http://ensaiosdegenero.wordpress.com/2014/03/13/ser-menino-ser-aluno-um-estudo-de-caso-de-um-garoto-problematico-da-australia/
Este artigo tenta explicar os problemas de ser homem na Austrália, porém, sob o ponto de vista do australiano, ou melhor, da australiana, e não sob o ponto de vista de um homem brasileiro. Porque faço esta diferença? Porque realmente a diferença chega a ser abissal entre homens e mulheres na Austrália, e ainda mais abismal em comparação com o homem padrão brasileiro. Agora imagine estes jovens brasileiros tentando interpretar este assunto, achando que é tudo a mesma coisa.
Típico australiano, mais pelo jeito de beber vinho... |
Primeira evidência para um pai como eu: este pode ser o primeiro motivo de fraqueza do menino. Porém, para os australianos, esse fato não pesa por causa da quantidade imensa de casais separados com filhos de pais diferentes, e então a este fato não é dado a devida ênfase. Para eles isso não é problema para as crianças, porém nós, filhos de pais constantes e que somos pais constantes, sabemos muito bem a dimensão desse problema.
É muito simples constatar a importância de ter pais juntos e constantes, converse com qualquer filho ou filha de pais separados e saiba a opinião deles. Isso é justamente o que não interessa para os pais australianos, crianças não tem voz nem opinião, na visão egoísta e imatura deles, não interessa para as crianças se o pai ou a mãe vai embora, só interessa que eles querem se separar e que se dane o resto do mundo. E eles se separam justamente por causa desta diferença abissal entre homens e mulheres, mais pelo lado das mulheres porque em algum ponto da educação feminina neste país, elas decidiram que seriam iguais aos machos, com todos os seus defeitos. Elas deixaram de ser mulheres para serem qualquer coisa menos homens.
Minha mulher, vivendo no meio desta cultura imprópria para mulheres de estilo brasileiro, é capaz de discursar sobre todos os defeitos que as australianas tem. Porém, eu, como homem, não tenho muito o que falar sobre o comportamento dos homens, a não ser que praticamente metade deles é submisso às suas mulheres ou mães, o que muitas vezes os tornam uns cabras-safados em quem não se pode confiar. É comum aqui a esposa mandar no marido e este fazer tudo o que elas querem, até porque já foram criados por mães do mesmo jeito, ou seja, para eles, a vida é assim.
E ele ainda está sorrindo? Pensa que é só pra aquilo... |
Tarefas domésticas masculinas |
Este artigo fala sobre as dificuldades que o menino tem de impor sua masculinidade sob o peso dos estereótipos incutidos em sua cabeça, mas não se diz por quem. Pelo padastro? O artigo também fala de como a escola o trata mas não dá o resultado do que aconteceu com ele na adolescência e nem se ele chegou a ser adulto. Enfim, este artigo não vale nada, mas serve como ponto de partida pra se analisar a situação educacional australiana de hoje em dia, principalmente sob o aspecto em que ela atinge a masculinidade dos homens.
Vai ver que na área sexual também é assim, não sei e nem jamais irei saber |
Argentina versus Austrália, Campeonato de Rugby em 2013 |
Os homens australianos também tem uma palavra para se relacionarem uns com os outros, "mate", que também não tem tradução em Português, cuja palavra mais próxima seria "meu irmão" ou "companheiro". Qualquer palavra em Português não consegue exprimir o significado intrínseco de intimidade e cumplicidade de tais palavras usadas pelos homens australianos entre si. Ser eleito um "mate" lhe dá um grande orgulho em sua intimidade, lá dentro, e cuja palavra geral que significa tal tipo de relacionamento entre machos é "mateship".
Antes de analisar a situação do menino na escola, é preciso entender a cultura australiana. Na cultura australiana, os homens não costumam ter voz em assuntos como educação ou criação de filhos, esta é uma seara das mães soberanas. É da cultura australiana, ou melhor, da cultura feminina australiana a imposição de que as mulheres são superiores aos homens, quando isso na realidade não é verdade se formos olhar para os cargos mais altos em qualquer campo de trabalho, a começar pelos políticos. Trata-se de uma lavagem cerebral que elas resolveram impor às suas proles a fim de que nas próximas gerações talvez o objetivo delas se torne realidade. Não está dando muito certo. Elas conseguem impor isso nas escolas, o que começa a causar os danos naqueles menos preparados para a vida, os filhos de lares desfeitos que desenvolvem baixa auto-estima e vulnerabilidade a qualquer forma de afeto.
Igualdade diferente: ambos usam sapatos... |
Mesmo ainda existindo professores homens em escolas primárias, se bem que a cada dia eles estão desaparecendo principalmente por causa do expectro da pedofilia que agora também está atingindo a área de treinadores ou técnicos esportivos, mais comum entre homens do que entre mulheres, quando meus filhos estudavam nas escolas primárias australianas, ainda havia um certo baleanceamente entre professores homens e mulheres, o que me surpreendeu pois não existem professores homens até quando a criança chega na adolescência no Brasil. Com a primazia das mulheres, a desgraça está feita para os futuros homens australianos, se eles não tem bons modelos masculinos em casa. E como tê-los, se a maioria tem padastros porque a mãe se separa não apenas uma vez, mas costumeiramente mais de uma vez?
"As mães se separam..." Sim, aqui na Austrália, as mulheres se separam mais do que os homens.
Se já é difícil pais constantes tomarem a frente dos filhos para resolver seus problemas na escola, pior ainda quando os pais são postiços, aí é que não existe interesse mesmo.
Separação, o que mais acontece na Austrália. Sinceramente, não sabemos porque é que se tem filhos neste país. |
Meninas brigam de dar pontapés nas outras nas escolas da Austrália |
Cyber-bullying, foto na pré-história dos smartfones... |
Pois é, também tem homem que não presta na Austrália, e como tem. A prova disso são os crimes de ódio no trânsito, muito comuns. Nós já chegamos a presenciar alguns iminentes. Sem falar nos famosos crimes da vida noturna por excesso de bebidas e os famosos casos de violência doméstica ou estupro de mulheres por times inteiros de jogadores de rugby ou no meio militar. No seio da Austrália ainda existe uma cultura extremamente machista de preponderância masculina, mas os avanços das mulheres tem desmontado os vulneráveis, aqueles filhos de pais instáveis principalmente, em números cada vez mais ascendentes. Qualquer criança sabe que o confronto não é a melhor política, viva a política brasileira do "deixa disso".
Tão bonitinho, não é? |
Sobre o menino da terra dos diabo da Tasmânia, diante de todo este universo que o cerca, o qual descrevi acima, e provavelmente esqueci alguma coisa, o coitado há de se encaixar da melhor maneira pra se sair bem na vida. Mas as professoras e diretoras lhes negam o direito de serem machos, por causa dos estereótipos, e nesse ponto elas se acham no direito de intercederem, quebrando as pernas do menino. Resta a ele tornar-se feminino também, e é isso o que muitos fazem. Tornando-se femininos, é a maior alegria pras suas mães, pois terão garotos subordinados que fazem o que elas querem, além de se vingarem dos ex-maridos pois seus filhos homens serão iguais a elas, e não iguais a eles. Aliás, este é outro aspecto importantíssimo da cultura australiana que esqueci de citar, se bem que já tenha falado várias vezes sobre isso em outros posts: o australiano é basicamente e extremamente vingativo.
E agora? Cuidado que o australiano tem a quem puxar... |
Esta tal vingança também explica porque nós, como brasileiros, saímos na rua quando algo acontece do lado de fora de nossa casa, a fim de sabermos o que está acontecendo para ajudarmos enquanto os australianos não se mexem de suas casas, fazendo de conta que não viram nada, mas na realidade eles espiam pelas persianas e ligam para a polícia anonimamente, sem dar suas caras, com medo de represálias. Eles conhecem muito bem a raça deles.
Entretanto existem pessoas boas em todos os lugares do planeta, então a gente pode ir navegando no meio da mundiça e parando para se relacionar apenas com aqueles que valem à pena. Nesse ponto não é muito diferente de navegar-se na sociedade brasileira também não. O mundo inteiro é assim. Aqui na Austrália podemos assistir a filmes de vários países diferentes, e anos atrás fiquei surpreso de ver que os alemães tem sentimentos... e por falar em alemães, lá na Alemanha não se pode falar sobre guerra mundial, é tabu.
Voltando ao garotinho, caso ele tenha sorte de tornar-se um homem, ele pode tornar-se um homem revoltado ou destemido ao ponto de arriscar-se em atividades perigosas e radicais, esportes extremos, o que pode lhe levar à glória, à morte, ou a viver às expensas dos benefícios do governo para pessoas disabilitadas e deficientes. Ou ele pode engrossar as fileiras dos criminosos de todos os tipos que agem atrás das quatro-paredes invioláveis australianas, as quais justificam o ditado "todo mundo tem esqueletos no armário" a esconder, de onde nasceu a expressão "sair do armário", o que não faz o menor sentido para nós, brasileiros, que não temos nada destes costumes de esconder coisas nos armários, porque todo mundo vai lá e abre.
Ice meta-anfetamina. Chique, não? É bom pra tosse... |
Para esta sociedade daqui, as mulheres nunca tem culpa de nada, elas são as estrelas da nação, o que prova o status de mães solteiras como heroínas, quando na realidade é porque é simplesmente impossível conviver-se com elas. Dificilmente uma mulher australiana casa com um homem de outra raça que elas não podem manobrar e consideram não-domesticados como cachorros, porém o contrário é verdadeiro, cada dia mais os homens australianos procuram mulheres de outra raça para casar ou permanecem "bachelors" (solteirões) para sempre por convicção. Conheço quatro "bachelors" desse jeito, coisa meio difícil de acontecer com homens brasileiros. Já os bachelors brasileiros que conheço são todos galinhas...
É por isso que corremos sérios riscos de deturparmos a nossa sociedade brasileira e seus nobres valores espirituais quando simplesmente tentamos copiar as soluções de problemas estrangeiros achando que as culturas são a mesma coisa como os garotos do blog na abertura deste post pensam, coitadinhos bem intencionados. Isso tem acontecido em todas as áreas da sociedade brasileira, principalmente pela crença arraigada e errônea de que tudo que vem do mundo industrializado é melhor do que qualquer coisa brasileira, um erro crasso, um atestado de burrice. Ao contrário, o brasileiro tem muito a ensinar ao mundo, e agora, depois da Copa Mundial de Futebol de 2014, as atenções tem estado muito mais aguçadas pra o que o mundo pode aprender com o povo inexplicavelmente mais feliz do mundo. Hoje, os estrangeiros aprendem com os brasileiros.
Em suma, o problema do garoto na Austrália e as soluções apresentadas não tem nada a ver com a cultura brasileira.
Veja mais aqui: http://ensaiosdegenero.wordpress.com/category/masculinidades/
Ingênuos é o que estes 3 jovenzinhos são, talvez bem intencionados, ouviram o galo cantar mas não sabem onde.
Notícias Positivas da Globo
Clique nos links para ver os vídeos.
Mas, só pra ter uma ideia, veja aqui o que os brasileiros são capazes de fazer, aliás, as brasileiras, se lhes deixarem fazer e prestarem atenção. Estudantes Brasileiras Vencem Concurso de Ideias Inovadoras de Harvard. Veja o que é um exemplo: uma das garotas falou que, como recebeu muita ajuda educacional, sentia-se na obrigação de contribuir com a comunidade. Mire-se neste espelho.
http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-hoje/t/edicoes/v/estudantes-brasileiras-vencem-concurso-de-ideias-inovadoras-de-harvard/3726265/
Moradores do Sertão de Pernambuco Ganham Sistema que Duplica Uso da Pouca Água Disponível:
http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-nacional/t/edicoes/v/moradores-do-sertao-de-pernambuco-ganham-sistema-que-duplica-uso-da-pouca-agua-disponivel/3706496/
http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/t/todos-os-videos/v/trabalhadores-de-londres-protestam-contra-baixos-salarios-e-cortes-no-setor-publico/3706738/
Marlisa Punzalan, australiana descendente de filipinos que, aos 15 anos, venceu o "The X Factor" programa de TV descobridor de talentos de 2014. Aqui em dueto com uma vencedora do programa equivalente "Australian Idol" de alguns anos atrás, Jessica Mauboy, na Grande Final do "The X Factor Australia 2014". Veja a voz de gorjeios da Jessica, apurada nos poucos anos de estrelato de sua carreira lançada no programa em que ela também era muito jovem, não tirou em primeiro lugar, mas foi finalista.
Marlisa Punzalan, estudante secundária, cujo mentor no programa
foi o jurado Ronan Keating, do grupo australiano Boyzone. Aqui ela
ainda não tinha ganho a competição.
foi o jurado Ronan Keating, do grupo australiano Boyzone. Aqui ela
ainda não tinha ganho a competição.
Maior concorrente de Marlisa, Dean Ray não lhe chega aos pés,
mas estava sendo nutrido pelos jurados porque tem um estilo
Mike Jagger. Ele só está aqui nesse post porque, realmente, se saiu
muito bem neste single dele próprio, e nesse caso, um estilo que aprecio.
muito bem neste single dele próprio, e nesse caso, um estilo que aprecio.
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