sábado, 17 de janeiro de 2015

A Ignomínia do Racismo

Ganhador do Oscar de 2004, Crash, No Limite, colisão de pessoas
desbancou o festejado O Segredo de Brokeback Mountain.
Batida de limão, batida de maracujá, mas esta batida aqui é de carro.

Filme "Crash" ("batida, colisão", título em Português "No Limite"), 2004.

Da página do IMDB na net

Cidadãos de Los Angeles com vidas muito distintas colidem ao entrelaçarem-se em histórias de racismo, perdas e redenção.

Em seguida e pra começar, a tradução da página do IMDB especializada em cinema.


Durante um período de 36 horas em Los Angeles, um punhado de vidas de pessoas diferentes se entrelaça ao lidarem com relações raciais tensas as quais comprometem seus bem-estares na cidade. 

Entre os protagonistas estão: 
  • Um promotor europeu, que usa o racismo como cartão de visitas político; 
  • Sua mulher branca (Sandra Bullock) que, recentemente foi ameaçada por dois homens negros e acredita que suas visões estereotipadas sobre os não-brancos é justificada e não podem ser consideradas racismo; 
  • Dois negros ladrões de carros que usam sua raça tanto como em seu proveito como em forma de desculpa; 
  • Dois parceiros policiais brancos caucasianos, em que um é racista e usa sua autoridade para perseguir os não-brancos, e o outro é um jovem iniciante que odeia seu parceiro por causa dessas opiniões racistas, mas que partilham os mesmos valores subjacentes em seus subconscientes; 
  • Um diretor de cinema negro e sua mulher negra que acredita que seu marido não defende sua negritude o suficiente, especialmente à luz de um incidente com o policial branco racista; 
  • Detetives de polícia que são parceiros e por vezes amantes, sendo uma mulher latino-americana não mexicana e um negro cujo irmão é o parceiro do ladrão de carros, o qual desapareceu de casa deixando a mãe de ambos destruída e para quem o detetive não tem tempo ou vontade a dedicar-lhes.
Não me toque
Citação na Página do IMDB

É o sentido do toque humano. Em qualquer cidade de verdade, você anda, sabe? Mas você roça nas pessoas ao cruzá-las, as pessoas esbarram em você. Em L.A. ninguém lhe toca. Estamos sempre por trás desses carros de metal e vidro. Acho que sentimos muito a perda daquele toque, então batemos os carros uns nos outros, apenas para que possamos sentir alguma coisa.

"Crash, No Limite" é um filme complexo, com uma premissa simples: rodado em Los Angeles, ele acompanha oito personagens principais (e muitos outros de apoio) em todas as esferas e raças, cujas vidas se cruzam em algum momento durante um período de 24 horas. Essas pessoas são todas diferentes mas todas são alienadas, a ponto de não aguentarem mais, tanto assim que, quando eles se vêm juntos, as coisas explodem.

A complexidade do filme vem dos encontros entre os personagens, suas vidas e mundos entrelaçados. O roteiro de Haggis é tão complexo e delicadamente escrito que eu não consegui resumir o enredo real (o que faz este artigo parecer meio vago), mas todo mundo se encontra com todo mundo em algum momento no filme (e há um grande número de personagens). Basta dizer que tais encontros variam em intensidade, casualidade, frugalidade, periculosidade, mas todos afetam os participantes de forma profunda e provocante, fazendo com que vidas se iluminem ou dêem guinadas violentas, enquanto assistir tudo a se desdobrar é fascinante porque Paul Haggis (indicado ao Oscar como escritor de "Million Dollar Baby" - Garota de 1 Milhão de Dólares) fez o filme com personagens de carne e osso, enrolados em temas e histórias para se mastigar e se chocar.

Entrelaçados...
O tema geral do filme é o racismo, que é tratado sem rodeios, honestamente e sem reservas. Cada personagem dá sua contribuicão para a perpetuação do ciclo nefasto, mas também sofre por causa disso. O racismo, que é assunto interessante o suficiente para um filme que já é provocante e bastante experimental (fiquei surpreso ao vê-lo ser lancado em larga escala), é apenas o catalisador para uma mais profunda história retumbante sobre a redenção da universalidade da situação solitária em que o filme torna-se durante a sua segunda metade (o que você poderia chamar de segundo ato). O assunto se transforma a partir de uma fusão contemplativa um tanto deprimente a certos momentos do racismo na vida cotidiana e o quanto ele é destrutivo, para uma intensa teia latejante de escolhas e consequências - entre a vida e a morte, destruindo ou fazendo a alma viver - incluindo a chance de redenção.

A partir do primeiro ato, todo mundo acaba numa bifurcação na estrada ou lhe é dado uma segunda chance de algum tipo. Alguns aproveitam, outros não, mas independentemente disso, até o final do filme, todo mundo se modificou. Isso é o que dá asas ao filme em seu segundo ato, o tornando interessante, mantendo-lhe a adivinhar as coisas sobre o fio da navalha. O filme também empresta profundidade e alma aos personagens, e mostra que, apesar de diferenças percebidas e assimiladas, quando se chega mais perto, não somos tão diferentes assim (o que vemos em uma cena contundente entre Ryan Philippe e Larenz Tate após Tate perceber que ele e Philippe têm a mesma estátua de São Cristovão), e na verdade, precisamos desesperadamente uns dos outros. É um dos poucos filmes que eu vi onde todos são culpados de alguma forma e também não existem vilões. Torna-se esperançoso, particularmente com algo tão feio quanto é o racismo: todo mundo é falível, mas todo mundo tem potencialidade para o bem e para a nobreza. Dito isto, cada uma das lutas internas desses personagens justifica cada conflito e cada resolução, o que você necessita saber para entender e justificar.

Um talentoso elenco dirige o filme, dividindo quase a mesma quantidade de tempo na tela, mas as pessoas que realmente se destacaram e chamaram minha atenção a cada vez que apareciam foram Terrence Howard (que desempenha o papel de um diretor negro de TV), Matt Dillon (como um policial racista de patrulha), Sandra Bullock (a dona de casa rica e superficial), Don Cheadle (o detetive negro) e Michael Peña (um chaveiro negro). Estes cinco empregaram perfórmances profundamente sentimentais que retrataram uma ampla gama de emoções e situações pessoais, empregando de almas - sozinhas, ansiosas, em busca de um mundo que parece não se importar com eles - a pessoas imperfeitas vivendo em suas conchas. Mas os atores triunfam nos pequenos momentos de contato humano: um olhar, um abraço, uma pausa, um sorriso, um estremecimento, coisas que dão vida ao filme que, com visual simples, lhe dá grande profundidade. Isso é belamente ilustrado em uma pequena cena entre Jean em sua espiral descendente (Sandra Bullock) e sua empregada depois que ela começou a perceber todos os seus problemas podem não ser por causa dos dois rapazes negros que roubaram seu carro, mas causados por sua própria vida.

Graham

http://www.ocafezinho.com/2014/07/16/o-indiscreto-odio-da-burguesia/
Algumas notas finais no site: 

É óbvio que se trata de uma estréia do diretor. Às vezes, o diálogo e as atuações podem parecer empoladas e artificiais; algumas das situações racistas iniciais podem parecer forçadas; certas cenas poderiam ter usado alguma edição ou fino ajuste, mas no final não me importei. 

Também pode ser útil dizer que a primeira hora gasta seu tempo definindo tudo para o segundo ato, embora possa parecer-se mais como um ensaio fotográfico sobre o racismo do que um cenário. Mas quando o primeiro ato termina você está pronto para que algo substancial aconteça, e no momento perfeito, as coisas acontecem. 

Estou totalmente satisfeito com este filme, não poderia ter solicitado nada melhor. Ainda é impressionante que, com sua estréia, Haggis fez um filme que magicamente mantém uma narrativa equilibrada sobre a vida das pessoas, que flui praticamente sem falhas, carrega um olhar honesto sobre o racismo através de uma compreensão da humanidade, uma crença na redenção, e até mesmo uma esperança. Enquanto eu caminhava saindo do cinema para a noite chuvosa, meus pensamentos foram marcados e coloridos através do caminho no meio da multidão de pessoas desconhecidas, companheiras que encheram o cinema junto comigo. Isso é tudo o que eu posso desejar em um filme.

http://www.imdb.com/title/tt0375679/

Resumo do Site Tomates Podres (Rotten Tomatoes)

Questões de racismo e gênero causam a colisão de um grupo de estranhos em Los Angeles, física e emocionalmente, neste drama do diretor e roteirista Paul Haggis. 

Graham (Don Cheadle) é um detetive de polícia cujo irmão é um criminoso de rua, e isso dói-lhe ao saber que sua mãe se preocupa mais com seu irmão do que com ele. O parceiro de Graham é Ria (Jennifer Esposito), que também é sua amante, mas ela começa a se ofender com sua distância emocional, bem como sua insensibilidade ocasional sobre o fato de que ele é afro-americano e ela é latino-americana. 

Rick (Brendan Fraser) é um advogado distrital de LA cuja esposa, Jean (Sandra Bullock), faz pouco segredo de seu medo e ódio das pessoas diferentes de si mesma. Os piores receios de Jean sobre pessoas de cor são confirmados quando sua SUV é roubada por dois homens afro-americanos - Anthony (Chris Bridges, conhecido como Ludacris), que não gosta de pessoas brancas tanto quanto Jean odeia negros, e Peter (Larenz Tate), que é mais aberto. 

Cameron (Terrence Howard) é um afro-americano produtor de televisão bem sucedido, com uma bela esposa, Christine (Thandie Newton). Ao voltarem para casa de uma festa, Cameron e Christine são parados pelo policial Ryan (Matt Dillon), que os submete a um interrogatório humilhante (e sua mulher a uma revista indecente), enquanto seu novo parceiro, o policial Hansen (Ryan Phillippe), assiste a tudo chocado. 

Daniel (Michael Pena) é um chaveiro negro - trabalhador duro e dedicado pai que descobre que sua aparência não ajuda a muitos de seus clientes confiarem nele. E Farhad (Shaun Toub) é um lojista do Oriente Médio que é tão constantemente ameaçado na sequência dos ataques de 9/11 que decidiu que precisa de uma arma para defender sua família. 

"Batida" foi o primeiro projeto de filme de Haggis como diretor e escritor premiado de televisão.

http://www.rottentomatoes.com/m/1144992-crash/

Meu Comentário

Este filme me lembrou outro chamado Babel, onde vidas se entralaçam em países totalmente diferentes e distantes uns dos outros. Mas este trata de vidas entrelaçadas numa única cidade, Los Angeles.

Até onde vai a falta de diálogo, compreensão e tolerância entre as pessoas! Muitas das cenas não existiriam se as pessoas falassem o que tinham que falar, se expusessem, se abrissem, se explicassem, e se as outras acreditassem nelas e lhes dessem espaço para falarem, se as ouvissem. O caso mais patente de distorção de diálogo se dá, é claro, com o imigrante do Oriente Médio que não fala Inglês bem, com o chaveiro negro. Pelo menos este tem um motivo pra não conseguir se comunicar direito.

Assisti a este filme pela segunda vez neste fim de semana, na TV. Da primeira vez que assisti, não gostei tanto assim porque ele competiu com Brokeback Mountain, um filme que canalizou a opinião mundial positivamente com relação ao assunto da moda, casais homossexuais. Havia sido o primeiro filme sério sobre o assunto, com toques de sentimento e romance de verdade, e pouca libertinagem e promiscuidade. Ambos os filmes concorreram ao Oscar, que foi vencido pelo inesperado "Crash" ("Batida de Carro") relacionado a racismo. Enquanto um filme se propunha a falar de amor impossível, o outro que falava de ódio ganhou o prêmio. Na época me pareceu jogada ou conspiração para não elevar o filme gay aos píncaros do sucesso, mas hoje reconheço que o filme "Crash" tem muito mais conteúdo e substância.

Este filme trata de várias vidas comuns entrelaçadas, e de como pequenos atos insuportáveis de cada dia pode prejudicá-las em vários graus. Como a intolerância, as reclamacões, insatisfacões e os problemas de cada um podem criar um inferno na vida das pessoas, sejam elas próprias ou os outros que não tem nada a ver mas que de alguma forma estão relacionados.

Group hug (abraço em grupo), coisa que jogadores de rugby e
futebol tem demais por isso dificilmente você verá um deles
carente de afeto. Será que existe?
Particular cena para mim foi o máximo do sentimento do filme, quando o lojista do Oriente Médio culpa o chaveiro pelo arrombamento e destruição de sua loja, seu ganha pão, em que o seguro não quer pagar porque ele não seguiu as recomendações do chaveiro de trocar a porta, mesmo tento trocado a fechadura, conserto que acabou sendo de graça diante da estupidez do imigrante que queria que ele trocasse a porta também. Tal lojista pega sua arma e parte para matar o causador de sua desgraça, mas ao atirar contra ele, sua filhinha pula em seu cólo para protegê-lo, e leva a bala. Só que bala não houve, e o lojista surpreso com sua própria imbecilidade encontra-se de repente redimido por seu Deus, sem acreditar que não matou uma criança inocente. Nem ele causou dano ao chaveiro inocente, nem à sua filhinha, e nem tornou-se um criminoso além de falido, em suma, ele renasceu de sua atitude mais imbecil da vida, sua segunda chance, altamente reconhecida.

Segunda chance não teve o irmão do detetive negro, que foi morto pelo ex-companheiro do policial racista que se separou por não conseguir conviver com ele, o qual acabou dando carona ao garoto, mas assustou-se quando este puxou de seu bolso o que seria uma arma, mas era apenas um santinho igual ao que ele tinha em seu carro, o São Judas das calças perdidas, digo, das causas perdidas. Aquele jovem policial era contra o racismo, mas acabou matando um negro e o deixando à beira da estrada junto ao seu carro tocado fogo. Agora ele teria que conviver com um segredo amargo como todos os outros protagonistas do filme.

Mais chocante ainda é a atitude do policial racista ao salvar a mesma mulher negra em que ele havia feito uma revista indecente e que havia passado a odiá-lo junto com o marido cineasta negro que não reagiu, quase destruindo seu casamento. Ela havia sido colhida na tal batida de carro e ficado presa no cinto a ponto do carro explodir, mas quem a salvou foi o policial que ela detestava. Ela teve que deixá-lo tocar-lhe para salvar-lhe. O policial estava fazendo o seu dever, mas nas horas vagas, gostava de bulir com os negros. Tal policial tinha um pai doente em casa de quem ele cuidava sozinho, a sua via crucis, fonte de sua amargura.

Vidas entrelaçadas, cada um descobrindo dicas sobre os outros sem jamais fazerem a conexão. Enquanto o advogado distrital usa os negros para lançar sua plataforma política com êxito, sua mulher (Sandra Bullock) acaba nas mãos de sua empregada latina a quem ela despreza, mas que foi a única pessoa a resgatá-la de uma queda de escada e levá-la ao hospital, quando até sua melhor amiga não podia fazê-lo porque tinha sessão de massagens organizada na hora, para sua grande decepção. É quando ela reconhece que sua empregada imigrante é sua única amiga realmente, a mesma que costumava aguentar seus foras arrogantes humildemente.

O filme é repleto de expressões racistas o tempo inteiro, o que deve ser mais do que na realidade existe nos Estados Unidos, mas não está longe da realidade caso pudéssemos entrar nas casas dos moradores e vê-los viverem suas vidas normalmente, que é quando tais preconceitos transparecem dentro de suas quatro paredes, porém latentes lá fora.

O racismo aumenta e pode chegar ao ponto da insanidade
Afinal, o que é racismo? 

Todos os seres humanos são iguais, independentes de raças, cores e formatos.

Provas disso eu tive ao vir residir na Austrália onde as diferenças raciais são muito maiores do que no Brasil onde não se nota isso e o que se nota são as diferenças econômicas (veja como somos pobres nesse sentido)

Porém, eu diria que foi através de filmes de outras culturas que vim a saber o quanto de sentimento eles carregam, tais como vietnamitas e alemães. Não imaginamos como eles pensam iguais a nós, ocidentais, como eles carregam o mesmo tipo de sentimentos e sentidos de famílias, sendo eles pobres ou ricos. Por mais diferente que uma cultura seja, os valores básicos são todos iguais, tais como amor, família, moral, respeito, honestidade, sinceridade, tolerância, bondade e... maldade também.

Ideal é olhar pra uma pessoa e não ver seu invólucro externo. É enxergar-lhe por dentro, através de seus olhos (ou na falta destes, através de sua face, através de qualquer coisa), passando-se a amar o espírito, e a partir daí, ama-se o corpo exterior como parte daquela pessoa.

Quantos filhos brancos de pais deficientes, feios, negros, de outras raças, os amam de qualquer jeito e nem sequer notavam diferenças quando eram pequenos? Só sabe quem passou por isso.

Outra trama paralela se dá quando os dois ladrõezinhos de carros passam por cima de um chinês no meio da rua. O chinês estava abrindo sua van quando foi colhido e ficou enganchado embaixo da SUV roubada do promotor e sua mulher. Os rapazes retiraram o chinês e foram embora. Em cena posterior, a mulher do chinês é chamada no hospital quando bate seu carro contra o carro da esposa negra do cineasta, a que foi salva pelo policial indecente. O chinê se salva e dá um cheque de grande soma para a esposa.

Preconceitos arraigados chegam a cegar e lhe tornarem um animal
irracional
O ódio que os personagens expressam a partir de atitudes aparentemente banais nos leva o coração à boca esperando a próxima tragédia. Assim mesmo são as brigas na vida real.

Mais adiante um dos ladrões de carros vê a van com a chave na porta e decide roubá-la, sem associar que foi alí que, junto com o outro, distraídamente enquanto discutiam, colheram o chinês embaixo da SUV. Ao roubar a van e entregá-la na oficina que comprava carros roubados, descobrem que dentro havia uma dúzia de asiáticos refugiados trancados. Foi daí que surgira o tal cheque que o chinês repassou à esposa. A boa ação foi o ladrão de carros liberar os refugiados num bairro asiático para eles desfrutarem a América, e ainda dar dinheiro para eles comprarem comida.

De um filme tão incômodo, que nos deixa tão ultrajados sem senso de justiça, o final nos redime a todos e prova mais uma vez como a vida de todos nós está interligada, e o quanto dependemos uns dos outros, para perdermos tempo falando mal dos outros e julgando-os errados como se tivéssemos o direito de julgar alguém.

Conclusão 

Ser racista é ridículo e uma perda de tempo e energia, uma falta de consciência e respeito pelos outros espíritos encarnados em corpos físicos diversificados e de culturas diversificadas, um estopim de desavenças e guerras sangrentas que acabam gerando tragédias ignominiosas... ("ignomínia" é um substantivo feminino que significa vergonha pública grave, desonra extrema, opróbrio, infâmia, desdouro, vitupério, torpeza, ultraje, afronta)...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são moderados para evitar a destilacão de ódio que assola as redes sociais, desculpem.