domingo, 26 de abril de 2015

Dia de ANZAC

Dia de ANZAC, para que não esqueçamos... 25 de abril
Anzac Day (Dia de ANZAC) é uma celebração australiana anual de guerra que este ano acontece hoje, dia 25 de abril de 2015.

A propósito desta celebração nacional tão divulgada em todas as partes deste país, vendendo-se tudo quanto é produto em embalagem especial comemorativa em todas as lojas e super-mercados, principalmente porque este ano a batalha de Gallipoli, que aconteceu naquela península lá na Turquia durante a primeira guerra mundial faz 100 anos, assisti na TV a parte do seguinte recente filme dirigido e estrelado por Russell Crowe, um dos meus atores favoritos.

Promessas de Guerra (O Advinho de ÁguasThe Water Diviner) - Comentário I
Após a batalha de Gallipoli em 1919, um pai (Russell Crowe) descobre que seus dois filhos desapareceram do local. Logo, ele abandona sua Austrália natal e viaja até a Turquia, para descobrir o paradeiro dos filhos.
A foto mais famosa divulgada como na batalha de ANZAC, Turquia,
Mates (Companheiros). O termo "Espírito de ANZAC", usado e 
abusado milhares de vezes na propaganda da guerra australiana, é 
melhor representado por esta foto de um "coveiro" (digger) ou soldado
carregando um companheiro ferido até uma casinha vestiário perto da
Praia do Norte (North Beach), foto esta tirada em 1915 nas alturas
de Gallipoli com a mar Egeu ao longe. Não entendi a risadinha

dele, foi só uma encenação?
Russell Crowe tenta dirigir seu primeiro filme há muitos anos. Ele já esteve envolvido em pelo menos três projetos, antes de "The Water Diviner", incluindo um documentário sobre o humorista Bill Hicks, um suspense sobre o assassinato de um policial em Los Angeles e o drama sobre o tiroteiro de um exército. No entanto, nenhum desses projetos foi concretizado.
Russel Crowe diz que dedicou 3 anos da sua vida a este filme, e sente-se gratificado pelo fato dos turcos lhe terem dado feedback positivo: “os turcos dizem-me que compreendi perfeitamente a sua cultura” – disse o ator.
Já o embaixador da Turquia, Kiliç, salientou a importância deste filme em termos da imagem positiva que cria de seu país no estrangeiro. 
http://cinespoon.net/2015/04/promessa-vida-the-water-diviner-2014/

Um jogo inteligente onde todos sairam ganhando, exceto os promotores da futura terceira guerra mundial religiosa contra os muçulmanos, sendo atualmente cozinhada. Esta é mais uma pedra contra tal objetivo corporativo e desumano, promovendo a amizade entre os povos. Ou seria mais um tijolo ou tijolada, como o BRICS? ("Brics" = tijolos em Inglês)

Promessas de Guerra (O Advinho de ÁguasThe Water Diviner- Comentário II
A 18 de Junho de 2013, foi anunciado que Crowe iria ter a sua estreia no universo da realização com o drama de guerra australiano escrito por Andrew Knight e Andrew Anastasios, Promessas de Guerra.
Russel Crowe na capa do filme Promessas de
Guerra (O Advinho de Águas)
O nosso gladiador preferido cria um poço de profundo simbolismo, e também empatia com os corações das culturas e as suas histórias. O misticismo entrelaça-se muito bem com o guião (será que o autor quer dizer Deus aqui?), oferecendo um contraponto sobrenatural às realidades terríveis da guerra e suas consequências implacáveis e dolorosas. É um filme que não pretende, de maneira nenhuma, glorificar a guerra, e que é como que uma homenagem às dezenas de milhares de tropas sacrificadas durante a ofensiva fracassada na península de Gallipoli em 1915.
Após um início não muito convencional para um filme de guerra australiano, que fornece uma visão simpática por detrás das linhas inimigas, saltamos para o interior ressequido da Austrália, onde o agricultor de Crowe – Joshua Connor – procura água. Parece que tem o dom de encontrar as coisas de que mais precisa por debaixo dos seus pés. Este talento vem a calhar quando Connor, viaja pela Turquia, determinado a encontrar os seus filhos. Desembarcado em Constantinopla, ou Bizâncio, ou Nova Roma ou Istambul (já tem tantos nomes que escolham o que queiram que seja…), Joshua assegura alojamento num hotel administrado por uma viúva muçulmana (Olga Kurylenko) que em part time gosta de entrar em aventuras com espiões britânicos estilo James Bond.
É um filme que permite imenso espaço às emoções, e na tentativa de enternecer a audiência, o enredo, torna-se, por vezes, demasiado superficial, e com pena, torna o filme constrangedor e descabido.
Porque lembar? Estado de Victoria Se Lembra, Dia de ANZAC, 2015
Crowe cercou-se de talentosos colegas (por ex: Ryan Corr), e uma equipe de topo: o laureado Andrew Lesnie (O Senhor dos Anéis) que pratica uma cinematografia tão requintada que apenas potencializa a história.
Promessas de Guerra é um filme sobre o amor incondicional de um pai e da luta incansável que o homem faz com o seu igual. Na sua gênese, é uma introspeção sobre as raízes do próprio ser humano.
João Peixoto, 27 de abril de 2015
http://cinespoon.net/2015/04/promessa-vida-the-water-diviner-2014/

Promessas de Guerra (O Advinho de Águas, The Water Diviner) - Meu Comentário III

Eu? Não era eu, gaguejou fu... Bem, convenhamos, depois de ter escutado esta música do Lucas Lucco algumas vezes, saquei que o palavrão que ele colocou em sua letra, na realidade, não é pelo palavrão em si, mas como uma simples palavra comum, usada por todo mundo em qualquer situação, sem conotação pornográfica. Difícil vai ser ele convencer pessoas da minha faixa etária (e da do pai dele) de que foi apenas uma "brincadeira inocente". Pior do que esta melada, é uma música chamada Chulep. Tava demorando a cair na baixaria...

Lucas Lucco - Gago (Clipe Oficial, com letra)

Pois é, não era eu quem ia engrossar a linha das pessoas celebrando o dia de ANZAC na Austrália, cujas homenagens aconteceram esta manhã em Sydney, pois sou contra a guerra. (Mas quem não é?)

Lembrem-se dos nossos caídos, jogo AFL comemorativo de ANZAC
entre os times Essendon e Collingwood em Melbourne
Quem é inteligente sabe que guerra é coisa de gente que se acha poderosa em busca de seus próprios interesses financeiros ou imperialistas. Contudo, reconheço que guerras podem se tornar necessárias quando o povo de um país é tão enganado, tão controlado, tão manipulado e idiotizado que acaba gerando tensões que só podem ser resolvidas pela força. É o fim da picada, principalmente nesta era em que o homem acha-se tão desenvolvido em praticamente todas as áreas do conhecimento, mas acontece.

O Brasil mesmo está se preparando para uma guerra. Se não uma guerra, mas um novo golpe. Mas este post não é para repisar esta situação ridícula em que o país se encontra atualmente, protagonizada por seus partidos representantes das elites e de seus puxa-sacos. Este post tem um objetivo muito superior a isso.

O objetivo também não é tão desgraçado como fazer honrarias a um filme de guerra. E o que é pior, a um filme de guerra sobre Gallipoli, a batalha na Turquia durante a primeira guerra mundial, em que soldados australianos foram enviados para a morte, caindo numa armadilha em que não sobrou quase ninguém, de propósito.

Ora, se não gosto de guerra, e pior ainda de ANZAC (Australian and New Zealand Army Corps - Forças Armadas Australianas e Neo-Zelandesas), como é que estou escrevendo sobre isso?

Bem, é que o primeiro filme do ator Russell Crowe como diretor fez a façanha de me tornar simpático à sua causa. Seu filme Promessas de Guerra, cujo título em Português não faz juz à importância do filme, uma vez que seu título original deveria ser traduzido como O Advinho de Águas, é um marco na história do cinema, da Austrália, e das comemorações de ANZAC, cujo dia é hoje, sábado 25/04/2015.

Ora, mas eu? Eu falando sobre ANZAC? Pode escrever, este também é um marco.

Pois que sempre desprezei o que esta sigla significa para os australianos, o que muito tem me envergonhado durante todos estes anos de cidadania australiana. Pior do que os políticos brasileiros de antes da era PT no Brasil, só mesmo esta idolatria doentia a ANZAC na Australia.

Biscoitos ANZAC
Já provou os biscoitos ANZAC? Pior que não gosto de biscoitos, mas estes são realmente muito bons...

O Advinho de Águas

Pois bem, vamos resolver o nome do filme primeiro. Se fosse traduzido como O Advinho de Águas, ninguém iria assistir, não é mesmo? Só os místicos alternativos. Mas como Promessas de Guerra, o povo associa com todos os outros filmes de guerra e vai assistir bonitinho.

Confesso que, como todo macho que se preze, sou incrivelmente atraído por filmes de guerra. Tenho até alguns entre os meus prediletos, como Jarhead (Soldado Anônimo: Campo em Chamas), com outro dos meus atores prediletos, Jake Gyllenhaal.

Para mim é mais importante O Advinho de Águas do que as Promessas de Guerra porque trata-se do componente "sexto-sentido" espiritual do filme. Russell Crowe dando uma de espiritual? Me poupe. Gosto dele como artista muito macho (veja Gladiador, Mestre dos Mares - O Lado Mais Distante do Mundo, Uma Mente Brilhante, A Luta Pela Esperança (Cinderella Man), Skinheads - A Força Branca (Romper Stomper), Esquentando o Alasca, The Sum of Us (sem tradução para o Português)), mas não esperava mais do que suas cenas de fraternidade masculina bastante realistas, naturais e convincentes. 

Cena do filme Promessas de Guerra, pai e filho
Este filme passou esta semana em que todos os canais de TV praticamente só falaram sobre guerra e principalmente sobre ANZAC, com uma série interminável de programas especiais e documentários sobre aquela fatídica batalha. Verdade que adoro o filme Gallipolli, com Mel Gibson, mas não é exatamente por ser filme de guerra, e sim porque Mel empresta um caráter extremamente macho ao filme, incluindo cenas de fraternidade masculina também, assunto que abertamente me afeta profundamente, como pai, como filho, e como espírito santo que um dia vou ser também (mas quem não vai?). Bem, para mim, todos os espíritos são santos, então que não se ofenda ninguém com esta minha alegoria ao que eles consideram um único espírito santo que ninguém sabe quem é, nem o que é.

Tragédia: os 3 irmãos Henry (Ben O'Toole ), Arthur (Ryan Corr) e
Edward (James Fraser) Connor são apanhados no massacre de
Gallipoli.
Uma verdadeira lavagem cerebral nacional, a fim de promover a guerra, a cultura da guerra, e a terceira guerra mundial que está sendo preparada nos bastidores pelos governos imperialistas e seus colaboradores corporativos, ou será ao contrário? Hoje em dia o mundo está sendo preparado para apoiar a guerra, assim como foi feito com o povo alemão, que apiou a Segunda Guerra Mundial até quando não aguentou mais. Desta vez a preparação é transnacional, metade do mundo (a outra metade é muçulmana, ou considerada assim). E olhe que alemão supostamente tem alto nível de educação acadêmica, não é exatamente um "povinho" arrogante como o brasileiro (que me perdoem meus amigos, parentes e agregados, dentre os quais estou metido no meio aqui, tentando dar uma de inteligente e ao mesmo tempo tentando dar uma de acessível).

Como encontrar água subterrânea por meio de radiestesia,
que o brasileiro carreia por intermédio de uma forquilha
(um galho de arbusto em forma de "Y")
Voltando das divagações para o filme, e esquecendo da lavagem cerebral insuportável que atualmente engolfa o povo australiano que também não é tão inteligente assim para desconfiar do poder da mídia, caí neste filme porque as propagandas muito me intrigavam. Um adivinho de águas? Tem isso aqui na Austrália? Trata-se daquele cara que sai pelo sertão esturricado, com duas varinhas na mão, procurando água, e quando as varinhas se mexem sozinhas, significa que elas acharam o que ele queria. Trata-se de magetismo ou radiestesia, palavra que significa "sensibilidade às radiações" em sua origem grega. "Isso funciona porque todas as pessoas têm a capacidade de perceber, inconscientemente, as radiações do ambiente, como as que são produzidas pela água em movimento. Elas geram impulsos musculares que acabam se refletindo na forquilha", afirma Sérgio Areia, presidente da Associação Brasileira de Radiestesia (Abrad) na seguinte página da internet:

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-funcionam-as-forquilhas-para-achar-agua

Gallipoli, filme com Mel Gibson
Como curiosidade, certa vez fizemos uma experiência com o pêndulo quando éramos jovens, e ele deu que teríamos dois filhos. Na realidade, primeiro ele deu 3 filhos, e com a insistência, ele ficou em dois filhos mesmo. O terceiro (ou primeiro) seria uma gravidez não confirmada. Dito e feito, aliás, advinhado e feito.

Portanto estas coisas existem. Eu diria que talvez seja preciso mais do que simplesmente magnetismo e energia da natureza, seria mais a canalização feita por alguém sensível que tenha um mínimo de mediunidade. No filme, isso se provou quando Josh, o personagem de Russell Crowe, chega num ponto da terra devastada na Turquia, depois que a guerra havia acabado, e diz, meus filhos estão aqui. Isso porque ele havia ido lá buscar seus 3 filhos que foram lutar pelo ANZAC em Gallipoli, segundo os militares do local, o único pai a fazer tal coisa, o que sensibilizou todo mundo envolvido.

Verdade, dois de seus filhos estavam lá mesmo, embaixo da terra. Desenterraram-lhes e os enterraram de novo, adequadamente. Bem, confesso que estava digitando posts do meu blog enquanto assistia ao filme que peguei já na metade, com a televisão do lado, portanto não acompanhei todas as cenas com a atenção que elas mereciam. Farei isso quando assistir ao filme outra vez. Portanto, se errei aqui, dêem o desconto, o que importa é a mensagem a ser repassada.

Aquilo significou que tal pai tinha poderes extra-sensoriais desenvolvidos ao ponto de captarem seus filhos mortos e embaixo da terra. Obviamente que nenhum soldado que o acompanhava sabia o que estava acontecendo nem como ele havia advinhado, mas a isso não foi dada muita atenção. Mais atenção foi dada à amizade desconfiada entre dois inimigos, Josh e um oficial veterano turco, uma amizade e respeito impossíveis até então.

Onde fica a península de Gallipoli na Turquia?
Àquelas alturas, turcos e australianos já estavam amigos de novo, superada a guerra, pois guerras não são entre pessoas, são manipulação das mentes de soltados ingênuos para fazerem o que as elites desejam, sem que eles saibam disso, é claro. Tudo é maquiado como "honra e dever", sem falar nas altas doses de ambiente de fraternidade masculina cheio de testosterona - como as forças armadas australianas hoje em dia estão repletas de lésbicas (será que não tem um nome melhor e menos carregado do que este para tais tipos de seres humanos?), a testosterona está no ar do mesmo jeito pois, ou elas tomam, ou elas se comportam como homens, então fica tudo no mesmo patamar - tá ficando complicado explicar os seres e ambientes hoje em dia...).

O fato é que o turco acaba liderando o caminho para o pai australiano em busca de seu filho restante, que ele "sente" agora que está vivo. Dica vai, dica vem, e ele acaba achando seu terceiro filho dentro de uma mesquita. 

Memorial de Guerra em Sydney
O menino não quer mais voltar pra casa porque o pai pedira a ele para tomar conta dos irmãos, mas ele teve que matá-los ele próprio, vendo-os feridos de morte ambos ao seu lado a gemerem durante dias e noites (não sei quantos dias), numa cena deprimente e raramente vista em filmes de guerra, a realidade dos feridos. Uma realidade que se for divulgada do mesmo jeito como se divulga as comemorações, ninguém mais ia se alistar.

Para acabar com aquele tormento dos irmãos, ele deu um tiro de misericórdia em cada um. Mas seu pai relevou sua ordem ao lembrar-lhe "não fiz nada para detê-los a virem lutar nesta guerra imbecil, fiz?" Culpa de vocês mesmos. Ao responder que a mãe do rapaz e seus irmãos havia falecido também, disse-lhe que agora era ele e o filho apenas, e ou ele voltava com o pai, ou ambos permaneceriam na Turquia. Suponho que ficaram na Turquia mesmo, onde o pai arrumou uma trabalhadora de restaurante (garçonete? dona?) e o filho já tinha várias garotas em vista. Final feliz.

ANZAC Parade (Parada de ANZAC), em Canberra, vendo-se embaixo o
War Memorial (Memorial de Guerra), um verdadeiro show de guerra,
e acima os parlamentos velho e o novo atrás dele.
O filme mostrou a determinação de um pai com relação aos seus filhos homens, bem típico de Russell que já foi gladiador, esquizofrênico, boxeador, bandido e até mesmo pai de super-herói (segundo uma página da internet, pois eu não chamaria o matemático John Forbes Nash, do filme Uma Mente Brilhante, de esquizofrênico. Odeio rótulos...)

O filme também mostrou imenso respeito pelas diferenças culturais, principalmente no diálogo "o que vocês queriam mesmo com esta guerra? Terras? Não, nós lutamos por um princípio. O quê, vocês matam e morrem só por um princípio? Quá, quá, quá...", na defesa dos turcos apanhados pelos gregos (havia outra guerra por trás daquela, entre gregos e turcos, que ainda existe na ilha de Chipre (cuja Nicósia, capital, é a última cidade dividida por um muro em todo mundo - http://pt.wikipedia.org/wiki/Chipre, em que parte pertence a um país, e a outra metade pertence ao outro), quando Josh bate nos gregos com um taco de cricket para salvar o turco, e quando o turco o ajuda a encontrar o filho pra depois fugir dos gregos.

Memorial de Guerra em Melbourne
Como o filme mostrou o lado humano dos soldados de uma forma diferente, depois deste "armistício", de ver os dois lados se apoiando, se entendendo, se respeitando e se desculpando, agora sim, posso ter mais respeito com relação a este tal de ANZAC

Antes disso eu havia assistido a uns capítulos da série de TV "Home and Away" (Em Casa e Fora de Casa) em que um veterano de ANZAC que mora no interior tenta construir um "santuário" na pequena cidade onde possa celebrar o dia de ANZAC sem ter que ir para Canberra todo ano. Enquanto preparava a papelada e contactava pessoas para darem apoio ao empreendimento, ele se entristeceu por ver seus próprios netos jovens desprezarem o passado dizendo que coisas que aconteceram a 100 anos (comemorados este ano) não interessavam, o que feriu-lhe o coração. "Eu, que lutei para eles terem este país do jeito que têm hoje, sendo desprezado por eles, isso é deprimente". 

ANZAC Bridge (Ponte ANZAC) em Sydney
Foi quando vi que estas tais celebrações podem ter sido "inventadas" mais pelas famílias das vítimas da guerra do que propriamente pelos governos ou forças armadas em veneração aos seus "heróis" como hoje parece ser divulgado.

Tá na cara que eu não seria soldado jamais e em tempo algum, mas como dizia a mãe de um ex-amigo meu, "nunca diga desta água não beberei". O que me leva a lembrar de uma das perguntas que mais me impressionaram nas minhas entrevistas para obter cidadania australiana: se a Austrália estiver em guerra com o Brasil, de que lado você vai ficar?" Suponho que respondi que ficaria do lado do país em que estava vivendo, mas como era muito cedo pra responder aquilo de coração, hoje minha resposta seria diferente. Eu diria que me posicionaria a favor daquele país que tivesse mais razão, não interessando minha cidadania física ou espiritual, mesmo que eu jamais tenha me considerado australiano um minuto sequer, mas saiba que sou brasileiro desde nascença, e que isso não mudou. Suponho que hoje em dia não seria mais condecorado com a tal cidadania.

Gostaria de me orgulhar mais da Austrália, porque do Brasil tornei-me orgulhoso assim que pus os pés fora, porque ao dar-se a ascenção do PT, coisa que eu jamais esperaria nem acreditaria, o país tem visto muita coisa melhorar. Se eu soubesse, teria reconsiderado não sair daquele país nas condições de caos e corrupção extrema em que se encontrava no final dos anos 90. Vocês se lembram disso? Provavelmente não, e muito menos quem nasceu no final da década de 90, aí é que não sabe de nada mesmo. E são exatamente estes fedelhos que andam enchendo as ruas do país com coquetéis molotov e pedindo intervenção militar... perdoe-os, eles não sabem o que fazem, mas bem que podem ser utilizados por outros mais inteligentes.

Mel Gibson no filme Gallípoli de 1981, em meio ao inocente
banho de mar de diversão das tropas.
Retirado de uma página do site de uma brasileira no exterior, Ann Moeller, de Santos, na Inglaterra: A pessoa sai do Brasil, mas o Brasil não sai da pessoa. Já tinha ouvido falar bastante sobre esse patriotismo que nasce ainda mais forte quando se mora fora. Especialmente se os motivos que levaram à mudança não estão relacionados com um desgosto pela pátria mãe, já que nesse caso, a pessoa costuma criticar ainda mais o país de onde veio.

http://www.brasileiraspelomundo.com/chile-ame-o-ou-deixe-o-sera-11785-552111785 

http://www.brasileiraspelomundo.com/na-midia

É o meu caso.

As celebrações do dia de ANZAC em Sydney se deram na praia de Bondi, provavelmente para associar-se com a praia de Gallipolli, onde a batalha mais comemorada na Austrália ocorreu. Só que a praia de Bondi foi coberta por areia durante esta semana, vítima de vários ciclones com ventos de até 135 km/h, selvagens, que atingiram a cidade e o norte do estado, chegando a levar 4 casas embora corredeiras abaixo, matando 4 pessoas. O trabalho de limpar a praia para as comemorações foi imenso e sem cessar, mas não sei como ficaram as ruas depois disso. E o que é pior, nesse instante (4:45 da tarde), a chuva pesada retornou que está caindo granizo em nossa varanda, depois de um dia ensolarado.

Segue-se dois curtos resumos sobre dois dos filmes estrelados por Russell Crowe, para quem não conhece, ator nascido na Nova Zelândia mas formado na Austrália.

Cena do filme Homem Cinderela (Cinderella Man, A Luta pela
Esperança), com Russell Crowe
A Luta pela Esperança

Cinderella Man (no Brasil, A Luta Pela Esperança), foi baseado na história real do boxeador James J. Braddock (Russell Crowe), que era campeão dos pesos pesados e, em 1928, perdeu uma luta e teve a mão quebrada no ringue, o qual, após o acidente, precisou deixar o esporte. 

O ex-pugilista, sua esposa e filhos enfrentaram a Grande Depressão de 1929 com muita dificuldade, diversas vezes passando frio e fome. Com muita insistência e esperança, Braddock volta aos ringues em 1935 para enfrentar o expoente Max Baer (Craig Bierko), 4 anos mais novo, melhor preparado e muito arrogante. James Braddock e Max Baer travaram então um dos mais impressionantes combates da história do boxe.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinderella_Man

Jim Braddock era considerado um prodígio do boxe, mas foi obrigado a se aposentar prematuramente devido a uma série de derrotas no ringue. Com os Estados Unidos em meio à Grande Depressão, Jim aceita viver de bicos para poder sustentar sua esposa, Mae (Renée Zellweger), e os filhos. Jim sempre sonhou com a oportunidade de retornar ao mundo do boxe e tem sua chance quando, devido a um cancelamento de última hora, é escalado para enfrentar o 2º pugilista na disputa do título mundial. Para surpresa de todos Jim vence três lutas consecutivas, mesmo sendo bem mais magro que seus oponentes e tendo ferimentos nas mãos. Ele passa então a ganhar o apelido de “Cinderella Man” e se torna o símbolo de esperança dos desprivilegiados da época. Até que precisa enfrentar seu pior oponente: Max Baer (Craig Bierko), o atual campeão mundial dos pesos pesados, que já matou dois lutadores no ringue. 

http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-a-luta-pela-esperanca-dublado-online.html

Em geral também não suporto o boxe pois se não me cuido, me torno mais um daqueles ferozes torcedores loucos por sangue e destruição, ou o que é pior, um apostador, mas acabei assistindo a este filme, o qual entrou para a lista dos meus prediletos.

Ninguém é gay com um pai destes, capaz de ir lá numa boate
gay com o filho, a não ser que ele tenha passado a infância
do menino inteira longe, como numa guerra sem fim...
Russell Crowe e Jack Thompson.
O Resumo de Todos Nós

Este filme, "The Sum of US", 1994, sem tradução para o Português, também viu Russell Crowe, mais um machão nascido na Nova Zelândia e considerado tão "australiano" quanto Mel Gibson, nascido em Nova Iorque, dar um beijo gay no início de ambas as carreiras. Particularmente achei ambos muito pouco gays, mas sempre acho isso, sou provavelmente um estrábico.

Entretanto, a estória deste filme dificilmente convence a um especialista (como eu), pois com um pai daqueles, nenhum filho se torna gay. O mesmo vale para o filme brasileiro gay, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (The Way He Looks), 2014, de Daniel Ribeiro, o qual também assisti em parte na TV australiana outro dia, sem saber do que se tratava, impressionado pela atuação do jovem cego, Guilherme Lobo, para acabar num final decepcionante e meio forçado. A descrição do filme com Russell Crowe é assim: Um pai viúvo tem de lidar com duas questões complexas: enquanto está à procura da "Miss Right" (mulher certa), seu filho, que está na casa dos 20 anos e é gay, está à procura do "Mr. Right" (homem certo).

https://www.youtube.com/watch?v=p_eGUINTNHA

Celebração do dia de ANZAC na praia de Bondi, Sydney, depois de
uma semana de borrascas que encheram suas ruas de areia. Foto de
Nick Hansen para o Daily Telegraph.
Dia de ANZAC 

O Dia ANZAC (ou em inglês ANZAC Day) é celebrado em 25 de abril na Austrália e na Nova Zelândia para lembrar a batalha de Gallipoli (Turquia), em que dezenas de milhares de soldados do ANZAC (Forças Armadas da Austrália e da Nova Zelândia) e do Reino Unido perderam as suas vidas na I Guerra Mundial. As maiores paradas militares do "Dia ANZAC" ocorrem em Canberra, capital da Austrália, e em Auckland, maior cidade da Nova Zelândia. O Dia ANZAC também é feriado nas Ilhas Cook, Niue, Ilhas Pitcairn e Tonga.

O Dia ANZAC é celebrado para relembrar a data em que, no ano de 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, forças conjuntas da Grã-Bretanha e dos ANZAC desembarcaram em Gallipoli, na costa da Turquia. Devido a um erro de navegação, os ANZACs desembarcaram a cerca de nove milhas ao norte do ponto intencional. Como eles se encontraram no meio de turcos em bons pontos de defesa, os ANZACs viram que o avanço era impossível. Após oito meses de confrontos, os Aliados recuaram, deixando 8 709 mortos da Austrália e 2 721 da Nova Zelândia, além de 21 255 da Grã-Bretanha, estimados 10 000 da França e 1 358 da Índia Britânica.

É assim que os soldados mortos em Gallipoli devem ser lembrados,
livres do sofrimento. Seus espíritos não estão enterrados nas tumbas
em série feitas pelos vivos.
Atualmente, além das cerimônias realizadas nos dois países, milhares de australianos e neozelandeses viajam até a praia na península de Gallipoli, na Turquia, com o objetivo de lá prestarem suas homenagens aos que defenderam seus países. A tradição começou em 1990, quando para marcar o septuagésimo-quinto aniversário do desembarque das tropas, oficiais do governo, militares, os últimos veteranos ainda vivos, além de turistas de ambos países, realizaram uma cerimônia na madrugada (como manda a tradição) em Gallipoli. O último veterano da Batalha de Gallipoli foi o australiano Alec Campbell da Tasmânia, que morreu em maio de 2002.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_ANZAC

https://www.awm.gov.au/commemoration/anzac/anzac-tradition/

Celebração do dia de ANZAC em Canberra (este ano aconteceu
à noite)
Este ano a batalha de Gallipoli faz 100 anos, o que é bem conveniente para aumentar ainda mais a lavagem cerebral nesse povo que já é beligerante de nascença.

Quer uma prova? No Brasil eu era acostumado a ser cavalo-do-cão no trânsito. Não tinha medo de ninguém e era bastante atrevido. Aqui eu tive que modificar minha postura porque até as mulheres são mais vingativas do que eu. Não se pode desafiar um australiano ou uma australiana porque a vingança deles é maior do que a dos ricos brasileiros. Se você se atrever a desafiar um australiano, prepare-se para a vingança, que pode vir quando você menos esperar, pois justamente por isso, todo mundo é muito hipócrita por aqui, a fim de que ninguém note que a pessoa está se vingando, pois ela estará sorrindo, com fala macia, e gestos de surpresinha.

Vingança...
Feliz dos pobres brasileiros que aguentam tudo e ainda pedem desculpas, humildemente. Acho que esta era está chegando ao fim, uma vez que eles estão deixando de ser pobres, e provavelmente vão querer se comportar como os ricos no Brasil. Espero que não, que eles consigam manter e nutrir suas personalidades boas, decentes, honestas, dedicadas, e justas.

Promessas de Guerra (O Advinho de ÁguasThe Water Diviner) - Comentário III

História de capa: Novo filme de Russell Crowe na sangrenta batalha da Guerra Mundial torna-se primeiro a filmar dentro Mesquita Azul de Istambul, em Inglês:

http://www.dailymail.co.uk/travel/travel_news/article-3011370/New-Russell-Crowe-movie-film-inside-Istanbul-s-Blue-Mosque.html

Por Emily Payne, em 26 de março de 2015.

Abril deste ano vê o 100º aniversário da Gallopoli, um dos períodos mais negros da Primeira Guerra Mundial.
A campanha sangrenta foi uma das maiores vitórias otomanas (turcas) durante a guerra e um grande fracasso dos Aliados no novo filme de Russell Crowe, O Adivinho de Água, que foi rodado no local em torno de Istanbul, cuja equipe também teve acesso à Mesquita Azul - supostamente a primeira vez em que um filme permite a um operador turístico turco oferecer passeios de visitantes e oportunidade deles visitarem alguns dos locais mais bonitos do filme.
Cem anos depois da Batalha de Gallipoli, um novo filme de Hollywood estrelado e dirigido por Russell Crowe está preparado para gerar um novo interesse em uma região na Turquia, onde uma das campanhas mais sombrias da Primeira Guerra Mundial foi travada.
Acredita-se que O Adivinho de Água é o primeiro longa-metragem a filmar cenas dentro da famosa Mesquita Azul, em Istambul, que ganhou este nome por causa de seus azulejos azuis.
O Que É Advinho de Águas?

Veja aqui, em Inglês:

http://www.telegraph.co.uk/sponsored/culture/water-diviner/11464210/what-is-water-divining.html
O filme visita algumas das áreas-chaves do campo de batalha, bem como alguns dos pontos mais belos da Turquia ao contar uma estória de ficção construída em torno da campanha sangrenta que durou quase um ano.
"Dual rod", ou "dowsing", ou varetas radiestesicas. Isso funciona?
Leia aqui, em Inglês: http://www.telegraph.co.uk/lifestyle/
11529603/Can-water-divining-be-taught.html
. E aqui: 
http://www.telegraph.co.uk/sponsored/culture/water-diviner/
11464210/what-is-water-divining.html
No filme Promessas de Guerra, Russell Crowe interpreta um fazendeiro que viaja para a Turquia para encontrar seus três filhos desaparecidos como uma promessa à sua falecida esposa.
Perguntei a mim mesmo, entrou um componente fenimino na estória, será que este artigo foi escrito por uma mulher? Bingo! A relação pai-e-filho foi jogada pra plano secundário...
De abril de 1915 a janeiro 1916, um forte exército Aliado de 70.000 soldados invadiu a Turquia em um esforço para abrir uma rota de abastecimento para fornecer à Rússia seus suprimentos tão necessários.
A campanha, uma grande derrota para os Aliados, foi vista como uma das maiores vitórias pelos otomanos.
Na Turquia, é amplamente considerada como um momento decisivo na história da nação; um impulso final na defesa da pátria enquanto o Império Otomano se desintegrava.
Promessas de Guerra, um drama de ficção histórica baseado no livro de mesmo nome por Andrew Anastasios e Dr Meaghan Wilson-Anastasios, vê Crowe desempenhar o papel de um agricultor australiano que viaja para a Turquia após a batalha de Gallipoli.
O personagem de Crowe perdeu seus três filhos que lutaram para os ANZACs no conflito, e prometeu a sua falecida esposa que ia encontrá-los. Chegando em Istambul, ele se apaixona por uma mulher sedutora de um estabelecimento hoteleiro turco e viaja para a Península de Gallipoli.
O teste do pêndulo que responde à sua pergunta 
movimentando-se para um lado (Sim) ou para o outro (Não)
Grande parte do filme foi filmada em locações em Istambul, nos mercados movimentados e na Mesquita Azul gloriosa, e foi supostamente a primeira vez que um longa-metragem teve acesso ao edifício.

Assim como as filmagens em Istambul e na própria Gallipoli, várias cenas do filme foram filmadas na aldeia fictícia de Kayaköy, que aparece parcialmente abandonada na sequência da troca de população imposta entre os cidadãos turcos e gregos em 1923.
O filme centra-se sobre o vínculo da família e conta a história da campanha de Gallipoli, sob o ponto de vista turco.
O filme vê Russell Crowe fazer sua estréia na direção do roteiro escrito por Andrew Knight e Andrew Anastasios.
O personagem principal, Connor, deve viajar por toda a paisagem devastada pela guerra com a ajuda de um turco veterano Primeira Guerra Mundial.
Hoje, Gallipoli e seus arredores permanecem em grande parte intacta, devido a ordens estritas de conservação para todos os planos de desenvolvimento. Em torno dela, só florestas intocadas, matagal, terrenos agrícolas e girassóis a florescer.
Tenho um filho de 17 anos e por nada nesse mundo eu mandaria
minha criança para uma guerra, Roby Hamilton, bibliotecária.
A Turquia é um destino popular para turistas britânicos, e depois do filme eles estarão curiosos de visitar o campo de batalha e outros locais-chaves em Istambul, incluindo o setor de ANZAC, Cape Helles, a principal seção britânica, e assim como uma viagem extra ao patrimônio da Unesco em Tróia. Aqueles que desejarem estender a viagem também podem incorporar Éfeso.
Promessas de Guerra (O Advinho de ÁguasThe Water Diviner) - Comentário IV
http://thecurlyecho.blogspot.com.au/2015/03/the-water-diviner-2014.html
Por Yana S 
Promessas de Guerra é um filme de drama de guerra dirigido por Russell Crowe e escrito por Andrew Anastasios e Andrew Knight. O filme conta a história de um fazendeiro australiano, Connor, que viaja para a Turquia para encontrar seus três filhos desaparecidos após a batalha de Gallipoli, em 1919. Ele encontra túmulos de seus filhos, e encontra evidências de que um deles poderia ainda estar vivo.
Este filme marca a estréia na direção de Russell Crowe ("Les Misérables", 2012).
Uso este uniforme porque é meu direito livre e democrático.
E eu uso este uniforme para que você tenha este direito.
(Capitalismo é o demônio verdadeiro; jamais esqueceremos)
Do meu ponto de vista, ele se saiu tão excelentemente bem que fiquei absolutamente surpresa. A história dramática, uma trama incomum, uma boa atuação, belas paisagens e cenas terríveis da Primeira Guerra Mundial - todos estes são mostrados no filme. Ao todo, a imagem me impressionou mais que eu esperava.
Russell Crowe interpretou o papel de Joshua (Josué) Connor, um homem que perdeu toda a sua família. No entanto, em seguida, ele recebe um raio de esperança que felizmente se torna realidade. Como Russell Crowe é um dos meus atores favoritos, não é de admirar que sua atuação me fez acreditar mais em seu caráter. Mas não só dependeu da minha ideia preconcebida - ele expôs a fraqueza de um homem forte, o que não foi fácil, de qualquer maneira. Olga Kurylenko como Ayshe me incomodou no começo, mas então vi uma profundidade em sua heroína que tenho que admitir.
Promessas de Guerra tem muitos temas para se pensar. Primeiro de tudo, a esperança pode mudar a vida de um alguém para melhor ou para pior. Ela pode envenenar, pode cansar, pode matar. Mas, ao mesmo tempo, a esperança tem a possibilidade de recuperar a vida.
Honrando o espírito de ANZAC. Obrigado vô.
É terrível se matar um ser humano, se ele ou ela pede para você fazer isso? Se uma pessoa sofre de uma dor intensa e morrerá de qualquer jeito? Pessoalmente, eu ainda não tenho a resposta.
A guerra muda tudo. Por exemplo, um modo de vida, uma ideologia. E só a pessoa decidir o que fazer com ela: para se deprimir ou tornar-se mais forte.
Há dois detalhes notáveis ​neste filme: água e fé. Joshua Connor, em contraste com sua esposa, não pertence a nenhuma religião. No entanto, quando tenta atacar um homem que, pensa Connor, matou seu filho, Joshua é golpeado com uma cruz. Quanto à água, que era o propósito do personagem principal, ele estava procurando por ela durante quatro anos, tentando amortecer a dor. Mas, então, exatamente água, água gelada, o salva e a seu filho vivo.
O filme cobriu os acontecimentos da I Guerra Mundial, especialmente a campanha de Gallipoli, também conhecida como Campanha Dardanelos, Batalha de Gallipoli ou Batalha de Çanakkale. De acordo com a Wikipedia, foi uma campanha da Primeira Guerra Mundial, que teve lugar na península de Gallipoli no Império Otomano entre 25 abril de 1915 e 9 de janeiro de 1916. A península constitui a margem norte do estreito de Dardanelos, um estreito que oferece uma rota marítima para o que era então o Império Russo, um dos poderes Aliados durante a guerra. Com a intenção de tomá-lo, os Aliados da Rússia, da Grã-Bretanha e da França lançaram um ataque naval seguido por um desembarque anfíbio na península com o eventual objetivo de capturar a capital otomana de Constantinopla (atual Istambul). O ataque naval foi repelido e, após uma luta de oito meses, com muitas baixas em ambos os lados, a campanha por terra também falhou e a força de invasão foi retirada para o Egito.
Propaganda da guerra: Austrália prometeu à Inglaterra 50.000 mais
homens. Você vai ajudar a cumprirmos nossa promessa?
O que, não foi você quem prometeu? Ah, mas... ajuda, vai!
A campanha foi uma das maiores vitórias otomanas durante a guerra e um grande fracasso dos Aliados. Na Turquia, é considerada como um momento decisivo na história da nação: o lugar definitivo na defesa da pátria quando o Império Otomano se desintegrou. A luta serviu de base para a Guerra de Independência Turca e para a fundação da República da Turquia, oito anos depois, sob Mustafa Kemal Atatürk, que primeiro a ganhar destaque como um comandante em Gallipoli. A campanha é muitas vezes considerada como o marco do nascimento da consciência nacional na Austrália e Nova Zelândia e a data do desembarque, 25 de abril, é conhecida como "Dia de ANZAC", que é a comemoração mais significativa das baixas militares e dos veteranos nesses dois países, superando o Remembrance Day (Dia do Armistício).
Citações
Connor: Existem mais registros sobre o meu filho?
Jemal: Somos otomanos, não alemães.
Tenente-Coronel Cyril Hughes: O que você fazia antes da guerra?
Hasan: Este é o Império Otomano, não existe tal coisa como antes da guerra aqui. Mas em outra vida eu era um arquiteto.
Assista a Promessas de Guerra – Legendado   aqui:

http://megafilmeshd.net/promessas-de-guerra/

Não sei se dá pra assistir mesmo, não tentei.

Imigrantes

Minha mulher notou que não se vê um asiático sequer nas comemorações do Dia de ANZAC na Austrália trasmitidas pela TV. Quer ver nenhum estrangeiro na Austrália? Vá para as celebrações do Dia de ANZAC. Isso não deixa de ser curioso...

Conclusão final depois destes comentários todos acima: o que se comemora na Austrália com relação ao Dia de ANZAC é a vitória da Turquia na Primeira Guerra Mundial, em Gallipoli, a vitória dos muçulmanos que são maioria naquele país.

Armênios Pedem Reconhecimento de Genocídio na Primeira Guerra Mundial:

http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-das-dez/t/todos-os-videos/v/armenios-pedem-reconhecimento-de-genocidio-na-primeira-guerra-mundial/4134667/

E o que tem uma história a ver com a outra?

Meu grande e maravilhoso poder de visão geral liga tudo numa coisa só (prestem atenção ao componente sarcástico desta frase e não venham me dizer depois que me acham arrogante, because I am sick of this - porque estou cansado disso). Vejamos.

Tal genocídio aconteceu durante a primeira guerra mundial, porém do outro lado de Gallipoli, contra um país minúsculo, do tamanho do estado de Alagoas, cristão católico e cercado de países muçulmanos por todos os lados.

Isso não é genocídio. Você é daqueles que acredita em tudo o que
lê na internet? Pois veja esta foto e leia do que trata o artigo nesta
página (click no link): http://liberalsemcensura.blogspot.com.au/
2014/02/ditador-da-venezuela-esta-praticando.html
. Esta é apenas
mais uma das fotos de nus artísticos de Spencer Tunick, desta vez
em Montauk, Long Island, Nova Iorque
. Não é Venezuela!
Reconhecer significa dizer que a Turquia matou os Armênios de propósito por questões de religião, o que é uma decisão de responsabilidade para qualquer país do mundo. 

A Turquia é muçulmana e um dia, antes da primeira guerra mundial, foi parte do império Otomano, que destruiu a dominação européia no Oriente Médio, derrotando o império Romano por volta da idade média, justamente quando eles tentaram invadir e tomar a cidade principal que era Constantinopla e hoje é Instambul, capital da Turquia. Reconhecer isso significa botar mais lenha na fogueira da guerra entre muçulmanos e católicos, que é justamente o que as corporações globais e os poderosos governos do mundo querem atualmente, pintar os muçulmanos de quererem dominar o mundo e destruirem as civilizações ocidentais cristãs, para justificarem mais uma guerra "santa", só que desta vez é para eles dominarem o planeta inteiro como parte da tal "globalização".

Eu diria que até estes armênios brasileiros estão se aproveitando da ocasião, provavelmente ingenuamente, e sendo manipulados também para jogarem lenha dupla na fogueira, não só da terceira guerra mundial sendo organizada atualmente através da manipulação da opinião dos civis ocidentais no mundo, como também jogar lenha na fogueira para pressionar o governo de Dilma de modo a gerar mais descontentamento.

Eu vejo por trás de tudo isso os tentáculos da dominação mundial, mas ninguém consegue enxergar nada disso porque simplesmente não se interessa em ligar os pontos do que anda acontecendo no mundo inteiro como um todo e durante décadas, e também geralmente não consegue ter uma visão geral ou global sobre tudo concatenado, nem sequer o que anda acontecendo no Brasil mesmo.

Entretanto, acabo de ler no jornal The Sunday Morning Herald de hoje que tal genocídio de armênios continua acontecendo, e também achei este recente artigo do mesmo jornal na internet, do dia 15 deste mês, em Inglês, salientando que a Austrália também não reconhece o genocídio de armênios perpetrado pelos turcos durante e depois da Primeira Guerra Mundial, reclamando que a Turquia é a primeira a não reconhecer, claro. Turquia Deve Colocar os Pontos nos Iiis sobre o Caso do Genocídio dos Armênios

http://www.smh.com.au/comment/turkey-must-set-record-straight-over-armenian-genocide-20150415-1ml7e1.html

Presente Divino

Ainda celebrando o Dia de ANZAC, Zeus mandou um presentinho inesperado no final da tarde em Sydney: uma pesada e devastadora tempestade que juntou 50cm de granizo nas ruas em apenas 55 minutos, destruindo muita casa. 

Veja as fotos aqui: Justo Quando Você Pensava que Estava Seguro Sair ao Ar LIvres, Sydney é Devastada por Uma Tempestade de Granizo e Inundação Relâmpago numa Dramática Queda D'água Poucos Dias Depois Que a Maior Tempestade do Século Havia Provocado Caos:

http://www.capitalbay.com/australia/791575-just-when-you-thought-it-was-safe-to-go-outside-sydney-smashed-by-fierce-hailstorm-and-flash-flooding-in-dramatic-downpour-just-days-after-storm-of-the-century-wreaked-havoc.html

Hoje, 25 de abril de 2015, em Sydney, de tarde.