sábado, 5 de março de 2016

Visão Portuguesa

Revista Visão e Notícias Positivas

Se for pela revista Visão portuguesa, de Portugal, "estamos provavelmente a viver um dos momentos mais pacíficos da História da nossa espécie na Terra", diz Steven Pinker, professor de Psicologia da Universidade de Harvard e autor de The Better Angels of Our Nature: Why Violence Has Declined (Os melhores anjos em nós: porque a violência caiu).

A Seção Raio X, página 26 da Visão edição 1181 de 22 outubro 2015, pergunta:

Um mundo pior? 

Todos os dias - a todos os minutos - somos inundados com histórias de desgraças. Fome, guerra, pobreza. A julgar pelas notícias, achamos que o planeta e a Humanidade caminham para a sua perdição. Resta saber se os factos confirmam os achismos.

Pobreza

É um marco histórico: este ano, a população mundial que vive abaixo do limiar da pobreza deverá ser pela primeira vez inferior a 10%, segundo o Banco Mundial. Para se ter uma ideia da importância desta conquista, diga-se que, em 1990, a pobreza extrema atingia 37% da Humanidade.

7 bilhões de pessoas, quadro em Inglês, http://visual.ly/7-billion-people
Um Planeta Sob Pressão

No início dos anos 60, havia apenas 3 mil milhões de pessoas no mundo. Hoje, somos mais de 7 mil milhões. Mas, apesar de todas as previsões apocalípticas, os recursos do planeta parecem estar a dar para as encomendas.

Fome

1990: 23,3%
2015: 12,9%
À primeira vista, os números não são muito animadores: há 35 anos, mil milhões de pessoas estavam subnutridas, e hoje, apesar da descida, há ainda 800 milhões que adormecem com fome. Mas, levando em conta o aumento da população, a subnutrição passou para quase metade.

Guerras

As estatísticas não confirmam a nossa percepção de que o mundo está mais violento. O número de mortos em guerras, em relação à população total, é hoje o mais baixo de sempre. E mesmo em números absolutos, as últimas décadas têm revelado uma enorme descida: das 65 mil vítimas anuais, em média, da década de 1950, passámos para duas mil por ano, na década passada.

Muita gente na procissão do Círio de Nazaré em Fortaleza. Veja
mais fotos do que significa 7 bilhões de pessoas no mundo aqui:
http://photoblog.nbcnews.com/_news/2011/10/24/8401161-what-do-
7-billion-people-look-like
550%

Aumento global do número de painéis solares instalados nos últimos seis anos. As fontes renováveis de energia, aliás, têm desempenhado um papel cada vez mais importante na produção de riqueza: no ano passado, a economia mundial cresceu (3,4%) sem que as emissões de gases com efeito de estufa tenham aumentado, coisa que nunca aconteceu desde a Revolução Industrial.

Homicídios

Na Europa Ocidental, no século XIV, eram assassinadas cerca de 50 pessoas por mil habitantes: hoje, as estatísticas rondam uma pessoa por cem mil.

Conteúdo da Visão

Visão do sapo, de Daniel Lemes
https://www.tutoriart.com.br/tutorial-
manipulacao-e-pintura-no-photoshop-com-o-
sapo-robotico/
Esta revista me foi emprestada por causa da reportagem Infotráfico, de João Dias Miguel, o qual não autorizou disponibilizá-lo na internet por medo da ameaça do controle dos acumuladores de Big Data (Dados Imensos), novo conceito informático que praticamente remove os limites do que se pode armazenar em termos de informação sobre cada pessoa vivente no planeta (menos aquelas de países pouco informatizados como os da África, cuja limitação tem sido ultrapassada pela difusão dos telefones celulares pessoais numa verdadeira orgia de invasão, hoje o mercado que mais cresce no mundo). Infelizmente, por conta disso, não me permito reproduzir seu excelente trabalho aqui no meu blog. Para lê-lo, é preciso assinar a revista aqui, pois ninguém lá é Espirita para disponibilizar tudo grátis: http://visao.sapo.pt/

Para quem achou estranha a visão do sapo acima, SAPO é a abreviatura de Servidor de Apontadores Portugueses, entendendo-se apontadores como sendo endereços de internet, ou seja, um dos mais utilizados provedores de internet desenvolvido na Universidade do Aveiro, Portugal, hoje subsidiário do Grupo Telecom Portugal.

Infotráfico (página 51)

Mas posso reproduzir o início da reportagem de 9 páginas publicado na página com o link a seguir.

http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2015-10-21-Infotrafico-quando-a-presa-somos-nos

Quando a Presa Somos Nós

Por João Dias Miguel

A sua intimidade está a ser caçada a cada segundo, byte a byte. A ser vendida e usada contra si. 

Escondidas na matrix, e sem leis que as proíbam, há empresas a lucrar milhões com a espionagem de informação pessoal. Estes 'caçadores de metadados' conseguem vigiar tudo e todos – nem os ficheiros públicos escapam

Deveria haver nas escolas uma disciplina sobre cidadania digital. Quem o diz é o diretor de segurança informática do Conselho Superior de Magistratura. “Esta geração apanhou o início da internet sem saber muito bem no que se estava a meter, sem saber que a informação que estão a dar vai ser tratada, analisada, categorizada.”

Sérgio Silva dá um exemplo: “Vou a um banco pedir um empréstimo para comprar uma casa e é-me aplicado um código fonte [escreve num papel]:

Function peso ( ) { IF PESO > 110 THEN { NO } }.”

Querido Papai Noel, este ano gostaria de um corpo magro e uma
gorda conta bancária. (Por favor, não misture tudo como fez no ano
passado!)
“Quer isto dizer: Não fazemos empréstimos a pessoas com mais de 110 quilos. Qual é o problema? É que eu não sei, nem o funcionário do balcão sabe, porque é que o software recusa o meu empréstimo.” Não sabe porque as empresas não se sentem obrigadas a revelá-lo. “Eu podia, se tivesse acesso aos dados, resolver fazer uma dieta. Ou podia desmentir, dizendo que agora tenho menos de 100 quilos. Mas assim estou completamente às escuras. E isto, em Portugal, pelo menos, não está a ser minimamente fiscalizado, ou regulado…”

O assunto, considera, deveria ser uma prioridade dos reguladores do Estado. “Vivemos numa matrix, em que temos duas realidades – a real e a digital. E o problema é que a segunda é paralela e desconhecida da maior parte das pessoas, mas é talvez a mais importante, pois define decisões que afetam a nossa vida sem que disso tenhamos consciência.”

Defenda-se

Thor, o filme, com o ator australiano Chris Hemsworth,
é uma cebola insuportável
Alguns conselhos para escapar ao roubo de dados, recorrendo também a empresas que fazem da privacidade o seu negócio:
  • Navegador Tor mistura os IP de vários utentes de forma a que a sua localização seja mascarada e apareça noutro endereço (por exemplo, na Austrália)
  • O modelo de negócio do motor de pesquisa DuckDuckGo baseia-se em NÃO seguir os seus hábitos 
  • O sistema de comunicação Wickr oferece mensagens encriptadas
  • A rede social Ello é a que mais protege a privacidade dos seus utilizadores
  • Retire a bateria do seu telemóvel, se não quiser que terceiros possam aceder aos seus dados e à sua localização ou "escutá-lo"
  • Não armazene dados sensíveis em nuvens partilhadas
  • Evite responder a inquéritos online e usar as redes sociais como provedores de identidade na entrada de outros sites
  • Não partilhe imagens e dados pessoais nas redes sociais

Conclusão

Sobre este assunto de privacidade, é melhor aceitar logo que ela está fadada a desaparecer, e tomar suas medidas para publicar todo o impublicável de sua vida antes que alguém publique para você, ou tente ameaçá-lo com o que sabe e você não quer que saibam.

Privacidade na privada
Privacidade está no fim, faz parte do novo estágio para o qual o planeta vai evoluir nos próximos anos. Lá, quando você morre, não existe privacidade. Você aparece exposto, e por isso o pavor de tanta gente que tem tanto a esconder. Se sua vida é um livro aberto, você não sentirá diferença alguma quando "desencarnar", sair da carne. Portanto meu conselho é que vá se acostumando logo pra não sofrer muito quando chegar lá, porque você vai chegar lá, quer queira, quer não.

Exceto que a tecnologia de preservar a vida anda muito avançada e quem sabe chegará o dia em que não morreremos mais, ou melhor, só se você for bilionário. Mas, é aquela história, será que você vai aguentar ficar vivo por mais de 150 anos, ou vai pedir para morrer, pelo amor de Deus? Vamos ver...

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