terça-feira, 24 de maio de 2016

Dino pelo Avesso

Descobri uma descrição sobre as redes sociais que casa comigo e resolvi traduzi-la pois trata-se de um sujeito estrangeiro escrevendo em Inglês e que não se deixa identificar de jeito nenhum. Diz ele:

Logo do livro Avesso - Meu Lado Certo, sobre transexualidade, de
Eduardo Moraes. Calma, eu só gostei do logo, o assunto não tem
nada a ver com este post, não é preciso ser tão avesso assim...
CodeArtDesign
Não sou avesso à tecnologia moderna e às novas modas, mesmo que a minha participação fique a um passo ou dois atrás da vanguarda. Eu era um viciado em Facebook durante três semanas inteiras alguns anos atrás, mas meu vício foi rapidamente dissolvido sob o peso das atualizações de emails sem sentido, uma enxurrada de pedidos de amizade por pessoas completamente estranhas e incontáveis ​​intromissões indesejadas que a rede permite gerar. Deixei minha conta aberta por um tempo, mas depois pensei melhor e tornei-a privatizada, ou qualquer que seja seu termo técnico para torná-la invisível, depois do que me dei conta de que os mecanismos para remover a conta por completo foram deliberadamente tornados impossíveis para meros mortais como eu conseguirem acioná-los.

Também tentei o próximo acessório que todo mundo tem que ter... uma conta no Twitter. Esta parecia ser uma boa idéia no momento, mesmo porque você não poderia colocar um item de mais de 140 caracteres (incluindo espaços) proporcionando assim menos que um desafio literário para mim o ato de produzir um item interessante para publicação. Pelo menos, é o que eu pensava. Como logo percebi, a restrição minimalista na verdade tornou mais difícil produzir qualquer comentário interessante. Linguagem rebuscada e metáforas longas desapareceram ignominiosamente para caberem dentro do número de caracteres menor que 141, não importa quão profundo fosse o pensamento.

"Like me" (goste de mim) no Facebook ou "Stalk me" (persiga-me),
digo, "follow me" (me acompanhe) no Twitter. Imagina se vou ficar
por aí mendigando a alguém para que goste de mim, convenhamos.
Você precisa tanto disso mesmo? Minhas comiserações se este é
o seu caso. "Stalk" quer dizer o ato de perseguir alguém em Inglês.
Também significa vara, ou seja, cutucar alguém com vara curta. Mas
pra esse cara se entende. Peter Wilson é surdo e achou a profissão
ideal, a de mímico palhaço. Seu ídolo é o falecido Marcel Marceau,
o maior mímico do mundo. Melhor do que os brasileiros de hoje que
não são surdos mas são palhaços e não entendem as mímicas de
seus atuais governantes eleitos diretamente or por tabela, durante
o impeachment da socialista presidenta Dilma Rousseff.
Mais especificamente entrei em um estado de paralisia mental ao tentar pensar em alguma coisa... qualquer coisa... espirituosa ou interessante o suficiente para publicar em 140 caracteres ou menos para o universo em geral. Como consequência meus tweets rapidamente escorreram para o esgoto. Só podia tweetar sobre a temperatura ou para onde eu estava indo ou vindo, ou o que estava comendo / bebendo antes de começar a me sentir menos como um Tweet e decididamente mais como um Twit (passarinho idiota).

Apesar desta escassez de qualidade no Tweet eu consegui uma pequena... muito pequena... lista de seguidores, embora seja revelador, como eu estava falando pra uma pessoa, que cada simples seguidor só surgia depois que eu tinha começado a seguí-lo primeiro. Tweeters são certamente atenciosos e educados nesse aspecto, aparentemente, e não estão dispostos a ferir meus sentimentos por alguém resistir ao que certamente seria o mais ínfimo dos impulsos de ser destinatário automático dos meus pronunciamentos pueris a cada vez perdida.

Mas o palhaço aqui nesta casa sou eu, sejam benvindos.
Tem um blogueiro/twiteiro de quem sou um seguidor de seu trabalho nos meios de comunicação. Gosto de seu blog e enquanto seus tweets são menos interesses para mim, encontro de vez em quando um anúncio de utilidade sobre um ou outro programa de broadcast. Infelizmente, porque raramente vou lá na terra do Twitter, eu estava descobrindo esses tweets interessantes demasiadamente tarde para pegar a transmissão. O que fazer? 

Fortuitamente... ou não?... descobri a possibilidade de receber tweets no meu celular e por isso liguei esses tweets do blogueiro para enviar para o meu telefone. Isto parecia uma boa idéia... por algum tempo. Certamente, eu estava recebendo agora tweets do blogueiro (perdoe, será que isso está começando a parecer um sermão?) em tempo hábil, incluindo os anúncios de broadcast ocasionais e, na verdade, estava sendo muito bom. Infelizmente também passei a receber seus tweets menos interessante (para mim) justamente do mesmo jeito e maneira inoportuna e, na verdade, isso acabou sendo ruim, especialmente quando passei a perceber que entre nós havia diferentes hábitos de vida; ou seja, eu estava na cama tentando cair dormindo profundamente e meu celular apitava com sua última missiva à 1 da manhã, 2 ou até 3 da madrugada. Infelizmente, desconectei (e isso funcionou direito) o blogueiro/twiteiro do meu celular, mas pelo menos ainda mantenho minha leitura diária de seu blog para manter-me informado.

Doenças de quem precisa de "Likes"
Embora as inadequações do meu Tweet sejam muito óbvias para qualquer pessoa que se depare com minha conta, outros Tweeters são claramente bem sucedidos. Um aspecto interessante do Twitter para mim é como uma conta abre portais para inúmeras outras contas e em uma viagem ocasional ao longo das suas vielas, o Tweet revela todo um universo de editores fascinantes. Seus relatos são bastante coloridos para nossos olhos e com uma infindável variedade de estilos e layouts personalizados. A maioria dos tweets são incompreensíveis para mim, mas seus pronunciamentos percorrem página após página em uma troca vertiginosa dentro de sua comunidade de Tweeters.

Quanto tempo será que estas pessoas devem gastar na pátria do Twitter? Um Tweeter que cruzei esta manhã estava enviando mensagens a uma taxa de dois em dois minutos, quase todos dos quais eram comentários sobre Tweets de algum outro Tweeter. Como ele faz isso? Deve ler uma série de outros tweets durante todo o tempo e responder a cada um deles, como é que ele faz isso? Não havia nenhuma indicação de que parasse para as refeições, para descansar ou mesmo, pelo amor de Deus, para ir no banheiro.

Não, isso não é para mim. Eu não sou um twit (pássaro).

https://some14me.wordpress.com/2011/01/20/im-no-twit/

Endosso as palavras acima.

Twit, o pato patético: Morte aos curruptos! Te dou 10 Euros para
mudar de opinião. Okay.
Em Defesa dos Dinossauros

Sabe o que significa Twit? O dicionário Merriam-Webster diz que é "uma pessoa estúpida ou tola, alguém irritante, bobo e patético". Há quem diga que é o piado de um passarinho.

No meu caso, cheguei a um ponto em que tudo passou rápido. O que é rápido para mim ou para alguém da minha idade? 10 anos para nós é um quinto ou um sexto da vida, enquanto que 10 anos para meus filhos é metade da vida deles. Em outras palavras, 10 anos para eles são suas vidas inteiras, já que antes disso eram apenas crianças. Para nós são 4 vezes uma vida ou mais, não contando com a década da infância. Em 10 anos eles aprendem a namorar, se formam na universidade, aprendem sobre política, religião, e alguns até se matam alí mesmo, naquele estágio de apreensão, digo, aprendizado.

Pulo na carreira do lituano Darius Drauvila
Isso significa que 5 anos de nossas vidas não significam mais quase nada e passam a jato, sem lavagem. 5 anos na vida dos jovens pode definir completamente a vida deles, incluindo filhos desejados ou não, e até promoções em suas carreiras que aconteceram nas carreiras. Em 5 anos você pode saltar de programador para gerente de projetos de sistemas, o que é uma grande mudança.

Isso também significa que o tempo que nós quando éramos jovens dispendemos aprendendo a fazer um carro ou o avião pegar rodando uma manivela na frente do motor, a manipular um toca-discos de música com vários discos bolachões de vinil preto pendurados num mini-poste, instalar e manipular um vídeo-cassette player com maestria passou tão rápido que quando estávamos no auge do nosso gozo, a festa acabou e tivemos que começar tudo de novo para aprendermos a pegar o carro manual no tranco, manipular um múltiplo DVD player ou sintonizar uma televisão colorida via antena parabólica ou uma câmera fotográfica analógica e cheia de regulagens manuais em dials repletos de números onde você só sabia o que aconteceu com suas 36 fotografias depois de dias de revelação complicada ou um telefone celular pesado do tamanho de 3 controle-remotos colados com fita durex e cheio de opções escritas em preto-e-branco. Chega!

Não caí escravo do Facebook porque tenho tendência a ser leal e fiel até a morte (e além dela), e como tinha um Orkut aberto pela minha sobrinha, ao ver os ratos abandonando o navio para pularem para o Facebook, me recusei a acompanhar a boiada (de ratos) e fui parando por ali mesmo, no Orkut da Google. Não posso me queixar pois foi através do Orkut que reencontrei muitos membros da família, achei árvores genealógicas e fiz novas amizades, mas também tive algumas decepções. Ao saber dos horrores do Facebook, resolvi não participar. Então veio o WhatsApp para recolher os náufragos do finado Orkut e fui praticamente obrigado a entrar por imposição dos amigos de além-mar e para poder falar com eles de graça pelo celular, pois Skype não era o bastante.

Mas nem tudo é desastroso. Não se pode negar as vantagens do Facebook, principalmente para as classes sociais alçadas pelo governo do PT, veja aqui, Por Dentro da Inclusão Digital do Brasil:

http://motherboard.vice.com/pt_br/read/por-dentro-da-inclusao-digital-do-brasil

Chega a um ponto em que nos cansamos de aprender tanto e não dar em nada, só para sermos substituídos por coisas mais modernas a cada 5 anos. Desisti. Afinal, eu mesmo vou ser substituido muito em breve. Resolvi que só aprenderia o essencial para minha sobrevivência até viajar para o além, e isso veio quando as tecnologias pareciam já estarem bem estabelecidas, ou seja, nada de aprender a nadar antes da piscina ser construída, só depois de alguns campeonatos já terem sido realizados por outros testadores do sistema, ou seja, nada de comprar novo modelo de carro que pode incendiar, faltar os freios ou esfregar o saco na sua cara (air bag) lhe engolfando por acidente sem acidente, só depois que o modelo já está no mercado por mais de 3 anos e todos os defeitos já foram sanados e as versões com o devido luxo estão finalmente sendo oferecidas pelo mesmo preço como no projeto inicial (as versões anteriores foram mantidas despojadas justamente para terem o que lançar a cada ano, velha técnica de enganar consumidor).

O outro detalhe significativo para me fazer parar de tentar ser o moderninho foi a raiva que eu tinha/tenho de que cada novo aparelho aparece com uma forma diferente de interagir, ou seja, nada intuitiva fazendo com que tudo o que você aprendeu não valha mais nada. Veio o tal do dedinho rolando, da pressão adequada nas telas digitais para mulheres e gays e inadequados para seus dedões grossos de macho indelicado, veio os menus que não se acham mais, escondidos em minúsculos ícones com tracinhos que dão a vaga ideia de que aquilo não são os buracos de um microfone, auto-falante ou não vão lhe levar a um lugar que você não vai saber sair com ligação na internet dos outros ou gastando dólares da banda larga da sua conta telefônica via internet a satélite.

Para gay, isso não é insulto. Diferenças
culturais.
O medo de errar e tocar num ícone perigoso e dispendioso destes é outro fator que nos refreia a tentar a tal maníaca tecnologia. Nem tudo o que se entra se pode sair, é como as contas nos Googles e Facebooks da vida, ou as saídas dos super-mercados. Você entra com a maior facilidade mas pra sair, meu filho, nem morta.

Você tem que penar pra sair, se conseguir. Uma vez lá dentro, é escravidão para o resto da vida e se você tem dado em casa, vai dar no resto do mundo inteiro. Assim é que tenho diversas contas abertas no meio do mundo sem nem saber que estou lá, e só descubro eventualmente depois de 10 anos que aquilo ainda existe e não tem como me desfazer. Se eu tivesse colocado fotos pelado lá, estaria espalhado pela internet inteira para meus competidores gozarem da minha cara. Verdade que fotos de homem pelado são matéria de orgulho, diferente das mulheres peladas que não são quaisquer umas.

Uma criança de 20 anos não tem a menor noção do que uma foto pelada fará pelo resto de sua vida, e nem ela se importa com nada, entregando tudo ao destino. Ela nem sabe onde estará dali a 10 anos no futuro, não vai nem sequer parar pra pensar o que vai significar seu filho de 7 anos descobrindo sua foto pelada na cama e de ... arreganhada para o cachorro. Retirar as tatuagens então, jamais lhe passará pela cabeça até ser tarde demais.

Eu abri dois presentes esta manhã: meus olhos.
Basicamente parei de querer me manter no topo da moda por causa destes milhares de detalhes irritantes que você só descobre quando... atinge a nossa idade. A gente vai começando devagar, cansado de ter que reaprender a dirigir a todo instante, reduzindo o que podemos fazer ao mínimo, até que chega ao ponto em que você chega a recusar um telefone celular de última geração e prefere um em preto-e-branco, com ponteiros analógicos que nem a data marca, só porque o que você quer é um relógio pra saber a hora no seu pulso, tão fácil como antigamente. Você passa a odiar escolher carro novo diante de tudo o que tem que decidir e aprender para operar as mais novas estações digitais de espetáculos que você não pode usar quando está dirigindo, e o pior é o que vai ter que pagar por tais privilégios como o de ter um GPS com uma tela enorme para quem não enxerga direito que se esconde quando desliga o carro para o ladrão não saber que tem.

Velha guarda
Que mais temos que ter e que não pedimos ou precisamos? Poucas coisas são realmente úteis como o blue tooth que me permite telefonar sem tirar as mãos do volante, mas até o comando de voz é imbecil e demora pra entender o que estou falando sem antes treiná-lo e ser treinado por horas a fio como um cachorro, e haja paciência que não tenho, como se eu não tivesse mais nada pra fazer na vida e fosse como meu chefe, que saia na hora do almoço com uma comitiva, e eu por acaso no meio dela um belo dia, a fim de sentar-se no carro e treiná-lo a reconhecer sua voz e seu sotaque britânico, apesar de seus cerca de 40 anos, ou seja, não era mais um jovenzinho empolgado com novas tecnologias.

E agora, como vou melhorar se o governo não merece?
Detesto perder tempo com coisas que só 10% delas serão úteis para mim. Me poupem, cansei do consumismo, eu quero a paz, eu quero a natureza, o minimalismo, me enfurnar numa praia deserta sem sinos batendo dizendo que chegou mensagem. Bem, não tanto assim... Tornei-me minimalista e só dispendo tempo com o que quero, e não com o que o tal mercado impessoal quer para mim. Eu mando na minha vida, e não o mercado déspota. Fico feliz quando adquiro um carro novo cujo rádio é fácil de ser operado, e irritado quando este rádio vem acompanhado do escambau, e quando resolvo colocar uma foto de fundo, não consigo mais tirá-la nem retornar ao menu principal, tendo que pedir à minha filha pra descobrir. Mas que saco! Que se dane, eu quero o básico e pronto. Me dêem o básico e estou contente. Mais contente ficaria se não tivesse que pagar pelo excesso exorbitante que fazem a festa das outras pessoas ditas moderninhas e que adoram novidades, principalmente as com as cores do arco-íris.

Não curto Facebook... mas sou o retrógrado, não me sigam
Eu adorava novidades. Tanto que esgotei minha capacidade de absorção cedo. Aos 40 já tinha desistido dos aparelhos de som, e só voltei a escutar música quando elas encolheram e couberam num toca discos preso no cinto da calça, coisa que também não durou muito e logo virou minúsculos thumbdrives fáceis de serem perdidos.

Nem bem meu vizinho aprende a utilizar sofregamente seu gravador de programas de TV digitais e já chega uma nova TV que grava ela mesma, e depois disso chegam os programas em demand da NetFlix que você pode repetir quando quiser sem precisar gravar coisa nenhuma. Então é melhor esperar. 

Ao invés de comprar câmera para colocar no painel do carro, espera ser lançado um carro equipado com câmeras até por baixo dele para ver as pedras, as pernas das transeuntes e os bichos mortos da estrada. E no fim a gente fica velho e esperando que todos os problemas sejam resolvidos de modo que nada mais seja esperado da gente, o que realmente acaba acontecendo. 

Quanto trabalho eu tinha para manejar meu aparelho de som sofisticado a fim de gravar uma dúzia de músicas por fita cassette com som de qualidade duvidosa para presentear minha namorada, e ela ficava tão feliz que até hoje aquelas músicas são símbolos do nosso amor, enquanto hoje ela é quem me presenteia com milhares de músicas de altíssima qualidade de uma vez só, as quais podem ser ouvidas em qualquer lugar, mas ainda dependem de um aparelhinho de 5 centímetros de tamanho? Quando vai chegar os implantes de chips nas orelhas que jogarão estes aparelhinhos no mato? Aparelhinhos estes que, a 5 anos atrás era preciso aprender a operar seus botões, e hoje é só introduzí-los em caixinhas chamadas USB que eles trabalham sozinhos. E amanhã? Não é melhor esperar do que perder tempo aprendendo e reaprendendo a andar com nossas próprias pernas?

Dá pra entender? Este é um dos humoristas da TV que mais me
faziam rir quando eu era jovem, mais por suas cenas ingênuas e
pueris. Quem vê cara não vê coração. Você pode ser ranzinza rindo
das próprias piadas picantes e sarcásticas... afinal, é preciso muita
inteligência para ser capaz de ser assim.
É por isso que nos tornamos ranzinzas e ficamos para trás com relação às novas tecnologias. 

Estamos a esperar coisa melhor, mais fácil, que não exija de nós um curso por semestre para operá-las. 

Continuamos a nos extasiar com elas, mas cansamos de perder tempo com coisas descartáveis tal é a velocidade do progresso do mundo atual. 

Desistimos de acompanhar as milhares de iniciativas que aparecem todo santo dia e que realmente não precisamos. Big Data, que diabos é isso? Nada, só o tamanho dos dados que se armazena hoje em dia que não cabem mais em disco ou chip nenhum de memória. Cloud Systems? Sistemas que você não precisa mais ter em seus computadores, basta usá-los e pagar por isso através da internet. Internet das Coisas? Simples geladeiras que agora podem ser hackeadas porque se conectam com a internet via satélite para calcularem as mais novas temperaturas de manutenção de iogurtes orgânicos. Até seu carro pode ser hackeado hoje em dia, facilitando os sequestros sem motoristas nem tiros. O carro é teleguiado por controle-remoto. Tá com medo? Não viu nada ainda... vá trabalhar numa empresa de alta tecnologia mundial que vai saber o que está preparado para o seu futuro...

Chamado Grouchy (Ranzinza), esse Smurf
discorda de tudo o que os outros dizem
E no fim você acaba sendo arrastado para a tecnologia, querendo ou não. Eu não queria telefones celulares, hoje tenho os de segunda ou terceira geração que vêm quase de graça nas minhas renovações de planos de telefonia. Eu não queria GPS, hoje eu tenho de graça nos mesmos tais telefones, e agora vem até mais de um pra escolher as cores e a maneira mais fácil de operá-los. Eu não pagaria mais por controles no volante do carro, hoje não tem carro que se compre sem eles, então o jeito é ter um curso rápido lá mesmo, na concessionária, com o vendedor, antes de sair dirigindo, e que ele programe meu celular no blue tooth. Eu não precisava de mais do que minha coleção de discos com 12 músicas mas hoje tenho milhares de músicas sem ter pedido dentro de um minúsculo aparelho que veio se reduzindo em tamanho. Eu sonhava com minha biblioteca cheia de livros, sinal de inteligência e hoje todos as minhas centenas de livros estão dentro de um hard drive portátil de 12x7x0.5 centímetros. Isso é ser minimalista, toda a minha vida cabe no meu bolso. São tantas músicas que não consigo mais gravar as letras pra cantá-las.

Nem mesmo fazer serviços mecânicos em seu carro, como antigamente eu fazia na garagem residencial, você (e nem os mecânicos) conseguem fazer mais por causa do emaranhado de eletrônica envolvendo toda a estrutura que requer aparelhos medidores sofisticados e caríssimos além de cursos especializados (o que me foi dito pelos tais mecânicos). Mecânica àquela moda só para quem ama os clássicos e ainda existe uma pá de trogloditas saudosistas e felizes aqui na Austrália que mantém seus clássicos nas garagens, saindo para as exposições em cada estado.

Tou errado? É errado ser dinossauro? Ou faz parte do caminho fatal e da inteligência de cada um?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são moderados para evitar a destilacão de ódio que assola as redes sociais, desculpem.