sexta-feira, 15 de abril de 2016

Chicotada na Chacota

Esse post foi engendrado antes do passo decisivo de prosseguir com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Brasil mas demoro muito revisando antes de colocar no ar e outras prioridades acabam passando na frente. É que o congresso e o STF nunca trabalharam tanto e com tantas horas extras para o povo desse jeito, é que desta vez a refeição é muito gostosa então está tudo indo muito rápido e eficiente. Não estou fazendo piada, isso é muito sério.

Americano Vê Risco de 'Golpe' Contra o Sistema Eleitoral para Pôr PMDB e PSDB no Poder, em Português, e ainda dá outra lição de história que os brasileiros é quem deviam saber de cór e salteado:

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160322_james_green_jf_if

Dentre as coisas interessantes deste post, em comparação do Brasil com os Estados Unidos, o Presidente Obama passou pelo mesmo sufoco da Presidenta Dilma quando o congresso norte-americano prometeu não aprovar nada para detonar seu governo, mas ele conseguiu vencê-los com o apoio popular. 

Segundo o exímio crítico Arnaldo Jabor, o Brasil virou motivo de chacota internacional em seu comentário na rede Globo, Nós Viramos a Piada do Mundo:

http://globoplay.globo.com/v/4939388/

Entre suas citações, colhi estas: delírios pessoais, narcisistas, vaidosos, jogam com a crise em proveito próprio. Lula poderá ser o mártir dos facistas. Viramos a piada do mundo, um país caricato, de trapalhões, que merece gargalhadas.

Exageros à parte, o que ele falou é verdade. As pessoas no exterior não chegam a gargalhar, porque isso não é cortês, elas são mais do tipo de alfinetarem com picardias leves para bom entendedor, sem perderem a postura. Significa que condenaram e não querem mais conversa. O Brasil fez tanto para conseguir a atenção destas pessoas para em apenas 2 anos destruir tudo e virar motivo de chacota. O Brasil, diga-se de passagem, o governo do PT, e "destruir" significa pela oposição e o próprio povo, seu escravo e das redes sociais.

Dilma referiu-se recentemente a vazamentos seletivos, oportunistas, como parte da estratégia deste golpe moderno. Os discursos de Dilma, Lula e Cardozo, Advogado-Geral da União, são categóricos, sem evasivas nem condescendências ou falta de assertividade como os escorregadios da oposição, mas o discurso destes se assemelha mais ao do povo brasileiro do que os do trio citado acima, por isso o povo brasileiro anda enganado. O brasileiro não é assertivo, ele é evasivo. Ser evasivo significa dar cabimento a mudar de ideia imediatamente conforme o interesse, dançar conforme a música, adaptar-se ao invés de impor-se. 

Se lutas o suficiente podes conseguir tudo o que quiseres. Sim, isso
mesmo pensava o caçador quando matou tua mãe...
Algo assim como falar uma coisa que o interlocutor não aceita e fica indignado, então, por causa do seu interesse, você remenda dizendo, "não, mas, temos que convir que pode ser de outro jeito, afinal..." e assim a pessoa mantém um certo grau de aceitação ao invés de confrontar e lutar pelos seus argumentos, ou seja, você não tem argumentos e pode se amoldar aos de quem quer que seja, conforme garantam que o seu interessse se mantenha de pé. Assim são os políticos e juristas nacionais que vêm de uma longa jornada, geração após geração, uma questão de "cultura".

Ser categórico significa ser honesto, transparente, decisivo claramente, é isso e ponto final. Ser escorregadio é moldar seu pensamento conforme a resposta dos outros a fim de mantê-los a seu favor. É o discurso dos oportunistas predispostos a propostas indecentes.

Não é a mentira que me aborrece, é o
insulto à minha inteligência que acho
ofensivo.
É muito difícil para o brasileiro comum identificar as duas posturas para julgar a honestidade das pessoas porque ele simplesmente não é assertivo e acha que todo mundo mente, todo mundo se amolda, todo mundo é assim como ele e a oposição. Quem não conhece honestidade não sabe o que é. Talvez só os pobres do interior são honestos. É uma questão de "cultura". 

Confesso que é muito difícil ser-se assertivo num país como o Brasil por causa da cultura da excessão, de se tirar vantagem em tudo, de amoldar-se à situação, de subverter-se tudo a fim de justificar um fim duvidoso, caso contrário não se vai pra frente, se se aborrece muito e não se faz coisa nenhuma, mesmo que, quando somos honestos, uns gatos pingados ainda nos valorizem.

Enfim, se você não está gostando deste post, me diga que eu mudo. Quer que eu defenda a oposição e vote no PSDB, é só dizer e nem precisa me oferecer propina, contanto que possamos ser amigos e, quando um precisar do outro, estaremos lá para resolvermos a parada, "parceiro". Amigos? Toque aqui. Não, por favor, cocaína não no momento porque não jantei e tomei anti-depressivos... mas você é muito gentil, obrigada, fica pra próxima.

Vazamento Caribenho

O mundo parece estar gostando da onda de vazamentos brasileira, e tratou de entrar na moda do jeito que eles sabem. É o laboratório social brasileiro de novo exportando boas iniciativas para serem usadas dos dois jeitos, corretamente e manipulativamente.

Esse cara aqui, Stan Jackson, na rede social profissional LinkedIn, acha que o vazamento do Paraná, digo, do Panamá, não vale nada.

Ele diz que o povo não teve interesse, e muita gente se pergunta, o que é isso? De que me serve isso? O que eu devo fazer com isso? Impeachar quem?

Ele diz que foi apenas uma inundação de informações não classificadas e que os agentes da mídia responsável estão tentando tirar o máximo da informação veiculada, e que o resto do mundo logo perdeu o interesse e nem comenta mais.

Bem, não é o que acontece na Austrália, pelo menos. Aqui todo mundo comenta o tempo todo e o assunto anda tomando quase metade de todos os noticiários, principalmente da rádio ABC que escuto no carro e nos telejornais da ABC TV que tem vários canais, dentre eles um 24 horas no ar. Amanhã tudo pode mudar, quem sabe? Sai um pouco mais caro calar as bocas do mundo afluente, mas cala-se do mesmo jeito.

Para quem está voando, o buraco é mais embaixo. O imbróglio ameaça expor aqueles figurões que são basicamente os mais egoístas do mundo. O problema não é ser milionário, bilionário ou trilionário, que não é pecado, o problema é não repartir nem sequer 10% do que ganha com o resto do mundo se acabando em miséria, fome, doenças e sofrimento. Nem sequer adotando um torcedor de 11 anos de idade como neste vídeo, Crianças São Adotadas Através de Campanha do Sport Club do Recife, 4 min:

http://globoplay.globo.com/v/4938100/ 

Caridade através de impostos pagos com alegria é anônima
enquando existir privacidade fiscal...
Quando parar de chorar, continue a ler abaixo. Sim, não se acanhe, homem chora... trancado no banheiro...

Stan Jackson defende que ninguém gosta de pagar impostos. Realmente, todo mundo odeia, mas a maioria paga por ser honesto, por ser obrigado e também porque pensa nos outros, pensa em como os impostos são usados e para que servem. Praticamente todo mundo está de acordo que são os impostos que produzem melhoras para o povo em geral, como construção e manutenção de estradas, escolas, hospitais públicos. 

Então, pagar impostos é fazer caridade. 

Se não se faz por bem, se faz por mal, obrigado, sim senhor. Caridade obrigatória.

Pensando assim todo mundo pagaria seus impostos com mais vontade, principalmente quando ele vê os resultados. Porém, se o povo não vê os resultados, ou os vê de má qualidade, eles começam a reclamar e podem começar a fazer de tudo para evitar pagá-los. Isso acontece em países cujo governo engana o povo. Todos os países do mundo?

Então, nesse jogo de pega-pra-capar, temos dois sujeitinhos nojentos atrapalhando a vida dos milhões de cidadãos de bem, honestos e decentes que fazem suas tarefas e trabalham para o bem comum de todos com amor e camaradagem. 

Trata-se do mal político que desvia os resultados dos impostos para o que quer que seja que não reverta em benefícios para a as comunidades que o elegeram, ou que utiliza os fundos em instituições de má qualidade para a população, ou pior, aplica em objetivos de seu próprio interesse, suas vantagens, ou desvia para o bolso dele mesmo.

E tem o mal cidadão que não está nem um pouco interessado em contribuir com nada nem com ninguém ao ponto de usar de qualquer esquema possível para esquivar-se e evadir-se de pagar seus impostos, repartir coisa nenhuma, o sujeito extremamente egoísta, justamente aquele tipo que é o mais premiado pelo sistema capitalista.

Santo Capitalismo Maquiavélico

E o sistema capitalista está errado? Não, eu diria. Ele tira proveito do pior tipo de gente possível para distribuir renda com os demais. É um sistema muito bem bolado, pra falar a verdade, transforma os demônios em anjos do bem.

Apenas um título sugestivo deste filme
Como? Ora, o egoísta ambicioso quer mais, quer ganhar a parada, quer ser o maior, quer dominar, então, dentro das regras do capitalismo, ele produz o que há de melhor para derrotar a concorrência. Enquanto isso ele emprega muita gente para atingir seus objetivos abjetos, a qual, de um jeito ou de outro, consegue viver melhor por causa de seu trabalho. Ele faz tudo pensando em si próprio, em seus lucros, sua riqueza, seu poder, mas o fato é que ele contribui para o bem estar da humanidade através de empregos e bons produtos.

Ele utiliza a arte e engenharia dos seus escravos para chegar ao topo e com isso garente o emprego dos outros. Entre seus escravos sempre têm figuras extraordinárias com ideias monumentais, as quais se transformam em produtos para o bem de todos. Mais de alguns do que de outros, mas teoricamente é para todo mundo. Afinal, se você não pode comprar um Range Rover Evoque, compra um Jeep 1962 usado e ainda assim possui tecnologia de alta qualidade muito superior a uma carroça puxada por jumentos.

Vejamos como funciona no caso da música. Você compra um CD do artista preferido por um preço módico para escutar quando quiser, em casa, no carro, no escritório, com a família, com os amigos, na cama, ou seja, você pode ouvir a maravilha da obra dele, mas embutido no preço, você também paga impostos e o produtor também, se não tem sede num paraíso fiscal como o Panamá. Teoricamente, altos impostos significam altos benefícios para as comunidades do país.

É uma troca muito mais do que justa e mínima, é pouco dinheiro por um enorme privilégio que, de outro modo, você teria que ser obrigado a ir aos shows do seu artista quando ele aparecesse na sua cidade a cada 4 anos, pagando os preços das entradas que fossem cobrados para ter apenas uma ou duas horas de prazer no meio de uma multidão e tendo que enfrentar tráfego ou retornar altas horas da noite para casa, perigosamente. Ou parar tudo e aumentar o volume do rádio, já inventado, quando tocasse suas músicas.

Através da indústria, das fábricas de CDs, dos estúdios de gravação, todo mundo pode comprar pequenos pedaços de reprodução da arte dos artistas, os quais teoricamente recebem muito mais pela quantidade vendida do que receberiam pela quantidade de shows através do mundo ou do interior onde moram. 

Eu digo teoricamente porque aí é onde a porca torce o rabo e a onça bebe água. É onde entram as distorções. Artistas reclamam que ganham muito menos do que as corporações gravadoras que têm inclusive o poder de se evadirem de pagarem suas taxas em certos países enquanto o público reclama dos altos preços cobrados pelos produtos, e esse lucro vai pra quem? Não, não vai para Deus...

Os problemas desse sistema, todo mundo conhece, e por isso é necessário um governo forte para evitar as distorções em cada país. E quais seriam tais distorções? O monopólio é a primeira e principal delas. Se um sujeito domina uma fatia de mercado, ele tende a tornar-se um déspota e explorar todo mundo, baixando salários e produzindo qualquer lixo que o povo tem que engolir porque não tem opção. O segundo é ele se tornar tão rico, mas tão rico, que não tem mais dinheiro para distribuir com os outros, e logo ele se tornará um ditador dominador de escravos. Isso já acontece no mundo, todos sabemos.

Hoje em dia o bicho-papão são as corporações mundiais capazes de provocar microcefalia nos bebês dos países que se atrevam a desafiar o poderio da dominação global em andamento... perdoe, tenho lido muito sobre conspirações e estou cons-pirando! A culpa é da Austrália, aqui a gente tem muito acesso a literatura fora do mainstream estilo Globo...

É para corrigir estas distorções, dentre outras, que governos eleitos como representantes do povo devem lutar para assegurar as regras do jogo, ou seja, sem elas, tudo se torna uma anarquia e retorna-se ao mundo dos predadores e das presas, ao tempo das cavernas.

Bem mentalidade de brasileiro, sem noção...
Regras, apenas regras, e punições, quando elas não são respeitadas. Sem regras, o sistema não funciona, o jogo não flui, não tem gols e o povo desce no campo para bater nos jogadores e destruir as sedes dos clubes, e tudo vira uma anarquia.

É isso o que o vazamento do Panamá põe em evidência, quanta gente egoísta existe no mundo sonegando impostos que são necessários a fim de que a sociedade inteira mundial possa viver um pouquinho melhor, mantendo os máximos lucros para si próprios, com a ajuda de espertos esquemas internacionais fora das jurisdições dos governos eleitos pelo povo para defendê-los destas ameaças. 

Claro, sempre tem um jeitinho de burlar o controle daqueles interessados no bem estar da humanidade inteira por aqueles que só pensam em si próprios, sempre houveram, e sempre haverão. Até quando se descobre e se tem coragem de se fazer alguma coisa. Com tanta briga de gato e rato por milênios, a humanidade ainda prossegue melhorando de vida aos trancos e barrancos.

Guerra Contra a Corrupção

Foi o cineasta José Padilha que deu a dica de que, a partir da pacificação das favelas, dali em diante o jogo envolvia altas autoridades e políticos no filme Tropa de Elite 2, o Inimigo Agora É Outro.

No caso do Brasil, achei tudo muito bem bolado. Deu-se autonomia às instituições que pudessem lutar contra os desvios de impostos, fortaleceu-se as mesmas a fim de que elas pudessem trabalhar com menos ameaças de engavetamento, e o resultado tem sido uma verdadeira caça às bruxas da corrupção secular nacional. 

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), conhecido
local de lutas democráticas. Veja lista dos artistas lá reunidos que

apoiam o governo atual lá embaixo deste post.
O fato desse esquema ter se virado contra quem o estabeleceu, o governo do PT, não passa de mais um esquema de corrupção igualzinho aos que sempre existiram, com a diferença de que o esquema atual está na mídia, escancarado, sendo utilizado pelos opositores que desejam o governo mas não conseguem ganhá-lo nas urnas, alimentando mais um golpe. 

O problema dos brasileiros atualmente é que eles nunca souberam como era viver num país democrático, então não têm a menor noção de como é pensarem por si próprios, por conta disso a opinião das mais ricas e supostamente inteligentes classes sociais tem sido manipulada justamente como parte do mesmo esquema de corrupção, ou seja, o povo agora faz parte da corrupção, não por ganhar lucros, mas por simples pressão e ameaças psicológicas para serem aceitos e considerados inteligentes. 

Eu vejo tudo isso também como o resultado final de um esquema de degradação da moral e educacional do povo brasileiro, retirando-se-lhes a capacidade do bom senso, da justiça e do discernimento em identificar o que é certo do que é errado. Assisti a este desenrolar da degradação moral nacional enquanto vivia no Brasil, ou seja, este esquema vem sendo montado a muito tempo, para um dia ser tão útil quanto está sendo atualmente. Uma total alienação das pessoas e agora jogaram-lhes palavras chaves que mexem com seus emocionais dormentes de modo a insulflar-lhes uma sensação de "poder" a fim de solapar seus sentimentos de derrota e minusvalia cultivados a tantos anos, algumas pessoas tendo já nascido sob este esquema todo, ou seja, em outras palavras, pessoas jovens que não passaram pela revolução anterior do golpe militar não têm parâmetros de comparação com o que está acontecendo hoje, sem falar que também não estudaram história.

Golpe baixo
Ora, abrir a janela e gritar "impeachment" pra rua é a atitude mais infantil que jamais poderíamos esperar de uma pessoa adulta, e muito menos chefe de família no Brasil. Querem o "impeachment" até para o periquito do faxineiro do Palácio do Planalto, quanto mais do ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio.

O Brasil tem fama de ser um país que nunca foi sério, uma república de bananas. Esta percepção foi mudada em mais de uma década de governo do PT com relação aos olhos do mundo, mas agora, em cerca de 3 anos, ele voltou a ser piada internacional, não por conta do governo de Dilma, mas por causa do povo que Deus jogou alí, como diz a piada. 

É um dano irreversível causado pelo próprio povo brasileiro que, para os olhos do mundo, morde a mão de quem fez justiça ao país por tantos anos. O mundo está estarrecido, mas é fácil abafar-se estas emoções simplesmente proferindo estas frases estabelecidas anteriormente por décadas de exploração e corrupção anteriores aos governos do PT, "aquele país nunca foi sério, então porque seria agora?" "Trata-se da maior república de bananas do mundo". "Go bananas!"

A crise atual no Brasil serve até para selecionarmos qual mídia internacional é inteligente e qual a que copia o que é divulgado no Brasil sem maiores profundidades ou pesquisas. Por exemplo, o Los Angeles Times é um jornal que se sobressai em termos de confiabilidade diante de outros muito mais famosos como The Washington Post e The New Your Times, a muito tempo envolvidos em mentiras e falta de credibilidade, enquanto o The Guardian escorrega daqui pra ali mas ainda consegue se manter como fonte de informação mais ou menos confiável, e o The Economist desaba pelas tabelas se assemelhando mais a um tablóide maquiado. Logicamente que esta opinião é minha, ou seja, não vale nada.

Foi mal...
O que assistimos hoje em dia no Brasil é uma briga de comadres, juízes de supremo tendo as orelhas puxadas por membros do executivo, um manda o outro às favas, o outro quer mandar nele dizendo o que fazer porque ele não sabe, ele não lê a lei, e quando lê, interpreta distorcidamente conforme o que ele quer provocar, e enquanto isso, o país está parado, e o povo ainda por cima dando apoio a quem fez o país parar. Seria o caos do samba do crioulo doido se não fosse tudo programado e planejado cientificamente.

Que povo é esse?

Eu não faço parte deste povo, mesmo tendo praticamente toda a minha família e amigos de classes médias tradicionais se agrupando em torno das paneleiras ridículas das varandas dos prédios chiques onde a gente pensava que morava gente decente, inteligente e de capacidade honesta, bem sucedida, mas não é bem isso o que estamos assistindo. Cada panela demonstra o pior tipo de gente que possa existir dentro de um país, gente exploradora, egoísta, safada, desonesta, burra, imbecil, mal educada e sem o mínimo de moral. Bem, se você panelou e não é assim, não vista a carapuça e vá odiar outro.

E estes são os líderes da nação, nossos gerentes, diretores, nossos profissionais de alto nível, especializados, nossa classe de universitários graduados nas profissões mais respeitadas e consideradas. Este é o Brasil que estamos presenciando aqui de baixo, das avenidas, vagando como zumbis sonâmbulos desmiolados, o quê, como? Onde?

Os zumbis mais idiotas ainda pensam que, se as elites panelam, então elas estão certas, e eu vou panelar aqui embaixo também, já que lá de casa no subúrbio ninguém vai ouvir mesmo, e não sou convidado a subir nos apartamentos luxuosos deles a fim de engrossar o caldo das paneladas, junto com aquelas supostas donas-de-casa, como se elas um dia sequer hovessem entrado em suas cozinhas.

O problema da evasão de impostos e consequentemente maximização dos lucros distribuídos para acionistas, nos casos de corporações, já vem sendo debatido faz muito tempo em países afluentes como a Austrália. Há vários anos que lemos sobre isso ou vemos debates na televisão. Este vazamento do Panamá parece mais como uma continuidade, como medidas tomadas a fim de tentar-se resolver a parada internacionalmente. A evasão fiscal não é pequena, é imensa, enquanto todos os governos afluentes, praticamente, andam perdendo as rédeas dos benefícios para o povo que têm cada vez mais encolhido ou caído fragorosamente em qualidade.

As chantagens de Cunha. 
http://www.istoe.com.br/reportagens/352400_HOUSE+OF+CUNHA
As pessoas comuns, com suas vidinhas suburbanas, nem sequer imaginam o quanto a evasão de impostos as afetam, elas não conseguem sequer enxergar a magnitude dos negócios escusos (que nem sempre são tão excusos assim uma vez que governos de paraísos fiscais têm sido legais) que desviam e "lavam" dinheiro de várias fontes legais ou ilegais, nem dos meandros que cercam as fortunas e muitos afortunados do mundo, que vivem em outro mundo, outro ambiente, bem longe dos tais subúrbios considerados o paraíso das classes médias abastadas no exterior (porque morar me subúrbio no Brasil tem outra conotação).

http://paraalemdocerebro.blogspot.com.au/2015/08/
alberto-dines-sobre-o-acharcador.html
No momento, o que tenho visto na mídia internacional por estes dias, é uma utilização ou manipulação destas notícias para imputar mais antipatia por líderes como Putin, da Rússia, o "R" do BRICS, como não poderia deixar de ser, colocando mais tijolos em cima da destruição deste grupo que é o único a ameaçar o poderio e a agenda da Nova Ordem Mundial em seu caminho para estabelecer um governo global e dominar o mundo conforme seus planos em pleno andamento. 

Tais planos incluem a retirada do Brasil do caminho, uma vez que ele se mostrou uma das mais fortes demoncracias mundiais nos últimos anos, coisa que brasileiro comum não tem a menor noção do que significa, e nem está nem um pouco interessado, apenas em suas reclamações pueris diariamente, insufladas pelas redes sociais em que eles depositaram suas vidas e onde obtém a cultura instantânea que tanto lhes falta. Tem coisa mais chique do que teclar?

As reportagens da mídia milionária internacional engajada na Nova Ordem Mundial sempre vêm acompanhadas da imagem do presidente da Rússia, Putin, tentando-se associar sua figura à corrupção, do mesmo jeito que se faz no Brasil com a imagem de Dilma e Lula, sem provas nem sequer menções, apenas associações a "conhecidos". Fabricar provas é o passo seguinte, e não será difícil a população engolir.

O Stan Jackson, autor deste artigo, cita que os britânicos concluiram que o vazamento do Panamá se tratava de uma tremenda mutreta e voltaram a trabalhar, mas não esqueçamos de que o líder do movimento foi um jornal alemão, ou seja, britânicos e alemães são bicudos que não se beijam. A conspiração da mídia mundial também ajuda a encobrir atitudes e disseminar mentiras, ou seja, mesmo que o povo britânico, no caso, esteja altamente preocupado, a mídia trata de encobrir este fato menosprezando-o aos olhos do público, o que acabará dando em pizza. São velhas manobras da mídia que todo mundo deveria estar ciente a estas alturas.

Ele diz que o povo não entende o que está acontecendo. Simplesmente porque não se simplifica o assunto dizendo "os ricos estão lhe roubando faz tempo", num instante eles entenderiam.

Ele conclui dizendo o seguinte:

Sem dúvida nenhuma, as empresas e os governos envolvidos no escândalo vão ficar nervosos com o resultado da investigação... Não há nenhuma sugestão de que este não é um problema sério. Porque, obviamente que é. As implicações vão ser sentidas durante anos e, claro, a história vai, todos nós esperamos, ter um impacto na sanitarização da evasão fiscal. E parabéns aos jornalistas que trouxeram esta informação à luz.

Mas para criar movimentos, você precisa de apoio e para obter apoio você precisa de campanhas, e acho que esta campanha não deslanchou. Os Papéis do Panamá, a longo prazo, não estarão mais nas primeiras páginas dos jornais, mas nos tribunais, escritórios de advocacia e nas salas de reuniões privadas da elite. Não se pode deixar de pensar que este seria o cenário exato que os jornalistas que publicaram esta informação queriam evitar (quer dizer, a troca das notícias espalhafatosas em domínio público pelos debates sigilosos entre quatro paredes e portas fechadas).

Para quem tem conta no LinkedIn, não sei ao certo se é necessário, veja Panama Papers, I Don't Care Neither Does Public, Stan Jackson (Documentos do Panamá, Não me Interessam nem ao Público):

https://www.linkedin.com/pulse/panama-papers-i-dont-care-neither-does-public-stan-jackson?trk=hp-feed-article-title-channel-add

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