sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Limites e Procedimentos Gregários

Alguns conceitos são difíceis para mim entender e aceitar. Salas de reuniões, por exemplo, quando utilizadas para discussões particulares.

Ser transparente
Sendo uma pessoa transparente, na medida do "possível", nunca vi necessidade de fazer uma reunião para discutir algum assunto em particular, além do que, quando preciso falar com alguém, não espero pra reservar sala nem horário, vou lá, falo e pronto. Aliás, esta "cultura" foi mais uma revolução introduzida pelo brasileirinho aqui na Austrália porque, quando cheguei aqui, as instruções eram para "não interromper as pessoas para perguntar nada". Com o tempo introduzi a "interrupção" oficial, e agora até bom dia as pessoas dão de manhã... pois é, vocês acreditam? Nem bom dia o povo dava! Pra "não incomodar"... na realidade era pra ninguém perceber quando a pessoa ia embora de fininho, pois também não davam "see you" (até amanhã!).

Além disso, reuniões são para colocar em dia o que as pessoas estão fazendo, mas eu não preciso saber disso, porque já sei todos os dias através de atenção e contato com os membros da equipe. Esta necessidade fica para eles que não se comunicam e precisam de hora marcada para isso. Mesmo assim, faço reuniões, não tem problema. A gente amarra o burro onde o burro do dono manda...

Porém, ontem a necessidade de uma sala de reunião me foi despertada quando ocorreu uma discussão entre um substituto de diretor e um membro de uma equipe. A discussão começou a tornar-se acalorada, quando o funcionário pediu para o substituto de diretor abaixar o tom e prestar atenção nas palavras que estava dizendo.

Reunião transparente
Na realidade, por todo mundo ter presenciado, não haviam sido utilizadas palavras inadequadas, e o que não soou muito bem foi o tom de autoridade e intolerância demonstrado pelo substituto de diretor. Ele é assim mesmo, é conhecido por portar-se desse jeito, e o que não soou bem foi porque no momento ele está cobrindo as longas férias do diretor de verdade, então sua posição deveria ter sido, no mínimo, mais tolerante ainda.

O assunto e a forma como a discussão rolou não vem ao caso para o que quero demonstrar aqui, mas a certo ponto, uma outra diretora sugeriu "procurar um quarto", quase como dizem quando os australianos vêem casais se beijando na rua ou na frente deles, como se eles não gostassem do que vêem. "Procurar uma sala" para discutir, melhor dizendo.

Foi quando consegui enxergar a necessidade de existir uma sala fechada a fim de abrigar discussões que não precisem envolver todo mundo, interromper todo mundo, e deixar todo mundo apreensivo com o que poderia culminar como resultado da discussão.

Ainda assim, sob meu "ingênuo" ponto de vista, eu preferiria envolver todo mundo por vários motivos, entre eles a vergonha de alguém assumir uma posição muito ofensiva, e o outro motivo seria todo mundo aprender com a discussão e até tomar partido numa verdadeira democracia. Isso teria seu custo, mas seria para o bem de todas as equipes e total integração da nação e colaboração entre os membros. Prefiro assim a manter segredos e ninguém saber qual foi o resultado da discussão, não saber quem estava certo, quem estava errado, a não ser através de fofoquinhas nos cantos das paredes, o que definitivamente não é meu estilo.

Onde vou achar um ambiente assim, tão "angelical"?

Lugar angelical, Disneylândia
Esse lance de ser-se um livro aberto, ser-se transparente, convenhamos, não pode ser seguido à risca. É como no Brasil você dizer que não existem corruptos, isso é impossível de acontecer. Eu mesmo fui corrupto quando trabalhava no Brasil porque, se não tomasse parte na rede de intrigas e cumplicidade, também não a denunciava, fazendo ouvido de mercador. Isso é ser corrupto também. De modo que, quem fala dos corruptos, tem rabo preso. Sempre me lembro que falavam que Antônio Carlos Magalhães da Bahia roubava mas fazia, e por isso era tolerado e bem querido. Parece que babar assim só serve para os ricos...

Existem segredos que as pessoas nos contam e que pedem para serem mantidos. O que podemos fazer? Aquela parte da nossa vida não pode ser transparente sob pena de prejudicar os outros. Então, toda regra tem excessão, e apesar de ser partidário da transparência, tenho que admitir os embaçamentosUm outro motivo de quebrar a regra da transparência é quando defendemos um assunto polêmico que causa transtornos nos outros, ao ponto em que eles não podem sequer ouvir tocar-se no assunto. Então o jeito é manter-se, senão em segredo, mas manter-se calado. É minhó calá... e quando sair do armário, sair de casa logo...

Os Procedimentos Soberanos

Meu chefe que atualmente é substituto de diretor tem uma queda por regras e procedimentos os quais ele costuma pô-los acima das iniciativas individualizadas, enquanto eu defendo que regras e procedimentos são apenas para ajudar mas que não devem obscurecer a capacidade que cada um tem de capturar o ambiente geral e tomar suas próprias decisões, procurando na medida do possível, adequá-los aos procedimentos estanques e despreparados para as excessões. Eu diria, "navegar" pelos mares dos procedimentos.

O que costumo discutir são procedimentos impostos às pessoas sem que elas tenham participado da confecção dos mesmos, ou seja, em outras palavras, regras impostas a alguém que chegou depois, nasceu depois, e que nem sabe para que elas existem e costumeiramente não estão nem um pouco interessadas nem de acordo com elas.

Algo assim como o casamento. Quem raios inventou casamento?

Casamento. Para que serve mesmo?
Assim é a vida, nascemos e vamos nos adaptando às regras feitas por outras pessoas. Se nos adaptamos direitinho, teremos sucesso na vida, mas o que acontece quando não nos adaptamos por algum motivo, alguma excessão que não foi contemplada pelas regras de costumes e educação?

Um exemplo do mal apego aos procedimentos aconteceu outro dia. Um membro da minha equipe tem um acordo pra chegar meia hora atrasado, cobrindo o horário no final da tarde, mas mesmo assim, de vez em quando ele chega ainda mais atrasado. O "procedimento" diz que, quando alguém vai chegar atrasado ou vai faltar, deve ligar para o chefe a fim de informá-lo para ele se programar e organizar a agenda, os prazos, os relatórios, etc, a fim de acomodar o atraso ou falta. 

Um telefenômeno só
Acontece que este meu funcionário enviava mensagens para o meu celular. Eu recebia e respondia imediatamente. Tudo muito bem até o dia em que eu estava de folga, e ele usou o mesmo esquema com a minha chefa na época. Ah, ela não gostou e caiu em cima dos dois. Porém ela é branda, então prometemos usar o telefonema verbal conforme o "procedimento" manda. Isso é porque, se a pessoa enviar email, quem recebeu pode não lê-lo imediatamente e só lê-lo no outro dia, por exemplo. Se deixar recado na secretária eletrônica, pode também não ser ouvido a tempo. No caso, estou sempre com meu celular, mas ela deixa o dela em sua mesa...

Porém, acabamos voltando a utilizar as mensagens para o celular. Nem eu nem meu funcionário nos impomos a seguir a regra do telefonema, principalmente porque eu detesto telefonemas em que se fala com a pessoa e não se pode ver sua linguagem corporal. Para mim, telefonema é muito invasivo e exige dedicação exclusiva. O telefonema é soberano, faz você parar tudo o que está fazendo imediatamente.

Quando mudei de setor, meu chefe que senta-se ao meu lado agora, viu o email que temos que enviar avisando a todo mundo que fulano vai se atrasar ou vai faltar, mas não ouviu a ligação, então virou pra mim com jactância e disse, como é que você sabe que ele vai se atrasar hoje? 

A nova e a velha cultura!
Ora, eu recebi uma mensagem no celular. Mas você não sabe que isso é contra o "procedimento"? Ah, foi uma longa e ridícula discussão que ia parar na diretoria, se o diretor não tivesse se ausentado naquele momento e por conta disso a discussão foi esquecida e depois de certo tempo, o chefe reconheceu que o assunto não merecia tal nível de discussão (reconheceu sua imbecilidade). 

Isso porque ele quer porque quer impor os "procedimentos" e culpar qualquer um que não os siga e caia em erro, como se os procedimentos fossem soberanos e incorruptíveis. Ora, eu faço procedimentos, então eu sei que eles jamais podem abranger todas as situações, então sempre deve haver margem para o fator humano da decisão lógica e inteligente, com base nos "procedimentos", mas não cegamente.

Para ele os "procedimentos" são perfeitos como Deus. Impossível, quando feito por humanos, não é mesmo? Tudo bem, nessa cultura australiana, Deus não existe, e deuses somos nós, cidadãos arrogantes!

Bem, filosofia à parte, meu argumento foi que eu havia recebido a mensagem. Mas, mas... nem mas, nem meio mas, recebi e respondi imediatamente, então o recado foi dado. E para que serve o "procedimento" mesmo? Para garantir que a mensagem foi recebida. Ah, mas... não senhor, este é o objetivo, não interessam os meios. Aliás, o procedimento deve ser atualizado para incluir mensagens no celular... ah, mexer nos "procedimentos" é como soltar uma bomba no parlamento.

E a discussão continuou: você cumpriu o procedimento? Sim e não. Não, você não cumpriu. Sim, eu cumpri, a mensagem foi recebida. Não interessa a mensagem, interessa que você não cumpriu o procedimento. Ora, convenhamos, você está ficando débio mental... O procedimento diz que não pode ser por mensagem de celular. E porque não? Porque o diretor disse que não... Ah, meu amigo, isso é demais, então você quer que eu siga procedimentos só porque o diretor mandou? Essa época já passou, meu caro. Se o diretor me mandar pegar um café pra ele na esquina, prepare-se para um fora do tamanho de um trator pois não faço parte deste grupo de funcionários idiotas que fazem o que se manda sem discutir nem questionar, apenas porque "a ordem veio de cima". Lembre-se, eu fugi de uma ditadura, odeio "otoridade". A ordem tem que ser lógica e tem que ser admitida e aceita por mim como certa. E também tem que estar nas funções do meu cargo!

Olha o procedimento
Meu chefe é doido pra me pegar porque vez por outra eu furo um "procedimento" e resolvo as coisas "proativamente". Aliás, esta palavra é nova em seu dicionário, mas graças a mim ele começou a utilizá-la, e graças à minha proatividade, reduzimos sensivelmente o número de problemas na área de informática ao longo dos anos, e nos tornamos um exemplo de funcionamento, o que gerou outros clientes para a empresa.

Mas não conseguiríamos nada se seguíssemos os "procedimentos" à risca e sem usar a cabeça...

Um dos meus argumentos foi dizer que em geral os brasileiros se irritam muito com os australianos quando começam a viver na Austrália justamente porque estes são agarrados aos procedimentos e não sabem fazer mais nada que não esteja escrito naqueles manuais deles, como cavalos usando viseiras. Existem muitos senões para que eles sejam assim. Algumas empresas demitem funcionários que saem fora dos "procedimentos", e só umas poucas os promovem por capacidade de iniciativa para resolver problemas que são excessão.

Como os brasileiros vieram de outra cultura, com frequência tudo o que fazem sai fora dos padrões culturais australianos, então eles precisam de um "jeitinho", de uma tolerância e de uma excessão. Então, com frequência eles se deparam com funcionários que estancam e não sabem pra onde ir, dizendo que é impossível fazer o que é necessário, quando a solução "está na cara". Some-se a isso que é muito difícil achar-se um gerente neste país, e a confusão está armada.

Nesse ponto o brasileiro dá de 10 a 0 nos australianos com o seu famoso "jeitinho brasileiro" ("gêitênio brasiléirôu"). É com o tal jeitinho que o brasileiro se safa das batidas de frente nas estradas que tanto acontecem na Austrália, porque simplesmente as pessoas aqui não tem reação, botam as mãos pra cima e crash! São incapazes de torcerem a direção pro lado oposto com qualquer adolescente brasileiro é capaz de fazer...

LGBT

Na última semana de outubro vai haver um grande evento LGBT patrocinado pela empresa. Todos recebemos convites. Olhei assim meio de banda para o convite, e fiquei imaginando se estaria perdendo alguma coisa em não aceitá-lo. Passou-se. 

Duplipensar: o ruim é bom. No filme Rio 2, uma sapa seduz um môcho e
quando está puxando ele para os matos, ele grita "isso é antinatural"...
Esta semana, na reunião da equipe, uma colega nossa tinha que fazer a propaganda dela, e no final da reunião ela pegou minha deixa ao indagar porque ela ainda não havia feito nenhuma apresentação para a equipe, já que ela estava reclamando da apresentação dos outros que dava sono, para dizer que ia fazer uma apresentação num evento para o qual havia tirado a semana de licença e que provavelmente não interessaria para nós. Sobre o quê, todos perguntaram alegremente? LGBT! Vocês sabem o que é isso? Virou-se para o companheiro do lado, um rapaz atlético nos seus vinte e poucos anos, e perguntou se ele estava interessado. Foi difícil pra ele descartar sem passar por mal educado ou demonstrar repulsa com um sorriso sem jeito, mas estava claro que tudo isso passou por sua cabecinha de cima, "não tenho nada a ver com isso".

Depois do discurso da menina, resolvi criar polêmica, virei pra ela e disse, para quê isso? Uma colega mais madura começou a rir, como quem diz, que absurdo esta pergunta, onde já se viu? Insisti, sim, por quê? Existe alguma diferença? Essa foi no gogó de todo mundo! Provou que para mim não há diferença entre as pessoas, não interessa a que clubes elas pertençam, e realmente não há, se a pessoa se comporta direitinho, no caso, profissionalmente.

Ela foi obrigada a dizer que LGBT pode não significar muita diferença na Austrália ou no Brasil, mas pode ser caso de vida ou de morte em outros países como a Índia. Ah, então vocês vão lá debater interesses internacionais, globalização. Sim, isso mesmo. E passou a discorrer sobre o que acontece em alguns países do mundo com relação a quem se atreve a ir de encontro aos seus costumes. Exemplificou que em alguns países árabes uma mulher não pode sair sequer sozinha e coisa e tal, e a empresa está estudando maneiras de contornar ou instruir seus funcionários com relação a este outro mundo.

Fazem agora mais de dois anos que convivo com uma representante feminina da ala LGBT, uma ativista que não perde a chance de hastear a bandeira, embora, convenhamos, extremamente discreta quando comparamos com os ativistas desta área em geral, principalmente os ativistas brasileiros. Já foi um convívio mais próximo, atualmente não assim tão próximo, mas tem servido para me dar muitas lições que eu precisava saber na área feminina do LGBT. Muito boas conclusões tenho tirado, impressionantes e insuspeitas.

De novo Deus andou atendendo aos meus desejos pois a algum tempo atrás formulei na minha cabeça o desejo de saber como se processava este assunto na área feminina, até então totalmente desconhecida para mim. 

Tenho sempre que ter muito cuidado com o que desejo.

Gregório Gregário

A maravilhosa revista New Dawn publicou um artigo em seu número de setembro/outubro de 2014, na página 29, sobre um assunto completamente insano: "Thoughtforms, Tulpas e Egregores". Trata-se de "Formas de Pensamento" que tem vida própria, escrito pelo ex-psicoterapeuta e químico, reverendo Gary W. Duncan, um padre católico gnóstico, atualmente criando um Centro Mundial da Alma e dos Estudos Sobre Vida Após a Morte. 

Suponho que ele tenha exagerado um pouco nas metáforas ao ponto de dizer que, enquanto num retiro, conviveu com um "pensamento" que ele criou e que tomou forma humana. Esse surto é pra lá de exquisóide!

Entretanto, o conceito é bom e revela como é que os brasileiros tomaram repulsa à presidenta Dilma, mesmo ela tendo feito tanto bem para tanta gente pobre no maior feito jamais realizado por um presidente em toda a história do Brasil desde 1500. Estes tipos de brasileiros tem sido vítimas de um "Thoughform, Tulpa ou Egregore". 

Uma "formadepensamento" (thoughtform) é um pensamento criado por uma profunda focalização num único assunto, infundindo-o com emoções tão intensas que ele se torna uma forma mental separada e energética. Seu conceito nasceu entre os budistas tibetanos (tinha que ser).

Isso é exatamente o que faz a mídia brasileira. Ela cria "formasdepensamentos" vivas que "comem" o raciocínio das pessoas.

A partir desta "formadepensamento", mais pensamentos vão sendo adicionados pelas pessoas, fazendo o "mito" crescer e tomar vida própria. Daí a ele aparecer para as pessoas fisicamente, acho que nesta hora o autor alucinou.

Quando uma "formadepensamento" adquire vida própria, ela se torna uma "tulpa", palavra do sânscrito, ou seja, um amigo imaginário criado pelo poder do pensamento, o que chega a parecer um estultício!

Então o que acontece no Brasil é o seguinte.

A mídia contrata profissionais inteligentíssimos e caros que criam as "formasdepensamento" e passam a repetí-las sem cessar. As pessoas vão ouvindo, vão ouvindo e daqui a pouco estão de acordo e contribuem com suas energias tornando a "formadepensamento" numa "tulpa" com vida própria. 

Gregório de Mattos foi um poeta do barroco brasileiro apelidado de
Boca do Inferno graças às suas sátiras de teor racista, característica
comum na época. Estaria na moda de novo, bem gregário.
O tempo vai passando e o pensamento vai se espalhando, e mais gente vai caindo na armadilha e um pouco mais adiante a "tulpa" vira "egregore" que é um pensamento vivo e comunitário. 

O egrégio Gregório tornou-se gregário.

Se formos no dicionário, descobriremos que a palavra gregário realmente significa juntar-se a uma matilha e passar a agir como ela, perdendo as características individuais de cada um, ou seja, a capacidade de pensar e ter uma reação própria, uma escolha própria. É o que acontece com quem se junta a uma gangue, você não vale mais nada, você representa o pensamento da gangue e não tem o direito de redarguir (nossa, que palavra!).

Então é assim que pessoas do PT não votarão em Dilma, porque cairam na rede gregária e tornaram-se incapazes sequer de justificar ou argumentar porque decidiram de outro jeito. Elas são capazes de venderem a própria mãe, tamanha é a lavagem cerebral dos "egregores" criados pelos poderosos. São vítimas ingênuas, não sabem nem o que falam nem o que estão fazendo aqui no planeta... mas isso ninguém sabe mesmo...

Sininho. Por incrível que pareça, esta
loura povoou minha imaginacão infantil...
Por isso eu disse em outro post, o Duplipensar, que pra deixar de ser gregário, comece por não ler a Veja, a Folha, e vai indo...

No final do artigo, aparece esta dica fatal: 

Tenha cuidado com o que você deseja pois seu desejo pode se tornar realidade. 

E eu que pensava que esta frase tinha sido cunhada por mim... você quer bem a cunhado?

Alguns dos meus desejos tem se tornado realidade muitas vezes na minha vida. O único que não se realiza é tirar no lôto... vai ver que é porque tem muita concorrência.

Jamais me esqueço de que, na década de 90, desejei ir para o lugar mais longe possível daquele Brasil nojento, corrupto e cheio de criminalidade, a fim de criar meus filhos em paz... Deus me mandou pra Austrália. Não existe lugar mais distante do Brasil possível. Foi um exagero, cá pra nós. Custa uma nota passar férias no Brasil desse jeito... foi mal. Eu devia ter manerado no meu desejo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são moderados para evitar a destilacão de ódio que assola as redes sociais, desculpem.