domingo, 5 de junho de 2016

Golpe de Cócoras

Cócoras asiáticas
Em terra de sapo, de cócoras com ele.

Em terra de golpe, golpeando com eles.

Procurando por notícias sobre o Brasil publicadas na mídia internacional, que obviamente não tem comparação em termos de honestidade com a brasileira, achei mais esta jóia rara.

Wall Street Está Por Trás do Golpe de Estado no Brasil

Pelo Prof Michel Chossudovsky
Global Research, 01 de junho de 2016


(Caricatura) O cabeça de Wall Street, Henrique de Campos Meirelles, ministro interino das Finanças 

Henrique Meirelles, caricatura de Baptistão
O controle sobre a política monetária e a reforma macro-econômica foi o objetivo final do golpe de Estado. As nomeações importantes do ponto de vista de Wall Street são do Banco Central, que domina a política monetária, bem como as operações de câmbio, do Ministério das Finanças e do Banco do Brasil.

Em nome de Wall Street e do "consenso de Washington", o "governo" interino pós golpe de Michel Temer nomeou um antigo CEO de Wall Street (com cidadania norte-americana) para dirigir o Ministério das Finanças.
  • Henrique de Campos Meirelles, ex-presidente do FleetBoston Financial Global Banking (1999-2002) e ex-presidente do Banco Central sob a presidência de Lula, foi nomeado Ministro das Finanças em 12 de maio de 2016.
  • Ilan Goldfajn [Goldfein] nomeado para dirigir o Banco Central, foi economista-chefe do Itaú, maior banco privado do Brasil. Goldfajn [Goldfein] tem laços estreitos tanto com o FMI como com o Banco Mundial. Ele é um compadre financeiro de Meirelles. 
Temer não tem nada a temer, autor da
caricatura não identificado, publicado
na Folha
Contexto Histórico 

O sistema de moeda do Brasil sob o real é fortemente dolarizado. Operações da dívida interna são conducentes com uma dívida externa crescente. Wall Street tem o objetivo de manter o Brasil em uma camisa de força monetária.

Desde que o governo de Fernando Henrique Cardoso, Wall Street tem exercido controle sobre os compromissos econômicos chaves, incluindo o Ministério das Finanças, o Banco do Brasil e o Banco Central. Sob os governos de Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio da Silva (Lula), a nomeação do presidente do Banco Central era aprovada por Wall Street. 

Cardoso, Lula, Temer, compromissos em nome de Wall Street 
  • Arminio Fraga: presidente do Banco Central (04 de março de 1999 - 1 de Janeiro 2003) (à esquerda) gestor de fundos de cobertura (hedge) e associado de George Soros, do Quantum Fund, New York, dupla cidadania Brasil-Estados Unidos. 
  • Henrique de Campos Meirelles, presidente do Banco Central, (01 de janeiro de 2003 - 1 de Janeiro de 2011). Dupla cidadania Brasil-Estados Unidos. Presidente e COO do Bank Boston (1996-1999) e Presidente  do FleetBoston Financial Global Banking (1999-2002). Em 2004, o FleetBoston se fundiu com o America Bank. Antes da fusão com o America Bank, o FleetBoston foi o sétimo maior banco dos EUA. O America Bank é atualmente o segundo maior banco nos EUA.
Depois de ter sido demitido por Dilma em 2010, Meirelles retornou. Ele foi nomeado Ministro das Finanças pela "presidente interino" Michel Temer. 

Ilan Goldfajn, foto dourada publicada no artigo
Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú, maior banco privado do Brasil. Goldfajn [Goldfein] foi apontado pelo "governo" interino de Michel Temer para dirigir o Banco Central (16 de maio de 2016). Dupla cidadania Israel-Brasil. 

Goldfajn já havia trabalhado no Banco Central sob Arminio Fraga, bem como sob Henrique Meirelles. Ele tem estreitos laços pessoais com Prof. Stanley Fischer, atualmente Vice-Presidente do Federal Reserve dos EUA. Desnecessário é dizer que a nomeação de Golfajn para o Banco Central foi aprovada pelo FMI, pelo Tesouro dos EUA, por Wall Street e pelo Federal Reserve dos Estados Unidos. 

Vale a pena notar que Stanley Fischer havia ocupado anteriormente o cargo de Vice-Diretor do FMI e de Presidente do Banco Central de Israel. Ambos Fischer e Goldfajn são cidadãos israelitas. 

Nomeado de Dilma Rousseff ao Banco Central, não aprovado por Wall Street
    Alexandre Tombini acabou levando um tombinho
  • Alexandre Antônio Tombini, presidente do Banco Central (2011-2016), funcionário de carreira no Ministério das Finanças. Cidadania: Brasil.
Contexto Histórico 

No início de 1999, na sequência imediata do ataque especulativo contra a moeda nacional do Brasil (o Real), o presidente do Banco Central, Professor Francisco Lopez (que havia sido nomeado na quarta-feira negra de 13 de janeiro de 1999) foi demitido pouco depois e substituído por Arminio Fraga, um cidadão e funcionário do Quantum Fund de George Soros em New York, EUA.

"A raposa tinha sido nomeada para tomar conta do galinheiro". 

Mais concretamente os especuladores de Wall Street estavam no comando da política monetária do Brasil.

Sob Lula, Henrique Campos de Meirelles foi nomeado Presidente do Banco Central do Brasil. Ele já havia atuado anteriormente como presidente e CEO dentro de uma das maiores instituições financeiras de Wall Street. O FleetBoston foi o segundo maior credor do Brasil, após o Citigroup. Para dizer o mínimo, ele estava em conflito de interesses. Sua nomeação foi acordada antes da adesão de Lula à presidência. 

Henrique Meirelles foi um firme defensor do controverso Plano Cavallo na Argentina, na década de 1990: um "plano de estabilização" de Wall Street, que causou estragos econômicos e sociais. A estrutura essencial do Plano Cavallo da Argentina foi replicada no Brasil sob o Plano Real, ou seja, a execução de uma moeda nacional conversível dolarizada (o Real). O que este regime implica é que a dívida interna é transformada em uma dívida externa denominada em dólar. A partir da adesão de Dilma à presidência em 2011, Meirelles não foi renovado como presidente do Banco Central. 

Soberania na política monetária

O Ministro das Finanças Meirelles sob o "governo" interino apoia a chamada "independência do Banco Central". A aplicação deste conceito falso implica que o governo não deve intervir nas decisões do Banco Central. Mas não há restrições quanto às "raposas de Wall Street". 

A questão da soberania na política monetária é crucial. O objetivo do golpe de Estado era negar a soberania do Brasil na formulação da política macro-econômica. 

Esplanada dos ministérios em Brasília, própria para manifestações
públicas
A Raposa de Wall Street 

Sob Dilma, a "tradição" de selecionar uma "raposa de Wall Street" tinha sido abandonada com a nomeação de Alexandre Antônio Tombini, um funcionário de carreira do governo, que dirigiu o Banco Central do Brasil a partir de 2011 a maio de 2016. 

A partir da adesão de Michel Temer como "presidente interino", Henrique Campos de Meirelles foi nomeado para chefiar o Ministério das Finanças. Por sua vez, Meirelles nomeou seus próprios comparsas para chefiar o Banco Central e o Banco do Brasil. Meirelles foi descrito pela mídia dos EUA como "amigo do mercado".

Compromissos Econômicos de Michel Temer 
  • Henrique de Campos Meirelles, Ministro das Finanças, 
  • Ilan Golfajn, Presidente do Banco Central do Brasil, compadre nomeado por Meirelles 
  • Paulo Caffarelli, Banco do Brasil, compadre nomeado por Meirelles 

Black Ops
Considerações Finais 

O que está em jogo através de vários mecanismos - incluindo ops (operações de imposição) de inteligência, manipulação financeira, meios de propaganda - é a desestabilização pura e simples da estrutura do Estado do Brasil e da economia nacional, para não mencionar o empobrecimento em massa do povo brasileiro. 

Os EUA não querem lidar ou negociar com um governo nacionalista reformista soberano. O que ele quer é um estado de procuração compatível com os Estados Unidos. 

Lula era "aceitável" porque ele seguiu as instruções de Wall Street e do FMI.

Embora a agenda política neoliberal tenha prevalecido sob Rousseff, uma agenda reformista-populista também foi implementada, o que se afastou do esteio macroeconômico patrocinado por Wall Street durante a presidência de Lula. De acordo com o Diretor do FMI Heinrich Koeller (2003) Lula foi "nosso melhor presidente": 
"Estou entusiasmado [com a administração de Lula]; mas é melhor dizer que estou profundamente impressionado com o presidente Lula" (Conferência do FMI à Imprensa, 2003). 
Uma coisa é "gerenciar", outra coisa é Gerenciar
Sob Lula, não havia necessidade de "mudança de regime". Luis Ignacio da Silva havia endossado o "Consenso de Washington". 

O afastamento temporário de Henrique de Campos Meirelles seguindo-se à eleição de Dilma Rousseff foi crucial. Wall Street não tinha aprovado as nomeações de Dilma para o Banco Central e o Ministério das Finanças. Se Dilma tivesse escolhido reter Henrique de Campos Meirelles, o Golpe de Estado, muito provavelmente, não teria ocorrido.

Regime por Procuração dos EUA em Brasília 

Um ex-CEO/presidente de uma das maiores instituições financeiras dos Estados Unidos (e cidadão dos EUA) controla as instituições financeiras importantes do Brasil e define a agenda macroeconômica e monetária para um país de mais de 200 milhões de pessoas.

Isso é chamado golpe de estado... por Wall Street. 

A fonte original deste artigo é Global Research Copyright © Prof Michel Chossudovsky, Global Research, 2016
http://www.globalresearch.ca/wall-street-behind-brazil-coup-d-etat/5526715

Sumário do Golpe para Dummies (Ignorantes)

  1. Pobre fica mais pobre
  2. Rico fica mais rico
  3. País não produz, importa
  4. Mais empregos, menos proprietários nacionais de empregos
  5. Preços não caem
  6. Ciência não cria nada, copia e paga
  7. Artes são sabotadas, nada de Oscar ou Cannes
  8. Direitos de autoria são doados para o estrangeiro (royalties, copyrights, etc)
  9. Tecnologia permanece com as corporações mundiais
  10. País não manda no seu futuro
  11. Índio ganha apito
  12. Tráfico retorna
  13. Propriedades do estado são vendidas para estrangeiros a preços de banana
  14. Corrupção aumenta muito mais, sempre
  15. Débitos aumentam
  16. País é retalhado para venda (Amazônia, Mananciais de Água Potável, Agro-Indústria, Pecuária, etc)
  17. País é zombado pelos estrangeiros (principalmente pelos americanos ricos)
  18. Empregada doméstica volta
  19. Carro é blindado
  20. Miami volta a ser bairro chique brasileiro
  21. Aviões mais vazios e com galinhas ricas
  22. Brasil tornou-se presa fácil no mundo
  23. Menos médicos
  24. Mulheres do lar
  25. A casa deles, a vida deles
  26. Filhos das elites ocupam universidades públicas
  27. Só filhos das elites estudam no exterior
  28. Bolso de rico cheio, pobre sem bolsa
  29. Petrobras é vendida embaixo de maré de corrupção

Como Era Antes do Golpe

  1. Pobre fica rico
  2. Rico continua rico
  3. País produz, exporta
  4. Mais empregos, mais proprietários nacionais de empregos
  5. Preços não caem
  6. Ciência cria e recebe direitos
  7. Artes brotam, Oscar, Cannes
  8. Direitos de autoria permanecem no país
  9. Tecnologia é transferida para o país pelas corporações mundiais
  10. País manda no seu futuro
  11. Índio tem terras próprias, demarcadas
  12. Tráfico é exportado, enxotado
  13. Propriedades do estado geram riqueza para o país e se desenvolvem
  14. Corrupção pode ser combatida e reduzida
  15. Débitos diminuem ou desaparecem
  16. País é mantido protegido (Amazônia, Mananciais de Água Potável, Agro-Indústria, Pecuária, etc)
  17. País é respeitado pelos estrangeiros (menos pelos americanos ricos)
  18. Empregada doméstica se torna executiva
  19. Carro é para todos
  20. Miami vira passeio turístico para ex-pobres
  21. Aviões cheios de galinhas
  22. Brasil tornou-se soberano e influente no mundo
  23. Mais médicos
  24. Mulheres executivas e políticas
  25. Minha casa, minha vida
  26. Filhos dos pobres dividem quotas nas universidades públicas
  27. Filhos dos pobres também estudam no exterior
  28. Bolso de rico cheio, pobre com bolsa
  29. Petrobras cresce e descobre mais petróleo na maré
Não mais Brasil para Ignorantes, Copa, Olimpíada,
esta era passou... ("fake" capa de livro)

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