quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Qualidade do Jeitinho Brasileiro III

Continuação...

Avaliação: Fora do Normal, Muito Boa, Satisfatória, Razoável e
Insatisfatória
Múltipla Escolha

Nosso "jeitinho brasileiro" também introduziu partes nas pesquisas onde as pessoas podiam expressar suas opiniões ao invés de apenas selecionarem opções estanques de múltipla escolha. 

Tais opções em geral nunca cobrem o universo e muita gente se sentia obrigada a optar por uma coisa com a qual não concordava só porque sua opção não estava presente, resultando em falsos resultados e falsas decisões baseadas em falsas pesquisas. Pareciam até as pesquisas sobre a quantidade de ativistas protestando nas ruas brasileiras contra o governo ou sobre a aprovação do governo, feita com 300 pessoas das elites. 

Os quadros de textos com a opinião de cada um aumentaram muito mais o trabalho dos pesquisadores (que devem ter ficado com ódio de mim), mas só então os resultados começaram a retratar a realidade da empresa, e as decisões começaram a ser mais lógicas. Passou-se a enumerar-se os pontos mais frequentes escritos pelas pessoas, sumarizando-os, a fim de serem atacados em sequência e, de preferência, sanados.

É engraçado como todo mundo concorda com minhas opiniões mas parecem incapazes de verbalizá-las como eu. E nessa língua maldita...

Os Jovens
Jovens com muita bola e a boca no trombone como os 
protestadores das ruas brasileiras

Uma coisa ficou evidente: o que mais reclamaram foi de falta de treinamento. A empresa encoraja o auto-treinamento da pessoa lhe disponibilizando cursos online, mas os cursos são tantos que as pessoas se perdiam quando tentavam selecionar os mais acertados, além de perderem mais tempo procurando do que estudando. 

Era preciso lhes orientar. Então um grupo atacou este problema e passou um ano tentando construir uma tabela de cursos indicados. Não conseguiu. 

Foi quando chegou a minha vez de dar meu precioso pitaco, que foi o seguinte: minha gente, quem clama por treinamento são os jovens, os récem-contratados. Eles nunca estão satisfeitos com nada. Não adianta dar-lhes um mapa da mina porque nunca vai ser o bastante para eles, eternos insatisfeitos, loucos para ganhar promoções rapidamente, que se não vierem, eles mudam de empresa. Há problemas mais sérios que devem ser endereçados antes de se perder tanto tempo com estes fedelhos que andam ganhando a parada de botarem a boca no trombone.

Fui preso porque pensavam que eu estava dando uma de homofóbico... brincadeirinha.

Como Você Responderia a Esta Pergunta?

Lhe convidam para um banquete da empresa, mas para evitar problemas de saúde, lhe pedem para dizer se você tem alergia a alguma coisa, de modo a eles evitarem lhe expor a risco de vida e evitar-lhes sofrerem um processo milionário. Então eles fazem uma pesquisa ao mesmo tempo em que você atende ao convite assim.

Vocé é alérgico a:
  • Lactose
  • Peixe
  • Lagosta
  • Castanhas
  • Nenhuma das opções acima
Você é alérgico a amendoim, o que responderia? Qualquer resposta aqui seria falsa e lhe deixaria em risco de vida, mas sua opção tinha que ser "Nenhuma das acima". Uma pesquisa mais inteligente seria:
  • Outros, especifique
Um elefante alérgico gay incomoda muito mais. (Amendoim não,
sou alérgico!! Favor não me alimentar). Sou delicado e 

não só como você...
Você então escreveria "amendoim". Se eles não pensaram nisso, pensarão na próxima pesquisa e descobrirão que muita gente tem muitos outros tipos de alergia como jamais eles poderiam imaginar. Esta semana soube de alguém alérgica a maçã.

Na primeira pesquisa assim, as respostas seriam extraídas do computador imediatamente. No segundo caso, seria preciso examinar cada respondente pois eles podiam não usar as mesmas palavras para dizerem as mesmas coisas e a inteligência artificial dos computadores ainda não chegou a este ponto de sabedoria. 

Eles poderiam escrever mandioca, macaxeira, aipim ou inhame, cará, taro, ou mexerica, laranja-cravo, mandarina, vergamota, jeruk keprok, يوسفي, 橘子, significando a mesma coisa. Ou seja, os resultados não seriam imediatos e os funcionários teriam que analisar e gastar tempo para produzirem um diagnóstico mais preciso. Imagine que estas pesquisas são contratadas a outras empresas, e o dinheiro fácil que elas ganhavam até então, para darem resultados imprecisos. Agora têm que suar mais...

Excesso de Recursos Difíceis

Outra falha do elefante: contratava várias empresas para cada uma construir um sistema diferente e independente para folha de ponto, requisições de férias, contracheques, treinamento, etc, e nenhum era compatível com o outro, ou seja, nós, funcionários e seus usuários, atirávamos pedra pra todo lado de ódio cada vez que precisávamos utilizá-los e eles não funcionavam, entupindo o callcenter da empresa com reclamações para ouvidos moucos e passando os dias emburrados.

Os Insaciáveis

Tempos atrás a empresa lançou várias formas de informar os funcionários, gerando o que considero hoje um excesso de "spam" em nosso email empresarial. Chegou a um ponto em que meu chefe, por exemplo, só aperta o "delete" o tempo todo, e com isso perde muitos convites para eventos que voaram na orgia das deleções. Eu falei orgia de deleções, não orgia de delações... 

Mas me diga uma coisa, trocar vantagens por delações não é corrupção?

Mesmo assim, como resultados das pesquisas, os funcionários diziam continuar insatisfeitos com o nível de informação que recebiam. Ora, para mim, um profissional experiente, era excesso de informação. Mas sei que para os jovens, nunca nada é o bastante porque eles tem sede de crescimento, eles têm urgência de incrementarem seus currículos, de obterem promoções. Eu era assim também, mudava de emprego quando demoravam para me promoverem.

Excesso de informação que só os jovens conseguem lidar,
ao descartarem muita coisa séria sem sequer tomarem
conhecimento
Acontece que, ao perguntarem aos funcionários o que eles gostariam que a empresa fizesse para eles estarem satisfeitos, uma das coisas que sempre diziam era que tinham interesse em saberem os rumos da empresa, tendo acesso ao máximo de informação possível. 

A empresa os atendeu, mas segundo as pesquisas, eles continuavam insatisfeitos. A empresa já não sabia mais o que fazer. Foi quando eu disse que, exigir informação era coisa de jovem e haviam muitos jovens na empresa, mas atender às suas ânsias não os ia fazer ficarem satisfeitos. Era preciso entendê-los melhor.

Daí me prenderem por apresentar sintomas de jovemfobia... brincadeirinha.

Excesso de Informação

O resultado foi que as informações passaram a ter mais conteúdo sério e outras atitudes foram tomadas para antender às ânsias dos funcionários, entre elas um excesso de comemorações de dias como o da mulher, festividades e feriados multi-culturais e engajamento no movimento LGBT, além de promoção de vários eventos esportivos entre os funcionários, oferta de promoções e ingressos de eventos e shows com desconto, concursos de fotografia e invenções, competições e mais uma pá de abobrinhas, coisas triviais que me enchem o saco, mas com as quais os tais jovens ficam embevecidos nesta cultura que idolatra a trivialidade, tanto é que uma das instituições australianas é a tal noite de "trivia", uma espécie de bingo muito difundido principalmente entre os aposentados. 

Ora, seria muito melhor distribuir este dinheiro gasto com estas coisas supérfluas e gratificar os tais jovens e consequentemente os maduros também, mas até nessa seara eu entrei de sola e descobri que existe uma barreira bem clara que é intransponível, dito por um diretor, falando bem claro em nossa reunião do jeito que eu imprensei ele pra responder. Dinheiro não, outra coisa qualquer, menos isso. Tudo menos isso!!! Quer cartão, quer plaquinha? Diga, meu amor...

Bem, há de se convir que ainda temos emprego na Austrália, mas que todo dia levas de desempregados enchem as ruas ou aceitam trabalhos casuais, parciais e mal pagos, ou então se mudam para países como México (vindos dos Estados Unidos) e Índia (vindos da Austrália), Filipinas, Malásia ou Indonésia. A empresa é bilionária mas só o é por causa do arroxo salarial... global...

Só agora, finalmente, surgiram com a idéia de valorizar os mais experientes que não respondiam às tais pesquisas. Os jovens foram rebaixados de seus privilégios de serem contratados ganhando mais por períodos limitados, mas seus contratos pelo menos foram extendidos e seus períodos "no banco" (à espera de contratos, remuneradamente) reduzidos, na política de procurar manter a mão de obra especializada por mais tempo.

A empresa estava se tornando refém das demandas dos jovens que gritavam mais alto, achando que era todo mundo igual, assim como o mundo de hoje está virando refém de certas minorias...

Daí eu fui preso... brincadeirinha...

Testes

Dentro dos meus planos mais a curto prazo está a sofisticação dos testes. Testes sempre foram muito bem organizados na empresa, como eu nunca havia visto antes, porém não automatizados. Aliás, ao trabalhar na primeira empresa na Austrália, lá havia scripts de testes. O usuário testava e tudo era gravado. Quando surgia um problema, nós, técnicos, podíamos repassar todos os passos que o usuário havia feito e descobrir exatamente onde estava o erro, como num vídeo-tape. 

Exemplo de script de teste, faça isso, faça aquilo, nessa ordem
e você obtém aquilo outro. Senão, é erro.
Em alguns lugares os testes já estão bem sofisticados, mas nós não podemos nos sofisticar muito e temos que ir na rabeira da tecnologia por causa de uma série de restrições ligadas ao fato do sistema ser crítico.

O que temos são scripts escritos, passos para se usar o sistema e testar cada componente. Mas as pessoas nem sempre os escrevem muito bem, e isso dá gargalo, ou seja, gente que não consegue executar os scripts corretamente porque falta informação. É que quem escreveu sabia, mas supôs que quem ia executar também sabia. Ledo engano.

Isso atrasa os testes e também pode comprometer os resultados, se o testador desistir de seguir à risca e pular passos para terminar logo, ignorando possíveis erros.

Ao testar o sistema, os testadores tiram cópias das telas e colocam num documento anexo ao script que é assinado e computada as horas gastas. Cada erro é registrado, documentado, e reportado para solução imediata ou posteriormente.

São vários tipos de testes, dentre eles UT (Unit Test, teste do módulo), AT (Assembly Test ou String Test, teste de integração do módulo com as interfaces), RT (Regression Test, teste de regressão, ou seja, tudo o que o sistema fazia não deve ser afetado, não pode regredir depois das modificações) e PT (Partido dos Trabalhadores, digo, Product Test ou Integration Test, teste de integração ou produção final, aprovado pelos clientes), dentre outros mais específicos.

Meu "sonho" atual é ver os scripts escritos com perfeição e tendo as "screenshots" (imagens das telas) em meio aos passos e não em outro documento. Isso porque o Suporte à Produção precisa conhecer o sistema a fundo para ser capaz de reproduzir tudo o que o usuário faz, mas como isso é impossível, pelo menos através destes scripts com imagens ele facilmente descobre como realizar uma função do sistema e com isso reproduzir o erro. Manuais de usuários nunca são o bastante pois do jeito que eles não entendem nossa linguagem técnica, nós também não entendemos suas linguagens de negócios.

Software com bug de graça é uma zona.
Ops, tradução errada estilo mídia brasileira.
Tradução certa é: 
área de software livre
de bugs (erros)
É preciso as pessoas se interessarem por escreverem certo, em "baby language" (linguagem simples) para que qualquer leigo possa executar um script de teste. É preciso que elas utilizem certos padrões como escreverem as mensagens do computador exatamente como elas aparecem ao invés de apenas citarem que "aqui vai aparecer uma mensagem". É preciso padrões para escrever-se teste scripts também a fim de que qualquer um possa escrevê-los com qualidade, qualquer pessoa de qualquer nível de especialização. 

Do mesmo jeito os padrões devem ser seguidos por aqueles analistas de negócio que escrevem especificações de usuário onde a tendência é que escrevam como se estivessem escrevendo um livro. A linguagem não pode ser a mesma, tem que ser estruturada, e haver uma preocupação em ser conciso e prever todas as situações reversas. Por exemplo, quando se diz "faça isso", deve-se dizer também "porque senão".

Criando o Bicho Solto, Liberdade nos Testes

Mal comecei trabalhando na Austrália e já me falaram pra nunca usar a palavra "tests" porque significava "testículos"... tinha que ser no singular... É como tentar entender porque as mulheres se enfezam tanto quando são chamadas de "whores" (putas, prostitutas) mas gostam de ser chamadas de "bitches" (putas, cachorras) ao ponto de algumas escreverem nos vidros traseiros de seus carros "aqui vai uma bitch".

Tente me quebrar, laritas, nem te ligo
Não é que eu goste de criar o bicho solto mas briguei também para introduzir os testes livres na empresa. Hoje os usuários são encorajados a tentarem "quebrar" o sistema quando executam o Product Test pré-programado de aprovação das modificações numa atualização de software. Eles então agem como se estivessem na mesa deles e "fazem tudo errado" como eles sempre fazem mesmo. O sistema tem que admitir qualquer coisa errada que eles façam sem quebrar nem dar sinais de que aquele comportamento não foi previsto. Laritas, nem te ligo...

Quando comecei na empresa, comecei ajudando nos testes que seria a forma mais fácil de aprender o sistema. Mas os scripts eram tão mal feitos que eu errava tudo. Então decidi fazer testes por mim próprio, fora dos scripts, e isso se chama free-testing. Todos cairam na minha cabeça por eu ignorar os "procedimentos" pela primeira vez. Ora, retruquei, veja só como meus testes livres tem descoberto problemas, caso contrário eles jamais seriam descobertos por nós, mas com certeza seriam pelos usuários. Não senhor, isso não é nada benvindo, você está descobrindo coisas que não existem, fique na sua...

Quando eu era menino, aprendi este gesto de passar o dedo sob o
nariz como sendo sinal dizendo que o outro está mentindo,
é verdade?
O conselho deles entrou por uma perna de pinto e saiu por uma perna de pato, senhor rei mandou dizer que contasse quatro, dei um muxoxo e revirei os olhinhos, tsc, tsc...

Hoje, depois de vários anos de insistência, a empresa incorporou os testes livres com os usuários em todas as implementações de versões de software. Os testes livres encontram mais problemas do que os testes programados. 

"Jeitinho brasileiro" aqui de novo minha gente!

Veja só como eram os nossos argumentos: eu argumentava que quanto mais testamos o sistema livremente, tentando quebrá-lo, mais erros a gente conseguia para serem consertados. O argumento deles era: o usuário deve seguir o que é pra ser feito, se ele faz diferente, problema deles, o sistema não tem obrigação de estar preparado e vai dar erro. Meu argumento advogava que sistema não pode quebrar de jeito nenhum e tem que estar preparado para tudo, todas as besteiras e imbecilidades do usuário mais idiota possível. Isso eu trouxe do Brasil. Eles rebatiam que, se o usuário não sabe o que faz e não faz o que está escrito nas regras pra fazer, não pode reclamar de erros e o problema é dele.

Quem estava certo? O ovo ou a galinha? Dá pra sentir o tamanho das diferenças aqui no espaço cultural?

Desça do pedestal, meu anjo anglo, pra eu pegar
você e o ângulo, venha sambar e rebolar aqui na
 minha mundiça cultural...
Eu ganhei. Hoje nós tapamos os buracos e os usuários tem mais liberdade para errarem sem comprometerem os dados do sistema graças aos testes livres em que eles podem fazer o que quiserem sem receio. Me chama de lagartixa, me joga na parede, diz o sistema em êxtase...

Busca-se a perfeição para atingir-se o meio do caminho, é o meu lema, lembram-se?

O que eu trouxe do Brasil mesmo? 

A crença de que devemos fazer tudo o mais simples possível assim qualquer idiota faz o que tem que ser feito corretamente, pois afinal, o que não falta no Brasil é idiota (desculpem, é por falha de educação, pura e simplesmente endêmica). Aprendi isso no primeiro ano de trabalho, ou até na universidade mesmo, no Brasil. 

É o contrário daqui da Austrália em que se exige um absurdo de conhecimento que ninguém tem, porque todo mundo tem um rei na barriga. Derrubar eles do pedestal não foi fácil, mas ainda estou tentando.

É bem típico da personalidade anglo exigir o máximo de tudo, ser mais especialista do que o outro de modo que o outro nunca saberá tudo o que você sabe, e com isso você se sente o rei da cocada. Você é mais socialista quando pensa nos menos favorecidos...

Pavor de Rato

Outro detalhe: tem usuário que não usa o mouse, só usa as teclas. O sistema tem que estar preparado para isso, mas não está porque ninguém nunca pensou em testar todas as opções de teclado. De vez em quando este tipo de usuário descobre um besouro cabeludo (bug, erro) porque ninguém nunca pensou que um usuário podia trabalhar daquele jeito. Resultado, aumento nos testes da interface com o usuário, sempre tomada como perfeita e desnecessária de ser testada. Outra briga minha. Os usuários deviam me carregar nos ombros...

Defensores dos teclados contra os ratos
Minha luta tem sido por testar-se para sempre, todos os dias, eternamente. Na época de hoje, com toda esta complexidade, só se pode garantir um produto de qualidade se não se pára de testar nem um minuto. Vai dormir e sonha testando...

Todo dia um componente é atualizado em toda a rede, só se pode garantir integridade se pegar-se os erros logo, imediatamente. Foi assim que uma versão de banco de dados modificou um comando muito utilizado e discretamente aperfeiçoou ele, gerando erros esporádicos e inesperados no sistema que ninguém sabia onde estava. Aquela função não estava sendo testada fazia tempo pois nada havia mudado nela por anos a fio. Não nela, mas no software de base de gerenciamento de banco de dados. Por essa ninguém esperava. Na linha do "under-the-hood" um colega descobriu antes do usuário reclamar assim que a nova versão do software foi implementada. A isso se chama "proactive problem" (problema pró-ativo, detectado antes de causar danos, uma raridade).

Então agora todos testam, todos propagam os besouros e aranhas cabeludas que encontraram (os bugs) e os consertos são auto-fundeados pela empresa, quase imperceptivelmente, se não fosse pelo "paperwork" (documentação e aprovação do cliente). Um jeitinho brasileiro oficializado. Mas eu não patenteei...

Tablete que não é para mascar
Tabletes

Outro sonho já está sendo realizado em outra parte do mundo. Trata-se de entrada e operação dos dados via tablets. O funcionário já vai andando, observando as situações e vai dando entrada no que vê. O computador então avalia o que ele está vendo e diagnostica o que é preciso fazer, mostrando onde é que precisa-se fazer alguma coisa no produto. Digamos que o produto é um mega-iate sofrendo manutenção num estaleiro, ele mostra exatamente onde o engenheiro deve fazer manutenção do motor a energia nuclear graficamente. É o Facebook do engenheiro.

Numa discussão em reunião concluiu-se que não pode ser utilizado no sistema pois você não consegue digitar muita coisa num tablete sem cansar e atirá-lo longe, então sugeri os teclados e telas projetados. Ora, ninguém tinha pensado nisso ainda... suspense.

O grande problema do "touch-screen" (toque na tela) é que perdemos
o senso do tato. Não consigo mudar de função no centro digital do
 carro que não seja controlado na direção quando estou dirigindo
porque, com o balanço, o dedo escorrega e toca em outra função,
me irritando. Se fosse através de pitocos, eu "sentiria" ele e não o
deixaria escapar... saudades de um passado mais eficiente quando

se respeitava os nossos sentidos...
Existem muitos outros sonhos sendo alimentados e brevemente espero que consigamos muitos deles. Um deles era tornar totalmente independente o ambiente de desenvolvimento e isso já está sendo testado. Assim este ambiente pode até ser enviado para outro país. O tiro pode sair pela culatra se me transferirem para a Índia...

Um outro recurso sendo testado é trabalhar-se em casa, à distância. Por vários fatores isso ainda não tem sido possível mas o projeto já está muito avançado. Isso evitaria que várias pessoas viajassem todo fim de semana para chegar no escritório, gente que mora em outras cidades e pega avião pago pela empresa.

Continua...

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