sexta-feira, 1 de abril de 2016

Apelidos da Odebrecht

Nicknames em Inglês são apelidos e não os nomes dados a Nick.

Este artigo da Folha é bem divertido: Qual Seria o Mistério por Trás dos Apelidos da Lista da Odebrecht?

http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/03/23/qual-seria-o-misterio-por-tras-dos-apelidos-da-lista-da-odebrecht.htm 

Os apelidos acima são a prova do carinho que rola por trás (!) nas altas esferas sociais. 

Mas brasileiro de todas as classes é mestre em inventar apelidos, entretanto no exterior ele pode se dar mal pois isso ofende.

Conversando com minha mulher, ela disse que o brasileiro tem que ser muito cuidadoso uns com os outros com o que diz pois qualquer coisa os ofende. Ora, mas o país das ofensas é a Austrália, entretanto os australianos (inglêses, europeus, canadenses e americanos) são grossos sob o nosso ponto de vista, então porque eles não se ofendem com suas próprias grossuras? Eu lhe disse que eles consideram serem extremamente sinceros como uma boa qualidade e não grossura, não interessando os sentimentos dos outros. Então disse ela que ofensa para eles é meter-se na vida deles, invadir a privacidade deles, enquanto ofensa para brasileiro é ser rude em não fazer rodeios para dizer uma verdade não muito agradável.

Diferença bastante sutil para ser notada por um brasileiro comum no exterior.

Esta conversa foi à propósito de um amigo europeu que nos enviou mensagem dizendo - estou enviando um link para uma reportagem importante mas "não estou a fim de conversa", curto e grosso. Sabemos que ele não anda bem de saúde, mas mesmo assim, foi um pouco rude para o coração brasileiro e nos deixou angustiados.

Click na imagem para aumentar o elefante e o mamute
Estive raciocinando sobre este fato dos apelidos e eu, como bom brasileiro, adoro colocar apelidos também, mas não gosto de ser recipiente deles desde pequeno. 

Meu pai me ensinou que, se não atendemos ao apelido, ele esmaece, por isso nenhum apelido do inevitável e cruel bullying escolar de todos os tempos pegou em mim. Uma vez eu fiz a prova: passei a atender a um amigo que me colocou um apelido, e ele pegou. Fiz isso porque gostava dele e permiti o apelido como teste, o qual ficou por ali mesmo, e depois que nos separamos, o apelido se foi com ele e nossa roda de amigos da época.

Na minha opinião, colocar apelidos não só denota o amor que o brasileiro tem pelas outras pessoas indiscriminadamente, como também denota o seu caráter gozador de estar sempre em festa fazendo piadas para todo mundo rir e tornar-se alegre, outra das nossas características de povo feliz. Mas uma coisa importante raramente é lembrada, que é o fato de que é muito mais fácil a gente gravar uma particularidade de uma pessoa récem-conhecida do que gravar... seu nome! Então o brasileiro, amante do trabalho fácil, prefere gravar o apelido do que o nome da pessoa. Afinal, o apelido será evidente da próxima vez que ele encontrar a vítima, mas o nome nem sempre.

Conheça seu apelido de acordo com dia e mês de nascimento, em
Inglês, your silly clown (seu palhaço doente)
Por isso, uma vez vivendo no exterior, tente assimilar que aqui é fundamental aprender o nome das pessoas, porque elas são mais arrogantes do que as elites brasileiras, e principalmente se elas são imigrantes estrangeiras, é preciso aprender a pronunciar seus nomes estapafúrdios e, de preferência, estabelecer o sexo se conhecê-las através de e-mails ou chats, vendo o coração sem ver a cara. É uma tarefa excruciante, digo eu que sofro deste terrível mal. O pior nome para gravar é aquele que você nunca ouviu antes como "Imogen".

Um aparte aqui com relação a sexo, por vezes muito complicado na Austrália. Existem tantas mulheres gays, e algumas são mais masculinas do que a maioria dos homens, que fico na dúvida se devemos nos referir a elas como "he" ou "she" (ele ou ela). O que as ofenderia mais? Para minha sorte com a única convivência que tive durante alguns anos e findou, a figura se parecia com uma mulher então não podia reclamar. Era bem estranho ver uma top model do alto de seus high heels (sapatos altíssimos) segurando chaves inglêsas de moto na sua mesa de trabalho (ela era motoqueira e trocava de roupa quando chegava e saia).

Alguns nomes de bebês indianos...
What's in a Name?

Voltando aos nomes, o que as pessoas fazem logo de cara é dizerem seus nomes quando em telefonemas de negócios. Mas elas dizem tão rápido e tão automático que você não tem jeito de pegar. Então o jeito é perguntar de novo, como é mesmo seu nome? É rude, mas elas que se danem. Aprendi que, antes de parecer rude para elas, sou eu primeiro, e o que eu preciso é saber o nome delas. Se fosse no Brasil a gente imediatamente criaria um apelido ou diria o nome do jeito que ouviu, o que é rude do mesmo jeito, mas ninguém liga e acha engraçado.

Já o sobrenome é outro tormento quando preenchendo os formulários oficiais na Austrália. Isso porque eles não se adaptaram aos estrangeiros e continuam tratando todo mundo como se pertencessem à cultura deles. Nada contra exceto que nem tudo se adapta corretamente. Por exemplo, o australiano tem 2 nomes e um sobrenome em geral. Exemplo, Sara Jane Lee. Agora imagine um brasileiro chamado José Augusto Cavalcanti Oliveira Santos Albuquerque de Lima e Silva, o que ele vai fazer para preencher um formulário que diz "sobrenome" e "nome" e "nome do meio (middle name)"?

Nomes de garotos chineses...
Ele vai preencher assim: Silva, José e "Augusto Cavalcanti Oliveira Santos Albuquerque De Lima E". Pois é, porque eles não entendem os conectivos e tratam como mais um nome, tornando a letra maiúscula, assim "de Almeida" fica "De Almeida". Enquanto isso, se você tem o azar de ter conectivos latinos nos seus nomes como "nh" ou "lh" então prepare-se para ser chamado de Ágostin Botilo Pino se for Agustinho Botelho Pinho. Eles simplesmente não conseguem pronunciar estas sílabas e só com muito esforço lhe chamarão de "Agostínio Botêio Pínio".

Para evitar ter que repetir e soletrar o nome quase todo santo dia, os chineses e indianos trocam de nome oficialmente ou não quando emigrados para a Austrália. Chineses passam a usar nomes próprios em Inglês como Barry e indianos ou naturais da Ásia Ocidental abreviam seus nomes enormes e impronunciáveis para as primeiras letras que soem algo inteligível. Entretanto a maioria não oficializa isso, então a gente conhece eles pelos "apelidos" simplificados mas seus nomes aparecem nas listas de telefones ou emails como nomes completos. Por exemplo, o nome de um turco é Utku, mais conhecido como O Teu C..., digo, Yuri, enquanto um sirilankano chamado Chathuranga é conhecido como Chato de Tanga, digo, Charlie.

Mas o mais irritante ainda são as mulheres australianas, aquelas que ainda casam com homens, porque muitas casam com mulheres e outras com homens muitas vezes, e mesmo as que casam uma vez só, elas ainda mantém aquele costume Neanderthal e fazem questão de trocar o sobrenome para adotarem o do marido. Isso não dá pra entender de jeito nenhum numa sociedade feminista como a australiana, porque como se não bastasse as mulheres que desprezam os homens se submetendo a trocarem seus sobrenomes quando casam, causando sempre um enorme problema em termos de documentos, como elas ainda crescem com o sonho de se casarem de branco e ainda gastam milhares de dólares só para terem as fotos do casamento e depois atirarem o marido na lata do lixo, segundo algumas mulheres me instruiram quando perguntei descaradamente pra que era mesmo que elas ainda se casavam.

Só como ilustração, porque não entendi nada...
Do meu lado, tenho que me adaptar a identificar pelo sobrenome que Amy Isabella Smith agora é Amy Isabella Jones, e quando ela descasar, volta a ser Amy Isabella Smith no trabalho para quando casar de novo, passar a ser Amy Isabella Williams e na terceira vez torna-se Amy Isabella Brown, enquanto nos formulários é um rolo para elas porque há sempre uma cláusula dizendo "seus outros nomes" ou "outros nomes pelos quais você é conhecido(a)". Elas jamais conseguem esquecer seus ex-maridos desse jeito e tudo se configura numa relação de ódio e masoquismo. Pra não falar daquelas que retiram as tatuagens com os nomes deles, o que dói pra caramba (vide seriado de TV britânico que mostra isso).

Atualmente, com a paranóia e o excesso de segurança, eles agora exigem o nome da sua mãe e não o do seu pai, pois pai quase ninguém conhece mais ou troca a cada estação do ano tornando o homem descartável na sociedade moderna, para a alegria deles que podem variar as refeições com frequência. E como se não bastasse, o nome da sua mãe tem que ser o de solteira que só é o nome da mãe que você conheceu se você é um filho de mãe solteira. 

Matilha de Ponta Grossa, Paraná
Esta cláusula está praticamente em todos os formulários atuais na Austrália. A única coisa que eles têm certeza é da sua ascendência feminina, voltando à era antes de Cristo quando a humanidade ainda era nômade e não possuia propriedades e portanto não existiam casamentos para oficializarem seu pai a fim de você herdar. Antigamente homem só não virava gay porque era logo jogado no meio de suas matilhas para participarem das atividades de seu gênero como a caça (ou apenas a caça!) de animais que os tornava amigos, ou seja, haviam muitos pais disponíveis ao redor, mas hoje não existem matilhas para isso, as matilhas de hoje caçam muheres que ainda gostem de homens e isso os torna rivais indesejados, cada um por si e os gays já nascem prontos...

Mas pelo menos a vantagem é que todo australiano tem três nomes apenas, e nada dos nomes quilométricos dos brasileiros que querem reter todas as origens das famílias "reais" deles. Enquanto isso, os chineses, a maior população do mundo, só possuem 100 sobrenomes para todo mundo e todos têm apenas dois nomes, como Geng Li. Um colega chinês é conhecido por outro nome Inglês, Erik, para não se confundido com gang (gangue). Ele dividia uma casa com outro colega vietnamita chamado Erik também, cujo nome de origem era Thanh. 

Dang Le Nguyen Vu , fundador da Trung Nguyen Coffee Corporation
Foto Vneconomy
Quando eu trabalhava numa grande oranização australiana junto com os brasileiros recrutados, haviam vários Nguyên vietnamitas mas não eram da mesma família. Fiz amizade com um deles que me disse que seus conterrâneos eram muito unidos ao ponto de almoçarem juntos e criarem uma fundação financeira a fim de emprestar dinheiro aos membros sem juros em toda a Austrália. Havia uma união de crédito australiana que fazia isso por nós, brasileiros dentro do escritório, gerenciada pelo diretor da empresa como voluntário, pois os brasileiros dificilmente se uniriam como os vietnamitas daquele jeito, e como se não bastasse, um deles foi embora e deixou sua dívida ao Deus dará, vergonhosa para todos nós... para mim é regenerador saber das histórias dos vietnamitas quando conversamos com seus imigrantes aqui na Austrália.

Para aqueles que ignoram os problemas de emigrarem para os países de seus sonhos, vejam aqui outro cara falando mal da Austrália em termos de que ela não é o paraíso que tantos pensam, apesar do lado inegavelmente positivo, O Lado Ruim de Morar na Austrália - EMVB - Emerson Martins Video Blog 2013:


Mas não queiram saber o que significa o apelido Willy e muito menos procurem imagens no Google... eu avisei...

Não confundir Willy com Willie Nelson, aqui com Dolly Parton, dona de
dois dos mais fartos e naturais..., ambos cantores country
norte-americanos
Frisco

Para mim, uma das obras que mais impressionaram minha existência na Terra nesta vida foi a ponte pênsil Golden Gate de São Francisco no estado da Califórnia, USA. Grandes obras de engenharia sempre me fascinaram. A impressionante ponte pênsil me foi apresentada pelo meu pai na TV, por causa da outra ponte pênsil de Tacoma no estado de Washington, USA, conhecida como a pequena Gretchen Galopante (Galloping Gertie) por causa das ondulações presenciadas pelos motoristas que a cruzavam, e que acabou desabando 4 meses após a construção em 1940 quando ela balançava mais que próteses de silicone no carnaval por causa de simples ventos de apenas 67 km/h, uma cena que jamais esqueci (veja a ponte galopante aqui https://www.youtube.com/watch?v=j-zczJXSxnw e a música Galloping Gertie de Sam Fonteyn, gênero música de salão (Saloon Music/Ragtime) aqui https://www.youtube.com/watch?v=mfNxgdUEOF4).

Este é o termo apropriado para usar no lugar de "São Francisco" quando quiser irritar os "Friscanos". Tenso. Chame São Francisco de Frisco que eles prestam atenção em você.
  • Você: Oi, estou indo a um clube em Frisco esta noite.
  • Tenso friscano: Frisco? Ninguém daqui chama a cidade desse jeito! Por favor, chame-a de São Francisco.
  • Você: Legal, então, eu adoro viver em Frisco.
  • Tenso friscano: Irra, não desrespeite a cidade usando esse termo, estou lhe avisando.
  • Você: Okay, mas Frisco, com certeza, tem uma grande vida noturna - e um monte de idiotas com retenção anal (sabe-se lá o que você quis dizer, porque eu não sei).
Texto retirado daqui: http://www.urbandictionary.com/define.php?term=frisco

Samuel D. Cohen escreve que muitos creditam a "Friscofobia" ao colunista Herb Caen, cujo primeiro livro, publicado em 1953, foi "Não a Chame Frisco", imitando um artigo do mesmo nome num jornal em 1918. Caen foi considerado por muitos como a reconhecida autoridade sobre o que era e o que não era detrator da dignidade da cidade, e para ele, Frisco era intolerável. Frisco é uma cidade muito digna mesmo, perdoe a ironia...

https://en.wikipedia.org/wiki/San_Francisco

Existe arrogância pior do que estes naturais de São Francisco? Eles odeiam o apelido "Frisco" pelas razões mais idiotas possíveis. Assumem que se a palavra tem som de "k" no meio, ela enseja muita intimidade e familiaridade, o que não é verdade porque só estrangeiros a chamam por este ignominioso apelido para eles, que discriminam os estrangeiros com preconceitos associados a este motivo. 

É muita "friscura"! Eles também associam o abominável apelido ao fato de que os fugitivos das prisões de Utah se diziam "friscanos", o que os faziam serem presos imediatamente pois a polícia sabia que nenhum "sãofranciscano" chamaria sua cidade de "Fresca", digo, "Frisco". E também porque quem chamava a cidade de "Frisco" eram os habitantes da cidade rival californiana, Los Angeles.

A psiquiatra Carla Perez (!), de São Francisco, diz que "é o mesmo que você se chamar Rachmaninoff e as pessoas lhe apelidarem de Rocky", que pode ser irritante mas não ao ponto de se prescrever antidepressivo Prozac a quem lhe chamar assim. Você não precisa entender esssa colocação de Carla Parez, tem muita coisa cultural que só tendo nascido lá para se ter uma ideia. (Locais Sabem Mais: Apenas Turistas a Chamam de Frisco), em Inglês, Locals Know Best: Only Tourists Call it 'Frisco':

https://web.archive.org/web/19971123191158/http://www.journalism.sfsu.edu/www/pubs/gater/fall97/sept11/Frisco.html

Fonte das Nereidas, Pelotas, sempre jorrando para cima, conta com
uma extraordinária dança das águas com as cores do arco-íris...
Este apelido, contudo, tem sido ressuscitado pela juventude atualmente, talvez em rebeldia para irritar os pais ou os adultos intransigentes e conservadores que não aprenderam a lição que diz que, quanto mais irritação você apresentar, mas as pessoas vão querer lhe perturbar pra você deixar de ser idiota, crescer e aprender a ser mais tolerante e criativo. Eles simplesmente querem ser donos da cidade. Mas que cidade! Vocês devem saber da fama de São Francisco no mundo, muito maior do que Pelotas...

E por falar em Pelotas, não acessem esta página politicamente incorreta na net de jeito nenhum. Trata-se da Desciclopedia que, como seu nome diz, é o inverso de uma enciclopédia (http://desciclopedia.org/wiki/Pelotas) e o texto desta página é muito pornográfico. Eu avisei! Contudo não deixa de serem engraçadas algumas colocações como a de que Pelotas significa Bolas em Espanhól e um evento de suma importância para a economia agrícola local é a Festa da Noz, quando uma faixa é colocada na entrada da cidade dizendo: "Venham Todos Comer Noz!". Verdade ou mentira? Sinceramente, não sei.

A História dos Apelidos de São Francisco, em Inglês:

http://www.thebolditalic.com/articles/3271-don-t-call-it-frisco-the-history-of-san-francisco-s-nicknames

Porém, quando você chegar na espiritualidade, será conhecido por qual nome?

Ao que me consta, depende das pessoas que se acercarem de você. Elas vão lhe chamar pelo nome que o conheceram, e você vai atender por uma série de nomes tantos quantas foram suas reencarnações. João!... tá falando comigo? Não, estou falando com aquele número 8.357.221 alí... mas da sua 34.ª encarnação, não da 723.ª... ah, ele sabe, fique na sua...

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