domingo, 26 de março de 2017

Privilegiados

Somos realmente privilegiados.

Recebemos de vez em quando mensagens muito positivas através da mídia social e isso é um privilégio. 

Não recebemos mensagens de ódio porque elas batem e voltam, não causam os efeitos esperados por quem envia para nós, daí eles desistem. Não gritamos palavrões para eles, apenas ou respondemos com classe e argumentos inteligentes incontestáveis, ou ignoramos. Já quando enviam boas mensagens, merecem agradecimentos e elogios. E é assim que se pode controlar esta corrente de ódio por aí, que só aumenta quando nos associamos a ela. Alguém tem que parar a sequência, e tem que ser você, porque os outros não acordaram para esta capacidade e andam obcecados sedados. 

Seja o primeiro a romper com a corrente de ódio brasileira, troque o ódio pelo raciocínio.

Primeira Mensagem

A primeira desta série de 4 mensagens é para preparar para o que vem nas outras, preparar seu coração e sugerir sua reação. Acabei achando as fontes das mensagens na internet, que suponho sejam corretas, porque as pessoas teimam em não dar créditos a quem merece, e muitas vezes até mesmo assumem a autoria.

Cada Dificuldade É uma Oportunidade para Crescer

Cada dificuldade é um desafio e cada desafio é um aprendizado. Não devemos nos abater diante das dificuldades. Devemos vê-las como oportunidades de crescimento e aprendizado. 

Pessoas que sabem enfrentar as dificuldades são conhecidas como pessoas corajosas e perseverantes. Servem de exemplo e encorajamento aos demais. Além disso, cada dificuldade é uma ocasião para aperfeiçoarmos o nosso amor, purificando-o das impurezas do egoísmo. 

Cada dificuldade é também uma oportunidade de aproximação maior com o Divino. Ter Deus como parceiro nas dificuldades é certeza de vitória. Apolônio Carvalho

http://www.focolares.org.br/2017/03/22/cada-dificuldade-e-uma-oportunidade-para-crescer/

Então quem faz os sites cujos links estão aqui do lado do blog é corajoso e perseverante.

Segunda Mensagem

Esta segunda mensagem compara o Brasil de hoje com a França da Segunda Guerra Mundial e diz que quem resiste é herói. Nem que você resista por dentro de você, sentindo gastura e sem sequer ter coragem de sair nas ruas ou reclamar contra o peso do ódio que anda rolando nacionalmente, seja coerente consigo mesmo e com a razão, e fique em paz interiormente, embora seja difícil partilhar o seu prazer por estar se sentindo bem com os outros.

Então quem faz os sites cujos links estão aqui do lado do blog é herói.

A Liberdade em Tempos Sombrios

Sábado, 18 de março de 2017, por Márcio Sotero Felipe

Em um artigo publicado em 1944, A República do Silêncio, Sartre escreveu que os franceses nunca foram tão livres quanto no tempo da ocupação alemã. Um chocante e brilhante paradoxo que só a grande Filosofia, como exercício de pensar fora do senso comum, é capaz de produzir. Por que os franceses eram livres se todos os direitos haviam sido aniquilados pelos alemães e não havia qualquer liberdade de expressão? Como se podia ser livre sob a cerrada opressão do invasor que fiscalizava os gestos mais triviais do cotidiano? Porque, dizia Sartre, cada gesto era um compromisso. A resistência significava uma escolha e, pois, um exercício de liberdade. Significava não renunciar à construção de sua própria existência quando os invasores queriam moldá-la, reduzindo-a a objeto passivo e sem forma.

Em linguagem retórica e poética Rosa de Luxemburgo disse algo semelhante: quem não se movimenta não percebe as correntes que o aprisionam.


Segundo Foucault, uma maçã não é uma maçã, mas uma
representação dela. A maçã, então, é o que eu quero que ela seja.
Então, 
se não existe uma realidade anterior e a essência pode ser
descartada pela vontade humana, Foucault era um asno.
Sartre era existencialista: a existência precede a essência. Isto significa que não há algo anterior à existência que impeça um ser humano de tomar livremente as decisões que construirão o seu futuro. Isto dá ao humano a plena imputabilidade pelos seus atos. 

O que ele faz da sua existência é culpa ou mérito exclusivamente seu. O que ela é hoje resulta de decisões que tomou no passado, e o que será resultará das decisões que toma no presente.

A experiência francesa durante a ocupação alemã guarda certa similitude com o Brasil de hoje. Na França parte da sociedade (muito maior do que os franceses gostam de admitir) foi complacente ou colaborou com o invasor que massacrava seu povo e aniquilava os mais elementares direitos dos franceses. Hoje, parte da sociedade brasileira assiste inerte, é complacente, apoia ou apoiou usurpadores que vão reduzindo a pó o pouco de direitos e garantias de um povo já miserável.


Ódio de classe
Na França colaborava-se por ser fascista ou filofascista. Por egoísmo social. Por ressentimento. Por ódio de classe. Para pequenas vinganças privadas, para atingir um inimigo pessoal. Colaborava-se por ausência de qualquer sentimento de solidariedade social. A colaboração com o invasor desvelava a mais baixa extração moral. Quanto a nós, tomo como paradigma uma cena do cotidiano que presenciei dia desses. Duas mulheres ao meu lado conversavam. Uma disse que seu filho de 13 anos era fã do Bolsonaro. A outra, algo espantada, faz uma crítica sutil, perguntando se ela não conversava com o filho sobre política. A resposta: “acho bonito que meu filho seja politizado nessa idade”. Com isto, quis dizer que não importava de que modo seu filho estava precocemente se politizando.

Pode-se razoavelmente supor que ela, mulher, ignore que Bolsonaro disse que há mulheres que merecem ser estupradas? Que saudou, diante de todo país, em rede nacional de televisão, o mais célebre torturador da ditadura militar? Que declarou que prefere o filho morto se ele for homossexual? Como ignorar isso tudo é altamente improvável, porque seria supor que tal mulher vive em uma bolha impenetrável em plena era das redes sociais, podemos concluir, com Sartre, que escolheu o sórdido para si e para seu filho. O que resultará dessa escolha não poderá ser imputado a Deus, ao destino, aos fatos da natureza ou a qualquer fórmula vaga e estúpida do tipo “a vida é assim”, mas a ela mesma e a seus pares brancos de classe média que tem atitudes semelhantes.

Como desenhar Bolsonaro por André Cadore


Do mesmo modo como a parcela colaboracionista da sociedade francesa escolheu a opressão do invasor estrangeiro, parcela da sociedade brasileira escolheu o retrocesso, o obscurantismo e a selvageria.


Foi em massa às ruas em nome do combate à corrupção apoiando um processo político liderado por notórios corruptos.


Socio-pata, até o cão apresenta traço de fraternidade
Regozija-se com o câncer e com o AVC do adversário político, demonstrando completa ausência de qualquer traço de fraternidade e respeito ao próximo.

Suas agruras e dificuldades econômicas e sociais transformam-se em ódio justamente contra os excluídos e em apoio às ricas oligarquias que controlam a vida política do país (das quais julgam-se espelhos), a fórmula clássica do fascismo.


Permanece indiferente, omissa ou dá franco apoio ao aniquilamento de direitos, ao fim, na prática, da aposentadoria para milhões de brasileiros, à eliminação dos direitos trabalhistas, à entrega do patrimônio nacional a grandes empresas estrangeiras.


Seu ódio transforma em esgoto as redes sociais.


Não há como prever o que acontecerá a esta sociedade. Uma convulsão social poderá desalojar os usurpadores do poder, ou poderemos seguir para o cadafalso como povo. A História sempre é prenhe de surpresas. O que é certo, no entanto, tomando a frase de Sartre, é que somente poderão dizer no futuro que foram livres, no Brasil pós-golpe de 2016, os que agora estão se comprometendo e resistindo. É uma trágica liberdade de tempos sombrios, mas se nos foi dado viver neste tempo, que vivamos com a dignidade que somente os seres livres podem ostentar.

Hoje são livres os que resistem.


Márcio Sotelo Felippe é pós-graduado em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo. Procurador do Estado, exerceu o cargo de Procurador-Geral do Estado de 1995 a 2000. Membro da Comissão da Verdade da OAB Federal.


http://justificando.cartacapital.com.br/2017/03/18/liberdade-em-tempos-sombrios/

Omi, membro da equipe quádrupla de amigos
da série animada norte-americana Xiaolin
Showdown, 2002...
Terceira Mensagem

Não achei a fonte da próxima mensagem, embora mencione o autor como Xaolin da Rocinha, nome bruta charmoso que deve ser de Antônio Ferreira Shaolin, presidente da Câmara Comunitária da Rocinha, que esteve nas notícias entre 2011 e 2013.

Ame-o ou Deixe-o, o Reverso

Divulgado como Artigo de Xaolin da Rocinha

O Brasil começou a disputar o mercado industrial mundial já algum tempo e a superar países europeus e em alguns casos até aos Estados Unidos. Entretanto setores conservadores e aliados do capital estrangeiro estão destruindo o patrimônio e a indústria nacional.

Exemplos estão aí:


Na área nuclear foi desenvolvido um programa de excelência que foi praticamente desmontado; o Programa Nuclear Brasileiro, com a prisão do Cientista Almirante Othon.


Na questão do petróleo, com a descoberta do Pré-Sal, o pais seria auto-suficiente em energia e petróleo e alavanca para o desenvolvimento e educação do povo. A Petrobras está sendo descaracterizada e seu patrimônio vendido a preço irrisório ao capital internacional.


Carona na ilustração do artigo O Brasil Não Está à Venda, quando
na realidade ainda não estava em 2016, mas agora está para
quem gostar de dar mais...
Na Engenharia Pesada o Brasil estava atuando em mais de 70 países e todo este patrimônio está sendo destruído. 

No leilão dos aeroportos as empresas brasileiras foram proibidas de participarem.

No riquíssimo mercado das carnes, a indústria brasileira deste produto e derivados é líder no mercado mundial e agora toda sua imagem/patrimônio é jogada no lixo como se tudo fosse carne podre.


A economia brasileira corre sério risco de ser totalmente destruída. Qual será o próximo setor econômico a sofrer esses ataques?


Desvios de conduta ou erros premeditados por inescrupulosos devem ser corrigidos e as pessoas punidas, mas não pode ser pretexto para a destruição de toda indústria nacional.


A reação dos brasileiros
Austrália e Estados Unidos já começam a comemorar um futuro boicote europeu para exportação da carne brasileira. Se isso acontecer (o boicote), fazendas inteiras poderão falir e é claro o desemprego no campo aumentará e a migração para as cidades levará as pessoas para as favelas e periferias aumentando a miséria.

Existe um complô internacional em curso, apoiado por setores entreguistas do Brasil, para o desmonte da indústria brasileira e isto o povo não pode deixar acontecer. Temos que ser nacionalistas e barrar a destruição do patrimônio nacional ou voltaremos a viver nas trevas e a deriva do capital usurpador de nossas riquezas.


Miriam Leitão, por Fraga, torturada pelos
militares em 1972, na mesma época em que
Dilma Rouseeff também foi torturada,
desunidas na delação...
Enquanto não nos transformam em um Brasil miserável e faminto, vamos comprar nossos produtos de consumo diário nas mercearias e nos açougues da esquina. Lá, nós conhecemos o proprietário e podemos reclamar. E o dono do estabelecimento ainda participa do nosso churrasco.

E Tu?

Como é que você, leitor normal de classe média, está vendo estas coisas? 

Ah, sim, eu sei, não precisa se dar ao trabalho de blasfemar, basta eu lembrar o que certos amigos meus têm coragem de me dizer (porque é preciso muita coragem mesmo), que é tudo obra do PT. Claro, Miriam Leitão, a bela da Rede Globo, faz questão de repetir todos os dias que a desgraça da economia atual do país é resultado do "desastroso" governo do PT de Dilma Rousseff. E ela não diga não pra ver se não leva um pontapé nas nádegas porta-afora do Jardim Botânico...


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