sábado, 28 de dezembro de 2019

Feliz Saturnália e Ano Novo

Como não sei escrever tão bem, ando republicando artigos que acho interessantes os quais eu escreveria se tivesse competência. Este explica que talvez o Natal seja apenas mais uma conspiração da humanidade. Vamos raciocinar então com este texto de Juan Manuel P. Domínguez. Corrigi alguma coisa para o Português que parecia ter sido traduzida por robôs como o Google Translate.

Horus
Breve (e insuficiente) Antropologia do Natal

Horus


Peter Joseph escreve que há 3.500 anos, num 25 de dezembro, nascia Horus, apelidado de “verdade da luz” ou “filho escolhido de Deus”, que tinha 12 discípulos, foi batizado por Anup e traído por Typhon, morreu na cruz e no terceiro dia ressuscitou.


Atis


Atis nasceu na Frígia, 3.200 anos atrás, de uma virgem, num 25 de dezembro. Uma estrela o anunciou. Ele realizou milagres, teve discípulos, foi crucificado e ressuscitou.


Mitra


Na Pérsia, Mitra nasceu de uma virgem em 25 de dezembro, teve 12 discípulos, produziu milagres, morreu e ressuscitou no terceiro dia, foi apelidado de “a verdade” ou “a luz” e, curiosamente, foi adorado no domingo.


Dionísio


Attis
Na Grécia, 500 anos antes de Jesus, em 25 de dezembro e também de mãe virgem, nasceu Dionísio, o “rei dos reis” ou “filho único de Deus”, que transformou a água em vinho e ressuscitou depois de ser sacrificado.

Os Três Reis


Todos eles, segundo Joseph e outros teóricos do Zeitgest são representações do sol. A sequência do nascimento de Jesus e outros personagens mitológicos é completamente astrológica e a estrela que os anuncia e aponta para onde o Sol nasce (o Oriente) é Sirius.


Em dezembro, Sirius se alinha com as três estrelas mais brilhantes do Cinturão de Órion, conhecidas como “Os Três Reis”. Assim, os três magos famosos podem ter sido três astrólogos ou, na sua falta, uma metáfora dessas três estrelas que seguem Sirius e que indicavam onde o Sol renasceria.


Saturnália
Mitra

Nos tempos antigos, o solstício de inverno era celebrado (por estar no hemisfério norte) com um festival pagão em Roma chamado Saturnália. Os motivos da celebração eram principalmente dois:

  • Em homenagem a Saturno, que era o Deus da agricultura na época
  • Como uma festa de triunfo, depois do anoitecer (Sol Invictus)
Esta celebração era realizada entre 17 e 23 de dezembro, quando o Sol entrava na constelação de Capricórnio (cujo regente de Capricórnio é Saturno). Era à luz de velas e/ou com tochas que eles comemoravam um novo período de luz e o fim do período mais sombrio do ano.

Para eles, o Invictus Sun nascia em 25 de dezembro, coincidindo com o Solstício de Inverno.


Dionisio por Caravaggio
É provável que a celebração de Saturnália também se deva à conclusão do trabalho no campo, dando lugar a um descanso depois de muito trabalho (também Saturno) para todos, plebeus e escravos.

A Saturnália era celebrada por sete longos dias e havia até trocas de presentes, sendo grandes celebrações acompanhadas de boas e abundantes festas.


Virgem

Virgem não faria alusão a Maria, mas ao signo de Virgem, que em latim significa intocado e que astrologicamente é representado por uma mulher com uma espiga de trigo na mão. O pão é feito com trigo e, não por acaso, Belém significa “Casa do Pão”.


Há também especulações de que Cristo nasceu em setembro, sob o signo de Virgem com Peixes ascendente, um sinal que dá nome à atual era astronômica, que começou com o cristianismo.


25 de Dezembro

Para os antigos, o solstício de inverno simbolizava o processo da morte: em 21 de dezembro, no hemisfério norte, o Sol chega ao sul no ponto mais baixo do horizonte, “freia” perto da constelação de Southern Cross e fica lá por três dias antes de mudar de rumo. É o fenômeno que na astronomia é conhecido como “ainda é sol”.


Em 25 de dezembro, o Sol retoma seu caminho ao contrário, ou seja, ao norte, na proporção de um grau por dia, anunciando cada vez mais dias luminosos no hemisfério norte.


Esta escultura A Saturnália está localizada no Jardim Botânico de
Buenos Aires, no bairro de Palermo, e é uma cópia da original que
está em Roma, criada pelo artista italiano Ernesto Biondi.
Cruz

A crença de que o filho de Deus morreu na cruz e no terceiro dia ressuscitou seria reduzida a um simbolismo astronômico: o Sol “morre” perto do Cruzeiro do Sul e depois de três dias “ressuscita”, ou seja, muda de rumo e traz mais e mais luz para o norte.


Isso explicaria por que Jesus, Hórus, Atis e todos os outros compartilham o processo da cruz e da ressurreição após três dias. Os 12 discípulos são as 12 constelações zodiacais, pelas quais o Sol viaja anualmente e a cruz cristã é a cruz do zodíaco, que divide o ano em quatro estações.


Natal


A partir do Renascimento, o homem se coloca como eixo de todo o universo. Isto explicaria essa atualização do Natal, que na antiguidade celebrava uma era de abundância agrícola, e nessa nossa modernidade celebra a nascimento do “filho do homem”. O Natal poderia ser considerado uma autoafirmação da nossa cultura eurocêntrica (a qual tem colonizado o mundo inteiro), que coloca o homem, uma páter familias (o nosso pai) no centro de todas as coisas. Vestígio do falocentrismo patriarcal que ainda sobrevive no nosso inconsciente coletivo e se reproduz através da prática dos nossos costumes, da nossa língua e, por fim, dos nossos atos conscientes que prevalecem dentro do imaginário é que fundamenta as bases da dominação de gênero na nossa cultura.


Eu? Negativo? Negativo és tu.
O Natal configura uma série de valores de perdão, amor e concílio que contradizem de pleno a metodologia que fez o cristianismo ser instaurado fora da Europa ocidental: a violência, a perseguição, a intolerância e o extermínio das culturas vernáculas das regiões onde os europeus cristãos “enviados de Deus” pisavam para explorar e saquear as riquezas desses povos.

Existe a possibilidade de perdão? Existe espaço para uma celebração do nascimento do homem em nome de quem se cometeram tantas atrocidades? Em nome de quem foi praticada tanta violência e tanta intolerância? Seria celebrado o Natal, essa data de amor puro, nessas terras, se ela não tivesse sido conquistada através da violência e do horror?


O Natal, celebrado em território que foi violentado de forma impiedosa para que assim pudesse acontecer essa data de confraternização humana, é uma mostra de quão pouco cientes somos da nossa história, do verdadeiro sentido do nosso presente. De quanto precisamos ainda nos envolver na batalha cultural para que assim a emancipação humana não caminhe em direção de uma utopia racionalizada e sim de um propósito cotidiano, amorfo e imprevisível de amor, tolerância e acolhimento ao próximo?


Publicado em 23/12/2019 por Juan Manuel P. Domínguez, militante, professor, roteirista, produtor e diretor de cinema. Fotógrafo especializado em fotografia de documentário para a defesa dos direitos humanos. Escritor e jornalista.


https://midianinja.org/juanmanuelpdominguez/breve-e-insuficiente-antropologia-do-natal/


domingo, 1 de dezembro de 2019

Espíritas Progressistas

Meio perdido no tempo e no espaço desde que retornei ao Brasil, diante de tantas atividades, tantos acontecimentos e ocorrências, por fim deparei-me com vários artigos sobre Espiritismo publicados principalmente pelo site Carta Capital. Como tive um arranca-rabo com a Federação Espírita por haver voltado a frenquentar e descoberto que lá é mais um ninho de cobras bolsonaristas, foi com grande alegria que descobri minha turma, a dos Espíritas à Esquerda ou Espíritas Progressistas. Mas, pasmem, não consigo passar disso, só saber que existem e pronto. Fazer parte é uma novela que ainda não acabou como a ridícula Dona do Pedaço da Globo.

Diga-se de passagem que, entre os dissidentes, tem gato e cachorro também. Mais uma prova divina para expiarmos a fim de destilarmos nossa própria consciência e capacidade de discernimento, então é preciso analisar-se cada texto ou pessoa que se auto-intitule progressista ou conservadora, porque elas podem não ser nada disso, muito pelo contrário.

Divaldo Pereira Franco, a sumidade que representa os Espíritas
alienados sociais brasileiros da atualidade, durante o congresso de
Goiás
Daí que os artigos já rolam desde 2018, e o melhor deles, que mais me representa no momento, transcrevo aqui sem pedir permissão ao site Espiritismo com Kardec, fonte do artigo do site GGN de Luis Nassif, que espero seja concedida em nome da divulgação.

Nota de resposta à entrevista coletiva de Divaldo Franco e Haroldo Dutra no congresso de Goiás

Fevereiro 17, 2018 - Autor: Marcelo Henrique

Espíritas que somos, os abaixo-assinados, tornamos pública a nossa desaprovação a diversas opiniões que foram expostas no vídeo que circulou essa semana nas redes sociais, e que depois foi retirado do Youtube.

Declaramos que elas não nos representam e não representam o espiritismo, pois são apenas opiniões pessoais de seus autores, e que, em nosso entender, carecem de fundamento teórico e científico.

Aliás, médiuns e oradores não têm autoridade para falar em nome do espiritismo.
Ninguém tem essa autoridade, nem mesmo instituições federativas.

O espiritismo é uma ideia livre, cuja maior referência é Kardec

Mas cujos livros também não podem ser citados como bíblia.

Para manifestarmos ideias e posições do ponto de vista espírita, segundo a própria metodologia proposta por Kardec, temos de dialogar com a ciência de nosso tempo, usar argumentos racionais e adotar de preferência posturas que estejam de acordo com os princípios básicos da ética espírita, que são os da liberdade de consciência, amor ao próximo, fraternidade, entre outros.

O movimento espírita brasileiro está longe da unanimidade em todos os temas, sobretudo os que se referem a questões contemporâneas e, por isso, é importante delimitar as posições, para deixarmos claro que declarações como as que foram feitas neste vídeo não representam o espiritismo.

Dessa forma, rebatemos alguns pontos da referida entrevista:

Não Existe República de Curitiba

Divaldo referiu-se à República de Curitiba e a seu suposto “presidente”, Sérgio Moro. Não existe uma República de Curitiba, pois segundo nossa Constituição só há uma República a ser reconhecida em nosso território, e é a República Federativa do Brasil.

Ex-Juiz Moro Não É Presidente de uma República que Não Existe

E a referência a um juiz federal de primeiro grau como o Presidente desta acintosa República é um grave desrespeito ao Estado, à nação brasileira, atribuindo a tal república poderes inexistentes em nossa Constituição.

Postura de Culto a Personalidade

Além dessa nociva postura marcadamente messiânica e de culto à personalidade, pode dar a entender que o restante do povo brasileiro não presta e que não há pessoas boas espalhadas pelo Brasil dando o melhor de si.

Ex-Juiz Moro Não É Venerando

Divaldo chama esse mesmo juiz de “venerando” – o que é altamente questionável, dadas as críticas de grandes juristas nacionais e internacionais à parcialidade desse juiz e a seus atos de ilegalidade, que feriram a Constituição, e às notícias que correm na mídia de seu conluio com determinados segmentos e partidos.

PT Não É Marxista e Incentiva Ódio

Divaldo assume uma postura claramente partidária, contrária ao PT – o que é de seu pleno direito, mas nunca em nome do espiritismo – fazendo, porém, uma crítica rasa, com uma miscelânea conceitual, chamando o governo desse partido de marxista e assumindo um discurso próprio da polarização extremista, manipulada e sem consistência que invade nossas redes sociais e nossa vida política, contribuindo para os momentos de incertezas e de medos em que vivemos.

Não Existe Ideologia de Gênero

Há uma fala extremamente problemática que se refere à chamada “ideologia de gênero”. Não existe “ideologia de gênero” – este é um termo criado por setores fundamentalistas da Igreja Católica e depois adotado pelas Igrejas Evangélicas. Existe sim uma área de pesquisa no mundo que se chama “Estudos de Gênero” – que teve influência de Michel Foucault, Simone de Beauvoir e Judith Buttler. Os “Estudos de Gênero” se dedicam a procurar entender como se constitui a feminilidade e a masculinidade do ponto de vista social, se debruçam sobre questões de orientação sexual, hétero, homo, transsexualidade – ou seja, todos fenômenos humanos, que estão diariamente diante de nossos olhos. Podemos concordar com algumas dessas conclusões, discordar de outras, deixar em suspenso outras tantas. Esse olhar é muito recente na história e ainda estamos apalpando questões profundas e complexas – e em nosso ponto de vista espírita, não é possível ter plena compreensão delas sem a chave da reencarnação. Uma abordagem puramente materialista jamais vai dar conta do pleno entendimento do psiquismo humano. Mas estamos muito longe de ter gente reencarnacionista competente, fazendo pesquisa séria, para dialogar com pesquisadores com abordagens meramente sociológicas ou psicológicas. Então, nós espíritas, não temos ainda melhores respostas que os outros e não podemos, por cautela, seguir a cartilha dos setores conservadores mais radicais de generalizar esses estudos sob o termo, usado aqui pejorativamente, de ideologia, para desqualificá-los como “imoralidade ímpar”. Parece-nos que uma dose de humildade científica, prudência filosófica e bom-senso faria bem a todos nesse ponto, especialmente quando o domínio sobre os corpos e a sexualidade sempre foi um ponto central para as religiões ocidentais.

Estudos de Gênero Não São Marxistas Nem Comunistas

Divaldo revela também completo desconhecimento dessa área de estudos de gênero, alinhando-a ao marxismo e ao comunismo. As grandes lideranças desses estudos estão nos Estados Unidos e na Europa. Aliás, os estudiosos desse tema encontram-se em diversas correntes de pensamento, desde marxistas até pós-modernos de diferentes matizes e até liberais. Ao fazer isso, mais uma vez, mostra a adesão a um discurso pronto, midiático, que ressoa nos setores evangélicos e católicos mais radicais, que primam por taxar qualquer ideia ou debate que lhes desagrade com o termo “comunista” – um grande espantalho generalizante, simplista e esvaziado de sentido, mas que tem sido eficaz, ao longo dos tempos, para dar forma a medos sociais e, assim, orientar o ódio e o ressentimento das pessoas contra certos alvos.

Por fim, deixamos aqui as seguintes afirmações:

Divaldo Não Nos Representa

Nenhum médium ou orador pode falar em nome de todos os espíritas ou em nome do espiritismo. Isso é, por si só, desonestidade intelectual;

Divaldo Não Usa a Lógica

Quando um espírita, sobretudo se tem influência sobre a comunidade, manifesta uma ideia ou uma opinião, tem por dever se informar sobre os temas de que está falando, usar referências confiáveis e estar em consonância com a lógica, com a ciência e com o bom senso.

Divaldo Não Respeita os Discriminados

Deve também, preferencialmente, defender os direitos dos mais fragilizados socialmente, no caso, as mulheres, as crianças, os membros da comunidade LGBT+, que são objeto dessas discussões dos estudos de gênero, justamente por estarem vulneráveis a todo tipo de violência e desrespeito em nossa sociedade, além dos negros e negras, as juventudes periféricas e as pessoas com deficiência.

Divaldo Reforça o Discurso de Ódio

Não deve alimentar discursos de ódio partidário e nem medidas punitivas contra quem quer que seja: nossa bandeira é a da educação, da fraternidade entre todos e da paz, comprometidos com a democracia, a justiça social e a regeneração da sociedade.

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Vídeo de Divaldo Discursando no Congresso de Goiás

Veja o trecho da declaração de Divaldo a esse respeito no Congresso de Goias [Este vídeo foi retirado do Youtube mas pode ser visto na página do Espiritismo com Kardec, abaixo]

https://www.youtube.com/watch?v=n7NXgIvnNDM

https://www.comkardec.net/nota-de-resposta-divaldo-haroldo/

https://jornalggn.com.br/noticia/espiritas-progressistas-respondem-a-entrevista-coletiva-de-divaldo-franco-e-haroldo-dutra/

Mais Dissidentes

Na rota de achar que era o único Espírita dissidente que não conseguia me encaixar no retrocesso e conservadorismo que tomou conta do Brasil, prossegui encontrado muito mais gente discutindo esse mesmo assunto, e um dos artigos interessantes veio do site de Jean-Luc Picard, Espiritismo Original. Se não fosse o uso da palavra "seita", dava até para levar em consideração, mas mesmo assim, vamos ajudar aqui a desenvolvermos nossas próprias consciências ouvindo outros dissidentes. Além disso, tem erros de digitação... que corrigi aqui.

Como os "Espíritas" Conseguem Enganar Pessoas Progressistas?

É sabido que o "Espiritismo" brasileiro sempre foi conservador, por ser uma adaptação brasileira dos ideais de Jean Baptiste Roustaing, um ideólogo neo-medieval de formação católica. O próprio Chico Xavier, tido como maior liderança dos "espíritas" brasileiros, deu entrevistas demonstrando o mais medieval dos tipos de conservadorismo.

Seu progressismo é de fachada e se limita a simpatia que lideranças tem por seitas esotéricas, estigmatizadas como impulsionadoras do pregresso humanitário. Muitas vezes esse falso progressivismo é usado como isca a atrair fiéis a procura de novidades que passem além das outras seitas cristãs, sem arruinar o repertório dogmático delas.

Mas o conservadorismo dos "espíritas" se tornou bastante explícito pelo apoio dado pelas lideranças ao golpe jurídico-midiático de 2016, onde uma presidenta de orientação progressista, honesta e responsável, foi expulsa do poder para dar lugar a uma verdadeira quadrilha de mafiosos, vários deles fotografados do lado de lideranças "espíritas". 

Mesmo assim, há um grande número de pessoas de orientação progressista que seguem o "Espiritismo" brasileiro, iludidos pelo suposto compromisso social tradicionalmente atribuído à seita e que nunca conseguiu transformar de fato a sociedade brasileira, nunca passando de mera filantropia paliativa.

Vamos listar aqui algumas armadilhas que os conservadores "espíritas" constroem para capturar incautos de mentalidade progressista que confiam na suposta perfeição da doutrina.

A Religião do Altruísmo

Os "espíritas" se vendem como a religião do altruísmo, como se ajudar os mais carentes fosse a sua principal meta. Dá a ilusão de que "espíritas" são verdadeiros ativistas sociais, empenhados em tornar a sociedade mais justa, de forma incansável e incessante. 

Mas a prática mostra que "espíritas" fazem caridade exatamente como as outras religiões, sobretudo as neo-pentecostais. Uma caridade paliativa que embora feita de forma constante, não elimina a desgraça dos mais carentes e serve mais para promover as lideranças como "tutores da humanidade", complementando o processo de divinização (no "Espiritismo" as lideranças são divinizadas).

O altruísmo "espírita", mesmo ineficiente e paliativo, tem atraído a simpatia de muitas pessoas e para os progressistas serve de suposto ponto de afinidade com as ideologias consideradas "de esquerda". Até porque para quem não presta muita atenção nos resultados, só a construção de casas cheias de carentes já justifica o estigma altruísta, atraindo progressistas para a seita.

Suposto Progresso Humanitário

Apesar de deturpado, o "Espiritismo" carrega em seu estigma a associação com a doutrina original do mesmo nome que se assumia racional. Este estigma obviamente foi distorcido para se adaptar aos interesses dos seguidores de Roustaing, impedindo a verdadeira racionalidade que poderia destruir alguns dogmas absurdos que favorecem a manutenção da deturpação.

Para manter, mesmo de mentirinha, a intenção de alavancar o progresso da humanidade, "espíritas" recolheram grande quantidade de enxertos extraídos de seitas esotéricas, dando a ilusão de racionalidade. Ha também a bajulação a intelectuais e cientistas que reforça o estigma de "seita racional".

Este estigma de racionalidade se tornou um diferencial e principal justificativa dos fiéis para permanecer na seita. Este estigma acaba atraindo pessoas de orientação progressista que se iludem com a falsa racionalidade da doutrina, pensando ser os dogmas um resultado de muita pesquisa e análise quando na verdade foi pura fé, pura crendice emocional.

Suposta Honestidade e Suposta Ausência de Escândalos

A vantagem dos "espíritas" é que seus membros costumam ser bastante discretos. Isso tem ajudado muito a reservar a reputação de suas lideranças, muitas delas formadas por verdadeiros charlatães e malabaristas das palavras. Mas a farsa não aparece por causa dessa discrição e do silêncio midiático que impede o conhecimento da opinião púbica dos escândalos nos meios "espíritas".

Esta fama de uma religião sem defeitos, com lideranças 100% honestas e intensamente altruístas tem atraído progressistas que seguem iludidos com aquilo que aparece diante de seus olhos, ignorando toda a farsa que só aparece diante de corajoso questionamento e de profunda análise.

Por isso que há "espíritas" de ideologia progressista, ignorando que a hoje mais conservadora das religiões, ressuscitadora do Catolicismo mais medieval, passa bem longe do verdadeiro compromisso de tornar uma humanidade mais justa e próspera.

Postado em 18 de janeiro de 2018 por Capitão Picard

http://espiritismooriginal.blogspot.com/2018/01/como-os-espiritas-conseguem-enganar.html

Outros Artigos Preciosos

Espíritas Progressistas Manifestam Preocupação com Cenário Político, sem data:

https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/espiritas-progressistas-manifestam-preocupacao-com-cenario-politico/amp/

Manifesto de Espíritas Progressistas Pede Justiça, Paz, Democracia e #EleNão, 25 de setembro de 2019:

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/manifesto-de-espiritas-progressistas-pede-justica-paz-democracia-e-elenao/

Redes Sociais Agregam Espíritas Progressistas, 28 de julho de 2019:

https://reporternordeste.com.br/redes-sociais-agregam-espiritas-progressistas/

Nós, Reencarnacionistas, Precisamos Cuidar do Planeta, 9 de maio de 2019:

https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/nos-reencarnacionistas-precisamos-cuidar-do-planeta/

Cura Gay, LGBTS, Kardecismo e as Interpretações Equivocadas, 29 de abril de 2019:


https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/cura-gay-lgbts-kardecismo-e-as-interpretacoes-equivocadas/

Kardec, o Camponês que se Tornou o Bom Senso Encarnado, 22 de outubro de 2018:

https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/kardec-o-campones-que-se-tornou-o-bom-senso-encarnado/

Espíritas Lançam Manifesto Contra Bolsonaro, 5 de outubro de 2018:

https://www.brasil247.com/poder/espiritas-lancam-manifesto-contra-bolsonaro

Cresce o Número de Espíritas Progressistas no Brasil, 28 de maio de 2019:

https://headtopics.com/br/cresce-o-n-mero-de-esp-ritas-progressistas-no-brasil-cartacapital-6109895

Jean-Baptiste Roustaing, o homem que deturpou o Espiritismo, 17 de novembro de 2013:


Você Se Acha Progressista e Apoia Chico Xavier? Preste atenção em você! 4 de março de 2019


Espiritismo Brasileiro Passou a Defender Bolsonaro? 2 de julho de 2018:


sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Fez-se a Luz

Pai nosso que estás no céu,

Obrigado por ter dado a chance de libertar o libertador dos pobres na noite de ontem,

Santificado pelo vosso nome,

Aquele cujo nome é o mais pronunciado nesta nação, de norte a sul, de leste a oeste,

Venha a nós o vosso reino,

O único capaz de elevar os miseráveis e os famintos às portas do vosso reino,

Seja feita a sua vontade,

Que tarda mas não falha em sua justiça divina e proteção aos que trabalham pela 
verdadeira caridade,

Assim na Terra como no céu,

Em seu estado como em todo o país irradiando para o resto da Terra em direção ao céu,

O pão nosso de cada dia nos dai hoje,

Aquele que significa o resgate da educação para nos prover o pão a nós mesmos hoje,

Perdoai-nos as nossas ofensas,

Recompensais aqueles que ofendem os ímpios que usam teu nome em vão,

Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, 

Louvai aqueles que perdoam os criminosos das ditaduras e protegem a liberdade de expressão,

Não nos deixeis cair em tentação, 

Protege-nos de não odiar nem cair na tentação do rentismo capitalista que tanta diferença nos trás,

Mas livrai-nos do Mal. 

Santificado sejas por nos fazer sobreviver ao mal sem deteriorarmos o amor entre os homens,

Amém

Obrigado

Lula Livre

O STF votou ontem, dia 07/11/2019, pela presunção de inocência e Lula foi solto hoje, 08/11/2019, depois de 580 dias de prisão sem crime e sem provas.


Comentário de um Amigo

Pessoal, não gosto dos personalismos, pois há exemplos na história de que o culto à personalidade gerou figuras tirânicas que fizeram muito mal à humanidade. No caso do Lula, eu avalio de forma diferente. Para mim, trata-se de um ser humano que está muito acima da média em todos os sentidos: pela inteligência, pela capacidade de interação sincera com o povo, além da visão de Brasil, aguçadíssima. Não é à toa que, naturalmente, foi uma das principais lideranças mundiais em seu período, dialogando com representantes de todo o espectro político.

A cada entrevista dada no cárcere, ele revelava valores humanos e políticos grandiosos, sem se colocar como o todo-poderoso. Deixava claro que suas ações visavam ao bem comum não só do Brasil, mas de outros povos. Mostrava o que o Brasil poderia ganhar com suas incursões em mercados antes inalcançados. Enfim, trata-se de uma liderança nata, forjada na dureza da vida, no seu diálogo com a fome que passou, na luta sindical e na luta política. Não perdeu de vista a importância da inclusão dos amplos setores mais desassistidos da sociedade, tornando-os visíveis para o Estado e transformando-os em cidadãos. Isso incomodou muito a elite e a classe média manipulada deste país. O ódio não é contra Lula. O ódio é de classe: o pobre tem que nascer e morrer no mesmo lugar. Lula escancarou, talvez sem ter a intenção, esse preconceito de classe, que era "guardado nos recônditos das mentes". É natural que haja divergências, considerando que essas ações foram reformistas e não rompiam com o sistema. Pelo contrário, reforçavam-no. Apesar das diferenças, podemos afirmar que as iniciativas implementadas durante o ciclo da esquerda no governo fizeram bem ao país e que é possível colocar o Estado a serviço de todos. Mesmo com o rentismo enchendo as burras!

Quero enfatizar, embora não precise, que o Lula é uma figura grande demais. Nesse um ano e meio de cárcere, várias vezes aqui fora, sobretudo depois da tragédia de 2018, nós ficávamos de baixo astral, achando que não havia mais luz no fim do túnel. Ele, do cárcere, nos enviava lições diárias de resistência, dizendo que não deveríamos nos curvar à dura realidade que o Brasil está atravessando e que deveríamos canalizar nossas energias para discutir e fazer política. 

Ele teve e tem paciência histórica. As informações veiculadas pelo The Intercept Brasil comprovaram o ele já vinha falando do cárcere político: que seus algozes estavam usando o aparato do judiciário brasileiro para fazer política e atender interesses outros que não os brasileiros. A esta altura da vida, depois de um ano e meio de prisão política, Lula poderia se recolher ao aconchego da família e aos braços do novo amor, jogando tudo para o alto. Mas não o fará porque ele tem a noção exata de que o Brasil está precisando, mais do que nunca, da sua liderança política para mobilizar a população, discutir alternativas para o país e criar as estratégias para minimizar os atuais desmandos.

Como não admirar e amar uma figura como essa? Mesmo com as diferenças políticas existentes, é importante continuarmos cerrando trincheira ao seu lado na luta por uma sociedade mais justa, fraterna, solidária e sem ódio.

Com o povo entrou, com o povo saiu.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Espíritas de Esquerda

Aos poucos vou encontrando minha turma no Brasil. Graças a Deus nem todos os espíritas estão perdidos, e aqui vai um artigo entusiasmante principalmente para os ativistas políticos pela justiça, democracia, liberdade e soberania do Brasil, aqueles que não se deixam dominar facilmente pelas manipulações midiáticas, redes sociais e fake news.

Somos espíritas e de esquerda, graças a Deus! Franklin Félix, 21 de outubro de 2019, com colaboração de Sergio Mauricio Grupo de espíritas progressistas prepara encontro e abre oportunidade para discussões sobre as relações entre espiritismo e política.
“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.” Apocalipse 3:15,16

Na última semana, uma matéria publicada pela revista Veja (que inclusive nos procurou gentilmente para darmos uma entrevista e declinamos do convite) intitulada “Médium de direita, Divaldo Franco ganha o segundo filme”, trouxe à tona, novamente, uma discussão que se acirrou a partir do golpe político-jurídico-midiático que destituiu a presidenta da República Dilma Rousseff: pode o espírita debater sobre questões político-partidárias?
Não só pode, como deve, por que não estamos alheios às questões sociais do País. Mas não podemos confundir, em hipótese alguma, “a reação do oprimido com a violência do opressor”, como afirmou o defensor dos direitos dos afro-americanos, Malcolm X. O problema, para nós, é quando espíritas de alta plumagem, travestidos de uma pseudoimparcialidade que sabemos não existir, utilizam-se de seu prestígio vaidoso para apoiar ideias que não têm absolutamente nada a ver com os princípios defendidos por Kardec e muito menos com os ensinamentos do Cristo. Como repetia Allan Kardec em “Obras póstumas”: “Liberdade, igualdade, fraternidade. Estas três palavras constituem o programa de toda uma ordem social que realizaria o mais absoluto progresso da humanidade, se os princípios que elas exprimem pudessem receber integral aplicação”.

O céu e os quintos dos infernos no abismo brasileiro
Em tempos de polarização, é preciso tomar partido, descer do muro, sair do armário e se posicionar contra todo tipo de intolerância e violência. Seja contra quem for. Para nós, a saída é coletiva, com Cristo, Kardec e pela esquerda! Em meados de 2016, o ano que ficou marcado pelo golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, os grupos espíritas fervilhavam, como o restante do País, com as posições políticas opostas de seus participantes. A convivência fraterna, tão característica desses grupos físicos e virtuais, foi, pouco a pouco, sendo corroída pelos diferentes olhares políticos. E tudo isso se iniciou naquele já histórico junho de 2013, passando pela polarização extremada da campanha das eleições de 2014, pelo difícil ano político e econômico de 2015 e, finalmente, desaguando na mobilização golpista de 2016. Não foi fácil para as relações familiares e sociais resistirem a tantas intempéries de caráter político, e os grupos espíritas também sucumbiram a esse vendaval.

Foi assim, nesse contexto de encontros e desencontros, que em março de 2016 um grupo de amigos espíritas de posições políticas progressistas, incomodados com a falta de liberdade e democracia presente nas suas casas espíritas, resolveu criar um espaço virtual para diálogos e debates sobre política e suas relações com as propostas espíritas. À época, foram criados um grupo de debates no aplicativo WhatsApp e uma página no Facebook, ambos chamados “Espíritas à esquerda”, para expor à comunidade espírita suas reflexões sobre política e espiritismo. O grupo foi crescendo e agregando novos membros. Espíritas de todo o País vinham à página expressar seu contentamento com esse tipo de posição progressista e passaram também a divulgar cada vez mais as análises espíritas e os posicionamentos políticos da página. Ao mesmo tempo que muitos declaravam sua decepção com a posição dos dirigentes espíritas espalhados pelo território nacional, dirigentes que defendiam abertamente posições políticas e sociais que afrontavam as propostas espíritas de amor e fraternidade. Grupos e páginas progressistas como essa se espalharam pelo País e pelo mundo. A campanha eleitoral de 2018 foi um ponto de inflexão definitivo. Ela dividiu o País e, em particular, os espíritas, tornando a relação entre os desiguais quase inviável. De um lado ficaram os espíritas tradicionais, ladeados inclusive por nomes famosos nacionalmente, defendendo a LGBTfobia, o racismo, a pena de morte, a misoginia, a tortura e a necropolítica. Do outro lado ficaram os espíritas progressistas, que propagavam, baseados nos textos kardecistas e nos ensinos de Jesus, a mensagem da justiça social, da aceitação das diferenças e da igualdade de oportunidades.

Durante esses mais de três anos, os espíritas progressistas que foram unindo-se aos grupos virtuais (Espiritismo e Direitos Humanos, ABPE, Abrepaz, entre outros) demandaram continuamente um momento de reflexão conjunta e de encontro físico para estreitar as relações que se formavam. Foi assim que, durante esse ano de 2019, o grupo decidiu construir um momento de encontro fraterno entre esses espíritas progressistas, aproveitando a oportunidade para a necessária discussão acerca das relações entre espiritismo e política. Planejamos e executamos nosso projeto que passou a se chamar “I Encontro Nacional Espíritas à Esquerda”. A primeira e difícil decisão foi escolher a cidade que acolheria tal evento, e decidimos que uma capital nordestina, pela óbvia empatia política com o pensamento progressista, seria o local mais adequado. A primeira capital do Brasil foi então escolhida como a primeira a nos receber, e nela contamos com o importante apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae-BA), que nos cedeu o seu auditório para esse momento. A partir daí, apresentamos nossa proposta a diversos nomes que hoje bem representam o espiritismo progressista no Brasil. E, com a boa receptividade encontrada nessas pessoas, elaboramos uma programação de ótima qualidade para discutir a situação política atual do País à luz do espiritismo.

Mesas Girantes
O evento, que ocorrerá no próximo dia 26 de outubro, iniciará com uma análise da conjuntura política nacional, feita pela reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia, a geóloga Joana Angélica da Luz, e pelo ex-presidente da Petrobras nos governos Lula e Dilma, o economista José Sérgio Gabrielli. Após esse primeiro momento, acontecerão três mesas de debates, chamadas de mesas girantes (em alusão os primeiros estudos de Kardec), que terão como tema capítulos da terceira parte de “O livro dos espíritos” de Allan Kardec, a saber: trabalho, sociedade e igualdade. A mesa sobre trabalho contará com a presença do ex-ministro da saúde do governo Dilma, o médico Arthur Chioro dos Reis, do ex-ministro da Previdência dos governos Lula e Dilma, o contador Carlos Gabas, e do ex-ministro do Trabalho do governo Dilma, o sociólogo Miguel Rossetto. A segunda mesa, que trata sobre a sociedade, trará as falas da socióloga Ana Cláudia Laurindo, do jornalista e professor Luiz Signates e do engenheiro e filósofo Sergio Mauricio. A última mesa, sobre igualdade, terá o psicólogo Franklin Félix, militante dos direitos humanos, e com a médica veterinária e terapeuta Isabel Guimarães, militante feminista.

A partir da experiência adquirida nesse primeiro evento de caráter nacional, em que contamos com a presença de palestrantes de várias cidades e estados, temos a ambição de espalhar essa ideia para outras localidades, organizando novos encontros para aproximação e organização dos espíritas progressistas do Brasil. Esperamos que esse seja o primeiro de muitos outros que se seguirão. Como disse o pastor Martin Luther King no livro “Os grandes líderes”: “Não há nada mais trágico neste mundo do que saber o que é certo e não o fazer. Não posso ficar no meio de todas essas maldades sem tomar uma atitude”. Para saber mais sobre o evento, acesse a página encontro no Facebook. Sergio Mauricio é engenheiro, filósofo e um dos idealizadores do encontro de espíritas à esquerda https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/somos-espiritas-e-de-esquerda-gracas-a-deus/

https://www.facebook.com/espiritasaesquerda/

https://www.abrepaz.org/

https://www.pedagogiaespirita.org.br/

Leia mais:

Cresce o Número de Espíritas Progressistas no Brasil

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Vai Ter Draga Queen Dando Aula de Espiritismo Sim

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Canal de Youtube O Voo de Ícaro

https://www.youtube.com/channel/UC2l8Bj6BxaIylgvQtwMgZZQ

Espírita que Ama Não Arma

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O Enquadramento Político de Deus

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Espíritas Progressistas Manifestam Preocupação com Cenário Político

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Manifesto por um Espiritismo Kardecista Livre

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Kardec, o Camponês que se Tornou o Bom Senso Encarnado

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https://blogabpe.org/2019/02/07/manifesto-por-um-espiritismo-kardecista-livre/

A Reforma da Previdênica Fere os Ensinamentos Espíritas

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Ódio, Fome, Preconceito e a Agenta Anticristã de Jair Bolsonaro

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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Gilipolla Tupiniquim

Uma catástrofe do Brasil para o mundo

Texto de Henrique Mann, publicado no Blog do Abib em 19 de setembro de 2019

O efeito “Bolsonaro” na direita mundial.

Bolsonaro é tão tosco, tão absurdamente caricato, que está derrubando a direita mundial. Infelizmente o Brasil paga o preço deste aprendizado que serve ao mundo. A exposição da estupidez do boçal aos olhos do planeta faz com que o eleitorado de direita de vários países recue e mesmo os líderes da mais extrema direita tentem descolar-se da imagem negativa de Bolsonaro. 


As coisas tornaram-se ainda mais graves com a exposição de Eduardo Bolsonaro em sua tentativa patética de tornar-se Embaixador. Até mesmo Trump recua do apoio inicialmente oferecido. Mas, talvez, o golpe de misericórdia tenha sido mesmo a exposição de Olavo de Carvalho com suas declarações sobre os Beatles. 

Na Europa a maioria das pessoas, em princípio, pensou tratar-se de algum quadro cômico, alguma pegadinha da internet... mas quando foram informados de que aquele sujeito era o “ideólogo” de Bolsonaro e que o charlatão havia indicado Ministros de Estado (incluindo o da Educação), a sátira passou ao desprezo, à incredulidade e, finalmente à revolta, em poucos dias. 


Foi providencial a exposição de Olavo de Carvalho ao mundo. Até então esta personagem nefasta vivia sob as brumas da internet. Ministrava “cursos” e até emitia “diplomas” na área da Filosofia, sem ter habilitação para tal. Ele poderia dizer-se “filósofo”, mas jamais “Professor de Filosofia”... isso é charlatanismo em qualquer pais civilizado. O Ministro da Educação e o das Relações Exteriores do Brasil são distintos portadores de diplomas de Olavismo....


Pode parecer estranho, mas foi justamente isso que fez com que a direita mundial passasse a fugir de Bolsonaro como o “Diabo da Cruz”... para usar um termo correlato...


Líderes da direita mundial apressaram-se a negar qualquer forma de apoio, mesmo que verbal a Bolsonaro. Sebastian Piñera, do Chile, repudiou com veemência as declarações infames de Bolsonaro sobre o assassinato do pai da ex-presidente Michelle Bachellet na ditadura de Pinochet.

 Até Trump mostra-se agora reticente em recebê-lo. O ridículo foi de tal magnitude que um candidato às legislativas de Portugal que imitava Bolsonaro em seu discurso chocante, caiu tanto nas pesquisas de opinião que já nem figura no grupo que têm 1% em sua região (e ele há poucos meses detinha parcela significativa daquele eleitorado). Restou Netaniahu em Israel, que levou uma sova nesta eleição e agora luta apenas para obter alguma votação que permita-lhe escapar da prisão, pois se ele ficar sem mandato será preso imediatamente por corrupção.

Então, infelizmente para o Brasil, temos o Presidente mais detestado do planeta. Até mesmo nos EUA, de quem ele tanto puxa o saco, o The New York Times largou em manchete há poucos dias: “Bolsonaro é o menor e mais mesquinho dos dirigentes políticos do mundo”.


E não estão sozinhos... o jornal L’Espresso da Itália, um país tido como de “direita” estampou em sua manchete: “Bolsonaro e seu Governo são um flagelo para o Brasil”.


O sisudo Die Press da Áustria, país altamente conservador, estampou de forma mais explícita: “ O Brasil elegeu um IDIOTA”.

A imprensa espanhola elegeu Bolsonaro “O Imbecil do Ano”... e lá existe Rei... é um país altamente conservador...

Arte do artista urbano cearense Yuri Sousa, mais conhecido como Bad
Boy Preto, em Jereissati I, Maracanaú, Ceará, apagada em menos de 48
horas
E até o The Economist, da Inglaterra (uma Monarquia Parlamentarista) qualificou Bolsonaro como ‘ A última ameaça da América Latina”.

O que se pode ver por tudo isso é que o “Governo Bolsonaro” já caiu para o mundo todo, só existe ainda para uma parcela do eleitorado brasileiro que vive sob as trevas dos pastores evangélicos e nas bolhas da internet controlada por robôs e empresas especilizadas. O povão, que foi enganado pelo biltre e seus asseclas, já entra em desespero com a perda de seus direitos mais básicos.

Infelizmente os campos políticos que poderiam unificar-se para salvar o Brasil prosseguem digladiando-se amadoristicamente (como sempre), incapazes de suplantar suas diferenças para o bem do país. E agora as portas se abrem para novos direitistas bem menos amadores, escolados na incapacidade histórica que o Brasil tem de resolver-se como Nação. Assim Witzel, Mourão ou Dória e outros do mesmo jaez despontam para ocupar o espaço que o putrefato bolsonarismo deixará e que os outros partidos mostram-se incapazes de ocupar. Até mesmo Luciano Huck poderá facilmente surfar sobre estes escombros se o Brasil não tomar juízo.

Tristes tempos virão para os brasileiros. Quem viver verá!!


https://www.facebook.com/abib.jor/posts/482481122597989?comment_id=483811995798235

* Gilipolla significa “imbecil”, “tonto”, “idiota” em espanhól.