sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Saudades de Lula

Finalmente, coisa positiva, e pra variar, tudo por causa de Lula, como era na era Lula.

Globo encomenda pesquisa para ajustar ataques políticos a Lula

Escrito por Miguel do Rosário, Postado em Redação

http://www.ocafezinho.com/2017/02/13/globo-perplexa-populacao-tem-cada-vez-mais-saudades-de-lula/

A edição do jornal Valor (leia-se Globo) publicou hoje (13/02/2017) – e tratou rapidamente de esconder a notícia, tanto que me deu um certo trabalho encontrá-la – uma pesquisa qualitativa feita exclusivamente para o jornal.

A pesquisa aponta que a população está cada vez mais saudosa de Lula, apesar do “noticiário negativo” contra o ex-presidente.

O gráfico, tirado dos números do Datafolha, mostra o crescimento incrível de Lula em 2016 em meio ao mais virulento ataque midiático já sofrido por um político na história do mundo.

Lula dispara, enquanto os candidatos anti-Lula, como Marina Silva (que apoiou Aécio, o impeachment e não dá uma palavrinha contra Temer) e tucanos, desabam.

O título que o Valor (Globo) dá ao gráfico é engraçado, porque não esconde a perplexidade da grande mídia em relação à resiliência de Lula: “Ano estranho”.

Entretanto, quando a reportagem reproduz algumas frases colhidas na pesquisa qualitativa, vê-se que a única e exclusiva razão para o crescimento de Lula é a maior virtude da raça humana, a única que pode salvar o país: o bom senso.

Alguns entrevistados, confrontados pelas acusações contra Lula, dizem o seguinte (segundo a reportagem do Valor):

“Pega um vereador, tem muito mais poder aquisitivo que um sítio em Atibaia ou um apartamento no Guarujá”, disse alguém. “Atibaia nem é tudo isso”, completou uma mulher. “Não tem provas concretas”, decretou outro.

Ou seja, a principal acusação da Lava Jato contra Lula, de ser dono de um “triplex” e um sítio, simplesmente não está colando. É ridículo demais e não engana nem o zépovinho cujo principal meio de informação é a TV Globo.

De maneira geral, a população, constatam os pesquisadores, tem lembranças cada vez mais positivas da era Lula, quando havia um “equilíbrio”, ou seja, o Brasil ainda não fora assaltado por esse consórcio de bandidos que vemos hoje, ocupando todas as esferas de poder, no Executivo, no Judiciário, no Ministério Público, no Legislativo. Até a mídia, intimidada pela popularidade de Lula e pelo bom desempenho das políticas econômicas do governo, mantinha um pouco mais de compostura.

Trecho da matéria:

(…) o levantamento identificou reiterados sinais de um sentimento de nostalgia em relação à sua gestão, de 2003 a 2010. Eleitores não ideológicos que estariam dispostos a guiar a escolha baseados em boas lembranças daquele governo. Lembranças associadas, principalmente, a aspectos econômicos.

Outro trecho:
O grupo era composto por dez pessoas, que receberam uma gratificação em dinheiro pela participação, lanche e refrigerante. Optou-se por eleitores das classes C e D de regiões periféricas de São Paulo, de 25 a 55 anos, que não são filiados ou militantes do PT, mas que, embora possam ter restrições ao partido, declaram intenção de votar em Lula numa nova eleição presidencial.
Capa boa mas com uma condição: não mexer com
FHC
Os eleitores selecionados, conforme ficou demonstrado na sessão, têm interesse por política, mas são pouco informados e nutrem forte rejeição a partidos. Usam como fontes de informação o Facebook e a televisão, principalmente Globo e Record. Todos já votaram em Lula pelo menos uma vez, mas nenhum votou pela reeleição do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) no ano passado. Mais da metade declarou voto no tucano João Doria, três anularam, um foi de Celso Russomanno (PRB). O nome do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que ensaia o lançamento de uma candidatura presidencial, despertou visível interesse nos homens, mas também imediata rejeição entre as mulheres.
No grupo em que só um disse não ter apoiado o impeachment de Dilma, a figura política de Lula foi reverenciada. A discussão em torno de seu nome, conforme assinalam os pesquisadores, é embalada por “forte apelo emocional”, movida por um sentimento de “gratidão extrema, ligada à sensação de boa situação financeira (…) que marcou os governos Lula na memória dos entrevistados”. A pesquisa ocorreu uma semana antes da morte da mulher de Lula, a ex-primeira-dama Marisa Letícia.
Um dos aspectos mais destacados pelos participantes foi o do trabalho, realçado várias vezes durante a sessão. “Havia um equilíbrio entre as coisas, a taxa de desemprego era muito baixa. No governo dele eu arrumava emprego fácil, mesmo sendo menor de idade”, afirmou um dos participantes. “Antes eu escolhia a empresa que eu queria trabalhar”, completou outro. “Era um governo que todo mundo gostava, você não via ninguém fazer baderna”, resumiu mais um. “Só quem não gostou da administração dele foi o pessoal da classe A. Muita gente começou a ter opção e salário melhor e parou de se sujeitar para os patrões.”
As últimas frases mostram a intuição incrível do povo, frequentemente superior aos dos mais capacitados intelectuais: “só quem não gostou da administração dele foi o pessoal da classe A. Muita gente começou a ter opção e salário melhor e parou de se sujeitar para os patrões”.

Uma das conclusões que se pode fazer da pesquisa, a meu ver, é como não se pode jamais subestimar o mal causado pela falta de comunicação do governo Dilma. O povo, mesmo rejeitando Dilma, continuava apoiando as políticas do PT e permanecia fiel a Lula.

Dilma cometeu um erro trágico ao não manter um canal direto, constante, de comunicação com seus eleitores.

Repare também que as principais fontes de informação dos entrevistados (como da maioria das pessoas mais pobres) são Globo e Record.  Entretanto, os mesmos também se informam, de maneira determinante, pelo Facebook. Ou seja, seria possível, ao governo Dilma, fazer uma comunicação mais inteligente, mais direta, distribuindo pequenos vídeos, oferecendo um debate mais franco, em que inclusive os problemas reais fossem explicados à população.

O PT tem uma visão, até hoje, incrivelmente medíocre de comunicação, confundindo-a com propaganda, o que apenas tira o prestígio e a força da mensagem. O povo tinha que ouvir uma análise dos problemas e desafios enfrentados pelo país diretamente da boca da presidente. Uma análise franca, dura, realista, inclusive em relação aos problemas políticos.

Dilma enredou-se num republicanismo falacioso, um republicanismo suicida, que é na verdade um não-republicanismo, segundo o qual um presidente não pode falar com a população porque isso seria “chavismo”, ou “uso indevido” da máquina pública. Ora, Obama falava diretamente à população, por email, facebook, youtube, pessoalmente, dava entrevistas a vários canais, recebia blogueiros políticos. Obama não era chavista: era um político!

Dilma, por sua vez, fugiu da TV, com medo dos panelaços dos bairros ricos (ou seja, com medo da Globo), dizendo que ia apostar na internet e, ao cabo, sumiu também da internet. O povo ficou desamparado, sem ninguém para lhe explicar a crise política a não ser os âncoras da Globo.

Reunião do G20
Lula, em cujas costas hoje repousa uma responsabilidade que ele mesmo nunca imaginaria ter, de ser a última esperança democrática, o único ponto de resistência à ditadura judicial, ao fascismo, ao desmanche do Estado que os tucanos não tinham conseguido levar adiante até o fim de seu primeiro governo, precisa entender a importância de montar, já em sua pré-campanha para 2018, um moderno e democrático sistema de comunicação.

Que o PT e Lula, porém, não se enganem. A pesquisa qualitativa do Valor foi encomendada exclusivamente com o fito de ajustar a estratégia de ataque político a Lula e ao PT. Por isso é uma pesquisa qualitativa voltada especialmente para o eleitor (atual) de Lula.

O nome da pesquisa deveria ser: o que mais podemos fazer para manipular a consciência do pobre de classe C e D que ainda resiste em votar em Lula?

Lula e esposa Marisa como devem ser lembrados
A guerra vai ficar mais suja nas próximas semanas, porque, evidentemente, um golpe dado a um custo tão alto para o país, não seria levado adiante se não houvesse uma determinação insana de evitar qualquer chance de Lula voltar ao poder.

Observe-se que esse eleitor de Lula tem várias vulnerabilidades e contradições, que já vem sendo exploradas há tempos pela grande mídia. Ele admira Sergio Moro, por exemplo. Os homens (não as mulheres) demonstraram “visível interesse” por Jair Bolsonaro.

Enfim, é tudo muito complicado para Lula.

Mas quando é que as coisas foram fáceis para ele, hein?

Reportagens similares: 2018 Tem Componente Eleitoral Inédito, Diz Pesquisa: Saudade de Lula:

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/2018-tem-componente-eleitoral-inedito-diz-pesquisa-saudade-de-lula/

Lula e a pesquisa que a elite não entende: o “bota o retrato do velho outra vez”

POR FERNANDO BRITO · 13/02/2017

A edição do jornal Valor tem um interessante relato sobre uma pesquisa qualitativa feita com eleitores de Lula – e não do PT – das classes C e D de regiões periféricas de São Paulo, de 25 a 55 anos. O jornal contratou a empresa Ideia Inteligência para saber como, apesar de todo o bombardeio da mídia e do Judiciário, Lula segue cada vez mais favorito nas pesquisas.

E o próprio jornal escolheu a palavra que define o sentimento generalizado no grupo pesquisado: “saudades”.

Eleitores não ideológicos que estariam dispostos a guiar a escolha baseados em boas lembranças daquele governo. Lembranças associadas, principalmente, a aspectos econômicos.(…)No grupo em que só um disse não ter apoiado o impeachment de Dilma, a
figura política de Lula foi reverenciada. A discussão em torno de seu nome, conforme assinalam os pesquisadores, é embalada por “forte apelo emocional”, movida por um sentimento de gratidão extrema, ligada à sensação de boa situação financeira (…) que marcou os governos Lula na memória dos entrevistados”.(…)Um dos aspectos mais destacados pelos participantes foi o do trabalho, realçado várias vezes durante a sessão. “Havia um equilíbrio entre as coisas, a taxa de desemprego era muito baixa. No governo dele eu arrumava emprego fácil, mesmo sendo menor de idade”, afirmou um dos participantes. “Antes  eu escolhia a empresa que eu queria trabalhar”, completou outro. “Era um governo que todo mundo gostava, você não via ninguém fazer baderna”, resumiu mais um. “Só quem não gostou da administração dele foi o pessoal da classe A. Muita gente começou a ter opção e salário melhor e parou de se sujeitar para os patrões.”

No jornal,  o diretor da Ideia Inteligência, Mauricio Moura,  diz que a boa lembrança do governo Lula na área econômica será o numa disputa presidencial em 2018.

“As pessoas reconhecem que a vida era melhor quando ele era presidente”, diz. “E gratidão parece ser uma coisa muito forte nesse grupo.”

Ao contrário do que se revela em parte da classe média e, sobretudo na elite política, sempre disposta a mudar de lado às conveniências de momento.

O retrato do velhinho faz a gente trabalhar...
Aos que são pretensiosos, que gostam de dizer ao povo como deve se comportar e fazer suas escolas políticas, aos que não conseguem entender como a marchinha do “Bota o retrato do velho outra vez/bota no mesmo lugar” refletia a a compreensão da massa de que Getúlio significava direitos,   fica advertência para atendar ao processo de formação da consciência do povão.

Mesmo submetido a um massacre de mídia, mesmo doutrinado por um discurso moralista hipócrita, mesmo não podendo contar com uma esquerda que mergulhe em seu universo e o politize, ele sabe onde estão seus interesses, a sua defesa.

O terreno de Lula é a discussão dos direitos sociais, da retomada econômica, do emprego, da moradia, do consumo popular. E da autoridade que lhe dá ter governado com estas  prioridades.

Se não atentarmos a isso, ficamos igual às eleições municipais, onde os votos do Freixo não atravessaram o túnel ou a São Paulo, onde Haddad não chegou a Parelheiros.

http://www.tijolaco.com.br/blog/lula-ou-porque-elite-nao-entende-o-bota-o-retrato-do-velho-outra-vez/

Música que ironiza o termo “cidadão de bem” vence concurso de marchinhas em BH

O tradicional Concurso de Marchinhas Mestre Jonas, que ocorre anualmente no início do carnaval de Belo Horizonte, fez na noite deste sábado (11) a sua final. A música O baile do cidadão de bem foi a vencedora. Os compositores Helbeth Trotta e Jhê Delacroix levarão um prêmio de R$ 6 mil.

Segundo a letra da marchinha, o cidadão de bem protesta contra a corrupção, mas comete diariamente ilicitudes, como estacionar em lugar proibido. Também defende a morte de criminosos, enquanto se diz a favor de vida e contra o aborto. "Nós fizemos uma pesquisa sobre o tema e descobrimos várias curiosidades. Por exemplo, cidadão de bem era o nome de um jornal da Ku Klux Klan, que no início do século passado defendia nos Estados Unidos a supremacia branca e praticava atos violentos contra negros", conta Helbeth Trotta.



Organizado desde 2012 pela produtora Cria Cultura, o concurso tem por hábito consagrar composições sarcásticas e politizadas, que fazem referência a algum episódio público do país. “Já é um evento do calendário da cidade. Fica todo mundo esperando pela marchinha vencedora”, diz o folião Guto Borges. Ele é um dos compositores de Imagina na Copa, a vencedora em 2013 que aborda conflitos sociais decorrentes da realização Copa do Mundo no Brasil, tais como as desapropriações.

Nas outras edições, se sagraram vencedoras as marchinhas Na Coxinha da Madrasta, em 2012; O Baile do Pó Royal, em 2014; Rejeitados de Guarapari, em 2015; e Não Enche o Saco do Chico, em 2016.

Paralelo ao concurso, a prefeitura de Belo Horizonte também promete lançar em breve a sua própria marchinha. Segundo Aluizer Malab, presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), a letra buscará alertar os foliões para a importância do combate ao trabalho infantil e à exploração sexual durante os dias de carnaval. 

Agência Brasil

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.au/2017/02/musica-que-ironiza-o-termo-cidadao-de.html

Dois dias se passaram antes de eu ter tempo de finalizar com fotos e publicar este post, e daí surgiram muitos outros artigos de vários tipos analisando esta conclusão fatal de que, quanto mais atacam, mais Lula fica forte.

Daí me deparei com um vídeo "viral" chamado Saudades do Meu Ex e outro vídeo hilariante do Conversa Fiada chamado Lula, Solto, Arrasa nas Pesquisas, claro, o qual tem que ser divulgado aqui para vocês darem risada também, que é de risada que a gente anda precisando muito nestes tempos bicudos.


Vídeo do Paulo Henrique Amorim também divulgado aqui no Blog do Liberato: http://blogdoliberato.blogspot.com.au/



Na Última Hora


Tarso Genro Reforça Inocência de Lula, Diz DefesaEx-ministro da Educação, Relações Institucionais e Justiça, Tarso Genro depôs nesta quinta-feira 16 como testemunha de defesa do ex-presidente Lula no caso do apartamento no Guarujá; segundo os advogados de Lula, o depoimento do ex-governador do Rio Grande do Sul foi "enfático" ao demonstrar que "Lula jamais participaria de esquema de arrecadação de propina". Outro diferencial do governo Lula, citado por Tarso Genro, foi a estruturação de um aparato para agilizar, dar independência, eficiência e maior transparência ao combate à corrupção. No governo Lula houve a efetiva criação da Controladoria Geral da União (CGU), implantação de sistemas de compliance, melhoria dos salários e das condições de trabalho da Polícia Federal, incremento na capacidade tecnológica do órgão, que passou a contar com equipamentos mais modernos. A implantação de laboratórios de combate à lavagem de dinheiro, hoje usados pelo Ministério Público, datam da era Lula, esclareceu Genro. Cristiano Zanin Martins. 


Jorge Viana Denuncia Silêncio dos Jornais Sobre Disparada de Lula em Pesquisa"Nós estamos com um governo que veio de um impeachment. Tivemos um golpe parlamentar no Brasil. E aí sai uma pesquisa que traz a opinião pública, a verdadeira opinião pública, se manifestando sobre as eleições do próximo ano, e isso não ganha espaço nem nas televisões, nem nos grandes jornais", criticou o senador Jorge Viana (PT-AC), em discurso nesta quinta-feira 16; "Se o resultado mostrasse o crescimento de alguém do PSDB, de alguém do PMDB, de alguém do Democratas, estaria na capa dos jornais", provocou.


Jornais Escondem Pesquisa que Revela Seu Fracasso em Destruir LulaHá uma questão intrigante na praça: por que os três principais jornais do País decidiram não noticiar ou esconder a pesquisa CNT/MDA, que apontou a disparada do ex-presidente Lula na sucessão presidencial? Folha e Globo, por exemplo, ignoraram o assunto, enquanto o Estado de S. Paulo confinou o tema a um rodapé; a resposta talvez seja a incapacidade da mídia brasileira em destruir Lula, a despeito de uma campanha negativa que já dura vários anos; outro motivo para ignorar a pesquisa é a péssima imagem de Michel Temer, que só chegou ao poder graças ao apoio dos meios de comunicação; ou seja: o Brasil tem hoje uma imprensa que vai na direção oposta à dos anseios da população.


Santayana com Olhos em GazaNão é segredo para ninguém que há grandes parcelas da população brasileira que estão cada vez mais, irremediavelmente e contagiosamente cegas, cultural e ideologicamente, como os habitantes da cidade imaginária do livro Ensaio Sobre a Cegueira, do escritor português José Saramago. A Justiça pode até fingir que é cega, mas tem muita gente, nas mais diferentes camadas sociais, que não o é. E continua enxergando.


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