sábado, 26 de novembro de 2016

Fio da Meada

Perdeu o fio da meada sobre como o Brasil chegou aonde está hoje? Leia esta recapitulação publicada pelo The Intercept Brasil, do jornalista Gleen Greenwald, Caso Temer Geddel É Apenas um Folhetim em uma História que Perdeu o Fio da Meada:

https://theintercept.com/2016/11/25/caso-temer-geddel-e-apenas-um-folhetim-em-uma-historia-que-perdeu-o-fio-da-meada/

Está com fome? Imagine-se jantando ou sendo jantado em Temer Almoça com Tucanos que se Preparam para Jantá-lo:

http://www.tijolaco.com.br/blog/temer-almoca-com-tucanos-que-se-preparam-para-janta-lo/

Justiçamento

O jornal Gazeta do Povo já denunciava em maio de 2014 que o brasileiro estava partindo para fazer justiça com as próprias mãos (casos recentes indicam que país vive onda de linchamentos, impulsionada, segundo especialistas, pelo descrédito nas instituições) no artigo Justiçamento Não É Justiça, ou a promoção do ódio:



Quando as pessoas começam com injustiças, elas não param mais por conta própria. Contra isso, é importante divulgar o princípio que rege a profissão de medicina. No recente caso se lançou a seguinte questão: você salvaria o criminoso ferido de morte num hospital ou trataria primeiro um policial ferido levemente e sem risco de vida? A questão gerou uma controvérsia polêmica justamente porque as pessoas estão passando por esta fase de ódio que as cega e torna injustas, mesmo aquelas que são religiosas ou de "nível superior" e por conta disso deveriam possuir mais controle sobre suas emoções mais selvagens. 

Meu irmão me disse que, porque era religioso, não aguentava ser cobrado desse jeito, ou seja, ele não tem consciência de valores e está perdido como a maioria dos brasileiros está também hoje em dia, o que reforça minha referência aos nossos grupos sociais, onde estamos inseridos e de onde não podemos discordar de seus conceitos em comum, sob pena de sermos expelidos, e no cúmulo do extrapolamento, trucidados, linchados em praça pública. Pois afinal, o que mais limita as pessoas a deixarem de ser selvagens, a eliminarem ou reduzirem seus preconceitos, senão o auto-controle regido pelos seus conceitos?

O The Intercept Brasil debate sobre a covardia de Fátima Bernardes, da Globo, diante da perseguição da sociedade, e não só da polícia, contra o conceito de igualdade que rege a profissão médica no artigo Fátima Bernardes Faz Coro com Jair Bolsonaro ao Levantar a Bandeira do Justiçamento, em resposta à repercussão da polêmica levantada por seu programa na Globo, o que a fez acabar por desculpar-se publicamente e decidir tomar partido de tratar o policial primeiro aderindo ao mote "bandido bom é bandido morto", ao ser acuada por um público que a cada dia se torna mais distorcido e psicótico:


Seguindo o padrão médico, os participantes do programa decidiram que o traficante deveria ser atendido, afinal correria risco de morte e o policial, não.

Para profissionais de saúde, tanto o policial quanto o traficante são pacientes. O artigo 1 do código de ética médica dá conta que a medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e deve ser exercida sem discriminação de nenhuma natureza. Caso o profissional passe por cima disso, é aberto um precedente para que ele se recuse a atender por conta da cor da pele, religião ou posicionamento político em outros casos de emergência.

“A discussão destacou que as questões éticas da profissão de médico devem prevalecer sobre os julgamentos de valor, concluindo que todos devem ser atendidos, sem distinção, e de acordo com a gravidade de seu caso. No debate deste ou de qualquer outro tema, o programa preza sempre pelo respeito a todos”, diz nota divulgada pela emissora após a perseguição à apresentadora.

Conceito

E agora, qual conceito devemos abraçar? Vamos voltar à Mesopotâmia de antes de Cristo e seguir a Lei de Talião (retaliação) do Código Hamurabi, "olho por olho, dente por dente", ou vamos optar pela visão mais evoluída da civilização que instituiu os direitos fundamentais e implementou o Estado de Direito a partir de 1835 a fim de erradicar a injustiça medieval? Em que caminho nós, brasileiros, estamos? Mão ou contra-mão da civilização? Até onde estamos enganados ou sendo enganados? O que essa atitude impensada de parte significativa do povo brasileiro pode acarretar no futuro? Onde está a nossa responsabilidade? Afinal, o que somos nós? Homens ou ratos? É justamente esta caça às bruxas do "injustiçamento" que nos fez culpar quem não tinha culpa e atrasar o Brasil radicalmente desse modo escandaloso como está hoje. Novos Escândalos de Temer Comprovam que o Impeachment Visava Proteção de Corruptos:


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