sábado, 7 de janeiro de 2017

Réquiem do Requião

Surpreendente vídeo do Senador Roberto Requião celebra o réquiem dos derrotados na batalha contra a corrupção brasileira em que os corruptos ganharam e suplantaram grande parte de seus antagonistas, prendendo-os e arrasando com suas empresas, tirando-os da frente para "rearrumarem" a casa e fazerem o trabalho para o qual foram muito bem pagos.

Ei, eu não tenho nada com isso, hein? É o que está escrito ou sendo divulgado por aí. Não me comprometa... artigo do Brasil 24/7 que trás um vídeo gravado por Requião pai.

Requião: "Assassino de Campinas é Produto do Trabalho da Globo"

Família Requião, honra seu lugar neste post por declarações tão
inteligentes
Senador Roberto Requião (PMDB-PR) diz que o autor da chacina que deixou 12 mortos em Campinas (SP) nesta virada de ano, incluindo sua ex-mulher e filho, "é produto pronto e acabado do trabalho da Globo, da mídia atrasada, direitista e televisiva do Brasil"; "Esperar o que?", pergunta; ele também diz que "a mídia, a Globo principalmente, começa a bater em Temer", mas defende o entreguismo: "preserva o que diz ser uma excelente equipe econômica. Chegou a vez do Temer, mas eles querendo preservar o entreguismo, o fim da CLT, das conquistas sociais".

Transcrevi o que o Senador falou no vídeo porque prefiro escrito do que falado.

Vídeo transcrição de Roberto Requião, Mensagem de Ano Novo, 24 minutos

Olá minha gente. Ao vivo, aqui no Face Live, para conversar com vocês sobre esse início de 2017. Eu poderia iniciar concordando com tudo o que diz a mídia, a Rede Globo, os jornalões, fazendo mais ou menos o que o Álvaro Dias, que é senador, que é meu companheiro aqui do Paraná faz, concordar com tudo.

Mas, eu não quero que esta conversa seja para agradá-los, mas para que vocês reflitam comigo. Eu quero dizer o que eu observo, o que penso, e eu tenho uma posição privilegiada para entender o que está acontecendo no Brasil. Eu quero falar sobre a Lava Jato, sobre a soberania brasileira e sobre a corrupção. 

Logo do artigo espetacular da Stanley Foundation com KQED
Public Radio e KUT Austin em 2008 (em Inglês) quando o Brasil
de Lula era a maior promessa mundial. Em suas avaliações,
faltou o principal: a corrupção. 
Eu vi outro dia o Dallagnol, promotor aqui do Paraná, colocar no Twitter o artigo de uma psicóloga publicado na Folha que dizia que, enfim, a corrupção acaba, pela sua repetição, sendo entendida como normal. Dallagnol é a entropia do sistema, ela tem razão, e você não estava errado ao chamar a atenção para esse artigo. 

A corrupção na política se transformou numa coisa tão repetida, tão costumeira, que a maioria dos políticos acaba realmente achando que ela faz parte do jogo. É aquela história, faz parte. Se não for assim, não é possível avançar no processo eleitoral. A corrupção se transformou para a maioria dos políticos numa coisa normal.

Só, Dallagnol, que ela só existe assim por falta de uma ideologia política, de uma solidez filosófica, de um objetivo por parte das pessoas. Você acha, numa visão fundamentalista, que seria o cristianismo da forma com que você vê. A base de tudo, da solidariedade no mundo, eu não tenho muita dúvida está suportada numa visão cristã. É o que deve mobilizar a evolução e o processo civilizatório do mundo.

Estivemos muito errados no passado, na Inquisição e tudo mais, mas nós avançamos, nós temos elaborado o pensamento cristão, e nós avançamos no caminho do amor e da solidariedade.

The Economist em 2009 e hoje (photoshopped):
nunca mais verás país nenhum... a não ser...
Agora, não há dúvida que no Brasil a corrupção se transformou numa onda generalizada por parte das pessoas que fazem política. Muito pouca gente se opôs a esse processo. E quem se opunha, Dallagnol, como eu aqui no Paraná, era condenado pelo Judiciário com apoio do Ministério Público. Cada vez que eu denunciava um corrupto, ele me processava, a minha denúncia não adava no Judiciário, e eu acabava condenado porque, segundo os juízes que me julgavam, eu não podia chamar de ladrão alguém que não tivesse sido julgado em instância final. Ou seja, eu era condenado mais ou menos pelo que vocês procuradores do grupo da Lava Jato no Paraná fazem hoje.

Pra mim não havia complacência e as condenações passaram de 2 milhões de reais, ou seja, todo o meu salário de prefeito, deputado, governador praticamente foi consumido nestas condenações absurdas de quem tentava defender a moral pública, defender o erário, defender o interesse do povo. 

Então, essa corrupção generalizada, sem sombra de dúvida, é um fato, e a Lava Jato começa, para minha alegria, lá naquele posto de gasolina de Brasília. E começa mostrando que algumas pessoas, que no caso, no começo eram do PT, recebiam dinheiro pelo que faziam no Congresso, manipulação de leis e assim financiavam suas campanhas. 

Corrupção é normal
4:42

Mas, paralelamente ao início da Lava Jato, surge também a denúncia da espionagem dos Estados Unidos. Vocês lembram quando se descobriu que a Presidenta da República estava grampeada, que estava todo mundo mais ou menos grampeado, e a Lava Jato começa para a satisfação e alegria do Brasil. Nós estamos vendo que alguém com coragem levantava o véu que cobria a corrupção de políticos de uma forma generalizada.

Não eram só os políticos do PT, eram políticos de todos os partidos, do PT, do meu PMDB, do PSDB, do..., eram, de todos os partidos. Todos estavam naquele jogo, e como disse a psicóloga citada pelo Dallagnol, se transformou na cabeça deles numa coisa normal. Era como se fazia política no Brasil, pelo menos para eles, não pra mim, nunca pra mim.

Mas daí, surge também, paralelamente com estas denúncias de que todo mundo estava grampeado, as insistentes viagens do pessoal da Lava Jato e do próprio juiz Sérgio Moro, aqui do Paraná, para os Estados Unidos. Então, a impressão que eu tenho, e é isso que quero colocar pra vocês, é que as investigações da Lava Jato, a mim pelo menos é o que parece, foram suportadas, ajudadas pelas escutas telefônicas norte-americanas.

Vixe, vou ter que aprender a viver logo
6:21

E, a partir desse momento, começaram as prisões e forçavam delações premiadas e uma certa quebra do garantismo jurídico. E eu quero admitir que não me causou muita espécie no momento, porque a gente queria que aquela caixa preta da corrupção fosse realmente arrebentada e as coisas fossem reveladas com clareza.

Mas, o que eu vejo no desenvolver desse processo, é que as investigações foram direcionadas. Se todos os políticos importantes do Brasil, e que tinham importância porque manejavam o Congresso Nacional Executivo, eram corrompidos, as investigações começaram a ter uma visão seletiva. Talvez até pela ideia de que não se pode enfrentar todo mundo ao mesmo tempo e que se as investigações fossem seletivas, teriam o apoio de quem não gostava do pessoal mais nacionalista, mais progressista, mais à esquerda, vamos dizer. 

E pra mim a esquerda é definida, não como regime russo nem nada disso, esquerda pra mim é a solidariedade e o amor e a direita é o egoísmo e o individualismo

Então a corrupção era generalizada, mas tinha um setor que ainda tinha um vêsgo (não consegui entender esta palavra) nacionalista, uma tendência nacionalista, e este pessoal é que passou a ser investigado, talvez, eu imagino, pela seletividade das informações que os espiões norte-americanos passavam para a nossa Lava Jato.

7:49

Mas daí, no meio desse processo, surge um grupo de pessoas que hoje sabemos estão profundamente implicadas porque apareceram nas últimas denúncias da Odebrecht, pelos vazamentos da denúncia porque não temos conhecimento de todos, elaboraram um projeto, Ponte para o Futuro. O que era esse projeto? Era um projeto de globalização do Brasil. Exatamente o que os interesses do capital financeiro norte-americano deseja para o mundo, o fim do projeto nacional, de um país independente, dono das suas riquezas naturais, era um projeto de privatização de tudo, de entrega do petróleo, e de abertura da nossa economia para os interesses dos países mais desenvolvidos ou do capital financeiro que domina o mundo.

Fim da aposentadoria, fim da CLT, fim da saúde pública, fim da educação, privatização disso tudo, conforme aquelas ideias do concenso de Washington, isso tudo estava previsto na tal Ponte para o Futuro. Vai que daí, aquele pessoal ligado à Ponte para o Futuro que hoje sabemos estava igualmente envolvido nesse processo todo, passou a não ser investigado. E surge, com o apoio da mídia, o movimento forte para derrubar a presidente Dilma Rousseff.

Não estou fazendo aqui a defesa da presidente Dilma Rousseff. Eu era, no Senado Federal, oposição radical à política econômica da Dilma Rousseff que não estava dando certo. Agora, quanto à corrupção, corrupto tem que ir pra cadeia, então isso tem que ser investigado, comprovado, dentro das regras do Direito.

Mas, esse pessoal que elaborou o projeto Ponte para o Futuro passou a ter um apoio da Lava Jato, com vazamentos e tudo mais, embora tivessem envolvidos também, como nós sabemos hoje, mas passou a ter o apoio da Lava Jato no impeachment. E foram para o governo com este projeto Ponte para o Futuro que era o projeto do interesse do capital financeiro internacional, notadamente do capital financeiro dos Estados Unidos, capital financeiro que o Donaldo Trump derrotou hoje, ganhando a eleição da Hilary que representava Wall Street.


Mas muito bem, eles foram para o governo com este projeto, e daí continuam de certa forma sendo protejidos. Algum vazamento existe, a gente sabe que não há uma unidade absoluta no Ministério Público nem no Judiciário, e há muita gente que quer fazer combate à corrupção independente dos interesses dos Estados Unidos ou não, que eu acho que está por trás disso tudo, manejando e manobrando isso.


Veja bem, não que não seja muito positivo o que se faz no combate à corrupção, mas há uma manobra por trás disso tudo e está levando ao predomínio de um grupo, igualmente denunciado, portanto igualmente corrupto, que lançou o projeto Ponte para o Futuro que está sendo protegido pra quê? 

11:25

PEC 241 da liberação dos gastos para o capital financeiro e corte na saúde, na educação, na previdência e investimento público, é uma espécie de interrupção do desenvolvimento brasileiro pra ficar por conta dos interesses do capital financeiro, com entrega de patrimônio mineral, de petróleo, de minério de ferro e de tudo mais, inclusive da água, chegaram a propor, vocês já devem ter notado, a privatização da água no Brasil, das reservas de água no Brasil, inclusive do aquífero Guarany, que é uma das maiores, senão a maior reserva de água potável do mundo hoje.

Palavras são palavras, escritas permanecem,
e povo que se dane
Então, a gente pode notar como é que isso se deu, com aquela gravação que acabou vazando do Romero Jucá. Ele diz o quê? Só há um jeito de parar essa sangria, é derrubando a Dilma. E daí o Romero Jucá, o Michel Temer, o Padilha e o Moreira Franco lançam a tal Ponte para o Futuro que eu já me referi, que é um projeto entreguista que acaba com a soberania do Brasil e deixa o Brasil na condição de um estado associado a interesses do capital financeiro internacional, uma coisa, na minha opinião, extraordinariamente ruim para o Brasil e para todo o nosso processo civilizatório. 

Porque nós somos um país diferenciado no mundo. Nós não temos crises com nossos vizinhos, nós não temos guerra de fronteira e nós havíamos desenvolvido um processo de solidariedade e de avanço do estado social, um estado que respeita o trabalho, que respeita as minorias e respeita a sustentabilidade que garante a preservação da natureza, é uma coisa bonita que estava acontecendo.

13:06

O mesmo vêsgo que surgiu na Europa depois da derrota do nazismo e que foi confrontado com a revolta e a volta do capital financeiro ao domínio do processo. Como é que isso se dá? Banco Central independente, fora do governo, o governo reduzido a uma espécie de gendarme, gente de arma, de polícia contra as manifestações de um povo revoltado. O Banco Central se superpondo de forma opressiva em relação aos Executivos, o Legislativo dominado pelo financiamento privado de campanha das grandes empresas e o fim das garantias trabalhistas.

O convencionado se superpondo ao legislado. O fim da CLT, das garantias trabalhistas, das conquistas civilizatórias do mundo, isso acontece na Europa também. 

A antítese da delação premiada
Então, é o capital financeiro contra o capital produtivo e o trabalho. Isso ocorre no Brasil também com a tal Ponte para o Futuro. Então o que nós vemos é que este grupo igualmente denunciado como corrupto está sendo preservado à medida em que ele realiza as tais propostas da Ponte para o Futuro, as propostas de liquidação da soberania nacional, e daí vem a PEC 241, 55 no Senado, agora a entrega de 100 bilhões de reais de patrimônio público para as telefônicas, o fim da CLT, o fim da aposentadoria, o fim de todas as garantias sociais, e vão avançando à medida em que esse grupo que, segundo as revelações da Lava Jato, é tão corrupto quanto todos os outros que já estão punidos, na cadeia, e tudo mais, é preservado, mas ele é preservado enquanto vai fazendo aprovar a entrega do Brasil, altamente festejada pela mídia.

Aliás, vocês podem notar que agora a mídia, a Globo principalmente, começa a bater no Temer, mas preserva o quê? Preserva o que eles dizem ser a excelente equipe econômica, ruim é o Temer. Parece que chegou, talvez, a vez do Temer e dos seus companheiros serem liquidados pela Lava Jato. Eles querem é preservar o entreguismo, que é a equipe do Meireles, o fim das leis sociais, da saúde, da educação pública, da CLT e tudo mais. E a entrega do patrimônio mineral do Brasil, vai-se Petrobras, vai ferro, vai todo patrimônio mineral do país e nós ficamos reduzidos à condição de um estado associado ao grande capital e aos grandes interesses.

Brasileiro dá mais do que chuchu na serra do Paraná, dá tudo, e
soberania para ele é chororô, sob, sob!
16:08

Bom, veio o impeachment, o Temer assumiu o poder e a situação em que nós estamos é hoje. As delações, de certa forma, elas têm preservado o PSDB. Algum vazamento já mostra que o Aécio, o Serra e o Fernando Henrique tavam envolvidos na mesma coisa. A tal... o Instituto Fernando Henrique tem a mesma natureza do Instituto Lula e a mesma natureza do Instituto do Bill Clinton lá nos Estados Unidos, financiamento privado, em serviço aos interesses que os financiam. 

Então, o que nós vemos hoje? É o entreguismo explícito do governo brasileiro, na medida em que ele é preservado, embora todo mundo já saiba que está envolvido. As denúncias estão claras aí, não sou eu quem faço as denúncias, as denúncias do Jucá, a respeito de jabutis nas medidas provisórias do interesse da Odebrecht, as denúncias que atingem o meu partido pesadamente, por que não dar o nome, é o Renan, é o Eunício, o Romero Jucá, o Moreira Franco, o Padilha, mas todos preservados enquanto avançam o processo de entrega do Brasil.

Então, como é que fica o Judiciário e o Ministério Público nisso? Mas, de repente, não mais que de repente, nós descobrimos que esse pessoal que corrompia o Congresso Nacional, conforme aquele trabalho feito pela psicóloga publicado na Folha e citado pelo Dallagnol, não corrompe nem o Ministério Público nem o Judiciário. Não há nenhuma denúncia a respeito do Judiciário, ou seja, eles compravam o Congresso mas não compravam sentenças Judiciárias, não existe um juiz corrupto no Brasil.

Na realidade eu não luto, só escrevo...
Minha gente, nós temos a mesma base genética, nós somos brasileiros. A base genética do Judiciário é a mesma base genética do Legislativo, é a mesma base genética que tem resistência à corrupção e complacência e auto-complacência com ela. Então, faço só esta observação a vocês, não há nenhuma denúncia, mas nós estamos sendo conduzidos ao fim do projeto nacional, e já foi Petrobras, já vai CLT, já vai aposentadoria, saúde, educação, e nós estamos sendo reduzidos à condição de estado associado aos Estados Unidos.

18:26

Agora, veja, no mundo, a coisa tem tido um comportamento diferente. A Inglaterra saiu desse jogo da globalização com a votação do Brexit. A Europa também. Na Itália agora o primeiro ministro foi derrotado, essa proposta foi derrotada, e nos Estados Unidos o Donaldo Trump ganha da Hilary, e a Hilary representava exatamente Wall Street, o domínio do capital financeiro nos Estados Unidos.

Mas aqui no Brasil, na contramão das mudanças positivas que acontecem no mundo, independência, soberania, de amor, de solidariedade, em contraposição ao egoísmo, ao individualismo e à brutal concentração de riqueza na mão de muito pouca gente, de muito poucas corporações. Nós estamos caminhando no sentido contrário às mudanças que estão sendo feitas no mundo.

Vocês olhem a Grécia destruída por esta proposta globalizante do capital financeiro, Portugal, Espanha, igualmente destruída, e nós, que tínhamos uma política externa de multi-polaridade, ou seja, Brasil conversava com o mundo inteiro. Estava tentando se consolidar no sul, com o Uruguai, Paraguai, Argentina, os países da América do Sul, para constituir um bloco, porque nós não temos o mesmo desenvolvimento tecnológico dos países mais desenvolvidos do mundo e estes países possibilitavam o desenvolvimento do Brasil porque são o interface lógico, eles compravam muito da gente, a Argentina era o grande comprador do Brasil.

Mas de repente cai uma política progressista na Argentina, vem um Macri. E as denúncias, a Cristina é corrupta, o Lula é corrupto, o Evo Morales é corrupto, só não é corrupto quem está jogando ao lado da globalização. Nós sabemos, vocês que me escutam seguramente têm um entendimento muito claro disso, que não é assim. 

A corrupção atinge todos os países, é um mal que tem que ser destruído, mas atrás dessa campanha de corrupção eu vejo uma manobra. Na campanha de corrupção eu vejo uma manobra, por trás os interesses do capital financeiro conduzindo tudo isso, alimentando a sua espionagem de escutas telefônicas e informações da Lava Jato.

21:08

E eu vejo que o fim disso pode não ser muito bom para o Brasil. Precisa haver uma resistência. Nós não podemos ser reduzidos à condição de um país de segunda qualidade, num estado associado a interesses econômicos, um povo mal pago sendo escravizado, sofrendo, vendo todos os recursos minerais e toda a nossa história sendo reduzida a nada.

Mas observe então, finalmente, há uma proteção para corruptos que estão no poder hoje ou pelo menos são igualmente acusados de corruptos pela Lava Jato. Mas são mantidos e enquanto são mantidos, fazem o trabalho sujo de liquidar com o projeto de soberania nacional. 

São mantidos porque são contra a aposentadoria, porque são contra a CLT, porque estão entregando a Petrobras, porque querem privatizar a educação, privatizar a saúde, transformar tudo num grande negócio em que o amor e a solidariedade não são mais levados em consideração. 

Era a conversa que eu queria ter com vocês nesta segunda-feira. Eu posso não ter agradado muita gente, mas a intenção não era essa. Era levar essa minha preocupação, isso que me inquieta, isso que eu acho que estou vendo, à consideração de vocês.

Eu gostaria que vocês comentassem isso no meu Face Live e a gente pudesse continuar esta conversa.

Eu entrei na política imaginando que eu ia ajudar a transformar o mundo de uma forma muito positiva. Mas eu entrei denunciando a corrupção com força, e nunca encontrei eco na Justiça do Paraná, no Ministério Público do Paraná, na imprensa do Paraná.

Eu fui considerado, eles diziam o Requião é louco, ele chama todo mundo de ladrão. Eu estava exatamente tentando combater esta vulgarização da corrupção na política do estado do Paraná. E vocês vejam no que deu isso tudo. Hoje, nós temos, por exemplo, um governador que já sofreu, ele e o seu governo, tantas acusações que tem uma rejeição de 71.8% em Curitiba.

Mas na farsa da política associada com a imprensa e os interesses econômicos, eles estavam ontem festejando com todo o seu staff, Carlo Barros, Humberto Richa acompanhados de suas senhoras, a eleição do prefeito de Curitiba como se fosse uma grande vitória deles. Seria uma vitória de alguém ou uma vitória dos acertos do capital associado, capital investido em campanha eleitoral, associado com a mídia e associado com interesses do transporte coletivo, da especulação imobiliária e de tudo mais. 

Isso é o que está acontecendo. E a tentativa que eu fiz hoje conversando com vocês é tentar expor para a consideração de vocês.

http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/273220/Requi%C3%A3o-%E2%80%98Assassino-de-Campinas-%C3%A9-produto-do-trabalho-da-Globo%E2%80%99.htm

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