segunda-feira, 27 de março de 2017

Um Sonho de Homem

Eu sempre quis ter um homem assim...

Procurei tanto, e nunca encontrei. Aliás, encontrei, mas não foi assim, pela vida toda, como um casamento. Eu tinha amigos muito íntimos, que às vezes eu pensava que eram eternos, mas diante de toda a minha vida até aqui, 5 anos de bromance não significavam muito.

Contudo tenho alguns amigos de mais de 30 anos de amizade, e um deles é como um irmão, enquanto os outros são como irmãos mais afastados, mas dificilmente poderíamos ser gêmeos porque pensamos bem diferente. Ou talvez pensemos diferente porque vivemos separados.

Não tive irmãos e surtei com meu pai na adolescência, algo que descobri que foi minha própria culpa, mas sobrevivi, e ainda consegui ser o pai que eu queria ter tido, um pouco melhor e por mais tempo do que o meu próprio. Deus resolveu colocar alguns percalços para eu me diplomar em certos assuntos que precisava aprender.

Os percalços me fizeram sentir falta de um homem, e todos os que eu encontrava ou se ofereciam, eu não achava que tinham cacife bastante para o que eu exigia para o papel. Mesmo assim tive dezenas de "bromances" e até um par de "pais extras" que assim se elegeram por si próprios, e por onde vou sou como um magneto, aparecem candidatos a filhos meus, jovens que de alguma forma conseguem conversar comigo sem conflitos de gerações, mesmo em outro país. Minha mulher diz que sou acriançado, mas prefiro achar que sou "acessível" aos jovens carentes de pais ou acostumados com eles.

Por isso, quando leio estórias assim como este casal de homens aí embaixo, me emociono, ou quando vejo qualquer filme que toque no assunto amor entre homens (sem sexo). Todo mundo tinha barreiras contra o amor masculino, mas eu precisava muito, até o dia em que desisti de procurá-lo nos outros, e resolvi cultivá-lo em mim mesmo então injetei-o, ou melhor, introjetei-o de um jeito que funcionou. Antes de transferir para os outros, devemos procurar a verdade dentro de nós mesmos para perdermos menos tempo.

Os gêmeos comediantes norte-americanos Ethan e Grayson Dolan,
os
 Dolan Twins no Youtube com 3 milhões de acessos aos 16 anos
Sabendo da suma importância que existe no amor paterno, filial e fraternal, aqui mais uma vez publico um texto sobre uma outra forma de amor masculino: o amor entre gêmeos.

Os caras são tão agarrados um no outro, se amam tanto desde tantas encarnações (eu diria), que nasceram juntos e estão levando uma vida colados um no outro também, sem serem siameses. 

E como se não bastasse, a identificação é tanta que os dois são como que espelhos um do outro, e não só se comunicam por telepatia, digamos assim, como se vestem com as mesmas roupas que pertencem aos dois ao mesmo tempo, moram sob o mesmo teto, e estão juntos o dia inteiro até na profissão (ou nos estudos). Só falta casarem com a mesma mulher, mas isso eles explicam direitinho. 

É muita igualdade.

Queria que esta igualdade se extendesse para todo o povo brasileiro...

Cidade de Geelong, perto de Melbourne, Austrália
E ao povo do mundo...

Que todos nós pudéssemos ser gêmeos.

Mas, pensando bem, é bom ser gêmeo de alguém com quem podemos dividir nossas vidas e todos os segredos, mas não é bom ser gêmeo de todo mundo, senão ficaria tudo muito enfadonho e sem variações.

Apaixonem-se pela simplicidade do relato destes dois rapazes multi-culturais que vivem em Geelong, cidade satélite de Melbourne, na Austrália. E pasmem, eles são muçulmanos egípcios! Tão lindo... eles são gêmeos não univitelinos, ou seja, de óvulos diferentes, por isso não são idênticos, apenas muito parecidos. 

Dois de Nós

Artigo removido a pedido de um dos envolvidos.

Nota 1 (22/07/2017): Este seria o título do artigo, no entanto tenho desculpas a apresentar. Um dos gêmeos me pediu para remover o artigo devido a problemas pessoais, e tenho que atendê-lo, portanto vocês vão ficar sem conhecer a bela estória que me comoveu. Neste momento ele também disse que havia inverdades na publicação, o que me consola um pouco mas não é surpresa diante dos tantos casos que conheço em que a mídia falta com a verdade.

O resto do post permanece, inclusive a nota que escrevi a seguir, cuja razão agora me foi informada: o artigo da revista também foi removido da internet a pedido de um dos gêmeos.

Nota 2: Por alguma razão retiraram a página da estória da internet, então não tem link para a versão em Inglês.

A poção química do amor...
O lance de quebrar um chocolate e dar a metade para o irmão gêmeo deu-se na minha vida também, mas com um coleguinha de turma ou amiguinho da vizinhança (vários deles). Tive amiguinhos muito ligados desse jeito, de saber o que o outro estava pensando, mas todos ficaram na infância mesmo, nenhum prosseguiu na vida adulta por uma série de motivos, o principal deles eram nossas mudanças de bairro e escola sem internet, email, rede social ou telefone celular. Consegui reter apenas alguns amigos da adolescência, com quem não cheguei a dividir chocolate, mas paguei muitas cervejas e dei muitas caronas, e vice-versa. Hoje chegamos a ocupar apartamentos e a guiar seus carros nas férias no Brasil, mas estas coisas materiais só têm valor por causa das pessoas por trás delas.

Quanto a se comunicar por telepatia, até casal consegue fazer, quando há entrosamento e química. Difícil é a química dar certo...

Nota 3 (02/04/2017): Minha mulher achou de ler justamente este post e me disse que estava muito gay. 

Respondi que, se ela não percebeu, fiz de propósito para instigar os homofóbicos porque, se algum amigo meu lê-lo, sei que certo palavreado vai chocá-lo e ele vai me repelir, mas porque partiu de mim quem sabe ele considere prosseguir lendo e engolindo sua crítica, o que suponho que contribua para evoluí-lo e ajudá-lo a ir se acostumando com a idéia de que os direitos humanos vieram pra ficar, mesmo com toda esta reação violenta das direitas racistas no mundo. Pois afinal, sei de gente que, de repente, teve que engolir um filho ou filha saindo do armário abertamente nos últimos tempos no Brasil, então é melhor mudar de percepção o quanto antes, não é não? É preciso explicar sátiras nem sempre tão sutis assim...

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Hi Sherif,
      I tried to access your profile, but as it is not public, I cannot reply directly. If you post a message here again with your email, I compromise to not publish it and send an email for you with my address.
      If you want me to remove this post, please, let me know.
      Cheers, Fox.

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