sábado, 31 de dezembro de 2016

Zika das Bananas

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu.
Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito.
Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos.
Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade.
Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração.
Mas, depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão
e conduz ao bem e ao beneficio de todos, aceite-o e viva-o.

Sidarta Gautama (Buda)

Aprenda o ABC do perigo atômico, biológico e químico
Se você pesquisar o Google (sim, eu ainda acredito nele com poucas reservas) por "Zika" vai ver milhares de artigos associando-o à microcefalia e quase nenhum desmentindo e muito menos associando às vacinas, inclusive encontrando desmentidos sobre isso. O mesmo acontece com a AIDS onde dificilmente se encontra textos associando-o a pesquisa de armas bacteriológicas norte-americanas, mas ao contrário, a internet está infestada de associações com a África, evidentemente (que outro lugar do mundo é mais vítima e acusado das mazelas da humanidade?) e seus humanos fazendo bestialidade, transando com macacos, com os vírus pulupando entre as espécies símias.

Dificilmente alguém provará nada contra uma das maiores indústrias corporativas do mundo, a farmacológica, irmã da indústria médica bilionária, passando por cima da mídia mainstream trilionária que controla as mentes ocidentais.

Há quem diga que caridade dando dinheiro para fabricação de
vacinas é bem diferente de caridade para com os africanos
diretamente, sempre carentes de recursos financeiros. E também
há quem diga que o surto de vírus Zika no Brasil foi ligado aos
mosquitos transgênicos desenvolvidos pela empresa de biotecnologia
britânica Oxitec, que é financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates.
Portanto, é melhor mudar de assunto, esquecer estas tentativas de conspirações acima, e zombar do Zika associando-o com outras mazelas da atualidade, as redes sociais. Com o perdão das mães dos bebês microcéfalos cujo pecado foi tomarem vacinas na gravidez, as quais devem sempre se lembrar que nada acontece sem razão, pelas leis de Deus. 

Mas pensando bem, aconteceu no governo de Dilma, então, como é que esta conspiração que visava detonar as Olimpíadas de acontecerem no mundo pela primeira vez na história passou sem o seu conhecimento? Logicamente que estou ironizando pois um governante jamais poderia estar ciente de uma experienciazinha realizada num local ermo do país, por incrível coincidência justo no estado onde nasceu o ex-presidente Lula, porém com poder explosivo de afetar o mundo inteiro.

Puxa, mas que velho ranzinza e mal-amado sou eu que vivo a reclamar da vida e achar que o mundo está vivendo à beira do caos e do Apocalipse, que espécie de "positividade" eu expresso neste blog? Bem, ainda não sou velho, mas estou a caminho, e apesar de parecer do contra, sou uma das pessoas mais otimistas e esperançosas do planeta... da região? Da cidade? Do subúrbio? Da minha casa? Do meu blog? A positividade está em procurar despertar nas pessoas a curiosidade para elas usarem suas mentes com
criatividade.

Seu Popó, o velho divertidamente chato e deliciosamente ranzinza,
personagem do comediante Chico Anysio
Este post não é meu porque ele menciona artigos que eu não saberia escrever, curvemo-nos então a eles pela excelência. Mas você pode ir embora se não gostar dos títulos, eu não ligo... se ligar, dá choque...

Ah, sobre o clichê acima, além de eu adorar clichês, coisa que as pessoas em geral dizem que odeiam, inclusive no exterior, eu gosto de escrever aqui porque fica registrado uma porção de dizeres em Português brasileiro que, de outra forma, um curioso estrangeiro jamais ouviria ou leria em outro lugar. Isso porque tenho dificuldades de aprender os clichês daqui da Austrália justamente porque todo mundo evita, mas então como é que vou ficar sabendo? Assim, só depois de anos de convivência, outra coisa que serve para nos discriminar. "Oi, você nunca ouviu esta frase?" que quer dizer "oi, como você é ignorante".

Aqui, como o brasileiro contraiu outro tipo de acefalia.

Zika Social Coloca a Sanidade Brasileira em Risco

Por HILDEGARD ANGEL, jornalista, ex-atriz, filha da estilista Zuzu Angel e irmã do ex-militante político Stuart Angel Jones, em 10 de Março de 2016

Finalmente o Brasil está de volta à república das
bananas, havia muita gente saudosa
Nesses novos tempos que vive o país, temos sido atacados por doenças de todos os tipos, transmitidas por vetores, que contaminam o corpo humano de várias formas. Dentre elas, a que agora se revela mais assustadora é a Zika Social, cujo vírus é transmitido por um vetor poderoso, que são as mídias.

A Zika Social provoca o atrofiamento do cérebro humano, causando a Microcefalia Social em todas as pessoas que têm contato continuado com o vetor. Aconselhamos, portanto, que não se aproximem do vetor sem a proteção de Repelex ou algum tipo de defesa, pois seu contágio é perigoso.

A Zika Social diminui qualquer tipo de capacidade cerebral, obliterando totalmente o raciocínio, sendo usual a pessoa ser acometida de fúria, às vezes criminosa, e levada a atos de violência.

Devido à amplitude do alcance do vetor, a contaminação da Síndrome da Microcefalia Social pela Zika Social é veloz, atingindo a todos, gerando uma epidemia incontrolável. O vetor penetra em todas as mentes e corações. Seu combate é muito mais difícil do que o do Aedes Aegyptus, já que atinge a sociedade como um todo, provocando o atrofiamento da atividade cerebral da população.

A infestação é de tal forma perigosa, que o indivíduo, quando ainda são, pode repentinamente surpreender-se ao constatar que a pessoa ao seu lado já está contaminada, como se vivesse a situação de um filme de terror cientifico.

Bandidos de toga
Essa contaminação é primeiramente notada pela mudança do semblante, a elevação do tom de voz, o tique repetitivo de frases e de lugares comuns, que podem ser ouvidos continuadamente através do vetor. E todos à sua volta repetem o mesmo discurso. Esta é uma das características evidentes do atrofiamento.

Essa síndrome foi detectada e descrita, não por um cientista infectologista, mas por um artista, por acaso com o mesmo sobrenome de um saudoso grande ministro da Saúde do Brasil, Jamil Haddad. Trata-se do diretor de teatro, Amir Haddad, sempre cioso das questões de saúde pública, já que atua no teatro de rua, sendo uma liderança da arte popular no país e um permanente pesquisador do comportamento humano.

Na tentativa de alertar as autoridades sanitárias sobre esse grave problema, Amir recorre a este blog e pede que recomendemos luvas, máscara e o uso de repelente a todos que tiverem contato com o vetor transmissor.

Consta que, informada, a Organização Mundial da Saúde já manifestara a preocupação com a possibilidade de expansão da Zika Social pela América Latina e os demais continentes.

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/220442/Zika-Social-coloca-a-sanidade-brasileira-em-risco.htm

E como as notícias mais importantes para o público não são transmitidas pela mídia bilionária nacional ou internacional, então ajudo àqueles que persistem em remar contra a corrente a divulgá-las. Como sempre digo, foi por causa disso que Donald Trump foi eleito, o povo americano já não aguentava tanta mentira da mídia, e recorrer à mídia alternativa da internet também não resolvia seus problemas.

O Caso Lula | O Justificando Entrevista Geoffrey Robertson, 22 min:


Publicado em 19 de dezembro de 2016

O Justificando conversou com Geoffrey Robertson, advogado australiano que defende o caso do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva na ONU e já atuou em casos de repercussão mundial, como na defesa do ativista Julian Assange, na acusação contra a Turquia pelo genocídio armênio e contra o tráfico internacional de armas por Israel para o cartel de Medellin, na Colômbia.

O humanista do ano 2014, capa da Australian Humanist, edição 115
Para Robertson, são várias violações de direitos humanos cometidas pelo juiz Sergio Moro no processo de Lula, como o grampeamento de ligação de telefone que foram divulgadas na mídia, além da postura de criar uma expectativa de culpa no ex-presidente.

"Isso é ilegal, esse é um juiz que está fora de controle. Além disso, todos merecem um julgamento imparcial e justo. Moro e todos os procuradores da Operação Lava Jato estão acusando Lula de ser culpado há um ano, eles não estão sendo imparciais", afirma. Para ele, Moro está muito envolvido com o processo investigativo e a grande imprensa condena Lula em suas manchetes, com uniforme de de presidiário, por exemplo.

A parcialidade de Moro se expressa com a permissão destes aspectos ilegais que vêm ocorrendo no processo de investigação de Lula, mas que por outro lado o reforça como um 'grande combatente da corrupção'. "Eu vim para o Brasil e não pude acreditar que esse juiz está nas capas de jornal, parecendo o Eliot Ness, o grande bastião da corrupção. Ele se coloca por aí como um grande inimigo de Lula", diz.

Robertson destaca a necessária distinção entre juiz investigador e juiz que julga a causa, como é feito em várias países do mundo. Ao contrário disso, Moro investiga e julga, portando-se como investigador/promotor e se distanciando da necessária sobriedade para julgar a causa.

Prédio azul da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova
Iorque, obra de Oscar Niemeyer
Outro ponto destacado é a atuação dos procuradores da república, que se valem da mídia para criar uma expectativa de culpa em Lula. Além disso, aceitam prêmios internacionais por processos em andamento, vangloriando da perseguição ao ex-presidente.

Para ele, em razão do fato de Lula ser reconhecido internacionalmente, o mundo espera um julgamento justo. Isso não significa que ele não é corrupto ou que não deva ser investigado, diz o advogado, mas a forma como o julgamento é conduzido pelo juízes e pelos procuradores é fundamental para a imagem do país no estrangeiro.

Na defesa da ONU, o advogado enfatiza que caso haja uma condenação que diga que o processo de Lula violou direitos e foi ilegal, é dever político do país reverter a situação, uma vez que assinou o tratado e o ratificou em processo legislativo nacional.

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Para dar uma ideia de quem é Geoffrey, aqui uma pequena crítica de um de seus livros.

Voando Muito Alto (Dreaming Too Loud)

Por Geoffrey Robertson

Uma coleção incisiva e espirituosa dos melhores escritos de Geoffrey Robertson

Christopher Hitchens descreveu Geoffrey Robertson como "o maior australiano vivo" ea revista satírica Private Eye o chama de "um australiano que teve um transplante de vogal". Pouco antes de examinar a princesa Diana, o London Times reclamou que ele era "anti-establishment, republicano e australiano" - em ordem crescente de horror.

Internacionalmente reconhecido como um dos principais advogados de direitos humanos do mundo e como uma inspiração intelectual para o movimento de justiça global, ele regularmente vai e volta como um boomerang da maior prática das liberdades civis da Europa para a terra de seu nascimento e sua juventude. Assim como suas Hipóteses (livro Hypotheticals) deslumbraram audiências da televisão, assim acontece com os discursos e os ensaios recolhidos neste livro que provocam, perturbam e entretêm.

Aqui você encontrará novos heróis em nossa história, como o professor que parou a atrocidade terrorista planejada de Ned Kelly em Glenrowan e o líder de esquadrão que conduziu os "poucos" ('the few') - os aviadores que mantiveram os japoneses afastados após a queda de Cingapura. Há insights sobre a educação australiana, a história da mãe aborígine injustamente presa, Nancy Young, encontros com Vaclav Havel, Rupert Murdoch, Michael Kirby, John Mortimer e Julian Assange, a transcrição de um anteriormente proibido Hypotheticals, reflexões sobre problemas mundiais como a tortura, terrorismo e a Igreja Católica, e muito mais além. Com sua inteligência, humor e humanidade, a visão expatriada de Robertson (mas não ex-patriota) aponta os verdadeiros vencedores e perdedores na corrida australiana.

Lula fala à TV da Turquia, 24 min:


Em seguida, em outro artigo, Banânia é o novo nome do país dos embanados, de volta à alcunha de república de bananas.

Aqui É a Banânia*, Onde FHC Lidera Golpe e, Hipócrita, Fala em Democracia

Por Davis Sena Filho, editor do blog Palavra Livre, em 24 de Dezembro de 2016

Lá fora e nos países os quais Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal Golpista I — tanto admira e faz questão de visitá-los, sendo que em dois (EUA e França) o ex-presidente tucano da Banânia tem apartamento, mas, ao que parece, não aprendeu nada e coisa alguma sobre como apenas uma dezena de países capitalistas se desenvolveram em relação a mais de uma centena de países capitalistas, que são pobres e com economias desorganizadas e incipientes, apesar de o grão-tucano ser sociólogo, mas que não sabe nada de povo e muito menos conhece as realidades do Brasil.

Se o tucano sabe e compreende, certamente pouco se importa como demonstrou em seus dois terríveis governos cinzentos e perversos, quando o País era coberto por uma escuridão de despropósitos e de desrespeitos, pois tal mandatário, o defensor e porta-voz da alta burguesia, das oligarquias e da plutocracia, governou para os ricos e desmontou o estado nacional, de forma que o Brasil seja um País que atenda às necessidades e às demandas de apenas dez mil famílias, que controlam anualmente o fluxo monetário e orçamentário de R$ 600 bilhões.

Os brasileiros ricos e muito ricos têm no exterior cerca de US$ 500 bilhões, realidade perversa que permite que menos de 1% da população deste País de 207 milhões de brasileiros imponha ilegitimamente seus projetos e programas financeiros e econômicos, que envergonham a condição humana e denotam que a casa grande brasileira não é apenas patologicamente perversa, mas, sobretudo, disposta a pagar o preço que for para que o golpe bananeiro de estado seja concretizado.

Banana até o talo
Consolidá-lo, mesmo se houver uma convulsão social e a desconstrução de um estado que deveria se preocupar também com o social ao invés de se dedicar a apenas transferir criminosamente as riquezas do Brasil, bem como a renda e os recursos dos trabalhadores brasileiros, que estão a ter também seus direitos trabalhistas e previdenciários retirados por golpistas e usurpadores infames, que tomaram o poder central de assalto, como os bandidos assaltam as residências, as pessoas nas ruas, as lojas e os bancos.

O PSDB e seu parceiro de golpe de estado, o PMDB, estão a praticar crimes sem fim, a começar pela Lava Jato, que é, indelevelmente, o alicerce de um processo draconiano e mais político do que jurídico, cujo PSDB é o grande beneficiado, porque somente seu mais poderoso adversário, o PT, tem sido punido e perseguido por delegados, procuradores e juiz que estão a viver em um mundo paralelo, como se fossem astros de suas circunstâncias, sendo que na vida real os tucanos, delatados incontáveis vezes por dezenas de corruptos e não corruptos presos e liberados, ainda não sofreram quaisquer consequências por suas ações e atos criminosos.

Corrupção ativa e passiva, sonegação, lavagem de dinheiro, contas não declaradas no exterior, abuso de poder, tráfico de influência, crimes de responsabilidade, ameaças, extorsão e desvio de dinheiro público, dentre inúmeros crimes praticados pelos tucanos do PSDB, do DEM, do PPS e do PMDB, que se reuniram em um consórcio de direita para desconstruir o incipiente estado de bem-estar social que estava a ser construído pelo PT, apesar de seus erros, reconheço, mas que teve, no poder, muito mais acertos.

Se olharmos para os legados dos dois governos de Lula e para o primeiro de Dilma Rousseff perceberemos, efetivamente, que o Brasil e seu povo avançaram, e muito, em todos os ramos de atividade humana e que a economia do País "bombou", assim como os inúmeros programas de inclusão social, da educação (Enem, Fies, Sisu e ProUni) ao Bolsa Família e ao Mais Médicos, do Luz para Todos ao Pronatec e à agricultura familiar, além do crescimento e desenvolvimento da infraestrutura do Brasil, que fizeram deste País, em pouco tempo, uma democracia vigorosa e uma economia das mais poderosas do mundo, que chegou a ser a sexta.

A recuperação da indústria naval, que estava quase extinta, a construção de submarinos nucleares, a construção de hidrelétricas, a recuperação das rodovias e a transposição do Rio São Francisco são exemplos prontos e acabados de que realizá-los é uma questão de vontade e de respeito ao povo brasileiro, coisa que a direita no poder nunca teve e jamais terá, porque sempre tratou a cidadania do brasileiro como algo irrelevante ou que não vem ao caso.

Lula e Dilma provaram que o Brasil poderia ser independente e seu povo emancipado, mas que somente bastava boa vontade política, coisa que a direita no poder nunca fez e nunca fará, como se vê, agora, com o governo golpista de mi-shell temer e os lacaios que o apoiam. A aristocracia nacional e internacional se assustaram e se surpreenderam, porque perceberam que iriam perder o "fazendão" exportador de commodities e com milhões de trabalhadores como mão de obra barata e a seu serviço. Por isso que as "reformas" de *temer/PSDB visam a precarização do trabalho e a tomada do dinheiro dos trabalhadores, no que concerne às aposentadorias.

Fernando Henrique Cardoso, como todos os membros do consórcio de direita que derrubou a presidente legítima e constitucional, Dilma Rousseff, perceberam esse processo desenvolvimentista e de garantia de direitos e de acesso ao consumo, à educação e à saúde, bem como o Brasil se descolou dos Estados Unidos diplomaticamente, o que gerou controvérsias, polêmicas, maledicências e ódios. Muito ódio e intolerância, diga-se de passagem, por parte da burguesia e dos magnatas bilionários de imprensa e seus pitboys amestrados de telejornais.

É como se esses abutres golpistas dissessem: "Olha o Brasil do terceiro mundo querendo pôr a cabeça pra fora! Ah, não vai mesmo! Abusado! Não sabe o seu lugar!" E deu no que deu. FHC — o Neoliberal Golpista I — liderou os bastidores do golpe cucaracha, sem-vergonha, bananeiro e traiçoeiro. Como Calabar, Silvério dos Reis, Cabo Anselmo e *mi-shell temer, Fernando Henrique arregaçou as mangas e foi organizar o golpe, a ter seu alter ego, Aécio Neves, a fazer o jogo sujo em público, quando se recusou, como fazem os bárbaros e selvagens do terceiro mundo e de todos os mundos, a aceitar o resultado das eleições — a sua derrota.

Os tucanos e seus sócios do golpe bananeiro ficaram indignados, inconformados e, violentos tais quais as castas ricas que representam, partiram para o enfrentamento até que o governo legítimo, democrático e trabalhista de Dilma Rousseff ficasse engessado, sem conseguir governar, pois sua administração foi inviabilizada pelas ações espúrias e dignas de cafajestes do Congresso, do Judiciário e da imprensa de mercado, que, juntamente com o PSDB (DEM e PPS), formam o consórcio de direita, entreguista, contra os interesses dos trabalhadores e dos pobres, mas favorável ao capital, ao rentismo, à especulação e ao estado patrimonialista, de onde a burguesia brasileira suga as riquezas para se locupletar como paxás e nababos.

E é isto que os conservadores endinheirados e seus representantes são. Nunca tenha dúvida, como também não é de bom alvitre ter dúvida de que a família Marinho et caterva estão cagando e andando para o Brasil e seu povo. Se o PT e suas lideranças tivessem ouvido mais os profissionais da imprensa progressista, que romperam com o sistema de comunicação empresarial controlado por dez famílias em todo o País, certamente que o Brasil hoje teria efetivado o marco regulatório das mídias, como acontece nos países desenvolvidos que tanto a mídia tupiniquim admira e adora. Não é isto?

Porém, o PT, o partido mais importante e mais democrático da história do Brasil, negligenciou assunto e questão tão importantes ao ponto de se omitir. Um erro gravíssimo e que custou caríssimo para o povo brasileiro, que está à mercê do tacão da grande imprensa de negócios privados, que não faz jornalismo, pois não informa, porém desinforma.

E por quê? Porque a imprensa é empresarial e seus donos são magnatas bilionários, que como tais são completamente e totalmente divorciados dos interesses do Brasil e de seu povo, pois porta-vozes do mercado de capitais e de interesses estratégicos estrangeiros, inclusive os militares. A plutocracia brasileira trata o povo do Brasil como inimigo interno se seus interesses não forem concretizados. Esta questão importante tem de ser compreendida pela sociedade brasileira. Do contrário, não se conseguirá derrotar a burguesia em eleições ou não. Ponto.

A imprensa burguesa brasileira editorialmente é um lixo e a promotora do verdadeiro, legítimo, autêntico e genuíno jornalismo de esgoto, além de ser também a última flor do fáscio, porque o que essa gente fez nos meios de comunicação privados de concessões públicas nos últimos 13 anos é digno de canalhas e fascistas de toda ordem e monta. Suas ações golpistas são e serão inesquecíveis para a história do Brasil e seus lugares de gente traidora, covarde e ordinária estão, seguramente, reservados.

FHC é um dos principais patronos do golpe cucaracha, mas violento. Tal sujeito tem de ser duramente combatido, até porque ele, por conveniência, aderiu à casa grande. FHC foi cooptado pelo sistema há muito tempo, bem antes de ser presidente da República. Quando deixou o Senado para logo concorrer à Presidência, o tucano anunciou que a "Era Vargas" tinha acabado. O político de direita, na verdade, estava a afirmar que ia desmontar o estado nacional e retrocedê-lo à República Velha controlada por paulistas e mineiros. A Primeira República dos derrotados em 1932 pelo grande presidente gaúcho e estadista, Getúlio Vargas, que, para o desassossego maior ainda da burguesia, era também trabalhista.

No Brasil, combate-se trabalhistas quando eles chegam ao poder central ou em estados importantes. No Brasil, derruba-se presidentes trabalhistas por meio de golpes criminosos. Neste País os trabalhistas são combatidos por gente da estirpe de FHC — o Neoliberal Golpista I —, aquele mandatário tucano que foi ao FMI três vezes, de joelhos, humilhado e com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes, além de deixá-lo às escuras por um ano e meio. Apagão...

Os tucanos e a mídia corrupta e golpista que os apoia ainda se consideram "competentes", igual ao governo do fantoche mi-shell temer, que afundou o País e experimenta fracassos retumbantes na economia e em popularidade, que praticamente inexiste. *temer é o golpista e usurpador mais detestado de todos os tempos. Estão aí as pesquisas que não deixam ninguém mentir.

O Amigo da Onça — vulgo mi-shell termer — só tem sete meses no poder, que ele tomou de assalto... Se a infâmia tivesse rosto, certamente seu rosto seria o de *mi-shell temer. Esse sujeito ordinário traiu a presidente honrada e honesta com a qual ele formou a chapa vitoriosa. Trata-se de algo inominável e falta de hombridade a toda prova. Traiu o povo brasileiro, pois os 54,5 milhões de eleitores de Dilma foram traídos por esse pigmeu político e moral, sendo que até agora o golpista não foi preso, pois só na Odebrecht foi citado 43 vezes. Nunca vi traidor maior, a não ser o FHC, que chama o mi-shell de Pinguela. Ih, vejam só: o golpista sofreu bullying do golpista-tucano-mor.

Desculpe, o estilo de vida que você encomendou está em falta
E como "adocicar" ou "embelezar o pato" de direita da Fiesp, pois ocorreram infâmias e cafajestadas mil? Conte com a Globo, uma empresa indigna, pois golpista histórica, a vender mentiras requentadas para tentar enganar o povo e os trabalhadores, como acontece, agora, com as farsas da reforma da Previdência, da CLT, da PEC 55, que, absurdamente, limita os investimentos em saúde e educação por 20 anos, assim como a venda da Petrobras e do Pré-Sal, que era destinado a melhorar e qualificar a saúde e a educação públicas desse povo tão sofrido. A casa grande escravagista é inimiga feroz do desenvolvimento e da independência do Brasil.

O negócio é o seguinte: o que acontece no Brasil é a segunda parte de sua venda, pois não foi possível privatizar o País como se fosse um produto à venda das Casas Bahia, no primeiro governo de FHC. Não deu tempo. O Partido dos Trabalhadores venceu quatro eleições consecutivas e sofreu um golpe de estado no ano de 2016. FHC está por detrás do golpe e seu alter ego, o Aécio Neves, também.

Tanto é verdade que FHC se aliou a Aécio para que ele assuma mais uma vez a presidência do PSDB nacional, uma forma hipotética de protegê-lo das denúncias que pipocam contra ele na Lava Jato, mas que o juiz Sérgio Moro, do PSDB do Paraná, as negligencia, bem como uma maneira de dar-lhe voz, apesar de o mineiro ser senador, além de estrategicamente ser colocado em um cargo que o faz ser forte adversário contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin — o Santo —, conforme a delação de executivos da Odebrecht. FHC quer Aécio a concorrer nas eleições de 2018 e não Alckmin. Eles são playboys; são iguais e disputam a hegemonia do maior partido de direita deste País: o PSDB — a UDN golpista dos tempos atuais.

A outra verdade é que mi-shell e os tucanos são blindados, inescrupulosamente, pelo Judiciário, a ter o STF como o avalista dessa porcaria toda, que é o golpe de estado terceiro-mundista, que tira direitos do povo brasileiro e vende o País como se o Brasil fosse a Casa da Mãe Joana, como faziam a gringada, malandra e esperta, em Cuba, Índia e China, por exemplo, com a aquiescência e a cumplicidade de suas castas hegemônicas, como acontece, agora, na Banânia, conhecida também como Brasil.

Ninguém respeita este País. Ninguém. Como aconteceu em Honduras e Paraguai, aconteceu o mesmo golpe no Brasil, sendo que em Honduras teve a participação direta dos militares, a apoiar os empresários sediciosos. Este é o País cujas "elites" se comportam como "los macaquitos" ou "cucarachas de Miami e Orlando". Muitas dessas pessoas pecam por falta de discernimento, porque portadoras de um incomensurável, inenarrável e inominável complexo de vira-latas, a exemplo de Deltan Dallagnol, que, de forma surreal, inverteu a realidade ao tratar do "complexo". Ridículo.

Trata-se da alma do inquilinato da casa grande, que é apoiada por coxinhas de classe média com espírito de porco, ignorância no cérebro e perversidade no coração. Sinto muito. Este País está fadado a ser uma colônia territorial habitada por muita gente colonizada e que considera bom apoiar um golpe criminoso, pois ilegítimo, contra seus próprios interesses, como ocorre no Brasil. Trata-se da burrice em toda sua amplitude e a ignorância em toda sua verdade.

Fernando Henrique Cardoso é o maior responsável, no âmbito político, juntamente com Aécio Neves, pelo golpe de estado criminoso acontecido em sua terra — a Banânia —, o atual nome do País do tucano privatista. Imprudente e insensato, FHC disse à Veja que "de toda maneira fortalecemos as instituições democráticas. Há trinta anos, diante do desmantelamento socioeconômico e político em que nos encontramos, estaríamos balbuciando o nome de generais que "poriam ordem nas coisas"; hoje, não os conhecemos e, em compensação, sabemos de cor o nome de ministros do Supremo Tribunal Federal e o de alguns juízes mais ativos de outras cortes. Um tremendo passo adiante".

Ah, que legal! Muito bacana! Sai a gandola e entre a toga. Parabéns, FHC! Nossa... Quanta sociologia de "quinto mundo". Um gênio tal senhor octagenário. A Veja e seus leitores coxinhas realmente merecem. Sua fala é um absurdo, de uma inconsequência ímpar e confirma que o PSDB e suas principais lideranças sabem e compreendem que derrubaram uma presidente constitucional e legítima. Se a Justiça e o MPF fossem sérios e, para serem sérios, obrigatoriamente têm de ser isentos, justos e imparciais, o golpe dos protagonistas PSDB/PMDB jamais aconteceria, porque o STF, se não fosse cúmplice e ator do golpismo, não permitiria que o ex-deputado preso, Eduardo Cunha, desse o pontapé inicial para a efetivação do golpe. Aliás, por que o Cunha sumiu das manchetes dos jornalões?

Porém, vou ressaltar e relembrar: 499 intelectuais o impediram, por intermédio de protestos, de o tucano golpista participar de debate acadêmico em Nova York, por causa de sua participação no golpe que levou Dilma Rousseff a ser injustamente e criminosamente deposta. FHC foi barrado e perdeu a moral. Agora ele vai ser intelectual para "suas negas", ou seja, a imprensa tupiniquim de terceiro mundo e os coxinhas fascistóides de bairros de classe média.

Nem todo mundo no Brasil vive na favela
A tragédia do golpismo desmoralizou o Brasil em apenas seis meses, em âmbito planetário. Admirado, o País gigante da América Latina sucumbiu à própria tragédia arquitetada e evidenciada por suas "elites" antropofágicas, que odeiam o Brasil e desprezam o povo brasileiro. O ódio dessa gente é uma questão de patologia (psiquiátrica) e de análises profundas por parte de sociólogos e historiadores sérios.

Fernando Henrique Cardoso vai "morrer" abraçado ao Pinguela — vulgo mi-shell temer. Aqui é a Banânia, onde FHC lidera um golpe de estado travestido de legal e legítimo. A valer-se da hipocrisia, o tucano fala em fortalecimento da democracia e das instituições. O ex-presidente se comporta assim, porque sabe como é que é, né? Todo mundo é idiota... Só que não. O grão-tucano mandou há muito tempo a sociologia e a democracia para o espaço e entrou, definitivamente, na lixeira da história do Brasil. É isso aí.

http://www.brasil247.com/pt/colunistas/davissena/272112/Aqui-é-a-Banânia-onde-FHC-lidera-golpe-e-hipócrita-fala-em-democracia.htm

https://davissenafilho.blogspot.com.au/2016/12/aqui-e-banania-onde-fhc-lidera-golpe-e.html

Banânia: República das bananas é um termo pejorativo para um país, normalmente latino-americano, politicamente instável, submisso a um país rico e frequentemente com um governador corrompido e opressor. 

Sua economia é em grande parte dependente da exportação de um único produto limitado de recursos, tais como bananas. 

Normalmente tem classes sociais estratificadas, incluindo uma grande e empobrecida classe trabalhadora e uma plutocracia que compreende as elites de negócios, política e militares, embora o nível de desigualdade social fosse relativo em comparação com alguns países de primeiro mundo da atualidade.

Esta oligarquia político-econômica controla as produções do setor primário e, assim, explora a economia do o país. 

O termo foi cunhado por O. Henry, um humorista e cronista estadunidense. Originalmente, o termo referia-se a Honduras e foi apresentado no livro de contos curtos Cabbages and Kings, de 1904, ambientados na América Central. República, nessa época, era também um eufemismo de ditadura. 

O termo fortaleceu-se devido à forte presença das empresas estadunidenses United Fruit Company e Standard Fruit, que dominavam a produção de frutas como bananas e abacaxis nos países do Caribe. Na época, a exportação de frutas era a grande fonte de riqueza destes países. Assim, as companhias tinham grande poder sobre a economia local destes países, e quando não respondiam a seus interesses, utilizavam-se da força para garanti-los. Exemplo disso foi quando, em 1910, um barco partiu de Nova Orleans rumo a Honduras com o objectivo de instalar um novo presidente pela força, pois o governo daquele país não cortara nos impostos em favor da companhia. O novo presidente empossado permitiu que a empresa ficasse livre de pagar impostos durante 25 anos.

O conceito também foi explorado pelo cineasta Woody Allen no filme Bananas, de 1971, que se passa na fictícia San Marcos.

https://pt.wikipedia.org/wiki/República_das_Bananas

Os Imbilionários

Outros artigos mentirosos que só são divulgados na mídia que não é bilionária por esta razão, por ela ser pobre mesmo (reparem na ironia, senhores). Dezenas de outras notícias que você não verá em imprensa alguma, só na alternativa:

O Sorriso do Banguelo:

http://www.brasil247.com/pt/colunistas/leleteles/272248/O-sorriso-do-banguelo.htm

Quem Trump Escolheu para Diretor de Orçamento Não Está Seguro de que o Governo Deve Financiar a Pesquisa Científica (em Inglês, pro mode que ele num tá certo, ôme?):

http://www.motherjones.com/politics/2016/12/trumps-pick-budget-director-isnt-sure-government-should-fund-scientific-research 

Filho de Diarista e Vendedor É Aprovado em Yale:

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/272235/Filho-de-diarista-e-vendedor-é-aprovado-em-Yale.htm

Os Dois Assassinos do Metrô Serão Presos, Quem os Levou a Isso Não:

http://www.tijolaco.com.br/blog/os-dois-assassinos-do-metro-serao-presos-quem-os-levou-isso-nao/

Morte de aluno gay, negro e cotista na UFRJ é investigada como assassinato por homofobia. As conquistas das minorias estão incomodando? A Universidade Como Palco do Ódio:

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-universidade-como-palco-do-odio

Quando as Crianças Adotam o Discurso de Ódio:

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/quando-criancas-adotam-o-discurso-de-odio

Não Pode Haver Previsão para 2017 Ignorando Trump:

http://www.tijolaco.com.br/blog/nao-pode-haver-previsao-para-2017-ignorando-trump/

Quem Acha que Só Odebrecht É Escândalo Mundial Olhe nas Multas dos Bancos pela Crise de 2008:

http://www.tijolaco.com.br/blog/quem-acha-que-so-odebrecht-e-escandalo-mundial-olhe-as-multas-dos-bancos-pela-crise-de-2008/

Em 1 Minuto Câmara Acerta 130 Bi Reais de Pedaladas de Temer:

http://www.tijolaco.com.br/blog/em-1-minuto-camara-acerta-r-130-bi-de-pedaladas-de-temer/

Internet é a plataforma preferencial para 91% dos brasileiros. Só 1 em cada 5 brasileiros pagam por conteúdo on-line. A televisão ainda tem a audiência de 79% dos brasileiros, mas o consumo de notícias pelas mídias sociais tem aumentado. Segundo pesquisa do Instituto Reuters, da universidade de Oxford, 91% dos brasileiros disseram usar a internet para se informar. 72% dos Brasileiros Lêem Notícias nas Mídias Sociais:

http://www.poder360.com.br/midia/72-dos-brasileiros-leem-noticias-nas-midias-sociais/ 

Por Que o Furo do Ano Virou Uma Notinha Minúscula:

http://www.tijolaco.com.br/blog/por-que-o-furo-do-ano-virou-uma-notinha-minuscula/

Uma História Anti Natal da Maldade Humana:

http://www.tijolaco.com.br/blog/uma-historia-anti-natal-da-maldade-humana/

Imperdível Advogado de Lula na ONU Diz que Moro Está Descontrolado:

http://www.tijolaco.com.br/blog/imperdivel-advogado-de-lula-na-onu-diz-que-moro-esta-descontrolado/

Quem Vai Pagar Pela Destruição da Vida de Mateus, Preso na Lava Jato e Absolvido por Falta de Provas, por Kiko Nogueira:

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/quem-vai-pagar-pela-destruicao-da-vida-de-mateus-preso-na-lava-jato-e-absolvido-por-falta-de-provas-por-kiko-nogueira/

Flagrante Forjado, Abandono do Caso e Barraco na Justiça, o Fim Melancólico da Primeira Denúncia contra Lula:

http://www.ocafezinho.com/2016/12/26/flagrante-forjado-abandono-do-caso-e-barraco-na-justica-o-fim-melancolico-da-1-denuncia-contra-lula/#sthash.eVNe7B0N.dpbs

O Caviar Indigesto do Colunismo Social:

http://www.cartacapital.com.br/revista/929/o-caviar-indigesto-do-colunismo-social

O Olhar da Imprensa Internacional Sobre o Impeachment no Brasil:
http://www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/o-olhar-da-imprensa-internacional-sobre-o-impeachment-no-brasil

Imprensa Europeia Vê Insurreição de Hipócritas no Impeachment:
http://www.cartacapital.com.br/internacional/imprensa-europeia-ve-insurreicao-de-hipocritas-no-impeachment
Putin É o Cara de 2016:

http://www.brasil247.com/pt/blog/alex_solnik/272924/Putin-é-o-cara-de-2016.htm

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Não Desisto de Você

Como continuação do post anterior sobre o amor canino, Rick Astley cantou esta música a seguir no programa norte-americano The Talk recentemente, comandado por algumas mulheres que incluem Sharon Osbourne, esposa sobrevivente de câncer do cavernoso cantor de rock Ozzy Osborne da terrível banda heavy metal Black Sabbath dos anos 70 e 80, uma mini-mulher extremamente inteligente, afiada e sagaz.

Sharon e Ozzy Osbourne
A letra promete amor eterno, algo que só se consegue através do caráter, da decência, da honestidade e sinceridade, algo muito difícil de se encontrar em alguém, tanta dedicação, lealdade e comprometimento, que é o que mantém os casais casados durante toda a vida. Ozzy e Sharon estão casados a 35 anos atravessando paus, pedras, drogas, demônios, brigas e dramas.

Se você não sabe o que é nada disso, compre ou adote um cão. Você vai aprender a cuidar de um ser e conhecerá o que é o amor de verdade e incondicional.

Never Gonna Give You Up (Nunca desistirei de você)

Rick Astley, 50 anos

Não somos estranhos ao amor
Você sabe das regras e eu também sei
Um compromisso total é o que estou pretendendo
Você não iria conseguir isso de qualquer outro cara

O jovem Rick Astley no auge acredita no amor e
no espírito com sua recente gravação de Angels
Quero te dizer como estou me sentindo
Tenho que fazer você me entender

Nunca vou desistir de você, nunca vou deixar de lhe apoiar
Nunca vou desaparecer ou desertar de você
Nunca vou te fazer chorar, nunca vou te dizer adeus
Nunca vou mentir e muito menos te magoar

Nos conhecemos há tanto tempo
Seu coração estava sofrendo, mas você era muito tímida para admitir
Dentro de nós dois sabíamos o que estava acontecendo
Sabemos como é o jogo e então vamos enfrentá-lo

E se você ainda me perguntar como estou me sentindo
Não venha me dizer que é tão cega que não consegue enxergar

Nunca vou desistir de você, nunca vou deixar de lhe apoiar
Nunca vou desaparecer ou desertar de você
Nunca vou te fazer chorar, nunca vou te dizer adeus
Nunca vou mentir e muito menos te magoar

Por Mike Stock, Matt Aitken, Peter Waterman, Copyright © Sony/ATV Music Publishing LLC, Universal Music Publishing Group

Rick Astley, 50 anos - Never Gonna Give You Up - Live on The Talk 2016:


Esta música gerou um fenômeno mundial conhecido na internet como rickrolling, uma moda inventada por espíritos zombeteiros que desviavam os links de sua música para os mais variados web sites bizarros e controvertidos. Rick foi pego por acaso, o que não chegou a prejudicar-lhe, mas tornou sua música antipatizada por boa parte das pessoas, o que não é o meu caso, me poupem.

Rickrolling em Português:


Em Inglês:


A entrevista foi em homenagem a Rick, hoje com 50 anos, e ele aproveitou para divulgar seu novo CD com a música seguinte.

Angels on My Side (Anjos do meu lado)

Anjo da guarda
Às vezes não quero acordar
Quero permanecer dentro dos meus sonhos
Às vezes sinto que estou definhando
Você sabe como é sentir-se assim?

A esperança é para o esperançoso
É um sonho que nunca morre
A segurança é para os fiéis
Eu vejo isso nos seus olhos

E tenho anjos do meu lado
Tenho anjos que voam alto
E tudo vai ficar bem
Porque eu tenho anjos do meu lado

Preciso das pessoas que realmente amo
Para me proporcionarem apenas a verdade
Não me engane, eu não aguento mais
Meu coração está perto de quebrar-se
Isso me lembra da minha juventude

Você consegue enxergar?

Written by Judy Collins, Copyright © Universal Music Publishing Group


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Vida de Cachorro

Como tenho cachorro e tive desde pequeno, confirmo os benefícios deste artigo de Gleen Greenwald no The Intercept - Brasil. Veja como este rapaz é sensível, e tenha uma noção sobre seus valores humanos expostos neste artigo, da grandiosidade de sua personalidade e sua consequente elevação espiritual, que ele resolveu dedicar ao Brasil, um estrangeiro com muito mais valor do que muitos brasileiros juntos. Tive que reproduzir o artigo inteiro aqui, tal é sua importância humana, ilustrada por fotos desta página, Fotos de moradores de rua com os seus cachorros comprovam a lealdade dos animais:

Não há barreiras para o companheirismo dos cães. Eles não ligam para o saldo bancário, carros de luxo, mansões… A missão deles é estar ao nosso lado, independente da situação que estamos vivendo. Um exemplo disso é a quantidade de cães que acompanham moradores de rua, servindo de companhia para quem não tem um lar.

Uma lista aberta no Bored Panda traz imagens tocantes de sem-tetos com seus cães, provando que o amor dos animais é incondicional. Cada imagem representa uma história incrível.



Por Glenn Greenwald 27 de Dezembro de 2016, 21h00, leia em Inglês clicando aqui ⟶

Este artigo, que acompanha o filme Birdie (“Passarinho”), de Heloísa Passos, para o projeto Field of Vision, integra uma série de duas partes. A segunda parte acompanha o filme Karollyne.

ASSIM COMO ACONTECE em diversas cidades do mundo ocidental, existem atualmente milhares de moradores de rua no Rio de Janeiro. Essa população inclui famílias, crianças, jovens, idosos, mulheres e homens solitários. Muitos deles são moradores de rua há anos, sem perspectiva de sair dessa situação, especialmente agora que o país enfrenta uma crise econômica deteriorante acompanhada de rigorosas medidas de austeridade. Os moradores de rua estão presentes em abundância em grande parte dos bairros, incluindo locais de classe alta frequentados por turistas.

Em muitos aspectos, a condição dos moradores de rua do Rio é praticamente idêntica à dos sem-teto de outras grandes cidades: ela representa uma carência material e emocional inimaginável, falta de esperança, invisibilidade social e isolamento absoluto. Mas existe um aspecto em que a população de moradores de rua do Rio se destaca das demais: grande parte dessas pessoas convive com cachorros que também vivem nas ruas.

Muitos vivem nas ruas com seus cachorros há anos. Esses animais são cuidados com a mesma dedicação que uma família normal de classe média dispensa aos seus animais de estimação, ou, muitas vezes, até maior. A profunda relação formada entre essas pessoas e seus cachorros é diferente de qualquer outra e, por isso, extremamente reveladora.

Assista a Birdie (“Passarinho), um filme sobre moradores de rua do Rio de Janeiro e seus cachorros, de Heloísa Passos.

Existem diversas formas de convívio entre moradores de rua e seus cachorros. Anderson Bernardes Carneiro (“Passarinho”), o protagonista do filme da Field of Vision (clique em play no reprodutor acima para assistir, e clique aqui para ver uma entrevista com a diretora), é um vendedor de frutas de 35 anos do estado do Amazonas que passou 12 anos na prisão e agora vive uma vida solitária nas ruas do Rio com seus dois cachorros. Karollyne, a protagonista do outro filme do FOV desta semana, é uma mulher trans que tem o papel de matriarca de um acampamento de mendigos na floresta que, coletivamente, toma conta de 19 cachorros e quatro gatos, quase todos abandonados por pessoas que decidiram que não queriam mais esses animais e os deixaram no meio da floresta, sem alimentos.

O sem-teto carioca chamado Passarinho do filme de Heloísa Passos,
personificado pelo ator Anderson Bernardes Carneiro
Alguns desses moradores de rua são casais que cuidam de seus cachorros como se fossem filhos. Outros são protegidos pelos cachorros quando dormem em áreas perigosas, e ainda há casos de quem trabalha com o cachorro para pedir esmola ou realizar pequenos espetáculos em troca de dinheiro. Mas, em todos os casos, a brutalidade da situação dos desabrigados se une à forma especial com que cachorros se relacionam com humanos para criar uma conexão emocional e psicológica surpreendente, que muitas vezes salva a vida de ambos.

É evidente que o Rio não é a única cidade do mundo onde moradores de rua cuidam de cachorros abandonados. Leslie Irvine é uma professora de sociologia da Universidade do Colorado que dedicou grande parte do seu percurso acadêmico ao estudo dessa relação especial, incluindo o motivo pelo qual vários habitantes de rua dizem que ter um cachorro “mudou ou salvou suas vidas”. O livro recém-lançado que escreveu sobre o assunto, My Dog Always Eats First: Homeless People and Their Animals (“Meu cachorro sempre come primeiro: moradores de rua e seus animais”, sem tradução no Brasil), documenta como os “moradores de rua demonstram níveis de afeto perante seus animais que por vezes superam aqueles encontrados entre pessoas com domicílio”.

A invisibilidade dos pobres nos matos sem cachorros das ruas
Há uma organização sem fins lucrativos nos EUA “totalmente dedicada a alimentar e fornecer tratamento veterinário de emergência aos animais de estimação dos moradores de rua”, e estima-se que pelo menos de 5 a 10% da população dos sem-teto dos EUA conviva com animais. Em algumas áreas, este número chega a 25%. Ocasionalmente, são divulgados relatórios nas mídias norte-americanas destacando a quantidade de moradores de rua que insistem que “seus companheiros animais são seus melhores amigos, o oxigênio que traz sentido às suas vidas”.

Mas há muito mais a aprender com essa situação. Examinar a forma como os moradores de rua se relacionam com seus cachorros é entender, como diz Irvine, “as relações únicas que são formadas com animais e as histórias únicas dos indivíduos que formam essas relações”.

Assista ao trailer de Karollyne, um filme de Heloísa Passos.

Ironia da vida, animais de estimação merecem mais atenção
das pessoas nas ruas do que seus donos
Ao entrarmos de cabeça neste fenômeno, aprendemos mais sobre a capacidade de empatia e sacrifício pessoal do ser humano, mesmo nas situações de mais extremo sofrimento.

Esse assunto também nos permite compreender melhor a busca universal do ser humano por amor, companheirismo e integração social; a natureza perniciosamente falsa de estereótipos que aceitamos implicitamente sobre moradores de rua; e a capacidade especial dos cachorros de penetrar, integrar e preencher exatamente os campos emocionais e psicológicos que os humanos protegem com mais vigilância.

Para que possamos estar abertos a essas conclusões, precisamos nos livrar de diversos preconceitos. Irvine relembra o cinismo, e até mesmo o ódio, que sentiu após sua primeira interação com um morador de rua e seu cachorro. Preocupada com a exposição do cachorro ao calor intenso do Colorado e presumindo que o animal não teria comida ou água suficiente para sobreviver, Irvine primeiro tentou “salvar” o cachorro oferecendo dinheiro ao morador de rua para comprá-lo. Quando ele recusou furiosamente o seu dinheiro, ela entrou em contato com o Centro de Controle de Zoonoses para que eles pudessem “resgatar” o animal, mas logo descobriu que, uma vez que o cachorro não estava sendo vítima de maus tratos, não havia nada que eles pudessem fazer.

Charles Chaplin também imortalizou o companheiro do infortúnio no
filme Vida de Cachorro, de 1918
Foi só mais tarde, após ter começado a estudar esse relacionamento, que Irvine descobriu que os cachorros são mais importantes para os moradores de rua do que para quem tem um domicílio e, por isso, recebem melhores cuidados. Essa devoção é tão intensa que muitos moradores de rua se recusam a solicitar alojamento em abrigos se a instituição não permitir a entrada do cachorro. Eles preferem dormir nas ruas com seu cachorro do que em uma cama sem ele.

Para os cachorros, viver nas ruas com um companheiro humano dedicado por vezes implica pouca ou nenhuma carência. Casas são uma invenção humana, e não canina. “É evidente que os cachorros precisam de alimentos, cuidados médicos e proteção contra intempéries”, disse Irvine, “mas eles não precisam de uma casa. O que eles mais precisam é do companheirismo humano, e isso é algo que recebem mais frequentemente de moradores de rua do que de quem vive em uma casa”.

Passarinho insiste que os cachorros que vivem nas ruas com um companheiro humano são “mais felizes” do que aqueles forçados a viver dentro de uma casa. “O cachorro nas ruas fica mais à vontade, mais ágil, mais ousado”, diz ele. “Ele brinca e se arrisca mais”.

Sem-teto é gente e sabe amar
Quando, há muitos anos, eu comecei a reparar na quantidade de moradores de rua do Rio que tinham cachorros, minha primeira reação também foi marcada pelo cinismo. Eu presumi implicitamente que se tratava de um artifício para extrair mais simpatia e, consequentemente, mais esmolas dos amantes de animais. Essa terrível suposição se dissipou rapidamente quando comecei a conversar com esses moradores e observar aqueles que, sem reparar que alguém estava olhando, alimentavam seus cachorros com as mãos, lhes davam remédios, brincavam com eles alegremente, os beijavam ou eram beijados por eles ou dormiam abraçados com os seus parceiros caninos.

Os humanos apreciam mais aquilo que para eles é importante e, para aqueles que vivem nas ruas sem nada ou ninguém, sua devoção principal é seu cachorro. E essa devoção é retribuída pelo cachorro, que também não tem nada.

O que primeiramente criou meu interesse por essa relação foram as reações às minhas primeiras ofertas de ajuda.

Separar-se permanentemente do seu cachorro é o pesadelo de qualquer amante desses animais. Como resultado, eu normalmente me voluntariaria para comprar uma coleira. As reações eram quase universais: “Eu não preciso disso. O cachorro me segue para onde quer que eu vá. Quase nunca nos separamos. E, quando temos que nos separar, ela espera por mim até o meu retorno”. A conexão entre cachorro e ser humano no universo dos moradores de rua é marcada por uma unidade total, resultando em um vínculo físico e mental tão confiável quanto uma coleira.

Homens sabem amar
Em vez de um pedaço de corda desnecessário, eles normalmente pedem alimentos ou remédios de que o cachorro pode precisar. Nos casos que eu observei, não houve um único morador de rua que tenha tentado converter uma oferta para comprar algo para o cachorro em algo que beneficiasse a si próprio: os pedidos eram feitos separadamente. Em pouco tempo ficou claro que o bem-estar do cachorro é a maior prioridade e a preocupação mais urgente dos sem-teto. Em outras palavras, aqueles com mais necessidades pessoais são simultaneamente motivados por níveis incalculáveis de autossacrifício por outro ser vivo.

É comum ver moradores de rua pegando pratos de comida doados por alguém e, mesmo sofrendo de fome, dividindo-os instantaneamente em duas partes e dando uma delas para o seu cachorro (vem daí o nome do livro de Irvine: “Meu Cachorro Sempre Come Primeiro”). Também é comum ver um sem-teto com vestes imundas sentado perto de um cachorro bem tratado. Muitos cachorros ficam acordados enquanto o dono dorme para protegê-lo de ladrões e outras ameaças, um benefício valiosos em muitas áreas do Rio. A pessoa sem-teto e o cachorro sem-teto encontram-se e compartilham um vínculo de privação e autossacrifício mútuos, atendendo a necessidades que, em circunstâncias diferentes, seriam completamente negligenciadas. Os cuidados não são só oferecidos de uma parte para a outra; trata-se de uma relação recíproca.

Amigos na riqueza, na pobreza, na doença e na morte
Quando falam a respeito de seu relacionamento com seus cachorros, os moradores de rua demonstram ter plena consciência do seu valor. Vários deles, senão mesmo a maioria, identificam como a pior parte da sua condição o isolamento e a invisibilidade social, e não as dificuldades materiais. Movidas por uma combinação de culpa e medo, a maioria das pessoas simplesmente finge que os moradores de rua não existem, passando por eles nas ruas sem reconhecer sua presença. Trata-se de desumanização na sua forma mais pura: Eles não são nem sequer visíveis para outros seres humanos, quanto mais dignos de interação. Eles não têm nenhuma função ou papel dentro da sociedade; é um isolamento total.

Os cachorros servem como substitutos do contato humano, que é tão necessário para um indivíduo quanto água ou alimentos (é por isso que o confinamento solitário é uma tortura, ocasionando inevitavelmente distúrbios mentais). Os amantes de animais normalmente se preocupam primeiro com os cachorros sem-teto, e só depois reconhecem os humanos indigentes que tomam conta deles. O fato de que aquele amante de animais é um morador de rua se torna rapidamente irrelevante.

Pessoas de contextos socioeconômicos radicalmente diferentes normalmente se consideram quase extraterrestres, sem nada em comum. O oposto acontece com animais. Os cachorros que vivem nas ruas têm mais semelhanças do que diferenças com cachorros que vivem com famílias de classe média ou alta. Não se trata de uma verdade absoluta, mas, no geral, os fatores que criam hierarquias rígidas entre os humanos não influenciam cachorros. “Até o bicho aceita o outro bicho”, diz Passarinho. “Ser humano não aceita o outro”.

Assim sendo, não só é fácil, como também inevitável para um amante de animais, seja qual for o contexto social de onde venha, encontrar experiências, perspectivas e emoções em comum com um morador de rua para quem os cachorros também são importantes. A experiência de cuidar e amar seu cachorro transforma-se assim em um dos poucos pontos de contato entre os sem-teto e a sociedade geral que os isolou. Por vezes, é o único ponto de contato.

Para sociólogos como Irvine, os cachorros servem de “facilitadores sociais”, ou fatores que unem pessoas que, em outras circunstâncias, jamais estariam em contato. “Quando as pessoas falam a respeito dos seus cachorros”, disse ela, “todas as diferenças desaparecem, e todos estão em pé de igualdade. Para um sem-teto, cuja existência sempre foi ignorada, isso é de um valor incomparável”.

Passarinho descreve sua experiência da seguinte forma: “Se me deitar ali na calçada, ninguém fala comigo. Passam, cortam até caminho. Mas se os cachorros estiverem brincando como estão aqui, eles dizem: ‘nossa, tão bonitinho!’”. Mesmo sabendo que foram os cachorros, e não ele, que motivaram a interação, a importância de ser visto não é ignorada. Essa relação com seus cachorros permite a satisfação de uma necessidade humana fundamental: ser reconhecido por outros seres humanos.

Mas esse vínculo proporciona muito mais do que o benefício pragmático da integração social.

Um dos aspectos mais surpreendentes dos testemunhos que ouvimos é a frequência com que se diz que esses cachorros literalmente salvaram a vida de pessoas. Os cachorros normalmente são os catalisadores que os libertam de comportamentos autodestrutivos como abuso de álcool ou drogas, ou reprimem a vontade de se suicidarem, ou atenuam a depressão, ou criam uma determinação de estabilizar e melhorar suas vidas. De acordo com Irvine, “Esse é o valor redentor do relacionamento, de que ouvimos várias vezes quando falamos com os sem-teto”.

Troco trabalho até os ossos pelos seus ossos
Como o relacionamento com um cachorro pode atingir um sucesso tão monumental em uma área onde a psicologia, e medicina e o simples desejo humano falham com tanta frequência? Uma explicação é que a responsabilidade de tomar conta de outro ser vivo proporciona objetivo, foco e, consequentemente, autoestima — todas elas necessidades humanas essenciais. Outro aspecto é a validação e a autovalorização que adquirimos com o amor demonstrado pelo cachorro. Ou, conforme diz Irvine: “Construímos uma ideia dos cachorros como seres ideais — eles amam incondicionalmente, eles não mentem, eles não julgam os outros — então, se um ser tão nobre assim nos ama, alguma coisa temos para oferecer”.

A qualidade de não julgar dos cachorros é fundamental. Quem vive nas ruas sofre uma condenação implícita e constante. Os moradores de rua sabem exatamente o que a sociedade pensa deles. Eles veem essa atitude implícita em cada tentativa de evasão, em cada expressão de suspeição da polícia, em cada gesto de condescendência e incômodo — mesmo entre aqueles que param para dar dinheiro. Há quem lhes diga que eles não merecem nem ter animais de estimação.

Os cachorros não carregam nenhum desses julgamentos. Para um cachorro, tudo isso não passa de valores artificiais: Eles simplesmente amam e protegem aqueles que os tratam bem. Como diz Passarinho no filme: “Se o outro é mais bonito ou mais feio, mais pobre ou mais rico, sempre alguém fala um do outro, né?” Cachorro não”. Para um morador de rua, receber uma quantidade tão grande de amor, afeto e apreço pode significar uma mudança de vida, e muitos deles só recebem isso dos seus cachorros.

Sem teto no exterior é rico em comparação com brasileiro: tem
mochila, casaco, tênis e cobertor por causa do frio, e um cão de
guarda a protegê-lo
Nós não compreendemos plenamente a relação entre humanos e cachorros porque nós não compreendemos plenamente os cachorros, e nem poderíamos. Eles percebem o mundo de uma forma diferente, pensam o mundo de uma forma diferente e reagem ao mundo de uma forma diferente. E é indiscutível que eles respondem aos humanos de uma forma muito diferente de qualquer outro humano.

Sabemos ainda menos a respeito dessa relação no universo dos moradores de rua. Como diz Irvine: “Os estudiosos de hoje entendem muito melhor a dinâmica dos relacionamentos entre humanos e animais, mas até agora a pesquisa se concentrou principalmente na manifestação dessa dinâmica em contextos de classe média. Sabemos pouco sobre como esses relacionamentos ocorrem nas margens da sociedade, entre aqueles que não vivem em casas, mas sim nas ruas”.

Mas o que sabemos é que os cachorros evoluíram vivendo como fiéis companheiros dos homens por milhares de anos. A essência de um cachorro está intimamente ligada à sua relação com os humanos. Como Irvine me explicou, “Muitas pesquisas comprovam que os cachorros precisam do nosso contato visual, que eles olham para onde estamos apontando porque querem saber para onde estamos olhando. Isso demonstra que eles compartilham uma intersubjetividade, o sentimento de ‘eu quero saber o que ele está pensando’”.

Protegendo seu amigo
Uma vez que eles são predispostos a ter esse relacionamento social com humanos, várias de suas características — expressões faciais, linguagem corporal, sensações tácteis, formas de expressar emoções — podem suscitar respostas psicológicas e emocionais que, para várias pessoas, são inacessíveis por outros meios. Nas sociedades ocidentais da era industrial, as funções tradicionais de caça e pastoreio dos cachorros diminuiu, mas a relação entre cachorros e humanos se tornou cada vez mais popular e mais priorizada (o Brasil e os EUA estão na vanguarda dessa tendência). Isso acontece porque os cachorros são os únicos seres capazes de fornecer algo que é profundamente valioso para os humanos.

A ideia de se “fortalecer” é tentadora para qualquer ser humano, de construir uma rígida camada autoprotetora em torno das nossas necessidades emocionais e psicológicas mais vulneráveis em uma tentativa fútil de fazê-las desaparecer, eliminando assim a dor proveniente de não satisfazê-las. Esse esforço é sempre vão, pois essas necessidades são intrínsecas ao ser humano e não desaparecem quando queremos; o que esse processo de “fortalecimento” produz é medo, ressentimento, isolamento e frustração. A tentação de se autoproteger desta forma é particularmente forte entre aqueles que vivem nas ruas e não têm nenhuma perspectiva de satisfazer suas necessidades psicológicas e emocionais.

Os cachorros ajudam com tudo isso. Eles dão vida aos aspectos psíquicos e emocionais dos seres humanos que normalmente são mais negligenciados. Para aqueles que vivem em um estado de privação extrema, esse é um benefício inestimável, que gera felicidade e gratidão. Por sua vez, essas emoções geram o seu próprio conjunto de benefícios para os vira-latas que começam a acompanhar os moradores de rua, criando um ciclo recíproco e autossustentável de assistência e afeto mútuos que fortifica constantemente o vínculo.

Podemos obviamente aprender muito a respeito de cachorros e moradores de rua assistindo fragmentos da vida de pessoas como Passarinho e Karollyne. Mas também podemos tirar conclusões importantes sobre nós próprios.

Veja Birdie aqui, e leia uma entrevista com a diretora (em inglês) aqui.


Entre em contato com o autor: Glenn Greenwald ✉ glenn.greenwald@​theintercept.co

https://theintercept.com/2016/12/27/como-a-amizade-entre-um-morador-de-rua-e-seu-cachorro-pode-salvar-a-vida-de-ambos/