quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Prisioneiro do Corpo

Voltando do shopping center, passou por nós no corredor duas pessoas estranhas. Uma mulher gordinha de cabelo cor-de-rosa ratado e colado na cabeça, e uma figura ambígua que não sabíamos o que era, podia ser uma mulher masculinizada ou um homem efeminado, com dois metros de altura e esquelética(o).

Minha mulher comentou comigo do mesmo jeito que sempre comenta praticamente quase toda semana sobre a quantidade de gente que não parece satisfeita com o corpo ou com a aparência que têm. 

Eu também fui um macho preso num corpo de mulher.
Até que minha mãe me pariu.
Daí eu vim pensando no assunto deste post porque, não são só os gays que se sentem desconfortáveis em seus corpos ou com suas aparências, tem muita gente que vive do mesmo jeito sem serem gays, portanto isso não é um problema exclusivamente deles.

Vou começar aqui comigo mesmo. Quando eu era bem jovem, sofria um martírio de ser preso num corpo assexuado que eu não gostava porque era liso, branco, com grandes mamilos, magrelo e comprido. Aos 14 anos eu vi uma foto de mim mesmo no meio da turma da escola e sosseguei. Eu era um dos mais bonitos da turma, e só havia um outro que fazia parelha comigo. Naquela época eu já havia seduzido minha mãe para comprar roupas mais transadas pra ver se eu melhorava. Eu me considerava muito feio e desengonçado, se bem que era bem raro me preocupar com aquilo, já que minha preocupação maior era com música, meus amigos, judô e minha bicicleta que me levava a todos os lugares da cidade.

Gemma Atkinson, ex-namorada de Cristiano Ronaldo diz que sempre
se sentiu um homem preso num corpo de mulher aqui:
http://www.dailymail.co.uk/home/moslive/article-2192443/
Gemma-Atkinson-Ive-felt-like-boy-trapped-girls-body.html

Aposto que todo homem gostaria muito de ficar preso no corpo dela,
assim poderia degustá-lo em todos os minutos do dia e ia morrer de
tanto orgasmo. Além disso, passa pela cabeca de todo homem que,
se fosse mulher, daria para todos os homens do mundo sem parar,
não porque ele fosse louco pra dar, mas porque isso é o que todos
os homens mais desejam das mulheres, então iriam à forra em
homenagem a todos os companheiros.
Aos 16 anos acordei para o mundo e me achei o mais bonito dos caras todos. Meu pescoço havia engrossado, cultivei uma grossa costeleta estilo Elvis Presley e meu corpo se encheu de pelos e músculos de repente. Finalmente me achei homem o bastante e sosseguei, mas não sem antes entrar para uma academia masculina de musculação. Dalí pra frente isso jamais mudaria, fiquei em paz comigo mesmo e com minha aparência. Se um dia tive aquele outro tipo de preocupação com o tamanho da ferramenta que todo homem tem, logo esta preocupação desapareceu quando vi que ninguém reclamava.

Mas a quantidade de gente que não consegue se satisfazer com sua aparência é enorme. Até mesmo pessoas que não precisam se preocupar, muitas vezes vivem obcecadas e paranóicas. Ouvi dizer que Gisele Bündchen sempre se achou feia, magrela e desconfortável. Ela era maior do que todo mundo e parecia um cabide de roupas. Seu feitio físico foi quem lhe levou a ser a top model mais bem paga do Brasil, e uma das maiores do mundo. Ora, quem diria? É sempre assim, ninguém nunca está satisfeito com o que tem, e se parece satisfeito para os outros, é porque os outros não sabem que para a própria pessoa, se ela pudesse, trocaria alguma coisa em sua aparência. E por isso tantas mulheres se pintam de louras, porque elas são muito piores do que os homens.

Gisele Bündchen se achava magra e alta demais e sofria bullying
na escola https://asrainhasdodrama.wordpress.com/2012/11/11/
patinhos-feiosfamosos-falam-sobre-a-adolescencia/
O fato é que raras pessoas estão felizes como são.

Inclusive, enquanto alguns gays fazem operações cirúrgicas radicais para implantarem apetrechos do outro sexo, ou para extirparem atributos em excesso, pessoas não-gays agem do mesmo jeito, aplicando mais material em seus atributos, extirpando seus excessos, ou consertando alguma coisa que acham que está fora de lugar. Elas sofrem dos mais variados tipos de distúrbio físico e emocional, desde a feiúra até a gordura, o que não devia ser problema para ninguém, exceto quando a gordura é exagerada e não pode ser debelada através de comportamento normal como com o controle da alimentação, até a feiúra demasiada por resultado dos mais variados tipos de causas, incluindo acidentes, o que justificam a existência dos cirurgiões plásticos, enquanto pelo meio elas atravessam períodos de insatisfação emocional, problemas de relacionamento, de auto-estima, problemas de trabalho, de educação, financeiro, e tudo isso pesa na sua percepção de si própria. Uma pessoa feliz pode ser feia mas quando olha no espelho ela se vê bonita e sexy. E é assim que o povo vai vê-la depois do primeiro impacto.

Michael Jackson, o belo, na bela caricatura de
mataleoneRJ, DeviantArt
O problema é que pessoas bonitas e com tudo no lugar também sofrem da rejeição à própria imagem física sem o menor motivo, tudo existindo apenas dentro das cabeças delas, e algumas destas pessoas chegam a estragar tudo fazendo plásticas do mesmo jeito, enquanto outras tentam enganar as pessoas sobre a idade delas, esticando aqui e puxando alí, ou pintando o cabelo aqui, e retirando adiposidades alí, ao invés de apostarem nos simples exercícios físicos com uma alimentação balanceada e saudável e ficarem satisfeiras com o que têm. Suponho que todo mundo saiba sobre aquelas pessoas que acabam tornando-se monstruosas como Michael Jackson.

Diga-se de passagem, Michael Jackson não soube lidar com o sucesso de ter se tornado celebridade, com o pai que teve, o mesmo que o levou ao sucesso mas não soube amá-lo.

Estas pessoas ou não acreditam na beleza interior, ou não conseguem a paz interior, ou então são tão feias por dentro que nem mesmo seus tratamentos radicais não conseguem dar jeito, a não ser na aparência e por um período determinado. A feiúra, angústia e amargura por dentro permanece.

Isso quer dizer que, o que tantos gays alegam que cresceram aprisionados num corpo que não correspondia às suas naturezas humanas internas não é argumento para justificar suas opcões. É outra coisa que lhes está faltando.

Em geral acredita-se que as pessoas homossexuais são exatamente iguais às heterossexuais com a excessão de gostarem sexualmente do mesmo sexo. Entretanto, se você conviver com ambos os tipos de pessoas, haverá de observar que existe uma diferenca fundamental entre elas. Esta diferença não pode ser atribuída apenas aos gays porque elas podem estar presentes em pessoas heterossexuais também.

Trata-se de uma distância emocional dos outros, basicamente. 

Para encurtar este assunto desconfortável, vamos apenas citar aqui como se pode detectar este problema, porque ele é um problema muito sério, realmente. Aliás, vamos ver como detectar a ausência do problema que é melhor.

Lucas Lucco. Fico pensando se o objetivo das 
tatuagens de uma pessoa é fazerem seus 
parceiros sexuais ficarem examinando
Esta semana assisti a alguns clips no Youtube sobre o cantor Lucas Lucco (cala a boca, quem leu meu blog sabe que sou fã daquele macho, opa... e o motivo principal de ser fã do sujeito é porque ele é um homem admirável por dentro, apesar de tudo o que ele aparenta no mercado, coberto de tatuagens de gosto duvidoso e de músculos que hoje já estão exagerados em sua figura, divulgados através dos malditos "selfies" nas macabras redes sociais, e falando palavrões em certas músicas endereçadas a certo tipo de público, ou melhor, "pública", que refletem a situação atual e lamentável do país em termos de nível moral e intelectual...).

Eu estava à procura de cenas da novela Armação porque vim a saber de repente que ele apareceria em uns capítulos. Perguntei à minha mulher se ela assistia a esta novela por acaso. Ela disse que não e que preferia as outras dos horários mais tarde. Ela perguntou porque, e eu disse que queria saber se o Lucas Lucco estava se saindo bem. Ela mal sabe quem é este cantor sertanejo universitário, então fiquei sem jeito de vê-lo na rede Globo aqui na Austrália porque é minha mulher quem assiste a esta TV via assinatura pela internet e não vou perder tempo com isso, me poupe, sou fã, mas não tanto assim. 

Daí resolvi tentar a internet, e achei realmente alguns trechos de suas interpretações na novela, que, obviamente, me impressionaram positivamente, não porque sou fã dele, mas porque para mim ele tem sido bem autêntico e simples, um verdadeiro macho, me deixando bastante orgulhoso, como se fosse meu filho. 

Barbudinho como eu, já que não vou colocar fotos do meu filho aqui,
vai esta foto de uma figura pública meio parecida.
Isso foi porque eu também havia lido sobre a intriga da oposição, atores reclamando que ele chegou e se instalou na novela de paraquedas, passando por cima de outros atores formados na profissão, quando ele não teria esta formação, e provavelmente seria um canastrão. Não foi. E ainda diziam mais que ele conseguiu o papel porque transava com uma diretora da televisão, cujo conteúdo desta fofoca eu não quis saber, que me poupem, realmente, não me interessa. 

Estão indignados com o quê? Em que país acham que estão vivendo senão no paraíso da corrupção e das propinas cuja perseguição atual só está sendo realizada pra pegar o Partido dos Trabalhadores, caso contrário ela continuaria rolando solta?

Veja que foto mais autêntica... triste do fã que fica cego... espero
que ele continue honrando seu fã clube...
A meu ver, ele não precisa de apadrinhagem, pois além de ter tudo em cima de sua pessoa, ele interpreta papéis muito melhor do que a grande maioria dos atores brasileiros que não me convencem, grandes nomes incluídos, que não vou citar aqui.

Pensei um pouco antes de procurar na net, e me veio à cabeça que ele já havia participado de alguns pequenos dramas por ocasião de certos clips de seus sucessos. Num dos clipes, ele é um cara gordo que atua tão bem que só descobri do meio pro fim do clip que se tratava dele próprio. Em outro clipe, ele convence como apaixonado por uma vítima de câncer que sobrevive ao tratamento e parece chorar de verdade.

Assista pra ver o gordão Lucas Lucco - Vai Vendo (Clipe Oficial)

O tocante "eu cuido de você, você cuida de mim, não desisto de 
você, e nem você de mim, vamos até o fim", como diria um filho ou 
filha de um casal que não se separou, de Lucas Lucco - Mozão 

Porém, ainda consegui me emocionar outra vez com mais dois clips recentes deste camarada. Um deles o mostrou tentando cantar a música que fez em homenagem ao seu pai, mas não conseguia porque todo mundo cantava para ele enquanto tanto ele quanto seu pai choravam no palco. Muita emoção rolando e envolvendo os dois homens abraçados. Isso é amor. O cara realmente ama o seu pai, e provavelmente vice-e-versa. Se te aprouver ver este vídeo, ele está aqui, mostrando-o cantando 11 Vidas, música feita para seu pai, Paulinho, quando o público se emocionou no Festival Sertanejo em 29/11/2014:


Depois de ter passado por outro clip curtinho mostrando que ele tinha um irmão chamado Leandro Lucco, ou Zoca, vou cair em outro clip sobre um show em que ele canta uma música agarrado com outro macho. Pensei, finalmente Lucas caiu também. A princípio eu não sabia quem era aquele cara tão agarrado no homem, mas com o andamento do clipe reconheci que o cara era bem parecido com ele, então devia ser seu irmão Zoca. A música era a mesma homenagem ao pai dos dois. Veja aqui embaixo, vídeo de péssima qualidade onde o importante é a mensagem de amor, Lucas Lucco se emociona ao lado de Zoca ao cantar 11 vidas num Show em Belém, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia:


Quer dizer, o cara ama os homens como se deve amar, cara, com amor puro de irmão, pai ou filho. O amor de Jesus Cristo pelos homens, literalmente.

Criança não tem maturidade pra escolher o jantar...
Dificilmente você vai ver uma pessoa gay prestando homenagens aos pais do mesmo sexo. Aí é onde mora o drama, eles não amam os pais do mesmo sexo, a origem do problema é justamente essa. Se eles sabem ou não disso, se eles aceitam ou não, isso é lá com eles, mas o que acontece mais em geral é eles terem ódio ou desprezo à pessoa do mesmo sexo deles que não lhes deu a atenção devida a que eles mereciam, e não é sem razão. Suas reações então são de se tornarem opostos àqueles que eles queriam amar e não puderam. Então eles rendem graças ao pai do sexo oposto e com os tais se identificam. Ninguém disse pra eles que eles eram homens ou mulheres, eles apenas escolheram por si próprios, e criança não tem maturidade para escolher jantar.

Do ódio para o amor, a distância é uma linha tênue pois só se odeia quem se quer, mas não se pode amar. São dois lados do mesmo sentimento, dois lados de uma mesma moeda. O ódio faz a pessoa se distanciar do ser do mesmo sexo, mas ao mesmo tempo o amor a aproxima sorrateiramente, e como não pode encarar de frente, ela encara como um objeto... objeto sexual cheio de desejo. O comportamento torna-se um vício que dificilmente pode ser corrigido na maturidade. As pessoas costumam dizer que o amor gay é entre pessoas do mesmo sexo, mas elas não são do mesmo sexo. Cada uma quer ser outra coisa, cada uma procura outra coisa, e frequentemente até a aparência muda e o que você vê não são duas pessoas do mesmo sexo.

Posso estar totalmente errado, mas é bem claro para mim que a opção gay não é realmente uma opção coisa nenhuma, mas uma obrigação por falta de opção, o único jeito. Aceitar-se não é opcional, é a única saída para diminuir o sofrimento da pessoa que começa por sua solidão intrínsica à condição, uma solidão devastadora e tão violenta que a pessoa acaba aceitando o apoio e em vias das ameaças e chantagens do pai que sobrou, se é que sobrou, a criança torna-se réfem e escrava de um amor por pura necessidade, chantagem emocional, conveniência e pavor de estar sozinha e desamparada no mundo hostil que a despreza.

Se você não gosta de gay, pule este vídeo, mas se você tolera um gay que não parece ser gay, a não ser porque ele diz que é gay, Rodrigo Toller, de Cupira, estado de Pernambuco, fala justamente sobre isso em seu vídeo simpático aqui, mas pra variar, não fala do pai, pai não existe, isso é uma constante. Ele diz que ninguém sai por aí e diz, ah, hoje decidi ser gay. Aqui confira seu vídeo Gay por Opção:


Isso é bem diferente da pessoa madura e independente, que cresceu sem conflitos e encaixou-se direitinho no seu corpo e na sua condição sexual, sem culpa de ser feliz. E esta é a maioria das pessoas, as quais, infelizmente, não estão isentas de outros milhares de problemas diferentes que as fazem muitas vezes agirem como cafajestes e até como criminosas. Tudo pela falta de amor verdadeiro, sensato e balanceado dos dois sexos (pai e mãe, ou na falta deles, figuras paterna e materna, bons modelos de vida, de moral e de personalidades). Quase ninguém tem a sorte de nascer de pais harmoniosos, mas a gente pode prometer a sim mesmo ser aquele pai que a gente gostaria de ter tido, para os nossos filhos. Funcionou comigo...

 Muitas vezes a mudança pode ser feia, mas necessária...
Obviamente que a maioria das pessoas consegue sobreviver com seus problemas, adaptando cada um sua vida a eles, principalmente escondendo-os da sociedade, metendo suas caveiras dentro dos armários (coisa de cultura anglo) mas para serem felizes, seria preciso muitas mudanças que ninguém está a fim de ajudar a elas a descobrirem quais são e como resolvê-los, é mais fácil deitar e rolar. Muita gente permanece vivendo como zumbis, apenas passando os dias e sonhando com coisas impossíveis, desejando pessoas como se fossem objetos e jamais se satisfazendo, vivendo em verdadeiros infernos, e por isso um número crescente destas pessoas, que não acreditam em mais nada, não aguenta mais e dá cabo de suas próprias vidas (no mundo afluente). 

Agora está até melhor, ela dá cabo de sua própria vida e leva mais um tanto de pessoas "culpadas" de sua desgraça junto com elas, de acordo com a moda divulgada internacionalmente pela mídia dos atentados terroristas. Elas morrem, mas morrem vingadas.

O lance não é Lucas Lucco fazer ceninha de teatro no palco com o seu pai, o lance é transmitir a realidade de seus sentimentos sem fingimentos, porque fingimentos seriam captados por espectadores como eu, que conhecem este amor a fundo e sabem reconhecer quando é verdadeiro ou não. É televisão realidade...

Suponho que sejam os irmãos Lucas e Zoca Lucco, ô lôco...
Tenho notado que a grande maioria dos críticos de cinema ignora este lance do amor entre os homens quando ele está presente nos filmes dirigidos por diretores que conhecem este amor e fazem questão de tentar mostrá-los às pessoas sofridas comuns. Eles simplesmente não enxergam tal amor ou o tiram como normal e sem importância para ser mencionado. Na realidade ele é fundamental para muita gente que também não nota se não for denotado por tais críticos. Portanto, cada comentário que faço sobre filmes aqui neste blog, dou a devida importância ao fato do amor entre os homens e faço questão de ressaltá-lo.

Esse amor precisa ser real, aqui e agora, e não projetado para uma figura imaginária como Jesus Cristo (que infelizmente você não pode pegar nele). Se Jesus Cristo existe, que se o ame, porém mais importante é fazer como ele disse, amai-vos uns aos outros como eu vos amo, amai a todos como amai a ti mesmo, portanto, amai a ti mesmo primeiro, que eu venho na rabeira da fila... 

Quando falo "homem" aqui, obviamente que incluo as mulheres também (e todos os seres "intermediários" e indefinidos). Este sentimento é bem diferente entre homens e mulheres, e mais diferente ainda do amor entre homens e mulheres entre si. São amores especiais, amores do mesmo sexo, também diferentes dos amores gays, porque estes na realidade são difíceis de acontecerem. O que acontece entre os gays é mais necessidade do que amor verdadeiro. Você não sabe que é assim se você não conhece o amor verdadeiro. Pra você, tem que ser do jeito que você acha que é porque é só o que você conhece.

Coisa similar acontece entre brasileiros e australianos. Quando tentamos explicar aos australianos o que significa amizade para um brasileiro, eles se esforçam mas não conseguem entender, pois isso eles nunca conheceram na vida. Depois de um papo comprido sobre este assunto, eles acabam reconhecendo que não conhecem tal coisa e por isso duvidam que exista. Para eles amizade é esta coisa efêmera, supérflua e superficial e descompromissada que eles chamam de amor. I love you.

John Goodman, o corpo fisioculturista preso no 
cimento
Sob o aspecto Espírita, o corpo físico é mesmo uma prisão. Se ele é uma boa prisão, se você teve sorte de nascer com uma esplêndida genética, isso também pode lhe custar caro. A grande maioria das pessoas bonitas sofre muito mais do que as pessoas feias por causa do excesso de assédio e propostas de corrupção. Bonita, rica e branca é uma combinação muitas vezes explosiva e fatal. 

Algumas passagens da vida me marcaram para sempre como foi o caso daquele rapaz que conheci através de outro, o qual posteriormente liguei os pontos e descobri que ele era garoto de programa de alto nível, atendendo às classes sociais mais ricas, patrocinado por sei lá que milionário que o queria de adorno em seu apartamento de cobertura, o qual ria quando se falava sobre amor e dizia que amor não existia, chegando a se enfezar quando insistíamos, e dar as costas. Aquele cara podia ter e tinha tudo aos seus pés, mas claramente se irritava com aquilo que mais queria ter mas nem sabia como começar a obter, então era mais fácil acreditar que não existia, e quem afirmava, para ele estava mentindo, sendo apenas mais mentiras na sua vida deprimente e cheia de patranhas (lorotas, inverdades).

Se chama Karma, mas se pronuncia, 'ha, ha, lascou-se'.
O corpo é uma prisão para aqueles que tem que pagar seus karmas, segundo o budismo que também acredita em reencarnação, segundo uma colega de trabalho budista do sub-continente asiático. Problemas físicos que ferem a pessoa geralmente são consequências dos ferimentos que ela já infligiu em outras pessoas em outras eras, outras encarnações, e quando uma pessoa que perde as pernas num atentado terrorista no metrô de Londres, como Gill Hicks que deu entrevista recente na revista GoodWeekend do jornal The Sydney Morning Herald, se mostrando feliz da vida, aceitando sua condição e ainda fazendo palestras pelo mundo para levantar o astral das pessoas, é porque ela já sabia que teria que passar por isso nesta vida e havia topado a parada de bom grado antes de nascer, guardando aquele sentimento de agradecimento dentro de si, o que a tornava feliz e iluminada, com uma missão a cumprir.

'I'm here. I'm Gill': how defiance saved Gill Hicks, survivor of the 7/7 London bombings; 'Estou aqui. Eu sou Gill': como um desafio salvou Gill Hicks, sobrevivente dos atentados de Londres em 7/7:

http://www.smh.com.au/good-weekend/im-here-im-gill-how-defiance-saved-gill-hicks-survivor-of-the-77-london-bombings-20151029-gklm2j.html

Aquelas pessoas que não aceitam o que foi combinado com Deus e com seus guias ou os responsáveis pela sua encarnação atual, sofrem muito mais. Ou melhor, aqueles que não aceitam a vida que vivem por puro acaso e mera evolucão darwiniana, sem nenhuma justiça à vista, vivem muito pior e ainda infernizam a vida dos outros.

E por tocar no assunto suicídio daqueles que não se aceitam nem aceitam o que a vida preparou para suas lições de evolução necessárias, adiando-as para outras encarnações, fui parar no blog de uma senhora que faleceu de câncer e seu filho colocou seu epitáfio na última página do mesmo, despedindo-se. Sempre fico pensando quem vai fechar meu blog quando isso vier a acontecer comigo? Suponho que vou ter que escrever no testamento, deixo meu blog para fulano(a), aqui está a senha.

http://sandislament.blogspot.com.au/ 

Sandi: o que você faria se te dissessem que você ia morrer em 3
meses? Eu não acreditaria e não mudaria a rotina...
Tratava-se de uma atéia norte-americana que, perto de seu "desencarne", foi capaz de citar a Bíblia dizendo, não é sempre que eu cito este trabalho de fantasia, mas neste momento me parece apropriado: Um velho adágio bíblico diz: "O espírito quer (viajar), mas o corpo é fraco" (Mateus 26:41). 

Isto foi a propósito de que, dois dias antes de falecer, ela teve uma melhora e aquele momento de lucidez e alegria que Deus permite a muita gente, a fim de diminuir o trauma de sua passagem para o "outro lado", quando ela decidiu que queria visitar seus alunos numa escola e para isso teria que fazer uma viagem de fim de semana. Chegando lá, ela surpreendeu-se com a quantidade de alunos a recepcioná-la e ficou muito feliz, quando não esperava ninguém proque alunos geralmente escapam cedo da escola nas sextas-feiras e ela só esperava um ou dois, quando tinha várias dúzias deles. No dia seguinte teve que retornar às pressas vindo a falecer em seguida. Seu espírito queria continuar vivendo, mas seu corpo ardia.

Tortinho, tortinho, uma gracinha para você esquecer que está
sendo espionado... mas afinal, quem não espiona quem hoje
em dia?
Foi no blog desta senhora que vi a seguinte informação bizarra, mas que é verdadeira.

Se você procurar no Google pela palavra "askew", o resultado vai aparecer torto para o lado, porque esta palavra significa o jeito que um quadro fica quando mal colocado na parede.

Incontato

Estava justamente conversando com minha mulher sobre a impossibilidade de eliminar um contato de nossos emails no Gmail da Google, pois ela queria eliminar quem já não tem mais importância, com quem não tem mais trocado emails por anos a fio, mas não conseguiu de jeito nenhum. Acabei descobrindo como fazer na net, mas o mesmo eu diria sobre minha primeira conta no Google cuja senha não consigo descobrir e por isso aquele nome ficou preso para sempre, sem acesso e sem uso, e também a conta no Orkut cujo prazo para deletar acabei perdendo porque não coloquei na minha agenda, e ainda o site do velho Geocities, depois tomado pela Yahoo, do mesmo jeito inacessível e indelével, para sempre na internet. Por isso não quero Facebook nem Twitter, chega.

Falei para ela que a dificuldade de deletar contatos faz sentido quando entendemos que o objetivo da Google através de suas iniciativas "grátis" não é exatamente oferecer caridosamente o futuro acessível às pessoas, mas apenas saber tudo sobre elas para manter um banco de dados mundial, como Deus teria os seus livros da vida armazenados nos computadores do céu. Tais organizações querem ser deuses na Terra. Conseguirão?

Seus dados perseguidos servem para eles anunciarem produtos do jeito que acham que você gosta, mas comigo eles não conseguem dar uma dentro. Só me oferecem porcarias que não tem nada a ver... acham que eu sou de um jeito, e sou de outro.

Continuei falando que tal objetivo de ser deus na terra é muito difícil de ser conseguido por várias razões. Uma delas é que o ódio tem sido destilado com muito mais facilidade através das redes sociais, mas que as pessoas não são assim, constituídas apenas de ódio. Alí, o ódio aparece exagerado, e não se pode tirar a personalidade de uma pessoa apenas pelo ódio que ela expressa com relação a um assunto ou episódio, quando existem bilhões de assuntos e episódios que fazem uma personalidade.

Ou seja, o que os espiões obtém não é um retrato fiel da pessoa, mas um conjunto de informações equivocadas, estáticas e temporais que, se colocadas todas juntas, não formam nem um décimo do que uma pessoa é. Além disso, por mais que se propague o que se faz na vida através da internet, existirão sempre muito mais coisas que não são ditas por várias razões, dentre elas que a pessoa mesmo não se lembra de tudo, outra razão é que muito da vida de uma pessoa encontra-se em seu subconsciente que a faz agir de um jeito sem saber porque, ou seja, ela não tem consciência e portanto não pode falar ou escrever sobre o que nõa sabe. Nem mesmo seus registros psicoterápicos, caso sejam acessados pelos espiões da net, e unidos a tudo o que ela publicou, serão capazes de montar o quebra-cabeça complexo de um ser humano, ou em outras palavras, de uma alma.

Não, ela não está bebendo bebida alcoólica
numa rua da Austrália, está tendo um ataque 

de pânico mesmo...
Não vai ter computador no mundo que seja capaz de recriar uma alma ou tentar controlá-la. O que tais computadores podem criar são prisões ou punições injustas a pessoas que por acaso tenham o azar de terem seus perfis montados nas mentiras que andou divulgando, ou nos equívocos de opiniões das quais muitas vezes elas já mudaram ao longo do tempo. Ou seja, se justiça ou punição é esperada de tal sistema, ele vai ser o mais injusto do universo, simplesmente porque está sendo criado pelos seres humanos cheios de falhas de caráter, moradores do hospital chamado Terra.

Isso pode aumentar o pavor nas pessoas medrosas, que podem ter mais ataques de pânico, mas trata-se apenas de mais uma etapa na história da humanidade a ser vencida, mais um desafio.

E se o Lucas Lucco um dia resolver sair do armário? Eu imprimo este post e mastigo ele com azeite e vinagre...

Eu Volto

O primeiro episódio da série 2 de Black Mirror (Espelho Negro) da Netflix, Be Right Back (Daqui a Pouquinho Eu Volto), que acabei de assistir representa muito bem o que vislumbrei aí em cima, que apesar dos maiores computadores do mundo guardarem dados de milhões de pessoas, é impossível montar-se uma pessoa através do que ela publica na internet ou fala nas redes telefônicas ou sociais, como pretendem os espiões e ladrões de identidade por aí. Esta série trata das consequências inesperadas da alta tecnologia, os efeitos colaterais deste novíssimo vício.

Uma metáfora sobre a pós-modernidade. Tecnologia resolve nossas
demandas existenciais? Talvez, mas a tecnologia não é mais do que
apenas um meio de achar respostas para questões antropológicas,
porém em si, ela não é uma resposta. Talvez nós, se somos pessoas
modernas que acreditam no mito do progresso, devamos considerar
que a ciência e a tecnologia são apenas os meios naturais de
conseguirmos a nossa felicidade.
Neste episódio, um casal jovem, Martha e Ash, se mudam para uma casa de campo remota. Ash é morto no dia seguinte e, em seu funeral, uma amiga de Martha, Sarah, lhe fala sobre um novo serviço que permite que as pessoas entrem em contato com o falecido. Não se trata de espiritismo, mas de um software que recria o falecido a partir do que ele postou na internet.

Ela acaba caindo na tentação e começa a falar com ele no celular. O rapaz cybernético usa as mesmas tiradas inteligentes do rapaz morto, e tudo vai bem até que ele oferece o estágio seguinte do produto: um boneco tridimensional eletrolítico tão perfeito que pode-se passar completamente pelo seu parceiro, sendo que ele não come, não dorme e nem se fere.

Ela convive com este boneco por um tempo, mas vai se abusando de sua incapacidade de ser uma pessoa humana de verdade, e de ter uma personalidade consistente, de desafiá-la, o que acaba lhe deixando quase louca. Ela começa a se abusar quando ele não performa muito bem na cama. Sua resposta é de que o original não postava nada neste sentido, então ele não sabia fazer. Mas podia fazer o seu... crescer quando quisesse. Se ele tivesse alguma sensação, eu diria, seria melhor do que nós, autênticos, cujos... costumam ter vida própria e não podem ser controlados assim, como se fosse por uma bomba de ar comprimido (pra entender o que eu quis dizer é preciso que vocês tenham noções de anatomia masculina).

Pule, seu boneco medonho...
Ela acaba o ordenando a matar-se jogando-se de um precipício, o que ele ia fazer, quando ela fica discutindo com ele pois se fosse o original, jamais faria aquilo, então a cópia comecou a chorar e pedir clemência, ou seja, a cópia tornava-se cada dia mais irritante, falsa e "creepy" (assustadora e repulsiva ao mesmo tempo). Quando ela o agredia fisicamente, esperava que ele agredisse de volta pela sua personalidade, mas o boneco estava programado para não ferir a dona. E também não se afastar mais de 15 metros de onde havia sido ativado (o banheiro). Um cachorrinho manso demais.

No final ela resolve manter o "boneco" no sótão, e sua filha que ela teve do original acaba lidando com o artificial com respeito, como uma cópia meio burra de seu pai, apenas para constar, como afinal são tantos pais por aí...

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