encorajador é a evidência de que o cérebro mostra maleabilidade considerável como resultado da experiência da aprendizagem de línguas, de modo que ambas as alterações funcionais e neuroanatômicas podem ocorrer ao longo da vida".

Então, se você é um adulto que gostaria de aprender uma segunda língua, nunca é tarde demais. Para o melhor sucesso, você pode querer considerar tomar aulas em uma faculdade comunitária onde você pode obter apoio e conversação de parceiros regulares ao invés de aprendê-la em seu próprio país.

O que mais pode impulsionar a saúde do seu cérebro?

Alguns especialistas sugeriram que os benefícios da aprendizagem de uma língua vêm de apenas isso... aprendizagem. Na verdade, mesmo se você não estiver interessado em aprender uma nova língua, o fato de se engajar em outras "atividades intencionais e significativas" estimula o sistema neurológico, combate os efeitos das doenças relacionadas com o stress, reduz o risco de demência e melhora a saúde e bem-estar.

Demência por Chanito
Um fator-chave necessário para melhorar a função cerebral ou reverter o declínio funcional é a seriedade do propósito com o qual você se envolve em uma tarefa. Em outras palavras, a tarefa em si pode ser praticamente qualquer coisa, desde que ela seja importante para você, ou de alguma forma significativa ou interessante - para manter sua atenção.

Por exemplo, um estudo revelou que as atividades artesanais, como colchas e tricô, foram associadas com a diminuição da probabilidade de ter deficiencia cognitiva leve. Outro estudo descobriu que tomar parte em atividades "cognitivamente exigentes" como aprender a tricotar colchas ou fotografia digital reforçam a função da memória em adultos mais velhos.

A chave é encontrar uma atividade que seja mentalmente estimulante para você. Para alguns isso pode significar aprender uma nova língua, para outros pode ser algo completamente diferente.

Idealmente, isso deve ser algo que exija sua atenção e lhe dê grande satisfação... deve ser uma atividade que você fica ansioso para fazer, como tocar um instrumento musical, jardinagem, construção de modelos de navios, ornamentação [escrever um blog] ou muitas outras.

Se você fala sério sobre como melhorar sua memória e sua função cognitiva, também pode incorporar estas três variáveis ​​importantes para a saúde do cérebro: Vitamina D, Jenjum Intermitente, Saúde Gastrointestinal. Veja detalhes e links para pesquisas sobre o texto acima na seguinte página da internet:

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2016/01/14/brain-benefits-being-bilingual.aspx

O Dr Joseph Mercola é osteopata e autor de 3 bestsellers do New York Times, além de outros livros:

  • Effortless Healing (Cura Sem Esforço): 9 maneiras simples de contornar a doença, perder peso em excesso, e ajudar seu corpo a consertar-se (2015) - New York Times Bestseller
  • The Great Bird Flu Hoax (O Grande Boato da Gripe dos Pássaros): A verdade que eles não querem que você saiba sobre a "Próxima Epidemia Pandêmica' (2006, com Pam Killeen) - New York Times Bestseller
  • The No-Grain Diet (Uma Dieta Sem Grãos): Domine o vício dos carboidratos e permaneça magro para o resto da vida (2003, com Alison Rose Levy) - New York Times Bestseller
  • Deception Dark (A Farsa da Escuridão): Descubra a verdade sobre os benefícios da exposição à luz solar (2008, com Jeffry Herman)
  • Generation XL (Geração XL): Como criar crianças saudáveis e inteligentes num ambiente mundial de alta tecnologia High-Tech e Junk-Food (2007, com Ben Lerner)
  • Healthy Recipes for Your Nutritional Type (Receitas Saudáveis ​​para o Seu Tipo Nutricional, 2007, com Kendra Degen Pearsall)
  • Take Control of Your Health (Assuma o Controle de Sua Saúde, 2007, com Kendra Degen Pearsall)
  • Sweet Deception (Doce Egano): Por Splenda®, NutraSweet®, e o FDA (Food and Drug Administration - Departamento de Alimentacao e Remedios norte-americano) podem ser perigosos para a sua saúde (2006, com Kendra Degen Pearsall)
  • Dr. Mercola’s Total Health Program (Programa de Saúde Total do Dr. Mercola): Plano comprovado para prevenir doenças e envelhecimento prematuro, otimizar o peso e viver mais tempo! (2004, com Brian Vaszily, Kendra Degen Pearsall, Nancy Lee Bentley)
O Lado Espiritual

Cognição é o ato ou processo da aquisição do conhecimento que se dá através da percepção, da atenção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. A palavra Cognitione tem origem nos escritos de Platão e Aristóteles.

Escola de Atenas, de Rafael Sanzio, com Platão e Aristóteles no
centro
É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas.

De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.

Mas a cognição é mais do que simplesmente a aquisição de conhecimento e consequentemente, a nossa melhor adaptação ao meio - é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno. Ela é um processo pelo qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive, sem perder a sua identidade existencial. Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre a percepção. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória.

Eu vejo gente morta. Com que frequência?
O tempo inteiro.
Agora imaginemos que acrescentemos aos 5 sentidos um 6º sentido que muita gente acredita ser imaginário, enquanto outras não tem dúvidas de que ele existe por causa das evidências, o que acontece com nosso sistema cognitivo? Na minha humilde opinião ignorante, acho que ele aumenta sua capacidade assim como aprender uma nova linguagem aumenta a capacidade do nosso cérebro. Se você passa a considerar mais esta fonte extra de informação, obviamente que sua capacidade de julgar e selecionar aprendizado aumenta. No mínimo podemos dizer que a pessoa se beneficia pelo menos de uma maior criatividade e desenvolvimento da imaginação que é a fonte da criatividade. E se você ousar ainda mais e acreditar em conspirações, mais desafio ainda pra sua mente... a mente de Temer mente sem temer...

E agora imaginemos que, no mundo espiritual captado pelo tal 6º sentido, não existe linguagem, então pra que todo esse trabalho de aprendizado de línguas? Bem, eu diria que nos capacita melhor a estruturar nossas ideias, o que funciona no mundo espiritual. A diferençé que lá não precisamos de linguagem porque a transferência de conhecimento se da por telepatia "já traduzida". Mas que maravilha, teremos um tradutor automático acoplado ao nosso "cérebro" espiritual quando estivermos "lá em cima"? Sim porque o pensamento é repassado para os outros e não as suas representações lógicas linguísticas aristotélicas que são justamente o gargalo que nos impede de sermos plenos em nossa vida encarnada, dentro de um corpo repleto de limitações como esta. Se não entendeu nada, fique na sua, nãé para entender mesmo, neste nosso estágio "encarnado", a não ser que você decida ser mais criativo e imaginar coisas.

Por vezes verifico meus emails justamente quando acaba de chegar
um da minha mulher. E telepatia?
Hoje, enquanto encarnados, só entendemos o que a pessoa fala. Para os mais atinados e que acreditam em algo mais do que a simples lógica materialista, eles extrapolam e entendem o que a pessoa não diz mas demonstra através de outras percepções como linguagem corporal ou pura observação mais atinada. Para os que ainda não se satisfazem com isso mas acreditam na lógica da ciência humana através das provas materiais, vai atrás do histórico da pessoa a fim de justificar seus atos por obter mais informação ou no mínimo entendê-los melhor a fim de tomar suas decisões com mais acerto e consequentemente conseguirem mais sucesso na vida.

Ouço Vozes

E para aqueles que consideram o mundo não lógico, porém intuitivo e imaterial, eles ainda contam com um extra poder de interpretação que é o do entendimento global envolvendo o que as ciências materiais como as relacionadas com a psicologia se limitam às teorias humanas. Um exemplo simples pode ser dado aqui: quantas pessoas não vivem mal por "ouvirem vozes", e quantos criminosos não se referem às tais vozes que não os deixam em paz, levando-os a cometerem crimes? Enquanto os meros mortais tomam isso como alucinações criadas pela "vítima", que no caso é como eu considero os criminosos além de suas vítimas, os espiritualistas facilmente identificam como uma obsessão espiritual, ou seja, a capacidade que a vítima criminosa tem de ouvir os espíritos maus dos mortos, mas que nem ninguém acredita, e nem ele tem a menor noção do que está acontecendo de alguém com poder sobre ele ser capaz de influenciá-lo e manipulá-lo a praticar o que ele não quer só porque lhe vive infernizando sua vida e não pode ser abandonado como seria o caso de pais perversos, fugindo-se de casa.

Vovó, ouço vozes de vovózinhas:

Buranovskiye Babushki ("As Vovózinhas de Buranovo") - Party For 
Everybody (Festa para Todos) - Grand Final do festival Eurovision 
Song Contest 2012, representantes da Rússia

A Exploração Aristotélica

A disputa entre Platão e Aristóteles era que Platão seguia a linha gnóstica de que as pessoas comuns deveriam tentar assemelhar-se a um modelo padrão eleito como ideal, enquanto para Aristóteles nada existia tal como um modelo e cada um era produto de suas condições materiais. O conceito de Platão pode ser extendido para modelos espirituais avançados, enquanto o modelo aristotélico foi aproveitado pelos dominadores do mundo para imporem uma cultura materialista geral onde o homem nao teria jamais qualquer perspectiva de justiça e redenção, sendo condenados a uma só vida de servidão, sem futuro nem continuação evolutiva. O modelo de Platão então foi utilizado como modelo social de perfeição material, enquanto a lógica de Aristóteles foi incutida no sistema de aprendizado do ocidente que por isso tornou os materialistas mais ricos.

Reduziram a obra de Platão à figura do amor platônico, que não 
existe, e é obra da imaginação da perfeição. O mesmo fizeram com
 o ex-presidente Lula do Brasil, transformando-o do mais popular 
presidente de todos os tempos num reles ladrãozinho corrupto 
igual a quem o acusa, acusou ou acusará.
A difamação própria da "mídia" manipulada de todos os tempos reduziu Platão ao desprezível e ridicularizado sinônimo de sonho ou desejo jamais realizado (vide paixão platônica) enquanto a lógica aristotélica dominou o mundo por puro interesse dos dominadores e donos da perpetuação do poder, e nem as religiões conseguem desenvolver o lado espiritual das pessoas dentro desse modelo de boicote milenar. Tal controle social é muito sutil para ser percebido pelas mentalidades humanas que só falam uma língua, a língua material.

Cognição é o ato ou processo da aquisição do conhecimento que se dá através da percepção, da atenção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. A palavra Cognitione tem origem nos escritos de Platão e Aristóteles.

Cognitivismo é "a psicologia da aprendizagem que enfatiza a cognição humana ou inteligência como um dom especial que o homem tem de formar hipóteses e desenvolver-se intelectualmente" (Cognitivismo), e também é conhecido como desenvolvimento cognitivo. Os conceitos subjacentes da cognitivismo envolvem a forma como pensamos e adquirimos conhecimento.

O que você não faz com uma língua só... imagina com duas...

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